A segunda parte está disponível aqui.
segunda-feira, julho 10
Estados Falhados
Noam Chomsky é um linguista, filósofo e activista político. Dá aulas no MIT, e a sua obra e génio são tão vastos que tanto se aplicam ao estudo das linguas, psicologia, sociologia, até na ciência computacional. Nunca se envergonhou de dar a sua opinião (normalmente polémica) sobre a política e o estado do seu país. No seu último livro "Failed States: The Abuse of Power and the Assault on Democracy" afirma que os EUA são um estado falhado uma vez que é incapaz ou não tem a vontade de proteger os interesses do seus cidadãos, e que o seu governo se julga acima das normas internacionais. Aqui fica uma entrevista sobre o tal livro, onde são explicadas muitas das opiniões, e se fala sobre assuntos bem actuais. Os temas são tratados numa óptica doméstica (Estados Unidos da América), mas é óbvio que são de interesse geral, as acções de um país tão grande repercutem-se sobre todos nós.
A segunda parte está disponível aqui.
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segunda-feira, julho 3
Governo Electrónico
Parece que um dos vectores cruciais na estratégia do governo para melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo funcionalismo público, é ir disponibilizando cada vez mais serviços na Internet. E-Government, é como se chama, o nome pomposo. Na realidade trata-se apenas de senso comum. Poupa-se dinheiro do Estado, em instalações e funcionários e poupa-se o tempo e maçadas aos cidadãos e contribuintes. As últimas novidade são a possibilidade de constituir uma empresa online, sem ser necessário passar por nenhuma repartição ou secretaria, e publicação online livre e gratuita do Diário da República.
Pessoalmente posso dizer que onde noto mais esta estratégia é em matéria de impostos. Já me habituei à boa vida, preencher a declaração de rendimentos a partir de casa, enviar a partir de casa, e ter uma pré-validação logo ali. Este ano tornou-se possível fazer a liquidação do Imposto Municipal sobre Veículos, ou seja comprar o selo do carro, online. É fazer login, aparece lá a matrículo do nosso carrito (ou carritos, para quem tiver muita guita), põe-se uma cruzinha e já está. O selo aparece-nos em casa dias depois. Assim até dá gosto.
Uma vez as repartições publicas modernizadas e virtualizadas, trazidas para o ciberespaço, só já falta a parte mais difícil da questão. Acabar com estereótipo do funcionário público. O gajo que chega ao trabalho às oito da manhã, bebe o cafézinho à borla na máquina que há lá na repartição, pica o ponto (para ele e para algum colega que nesse dia não pode aparecer). Pouco tempo depois sai para comprar o jornal (o jornal desportivo claro), volta por volta das dez e meia ou onze... Fica um bocado na conversa com a malta, o assunto não interessa muito, pode ser a última contratação do Benfica, ou pode ser a greve geral da semana que vem. Por volta do meio-dia está na hora de sair para almoçar. Lá para as três da tarde volta-se, com má cara claro, que não cabe na cabeça de ninguem trabalhar à hora da sesta. Dá para atender uma ou duas pessoas que estão quase a desesperar da espera... Entretanto fazem-se quatro da tarde, e adeus que se faz tarde! Das senhoras nem falo... É um bocado frustante estar num guichet, depois de ter esperado uma hora, e uma senhora muito descansada dizer-nos: ah isso não é aqui, tem de dirigir-se ao segundo andar para comprar o impresso, isto enquando lima a unhas descontraidamente. Acaba com os nervos de qualquer um.
Concerteza algum funcionário público que leia o parágrafo anterior vai-se sentir ofendido. Alguns com razão, porque realmente trabalham. Mas esses são a excepção, e felicito-os, porque deve ser extremante difícil remar contra a maré num mar de privilégios e preguiça instituída. Os outros, os que criaram o esteriótipo, podiam-nos mandar todos para a reforma, já!
Pessoalmente posso dizer que onde noto mais esta estratégia é em matéria de impostos. Já me habituei à boa vida, preencher a declaração de rendimentos a partir de casa, enviar a partir de casa, e ter uma pré-validação logo ali. Este ano tornou-se possível fazer a liquidação do Imposto Municipal sobre Veículos, ou seja comprar o selo do carro, online. É fazer login, aparece lá a matrículo do nosso carrito (ou carritos, para quem tiver muita guita), põe-se uma cruzinha e já está. O selo aparece-nos em casa dias depois. Assim até dá gosto.
Uma vez as repartições publicas modernizadas e virtualizadas, trazidas para o ciberespaço, só já falta a parte mais difícil da questão. Acabar com estereótipo do funcionário público. O gajo que chega ao trabalho às oito da manhã, bebe o cafézinho à borla na máquina que há lá na repartição, pica o ponto (para ele e para algum colega que nesse dia não pode aparecer). Pouco tempo depois sai para comprar o jornal (o jornal desportivo claro), volta por volta das dez e meia ou onze... Fica um bocado na conversa com a malta, o assunto não interessa muito, pode ser a última contratação do Benfica, ou pode ser a greve geral da semana que vem. Por volta do meio-dia está na hora de sair para almoçar. Lá para as três da tarde volta-se, com má cara claro, que não cabe na cabeça de ninguem trabalhar à hora da sesta. Dá para atender uma ou duas pessoas que estão quase a desesperar da espera... Entretanto fazem-se quatro da tarde, e adeus que se faz tarde! Das senhoras nem falo... É um bocado frustante estar num guichet, depois de ter esperado uma hora, e uma senhora muito descansada dizer-nos: ah isso não é aqui, tem de dirigir-se ao segundo andar para comprar o impresso, isto enquando lima a unhas descontraidamente. Acaba com os nervos de qualquer um.
Concerteza algum funcionário público que leia o parágrafo anterior vai-se sentir ofendido. Alguns com razão, porque realmente trabalham. Mas esses são a excepção, e felicito-os, porque deve ser extremante difícil remar contra a maré num mar de privilégios e preguiça instituída. Os outros, os que criaram o esteriótipo, podiam-nos mandar todos para a reforma, já!

sexta-feira, junho 30
Photo-Nostalgia
Já andava com esta na cabeça há algum tempo, anos mesmo, queria comprar uma máquina fotográfica. Mas uma daquelas a sério, com rolo, diafragma, obturador e aquelas coisas todas que agora estão fora de moda. A ideia era comprar em segunda mão, apesar disso dei uma volta pelas lojas para ver qual seria o preço da máquina que queria nova. Mas novas já ninguem as vende, saltaram todos para o barco do digital. E quem vende em segunda mão arma-se em chupista, querem balúrdios só pelo corpo da máquina. Mandei-os todos à fava e virei-me para o eBay. Fiz umas pesquisas, participei nuns leilões, e após ter perdido alguns lá consegui comprar, exactamente a máquina que queria, por bom preço até.
Sou o feliz proprietário de uma Nikon F65, já andei por aí a tirar umas fotos. A desconfiança e a incredulidade iniciais em relação a uma venda online rapidamente se dissiparam. Passaram assim que percebi afinal tinha mesmo feito um bom negócio. Os meus dotes de artista são limitados, mais um bom pretexto para enterrar a guita. Mas agora divirto-me a congelar imagens, sítios, pessoas, acontecimentos. A minha visão particular do mundo a fim e ao cabo, e guarda-las para a posteridade. Acho que a fotografia se trata disso mesmo. Quem tiver interessado em espreitar poder ir ao Flickr, e dar uma olhadela no meu album.
Sou o feliz proprietário de uma Nikon F65, já andei por aí a tirar umas fotos. A desconfiança e a incredulidade iniciais em relação a uma venda online rapidamente se dissiparam. Passaram assim que percebi afinal tinha mesmo feito um bom negócio. Os meus dotes de artista são limitados, mais um bom pretexto para enterrar a guita. Mas agora divirto-me a congelar imagens, sítios, pessoas, acontecimentos. A minha visão particular do mundo a fim e ao cabo, e guarda-las para a posteridade. Acho que a fotografia se trata disso mesmo. Quem tiver interessado em espreitar poder ir ao Flickr, e dar uma olhadela no meu album.

quarta-feira, junho 28
Nirvana: Unplugged in NY
Esta foi uma das edições mais marcantes da série "Unpplugged" da MTV, bateu records de audiência, e vendeu discos e DVD's que se fartou. Isto porque o registo acústico, gravado num ambiente intimista e familiar, agrada tanto ao fã mais incondicional dos Nirvana como ao público em geral. Não são os Nirvana puros e duros, com guitarras em distorção, saltos acrobáticos e destruição em palco. Mas mesmo assim trata-se de uma das suas obras maiores, que está agora disponível em versão integral e não editada.
terça-feira, junho 27
O Clima anda a Aquecer
A Administração Bush como de costume dá nas vistas pela negativa. o Presidente interrogado sobre alterações climáticas, o famoso aquecimento global, e a relação deste com as actividades humanas, encolhe os ombros. Diz que não se sabe se há relação, que ainda existe uma discussão em curso na comunidade científica (a isto chamo eu atirar areia para os olhos) o pior é que há milhares de eleitores americanos que são tão estúpidos que até vão na conversa.
Entretanto há gente preocupada, gente com um pouco mais de cabeça, mas planos algo estranhos. No Japão estuda-se a viabilidade de carregar contentores com CO2 para em seguida enterra-los. Transfere-se o problema da atmosfera para o subsolo parece-me a mim, mas eles lá sabem.
Entretanto há gente preocupada, gente com um pouco mais de cabeça, mas planos algo estranhos. No Japão estuda-se a viabilidade de carregar contentores com CO2 para em seguida enterra-los. Transfere-se o problema da atmosfera para o subsolo parece-me a mim, mas eles lá sabem.

sábado, junho 24
Análise à Execução Orçamental - Janeiro Maio de 2006
A Grande Loja do Queijo Limiano é um dos blogs que leio regularmente. Os temas por excelência são a politica e actualizade portuguesas. A qualidade da escrita, a acidez e ironia usados, fazem muito o meu gosto. Mas hoje quero simplesmente destacar um artigo em especial, uma análise que foi feita na semana passada... para aguçar a curiosidade basta deixar o gráfico, mas leiam o artigo, vale a pena para abrir os olhos.

quarta-feira, junho 21
Wordsong Pessoa
Uma sugestão para quem gosta de Fernando Pessoa, o projecto Wordsong ao vivo hoje à noite no Cabaret Maxime. Ou em alternativa amanhã na Fnac Chiado pelas 19 horas. O grupo que já tinha musicado a poesia de Al Berto promove agora o novo registo, dedicado a Pessoa.

terça-feira, junho 20
De Pequenino é que se Torce o Penino
Um estudo divulgado recentemente pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto relaciona directamente o "cabulanço" com a corrupção. Realizado a nível internacional o estudo compara índices entre vários países, concluindo que é nos países Nórdicos onde se faz menos batota, no extremo oposto estão os países da Europa de Leste e da América do Sul. O estudo incidiu sobretudo sobre alunos das licenciaturas de Economia e Gestão porque, segundo as investigadoras citadas, são "potencialmente os líderes económicos e políticos". Aparentemente nos países onde mais se copia não há sanções ou elas são muito fracas, existe portanto uma noção de impunidade. Que claro, irá continuar até mais tarde, quando aparecerem as opurtunidades de ganhar uns trocos por fora. Portugal até nem está muito mal, falando em percentagens os nossos vizinhos espanhóis parece que gostam mais de copiar que nós. Mas não posso deixar de me interrogar, fizeram o inquérito ao Pinto da Costa e ao Valentim Loureiro?

segunda-feira, junho 19
The Devil and Daniel Johnston
Na passada sexta-feira fui ao King à meia noite vêr este documentário, não sei se o filme despertou muito interesse em Portugal ou não, mas o facto é que estávamos cinco pessoas na sala. Talvez fosse da hora e do dia, ou talvez não, se calhar a maioria das pessoas prefere algo mais leve que espreitar a vida de um maníaco-depressivo. Sem saber muito sobre Daniel Johnston ou sobre sua obra fui cativado por alguns comentários e pela aparente reverência que algumas figuras da música lhe prestam. O interesse do público pela pessoa provavelmente despertou numa altura em que Kurt Cobain andava a passear uma t-shirt desenhada por Daniel (segundo a história andou seis meses seguidos com ela vestida).
O documentário em si é uma colagem, com pedaços de filme e de audio tomados pelo próprio Daniel, entrevistas com muita gente (uns conhecidos outros nem por isso), visitas a muitos lugares mas sempre constante a arte de Daniel. Aparentemente desde petiz o que mais lhe interessava, o seu interesse primordial foi criar. Realizou um filme em que interpretou a mãe, passava o dia fazer desenhos, tocar piano tudo menos trabalhar. Parece fora de lugar numa familia conversadora e cristã como era a sua, talvez venha daí a raíz dos seus problemas. Amaldiçoado desde jovem com uma doença mental, comportamentos pouco vulgares, é quase uma personagem trágico-cómica. De cada vez que parece que vai alcançar o sucesso faz qualquer coisa incrivelmente estúpida que deita tudo a perder...
É perturbador, porque no fim do documentário ficamos com a interrogação, ele é um criador genial e prolífico ou apenas um louco que destacou. É díficil de responder, ao ouvir as canções somos tocados pela voz de criança e pelas letras cruas e ingénuas. Diga-se que passagem que o homem nem sabe tocar guitarra, mas as suas interpretações mesmo assim já tiveram direito a ovações de pé em espectáculos onde deveria ser apenas uma atracção secundária. Os seus desenhos também têm um estilo absolutamente ingénuo e simples, aparentemente sem o mínimo valor, já foram expostos em galerias ou classificados como vandalismo quando aplicados nalguma parede mais respeitável. Eu gostei, valeu a pena assistir a esta longa metragem pelo menos para descobrir o mito e ficar tocado pela personalidade de criança, creio que as outras quatro pessoas que lá estavam também gostaram.
O documentário em si é uma colagem, com pedaços de filme e de audio tomados pelo próprio Daniel, entrevistas com muita gente (uns conhecidos outros nem por isso), visitas a muitos lugares mas sempre constante a arte de Daniel. Aparentemente desde petiz o que mais lhe interessava, o seu interesse primordial foi criar. Realizou um filme em que interpretou a mãe, passava o dia fazer desenhos, tocar piano tudo menos trabalhar. Parece fora de lugar numa familia conversadora e cristã como era a sua, talvez venha daí a raíz dos seus problemas. Amaldiçoado desde jovem com uma doença mental, comportamentos pouco vulgares, é quase uma personagem trágico-cómica. De cada vez que parece que vai alcançar o sucesso faz qualquer coisa incrivelmente estúpida que deita tudo a perder...
É perturbador, porque no fim do documentário ficamos com a interrogação, ele é um criador genial e prolífico ou apenas um louco que destacou. É díficil de responder, ao ouvir as canções somos tocados pela voz de criança e pelas letras cruas e ingénuas. Diga-se que passagem que o homem nem sabe tocar guitarra, mas as suas interpretações mesmo assim já tiveram direito a ovações de pé em espectáculos onde deveria ser apenas uma atracção secundária. Os seus desenhos também têm um estilo absolutamente ingénuo e simples, aparentemente sem o mínimo valor, já foram expostos em galerias ou classificados como vandalismo quando aplicados nalguma parede mais respeitável. Eu gostei, valeu a pena assistir a esta longa metragem pelo menos para descobrir o mito e ficar tocado pela personalidade de criança, creio que as outras quatro pessoas que lá estavam também gostaram.

sábado, junho 17
The Corruptibles
A maioria das pessoas, vulgo consumidores, ainda não acordou para a realidade do DRM (Digital Rights Management). Com os media tradicionais a ficarem obsoletos o domínio dos suportes digitais torna-se inexorável, e com esse domínio crescem os medos de quem distruibui conteúdos. A facilidade com que se copia um CD de música ou um filme em DVD hoje em dia é obvia. Qual a resposta das editoras? O DRM, que virá já incluído na proxima geração de hardware e sistemas operativos (o famigerado Windows Vista). O DRM serve para não possamos copiar ou emprestar conteúdo que tenhamos adquirido. Assim na tentativa de proteger os seus interesses o vendedor, o intermediário, irá tomar posse de alguns dos nossos. Isto é, podemos ser impedidos de exercer direitos que são nossos sobre um objecto digital que tenhamos adquirido. Um exemplo para a coisa ficar mais clara, um filme comprado via loja virtual só poderá ser visto na nossa máquina, e apenas nela. Não vamos poder emprestar ao amigo, e sabe-se lá que vai acontecer se tivermos de formatar a máquina... O mais provável é termos de comprar de novo o filme...
A EFF (Electronic Frontier Foundation), um grupo de activistas da liberdade no mundo digital, lançou um pequeno cartoon intitulado "The Corruptibles" com o objectivo de alertar o cidadão comum (leia-se consumidor sem conhecimentos profundos em tecnologia) para o que aí vem.
A EFF (Electronic Frontier Foundation), um grupo de activistas da liberdade no mundo digital, lançou um pequeno cartoon intitulado "The Corruptibles" com o objectivo de alertar o cidadão comum (leia-se consumidor sem conhecimentos profundos em tecnologia) para o que aí vem.
quinta-feira, junho 15
A (falta de) Educação
Nos dias que correm assiste-se a muita preocupação e muita discussão com a Educação. Fala-se da falta de autoridade que os professores sentem ao lidar com situações na Escola, afinal os professores têm ou não o direito (dever?) de impôr disciplina para controlar a suas salas de aula. Ou antes, quais serão os meios legítimos para aplicar essa disciplina, já que sem ela a sala da aula não funciona. Levei bastante reguadas na escola primária, acho que não fui vitima de violência fisica. A suspensão ou a expulsão, castigos aplicáveis as faltas mais graves, são evitadas. Este debate está intimamente ligado ao papel do docente, se deve ser educador ou apenas transmissor de conhecimentos. Cada vez mais parece que terá ser o papel mais amplo, o de educador. A norma na sociedade actual é que ambos os progenitores trabalhem e passam bastante tempo fora de casa, tendo de encontrar um espaço onde possam confiar as crias durante o dia. Assim entregam-nos à guarda dos professores e educadores, e esperam, exigem que os seus rebentos sejam bem tratados, cuidados, e formados. Esquecem-se talvez que as crianças de precisam de boa educação, no sentido de boas maneiras.
Os professores fizeram greve, em causa está um diploma que impõe a avaliação de professores. Recusam-se a ser avaliados pelos pais e alunos, dado o desinteresse mostrado pela maioria em relação às actividades escolares dos filhos, e a falta de objectividade dos formandos. Os pais não aparecem nas actividades da escola, faltam às reuniões para os encarregados de educação, não querem saber, por isso a imagem da escola será sempre aquela que os mais novos quiserem dar. Este desinteresse dos pais é lamentável, até aí concordo. Mas a opinião dos pais e alunos é apenas um entre os vários critérios que serão usados para a tal avaliação, ao contrário do que o discurso dos sindicatos deixa transparecer. Até parecem que preferem continuar com a desresponsabilização que existem neste momento. Para mim a introdução de mecanismos de responsabilização e de promoção do mérito é essencial em Portugal, obviamente começando pelos vários braços da Admisnistração Pública. Certamente será uma dura luta com os sindicatos. Mas desta vez até tiveram sorte, dia de greve num dia entre dois feriados, lá conseguiram mais uma ponte.
Educação é normalmente um assunto sazonal, de periodicidade anual ou semestral, que gera polémicas e causa conflitos para logo a seguir ficar esquecido durante mais um ano. Em condições normais ouvimos falar de Educação quando chega de saber os resultados das candidaturas ao Ensino Superior, ou em alternativa e mais em foco em anos recentes, os processo para colocações de professores. Falei de pais e professores, mas os verdadeiros destinatários do Sistema Educativo, os alunos, aparentemente também pouco se interessam pela qualidade do serviço. Quando se trata de protestos ou greves estudantis normalmente estão associados à realização de provas ou à insuficência de vagas, do acesso ao almejado Curso Superior. Parece que o problema das vagas desapareceu hoje em dia, até já há cursos que vão ser fechados porque as vagas sobram. Na sua maioria cursos de ciência e tecnologia. É curioso que o número de vagas esteja desajustado do que será depois a procura no mercado de trabalho. Outros cursos em que é necessário ter apenas uma sala, meia dúzia de cadeiras e um quadro, as vagas abundam (quer em públicas ou privadas). Abundam e mesmo assim são preenchidas. Situação mais absurda ainda, alunos de Medicina que vão para Espanha porque cá não existe vagas.Depois temos sociólogos a trabalhar em caixas de supermercado, vamos ao centro de saúde e o médico fala uma língua diferente.
O percurso de muitos estudantes que conheço, e posso falar porque ainda o sou, foi ir-se arrastando (ir passando) ano após ano, progredindo no sistema até chegar à altura de ter de tomar decisões. Existem várias decisões a serem tomadas, a primeira normalmente é evitar a matemática, fugir para uma ârea fácil. Mais tarde na hora de decidir para onde concorrer, sim que ser Licenciado é essencial nos dias que correm, vai-se para o curso que der mais jeito, de preferência com média baixinha. Ou então um curso da moda, como Arquitectura ou Direito numa privada. E claro... para cursos de ensino, futuros pedagogos sem nenhuma vocação para pedagogia. Essas pessoas não são menos inteligentes ou menos dotados, apenas preguiçosos. Círculo Vicioso. A tal cultura do mérito de que falava, se não existe entre professores muito menos existirá entre alunos.
Os professores fizeram greve, em causa está um diploma que impõe a avaliação de professores. Recusam-se a ser avaliados pelos pais e alunos, dado o desinteresse mostrado pela maioria em relação às actividades escolares dos filhos, e a falta de objectividade dos formandos. Os pais não aparecem nas actividades da escola, faltam às reuniões para os encarregados de educação, não querem saber, por isso a imagem da escola será sempre aquela que os mais novos quiserem dar. Este desinteresse dos pais é lamentável, até aí concordo. Mas a opinião dos pais e alunos é apenas um entre os vários critérios que serão usados para a tal avaliação, ao contrário do que o discurso dos sindicatos deixa transparecer. Até parecem que preferem continuar com a desresponsabilização que existem neste momento. Para mim a introdução de mecanismos de responsabilização e de promoção do mérito é essencial em Portugal, obviamente começando pelos vários braços da Admisnistração Pública. Certamente será uma dura luta com os sindicatos. Mas desta vez até tiveram sorte, dia de greve num dia entre dois feriados, lá conseguiram mais uma ponte.
Educação é normalmente um assunto sazonal, de periodicidade anual ou semestral, que gera polémicas e causa conflitos para logo a seguir ficar esquecido durante mais um ano. Em condições normais ouvimos falar de Educação quando chega de saber os resultados das candidaturas ao Ensino Superior, ou em alternativa e mais em foco em anos recentes, os processo para colocações de professores. Falei de pais e professores, mas os verdadeiros destinatários do Sistema Educativo, os alunos, aparentemente também pouco se interessam pela qualidade do serviço. Quando se trata de protestos ou greves estudantis normalmente estão associados à realização de provas ou à insuficência de vagas, do acesso ao almejado Curso Superior. Parece que o problema das vagas desapareceu hoje em dia, até já há cursos que vão ser fechados porque as vagas sobram. Na sua maioria cursos de ciência e tecnologia. É curioso que o número de vagas esteja desajustado do que será depois a procura no mercado de trabalho. Outros cursos em que é necessário ter apenas uma sala, meia dúzia de cadeiras e um quadro, as vagas abundam (quer em públicas ou privadas). Abundam e mesmo assim são preenchidas. Situação mais absurda ainda, alunos de Medicina que vão para Espanha porque cá não existe vagas.Depois temos sociólogos a trabalhar em caixas de supermercado, vamos ao centro de saúde e o médico fala uma língua diferente.
O percurso de muitos estudantes que conheço, e posso falar porque ainda o sou, foi ir-se arrastando (ir passando) ano após ano, progredindo no sistema até chegar à altura de ter de tomar decisões. Existem várias decisões a serem tomadas, a primeira normalmente é evitar a matemática, fugir para uma ârea fácil. Mais tarde na hora de decidir para onde concorrer, sim que ser Licenciado é essencial nos dias que correm, vai-se para o curso que der mais jeito, de preferência com média baixinha. Ou então um curso da moda, como Arquitectura ou Direito numa privada. E claro... para cursos de ensino, futuros pedagogos sem nenhuma vocação para pedagogia. Essas pessoas não são menos inteligentes ou menos dotados, apenas preguiçosos. Círculo Vicioso. A tal cultura do mérito de que falava, se não existe entre professores muito menos existirá entre alunos.

quarta-feira, junho 14
The Bomb
Contratos para empreitadas públicas é do melhorzinho que se pode arranjar, toda a gente sabe. Quanto maior o projecto mais há a ganhar. Podia estar a falar de Portugal, do estado português, obras públicas, a indústria do betão e trabalhadores ilegais que vivem em condições miseráveis... Mas não, isso é normal por terras lusas. Estou a falar de outra empreitada pública que vai ser adjudicada pelo Governo dos Estados Unidos.
O The Lawrence Livermore National Laboratory e o Los Alamos National Laboratory, andam muito atarefados a preparar planos para apresentar ao Nuclear Weapons Council, os investigadores não param, fazendo noites e fins-de-semana. O objectivo, a construção de uma nova bomba nuclear. A medida foi aprovada pelo Congresso em 2005. Depois da assinatura do Tratado de Desarmamento com a Rússia em 2002 que prevê a redução do número de ogivas nucleares dos dois países até 2012, os EUA planeiam substituir algumas das velhas bombas, que já não são consideradas de "confiança". Isto no meio duma controvérsia internacinal quanto à legitimidade de países como a Coreia do Norte e o Irão entrarem no clube dos países com poder nuclear. E qual será a legitimidade dos Estados Unidos da América?
O The Lawrence Livermore National Laboratory e o Los Alamos National Laboratory, andam muito atarefados a preparar planos para apresentar ao Nuclear Weapons Council, os investigadores não param, fazendo noites e fins-de-semana. O objectivo, a construção de uma nova bomba nuclear. A medida foi aprovada pelo Congresso em 2005. Depois da assinatura do Tratado de Desarmamento com a Rússia em 2002 que prevê a redução do número de ogivas nucleares dos dois países até 2012, os EUA planeiam substituir algumas das velhas bombas, que já não são consideradas de "confiança". Isto no meio duma controvérsia internacinal quanto à legitimidade de países como a Coreia do Norte e o Irão entrarem no clube dos países com poder nuclear. E qual será a legitimidade dos Estados Unidos da América?

segunda-feira, junho 12
Gandas Malucos
Já toda a gente sabe que os Gnarls Barkley são uns grandas Crazy's. Não é só o single do primeiro album, e o tema mais conhecido da banda, eles são mesmo fora do comum e fazem umas maluquices de vez em quando. Aqui fica um videozito de uma actuação deles nos prémios de cinema da MTV, onde cada elemento da banda se disfarçou de uma personagem do Star Wars...
Já cheira a Mangerico
Chegou o santo casamenteiro. Com ele chegam os mangericos, as sardinhas e as marchas populares. Mas o que a malta gosta mesmo desta época é das ruas cheias de gente, pessoas de toda a espécie e feitos, unidos sob a celebração, o bailarico, a diversão. As meninas casadoiras saem à rua com esperança que o santo lhes traga o amado com que sonham. Às vezes parece que Lisboa é uma aldeia, enorme, mas aldeia. Com mexericos, intrigas, comadres e compadres, outras vezes vemos o outro lado esse espiríto, a festa popular, que está mais vivo que nunca no Santo António. Eu provalvemente devo ir passear à Bica, porque é o sítio onde a festa é mais jovem, mas não vou deixar de passar em Alfama e no Castelo onde a tradição reina. Até de manhã há muito tempo para andar por aí. Ainda deixo mais uma sugestão, passar o santo antónio com os Ena Pá!

Super Bock Super Rock - Act II
Vou um bocado atrasado mas não posso deixar de publicar as minhas impressões sobre a segunda entrega do festival de rock lisboeta. Tenho escrito pouco, falta de tempo e preguiça de sobra. Mas na passada quarta-feira deixei a preguiça de lado e estive a correr contra o tempo para largar o trabalho e chegar a tempo de assistir aos Editors, os primeiros a subir ao palco nesse dia. Quase que consegui chegar a tempo, ouvi de fora do recinto o ínicio da prestação do quarteto de Birmingham. Que granda malha! É só o que posso dizer, queria vê-los à força, já se sabe que a prestação ao vivo pode vir confirmar ou negar o valor de uma banda. No caso dos Editors fiquei de água na boca, uma interpretação irrepreensível e uma energia em palco que contagiou todos os presentes, que apesar de serem poucos abriram a festa em grande. Quando a malta já tava contente de pular e saltar, saem-se com uma versão do "Road to Nowhere" e aí arrasam tudo. Definitivamente vai-se ouvir falar muito dos Editors.
Havia muita malta à espera dos dEUS, muito nervosismo, muito ai ais das meninas por ali espalhadas. Mas quando eles chegaram, notou-se que também eles estavam cheios de vontade de tocar para um público português de novo. Havia muitos fãs, mesmo muitos, já que a cada canção havia entusiasmo renovado do público. Eu também tava todo contente é claro, falhei todos os concertos anteriores da banda de Tom Barman em Portugal, e estou mais arrependido do que nunca. Como já se sabe, isto dos festivais, dançar, cantar, berrar deixa um gajo cansado, e nesta altura mudei-me para o pequeno cantinho com relva que é a benção no recinto de cimento do Parque Tejo. Ouvi os Cult e parte dos Keane estendido ao comprido. Apesar disso ainda me deu para apreciar qualquer coisa, os Cult foram competentes, debitaram as suas canções que são quase clássicos já. A música não é propriamente genial, mas tem um som roqueiro que ainda dá algum gosto ouvir. Fiquei sem perceber se Ian Astbury é grande fã do Figo ou se estava só a tentar puxar pelo pessoal. Quanto aos Keane, a meio do concerto fiz o esforço para me levantar quando eles começaram a tocar uma das músicas giras que têm, mas no geral o concerto foi meloso e sensaborão...
Mas adiante que o melhor ainda estava por vir, Legendary Tiger Man apresentou-se no palco secundário, sozinho, qual homem dos sete instrumentos. Tocou os seus blues e seu rock, canções algo simplistas. Mas teria de ser necessariamente assim um one man show, apesar disso muito e bom som a vir de cima do palco. Ao ir-se embora Paulo Furtado apontou-nos para o palco principal, e para os últimos interpretes da noite. Os Franz Ferdinand entraram com a energia que seria de esperar para quem conhece a sua música e os dois albúns editados. Nesta altura estava muita gente, mesmo muita gente a olhar para o palco principal a ouvir a música e a saltar. Ainda não vi as estatísticas mas a impressão com que fiquei foi que havia mais gente que em qualquer outro concerto. Os Franz proseguiram a um ritmo alucinante a descarregar energia, guitarradas, e umas porradas na bateria a contratempo de vez em quando, a música contagiou todos os presentes. Nos outro dias ensaiei uma fuga mais cedo para evitar a confusão a deixar o recinto, neste não resisti a deixar-me ficar até ao final, ouvir tudo, saltar tudo, valeu bem a pena.
Escusado será dizer que fui trabalhar todo partido no dia seguinte, literalmente a arrastar-me, olheiras, mal-estar e azia. Nada de novo, nada de grave hehe. Mas quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga, já dizia o genial António. Até saí cedo do trabalho, mas acabei por adormecer, despertou-me a minha boleia para o recinto, já eram quase dez da noite. Lá me vieram buscar e arrancámos, não havia trânsito, nem muita gente no estacionamento por isso até chegamos rápido à entrada... Aí é que percebemos que tinhamos de voltar para trás porque alguem se tinha esquecido do bilhete... A minha expectiva para este dia era assistir à performance de Pharrell Williams, o ex-NERD. Infelizmente já não cheguei a tempo. Quando entrei estava 50 Cent a cantar (?) na sua voz pouco melódica, a mandar uns yo-yo-yos e uns tiros. Caguei pó gajo e fui dar uma volta pelo recinto, ver o artesanato, beber umas jolas. O que me consegui lembrar até o gajo se calar e ir-se embora. Notava-se o vazio que estava o recinto, também se notava alguns adolescentes acompanhados pelos pais, entusiasmados com os yo-yo-yos...
Finalmente o gajo bazou, e assistiu-se a uma boa prestação dos Mind da Gap, já quase veteranos do hip-hop nacional. Agora que o estilo virou moda, este grupo do Porto com provas já dadas mostra que não é de modas se faz a música. Havia algumas pessoas à espera de Patrice, que conseguiu pôr o público a mexer-se. A música não é verdadeiramente reggae, é mais um cruzamento entre os sons da Jamaica e o estilo funk de Jamiroquai. Não só em termos sonoros, mas tembém o estilo visual e a forma de estar em palco. A mistura resulta bem, o tempo dirá se se trata apenas de um sub-produto da indústria musical ou se é algo mais.
Havia muita malta à espera dos dEUS, muito nervosismo, muito ai ais das meninas por ali espalhadas. Mas quando eles chegaram, notou-se que também eles estavam cheios de vontade de tocar para um público português de novo. Havia muitos fãs, mesmo muitos, já que a cada canção havia entusiasmo renovado do público. Eu também tava todo contente é claro, falhei todos os concertos anteriores da banda de Tom Barman em Portugal, e estou mais arrependido do que nunca. Como já se sabe, isto dos festivais, dançar, cantar, berrar deixa um gajo cansado, e nesta altura mudei-me para o pequeno cantinho com relva que é a benção no recinto de cimento do Parque Tejo. Ouvi os Cult e parte dos Keane estendido ao comprido. Apesar disso ainda me deu para apreciar qualquer coisa, os Cult foram competentes, debitaram as suas canções que são quase clássicos já. A música não é propriamente genial, mas tem um som roqueiro que ainda dá algum gosto ouvir. Fiquei sem perceber se Ian Astbury é grande fã do Figo ou se estava só a tentar puxar pelo pessoal. Quanto aos Keane, a meio do concerto fiz o esforço para me levantar quando eles começaram a tocar uma das músicas giras que têm, mas no geral o concerto foi meloso e sensaborão...
Mas adiante que o melhor ainda estava por vir, Legendary Tiger Man apresentou-se no palco secundário, sozinho, qual homem dos sete instrumentos. Tocou os seus blues e seu rock, canções algo simplistas. Mas teria de ser necessariamente assim um one man show, apesar disso muito e bom som a vir de cima do palco. Ao ir-se embora Paulo Furtado apontou-nos para o palco principal, e para os últimos interpretes da noite. Os Franz Ferdinand entraram com a energia que seria de esperar para quem conhece a sua música e os dois albúns editados. Nesta altura estava muita gente, mesmo muita gente a olhar para o palco principal a ouvir a música e a saltar. Ainda não vi as estatísticas mas a impressão com que fiquei foi que havia mais gente que em qualquer outro concerto. Os Franz proseguiram a um ritmo alucinante a descarregar energia, guitarradas, e umas porradas na bateria a contratempo de vez em quando, a música contagiou todos os presentes. Nos outro dias ensaiei uma fuga mais cedo para evitar a confusão a deixar o recinto, neste não resisti a deixar-me ficar até ao final, ouvir tudo, saltar tudo, valeu bem a pena.
Escusado será dizer que fui trabalhar todo partido no dia seguinte, literalmente a arrastar-me, olheiras, mal-estar e azia. Nada de novo, nada de grave hehe. Mas quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga, já dizia o genial António. Até saí cedo do trabalho, mas acabei por adormecer, despertou-me a minha boleia para o recinto, já eram quase dez da noite. Lá me vieram buscar e arrancámos, não havia trânsito, nem muita gente no estacionamento por isso até chegamos rápido à entrada... Aí é que percebemos que tinhamos de voltar para trás porque alguem se tinha esquecido do bilhete... A minha expectiva para este dia era assistir à performance de Pharrell Williams, o ex-NERD. Infelizmente já não cheguei a tempo. Quando entrei estava 50 Cent a cantar (?) na sua voz pouco melódica, a mandar uns yo-yo-yos e uns tiros. Caguei pó gajo e fui dar uma volta pelo recinto, ver o artesanato, beber umas jolas. O que me consegui lembrar até o gajo se calar e ir-se embora. Notava-se o vazio que estava o recinto, também se notava alguns adolescentes acompanhados pelos pais, entusiasmados com os yo-yo-yos...
Finalmente o gajo bazou, e assistiu-se a uma boa prestação dos Mind da Gap, já quase veteranos do hip-hop nacional. Agora que o estilo virou moda, este grupo do Porto com provas já dadas mostra que não é de modas se faz a música. Havia algumas pessoas à espera de Patrice, que conseguiu pôr o público a mexer-se. A música não é verdadeiramente reggae, é mais um cruzamento entre os sons da Jamaica e o estilo funk de Jamiroquai. Não só em termos sonoros, mas tembém o estilo visual e a forma de estar em palco. A mistura resulta bem, o tempo dirá se se trata apenas de um sub-produto da indústria musical ou se é algo mais.
sábado, junho 10
Road to Nowhere
Well we know where we’re goin’
But we don’t know where we’ve been
And we know what we’re knowin’
But we can’t say what we’ve seen
And we’re not little children
And we know what we want
And the future is certain
Give us time to work it out
We’re on a road to nowhere
Come on inside
Takin’ that ride to nowhere
We’ll take that ride
I’m feelin’ okay this mornin’
And you know,
We’re on the road to paradise
Here we go, here we go
(Chorus)
Maybe you wonder where you are
I don’t care
Here is where time is on our side
Take you there...take you there
We’re on a road to nowhere
We’re on a road to nowhere
We’re on a road to nowhere
There’s a city in my mind
Come along and take that ride
And it’s all right, baby, it’s all right
And it’s very far away
But it’s growing day by day
And it’s all right, baby, it’s all right
They can tell you what to do
But they’ll make a fool of you
And it’s all right, baby, it’s all right
We’re on a road to nowhere
Talking Heads
But we don’t know where we’ve been
And we know what we’re knowin’
But we can’t say what we’ve seen
And we’re not little children
And we know what we want
And the future is certain
Give us time to work it out
We’re on a road to nowhere
Come on inside
Takin’ that ride to nowhere
We’ll take that ride
I’m feelin’ okay this mornin’
And you know,
We’re on the road to paradise
Here we go, here we go
(Chorus)
Maybe you wonder where you are
I don’t care
Here is where time is on our side
Take you there...take you there
We’re on a road to nowhere
We’re on a road to nowhere
We’re on a road to nowhere
There’s a city in my mind
Come along and take that ride
And it’s all right, baby, it’s all right
And it’s very far away
But it’s growing day by day
And it’s all right, baby, it’s all right
They can tell you what to do
But they’ll make a fool of you
And it’s all right, baby, it’s all right
We’re on a road to nowhere
Talking Heads
terça-feira, junho 6
Lisboa Wireless
À semelhança do que está a ser feito em muitas cidades por esse mundo fora (em países mais desenvolvidos claro) a Câmara Municipal de Lisboa planeia fazer a cobertura com rede Wireless da capital. A notícia parece mesmo a sério, e avança como ponto de partida em cinco jardins: Estrela, Príncipe Real, Arco do Cego, Campo Grande e Parque das Conchas. O objectivo é ter a cobertura de toda a cidade até ao final do ano. É refrescante verificar que afinal há gente com visão de futuro na admistração pública, a iniciativa piloto é efectuada em conjunto pelos pelouros dos Espaços Verdes e da Modernização Administrativa, tutelados por António Prôa e Gabriela Seara respectivamente.

domingo, junho 4
A Música já Não é Objecto
Esta semana tive uma conversa um pouco nostálgica e ao mesmo tempo muito engraçada sobre os velhos tempos do CD e do vinil. Existe um ditado popular que diz, se queres perder um amigo empresta-lhe dinheiro. Com os discos era a mesma coisa. Um gajo comprava albúm novo dos não sei quê, aparecia logo aquele amigo, o não sei quantos, opá altamente tens de me emprestar isso e tal. Um gajo dizia logo, epá não dá, ainda agora o comprei ainda nem deu para ouvir como deve ser. Se o gajo tivesse boa memória e fosse insistente, a malta lá tinha dar o braço a torcer, e emprestar aquilo. Na altura de devolver é que eram elas. Passava-se um mês, dois meses, tar a perguntar pelas coisas parece mal, mas tinhamos de esquecer as boas maneiras, ò man então aquele albúm dos não sei quantos que eu te emprestei não sei quando. Xiii, não sei, deve tar lá pra casa, tenho de procurar isso. Os meses iam passando,e a coisa começava a mudar de contornos, então o disco, já o encontraste? Pois pá, é assim... acho que o emprestei ao não sei das quantas. E pronto, aí já podíamos dar o caso como encerrado, e dar aquilo por perdido porque era certo que nunca lhe íamos por a vista em cima. Tempos passados, e após já termos esquecido a história toda, às vezes davam-se situações engraçadas do género, ir-se visitar a casa do bacano começar a olhar para a estante do gajo e de repente... Ora bolas! Aquilo ali não é meu? Resposta invariável: Humm... não sei bem, mas acho que não... acho que foi a não sei quantas, sabes aquela míuda com que eu andei à uns anos que me deu esse disco de prenda... tu também tinhas um não tinhas? Depois a única solução era mandar o tipo pó raio que o parta.
Este diálogo foi no gozo e rimos à gargalhada a recordar velhos tempos. Sim velhos tempos, porque a realidade hoje é outra. Sintoma do aparecimento dos suportes digitais a música dissociou-se do seu suporte físico. Em tempos idos uma faixa, uma canção vinha num disco, para a ouvirmos tinhamos de possuir o disco, ou então fazer uma cópia ranhosa para cassete (ranhosa é como quem diz, perecível que aquilo nunca durava muito). Hoje já não é assim como eu descrevi, já não é "empresta-me aí" agora a expressão é "tens de me gravar". A mudança surgiu com os primeiros gravadores de CD. Agora nem isso é necessário, o MP3 está disponível para toda a gente. Eu encaro isto como uma coisa boa, excelente até, todos podem ter acesso à música. É muito mais fácil mostrar aos amigos o som que se anda a curtir no momento. Mesmo para as próprias bandas é bom porque é mais fácil espalharem o seu produto e encontrarem os seus consumidores (fãs). Os únicos que não acharam graça foram as editoras claro. Quem produzia, vendia e controlava o tais objectos da música. Em minha opinião as editoras independentes, que trabalham, investigam, procuram novos talentos na sua ârea de influência essas continuam a ter lugar. Os grandes, os que fabricam sucessos, promovem ídolos, e compram as playlists, esses sim têm razões para estar seriamente preocupados.
Este diálogo foi no gozo e rimos à gargalhada a recordar velhos tempos. Sim velhos tempos, porque a realidade hoje é outra. Sintoma do aparecimento dos suportes digitais a música dissociou-se do seu suporte físico. Em tempos idos uma faixa, uma canção vinha num disco, para a ouvirmos tinhamos de possuir o disco, ou então fazer uma cópia ranhosa para cassete (ranhosa é como quem diz, perecível que aquilo nunca durava muito). Hoje já não é assim como eu descrevi, já não é "empresta-me aí" agora a expressão é "tens de me gravar". A mudança surgiu com os primeiros gravadores de CD. Agora nem isso é necessário, o MP3 está disponível para toda a gente. Eu encaro isto como uma coisa boa, excelente até, todos podem ter acesso à música. É muito mais fácil mostrar aos amigos o som que se anda a curtir no momento. Mesmo para as próprias bandas é bom porque é mais fácil espalharem o seu produto e encontrarem os seus consumidores (fãs). Os únicos que não acharam graça foram as editoras claro. Quem produzia, vendia e controlava o tais objectos da música. Em minha opinião as editoras independentes, que trabalham, investigam, procuram novos talentos na sua ârea de influência essas continuam a ter lugar. Os grandes, os que fabricam sucessos, promovem ídolos, e compram as playlists, esses sim têm razões para estar seriamente preocupados.

segunda-feira, maio 29
Portugal em Declínio
É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos
Jack Welsh
Jack Welsh
domingo, maio 28
O Verão em Maio

Super Bock Super Rock - Act I
Gostava de saber quem foi a luminária que se lembroou de fazer concertos em Lisboa a meio da semana. Não tenho nada a apontar a quem subiu ao palco, os espectáculos foram muito bons. Mas como já vem sendo tristemente habitual a organizaçao deixou bastante a desejar. Em termos de logística, em termos de distribuição do espaço no parque Tejo, e novidade este ano os dias foram muito mal escolhidos. Qual terá sido a lógica? Se pensam que são só putos rebeldes que não fazem nenhum e faltam às aulas pa ir a concertos que gostam de música pesada, só demonstram ignorância. A malta que trabalha e tem um horário das nove às seis (no meu caso das nove até às horas que fôr preciso) também gosta. Se calhar tiveram medo que o Rock in Rio lhes roubasse público, mas como, se a música e portanto os fãs são completamente distintos. Consequência disto o pessoal tem de sair directo do trabalho, gramar com o trânsito, a seguir desesperar para estacionar o carro, e finalmente quando um gajo chega lá já tocaram dois ou três grupos. Já nem vou falar na dificuldade em comprar uma cerjeva, ou no má educação das pessoas que estão a servir, já sabemos o que a casa gasta é todos os anos a mesma coisa.
Mas vou falar de música, que foi isso que lá fui fazer. No primeiro dia cheguei a meio do concerto dos Moonspell, não puxou muito por mim, se calhar por nunca ter sido grande fã, mas acho que a prestação deles ao vivo não impressionou muito. Quem sim me impressionou foram os Soulfly, que apesar de eu não ser fã, demonstraram que ainda estão cheios de energia e conseguem pôr uma multidão a saltar. Até houve um encontro de gerações em palco, com o filho do vocalista a vir cantar uma música. Foi enternecedor vêr que o puto consegue dar uns urros tão aterradores como os do pai. Notava-se que havia por ali muitos fãs dos Korn, e eles deram um grande concerto, não desiluriram. Mas antes dos Korn actou outra grande banda, portuguesa, e muito mal amada. Não percebo porquê, já andam por aí à muito tempo e a fazer coisas bastante inovadoras. Se calhar é esse o problema, os Bizarra Locomotiva devem ser uns incompreendidos. Grande prestação para os Bizarra, é sempre um prazer vê-los ao vivo.
No segundo dia ainda cheguei mais tarde, tinha vontade de ver os Alice in Chains. Aquilo deve ser uma fantochada, com outro bacano a cantar mas queria vêr para poder dizer mal, já não deu. A minha preferência era claramente para vêr os Placebo, tudo o resto ficou um pouco para segundo plano. Foi uma grata surpresa quando me apercebi que os X-Wife estavam a tocar no palco secundário. E eram uns X-Wife muito mudados em relação aos que vi recentemente no Lux. Parece que conseguiram encaixar o baterista na banda, e isso abriu uma dimensão completamente nova, fenomenal na música deles. Com as programações e os loops de lado, é o bateria que marca o ritmo frenético das músicas (ja disse e repito, o homem deve ter saído duma banda de death ou speed metal). Um som muito mais orgânico e vital, onde as guitarras e a voz estridente encaixam perfeitamente gerando um todo muito mais homógeneo. Até aqui tudo muito bom, mas mais uma vez tenho de censurar a organização. A obsessão pelos horários, e a limitações de tempo têm de ter limites, no meio de um concerto excelente em que os X-Wife apenas estavam a começar com o público ao rubro cortaram o som, deixando o vocalista a falar para o boneco. Deplorável. Os Placebo entraram a seguir, e entraram em força, com as canções com mais garra do último album. Sempre num ritmo frenético continuaram com o Meds, também deu direito a alguns clássicos, a acabar com Nancy Boy para encore. Uma música de encore, só uma. Também tinham o tempo contado pois. Noite a acabar com Tool, que não sei se alguem se lembra começaram na mesma altura dos Nirvana, nunca tiveram o reconhecimento que a música deles merece. Parace que hoje em dia finalmente estão a amassar uma legião de fãs, em portugal inclusive.
Mas vou falar de música, que foi isso que lá fui fazer. No primeiro dia cheguei a meio do concerto dos Moonspell, não puxou muito por mim, se calhar por nunca ter sido grande fã, mas acho que a prestação deles ao vivo não impressionou muito. Quem sim me impressionou foram os Soulfly, que apesar de eu não ser fã, demonstraram que ainda estão cheios de energia e conseguem pôr uma multidão a saltar. Até houve um encontro de gerações em palco, com o filho do vocalista a vir cantar uma música. Foi enternecedor vêr que o puto consegue dar uns urros tão aterradores como os do pai. Notava-se que havia por ali muitos fãs dos Korn, e eles deram um grande concerto, não desiluriram. Mas antes dos Korn actou outra grande banda, portuguesa, e muito mal amada. Não percebo porquê, já andam por aí à muito tempo e a fazer coisas bastante inovadoras. Se calhar é esse o problema, os Bizarra Locomotiva devem ser uns incompreendidos. Grande prestação para os Bizarra, é sempre um prazer vê-los ao vivo.
No segundo dia ainda cheguei mais tarde, tinha vontade de ver os Alice in Chains. Aquilo deve ser uma fantochada, com outro bacano a cantar mas queria vêr para poder dizer mal, já não deu. A minha preferência era claramente para vêr os Placebo, tudo o resto ficou um pouco para segundo plano. Foi uma grata surpresa quando me apercebi que os X-Wife estavam a tocar no palco secundário. E eram uns X-Wife muito mudados em relação aos que vi recentemente no Lux. Parece que conseguiram encaixar o baterista na banda, e isso abriu uma dimensão completamente nova, fenomenal na música deles. Com as programações e os loops de lado, é o bateria que marca o ritmo frenético das músicas (ja disse e repito, o homem deve ter saído duma banda de death ou speed metal). Um som muito mais orgânico e vital, onde as guitarras e a voz estridente encaixam perfeitamente gerando um todo muito mais homógeneo. Até aqui tudo muito bom, mas mais uma vez tenho de censurar a organização. A obsessão pelos horários, e a limitações de tempo têm de ter limites, no meio de um concerto excelente em que os X-Wife apenas estavam a começar com o público ao rubro cortaram o som, deixando o vocalista a falar para o boneco. Deplorável. Os Placebo entraram a seguir, e entraram em força, com as canções com mais garra do último album. Sempre num ritmo frenético continuaram com o Meds, também deu direito a alguns clássicos, a acabar com Nancy Boy para encore. Uma música de encore, só uma. Também tinham o tempo contado pois. Noite a acabar com Tool, que não sei se alguem se lembra começaram na mesma altura dos Nirvana, nunca tiveram o reconhecimento que a música deles merece. Parace que hoje em dia finalmente estão a amassar uma legião de fãs, em portugal inclusive.
quarta-feira, maio 24
Um Portátil para cada Criança
Nicholas Negroponte é o responsável à frente do Media Lab no MIT. O homem é um guru, e está envolvido em vários projectos inovadores. Um deles é o projecto OLPC (One Laptop per Child). O objectivo é levar a alfabetização das crianças em situação desfavorecida um degrau mais acima. Além de ensinar a lêr e a escrever, dar-lhes a opurtunidade de tomarem contacto com a Informática e as Tecnologias de Informação.
Este objectivo é extraordinariamente ambicioso, implica oferecer equipamento informático a cada criança, por isso uma das premissas essenciais para a sua realização é o desenvolvimento de um computador com um preço razoável que possa ser distribuído em larga escala de forma gratuita. Os primeiros planos apontavam para um portátil com um custo de 100 dólares por unidade. Houve muita gente a criticar a viabilidade do projecto, classificando-o de impossível. Uma dessas pessoas foi Bill Gates, que é conhecido por organizar festas de caridade e fazer-se passar por filantropo, mas neste caso convinha-lhe dizer mal. O portátil é feito com hardware barato, e o sistema operativo tem de ser grátis, para não aumentar os custos, por isso o Windows e a Microsoft ficam de fora. A boa notícia para as crianças de todo o Mundo é que o primeiro protótipo a funcionar já existe, a prova que esta é uma iniciativa com pernas para andar. Bravo!
Este objectivo é extraordinariamente ambicioso, implica oferecer equipamento informático a cada criança, por isso uma das premissas essenciais para a sua realização é o desenvolvimento de um computador com um preço razoável que possa ser distribuído em larga escala de forma gratuita. Os primeiros planos apontavam para um portátil com um custo de 100 dólares por unidade. Houve muita gente a criticar a viabilidade do projecto, classificando-o de impossível. Uma dessas pessoas foi Bill Gates, que é conhecido por organizar festas de caridade e fazer-se passar por filantropo, mas neste caso convinha-lhe dizer mal. O portátil é feito com hardware barato, e o sistema operativo tem de ser grátis, para não aumentar os custos, por isso o Windows e a Microsoft ficam de fora. A boa notícia para as crianças de todo o Mundo é que o primeiro protótipo a funcionar já existe, a prova que esta é uma iniciativa com pernas para andar. Bravo!

terça-feira, maio 23
Selecção Nacional a Colaborar com Criminosos
É verdade, segundo a FEVIP (Federação de Editores de Videogramas), Nuno Gomes anda a colaborar com criminosos! Os senhores estão indignados porque certos elementos da selecção arranjaram uns filmezinhos para a malta vêr durante o estágio, nada mais normal acho eu... O problema é que os filmes em questão ainda só podem ser vistos no Cinema, são obviamente piratas. Toda a gente o faz, é uma coisa banal copiar uns filmes e umas músicas, mas Petit e Nuno Gomes meteram a pata na poça quando foram gabar-se disso para a televisão. Com a quantidade de apreensões e rusgas que por aí anda podiam ter ficado em maus lençóis. A sorte deles é que são jogadores da bola (e famosos) por isso foram desculpados, parece que ninguém vai apresentar queixa, mas de passarem por tolos já não se livram.

domingo, maio 21
Código de Da Vinci
O livro de Dan Brown mexeu com muita coisa e muita gente, veio abalar alguns dogmas da Igresa Apostólica Romana. No entanto não se trata de mais que um romance histórico, pega-se em meia duzía de factos históricos e personagens reais e põe-se a marinar, acrescenta-se uma história de detectives bem suculenta, junta-se aventura quanto baste e uma pitada de controvérsia. Mas a receita resultou muito bem no Código de Da Vinci e abriu os olhos de meio mundo para os escritos da Bíblia e para certas instituições da Igreja Católica que cultivam um estatuto reservado, com práticas ocultas, quase de sociedade secreta.
Campeão de vendas imediato, o filão está a ser explorado ao máximo, como seria de esperar. Após o livro, o filme já está nos ecrãs de cinema. Diz quem já foi ver que não é nada de especial a adaptação. Dentro em breve (a tempo das compras de Natal concerteza) vamos ter o videojogo.
Mas a parte histórica em que se baseia a premissa do filme merecem a nossa curiosidade. A relação entre Jesus Cristo e Maria Madalena, pode não ter sido aquela que nos é transmitida no concepção tradicional do mito. Encontrei um documentário da National Geographic que tenta aprofundar um pouco a realidade por trás do mito. O documentário está disponível em cinco partes no YouTube. Deixo aqui a primeira para vos abrir o apetite.
Campeão de vendas imediato, o filão está a ser explorado ao máximo, como seria de esperar. Após o livro, o filme já está nos ecrãs de cinema. Diz quem já foi ver que não é nada de especial a adaptação. Dentro em breve (a tempo das compras de Natal concerteza) vamos ter o videojogo.
Mas a parte histórica em que se baseia a premissa do filme merecem a nossa curiosidade. A relação entre Jesus Cristo e Maria Madalena, pode não ter sido aquela que nos é transmitida no concepção tradicional do mito. Encontrei um documentário da National Geographic que tenta aprofundar um pouco a realidade por trás do mito. O documentário está disponível em cinco partes no YouTube. Deixo aqui a primeira para vos abrir o apetite.
Life Wasted
Os Pearl Jam sempre foram generosos com os fãs, nunca se chatearam com os bootlegs, até os estimularam. Lembro-me daquela digressão que todos os concertos foram lançados em CD, um deles o segundo concerto em Portugal. Agora resolveram-nos oferecer o novo videoclip. Sim oferecer, porque podemos vê-lo livre de direitos de emissão nem de cópia. O videoclip foi lançado sob a licença Creative Commons, que protege os direitos de autor, impedindo a criação de obras derivadas, mas não implica o pagamento de royalties. Até 24 de Maio está disponível no Google Video, a partir daí continua a ser legal manter uma cópia e partilha-lo.
terça-feira, maio 16
One Art
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
Elizabeth Bishop
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
Elizabeth Bishop
Cowparade Lisboa
Para quem não reparou as vacas invadiram Lisboa, mas não são vacas normais é uma manada de bovinos artísticos. Em tamanho real e construídas em fibra de vidro, pintadas, transformadas e excentricamente vestidas pelos mais diversos criadores. As vacas estão pelas ruas e avenidas de Lisboa, dando o relevo ao acesso à cultura para todos, gratuitamente. As vacas serão mais tarde vendidas, e os fundos amealhados entregues as causas de mecenato. Hoje fui dar uma volta pela Baixa e já é possível observar as simpáticas vaquinhas que fizeram sucesso entre os transeuntes que deambulam por ali.

segunda-feira, maio 15
Faces da Globalização
Quando se fala em globalização quase sempre se associa a palavra ao avanço inexorável de determinados interesses económicos à escala mundial. O Domínio das multinacionais que atravessa fronteiras físicas, religiosas e culturais. Uma espécie de descaracterização e homogeneização das sociedades tradicionais vergando-se à força do marketing e da comunicação globais.
Em termos de comércio, a facilidade de produtos produzidos do outro lado do mundo chegarem às nossas montras e às nossas casas a preços muito mais baratos que os nossos está à vista. Alguma Indústria Portuguesa apostou nos preços baixos como forma de competir, mas hoje em dia é impossível competir com países como a China nesses termos. Já era possível adivinhar que isto iria acontecer à muito tempo, claro está que os industrais que seguiram essa via estão neste momento muito preocupados, ou até já com problemas de solvência financeira.
Mas há uma outra face da globalização e Portugal tem que acordar para ela. Num mundo em que a informação flui à velocidade da luz já não é preciso estar localizado nos centros nevrálgicos de comércio e decisão para ter uma participação activa e produzir ideias úteis. Já não é necessário ir a Nova Iorque para jogar na bolsa em Wall Street, já não é preciso ter um edifício em Silicon Valley para produzir tecnologia de ponta.
Este lado positivo da glozalização de que falo veio nivelar oportunidades, não só entre países ricos e países pobres (com recursos ou sem recursos) mas também entre pessoas. Através do meu blog consigo que as minhas opiniões cheguem a todos os cantos do mundo. No meu trabalho mantenho máquinas que prestam serviços, computadores que nunca vejo, mas os quais opero à distância. Há países que estão a aproveitar estas oportunidades para colar-se ao pelotão da frente no desenvolvimento económico. Os melhores exemplos, China e Índia. A China através da produção em larga escala de bens de consumo (incluíndo produtos de alta tecnologia), a preços muitos competitivos. A Ìndia ao apostar na prestação de serviços, no Outsourcing.
Este chavão do economês está extremamente na moda. O Outsourcing é transferência de uma parte da cadeia de valor de um produto ou serviço produzido por uma empresa, para uma entidade externa. Muitas vezes assiste-se também a uma deslocalização associada ao Outsourcing, quem efectua o serviço não necessita estar no mesmo sítio físico de quem o usufrui. Assim é possível transferir a prestação do serviço para uma localização com custos mais baixos (mão-de-obra e infra-estruturas), e que potencialmente pode até produzir um produto final de maior qualidade ou de forma mais eficiente. Quase tudo pode ser alvo para o Outsourcing. Serviços de Apoio ao Cliente, Helpdesk, Contabilidade, Serviços Administrativos são exemplos comuns. Com meios de comunicação eficientes não é necessário estar geográficamente perto do cliente final.
Assim chegamos a Évora, onde estão reunidas todas as condições perfeitas para o fornecimento de uma multitude de serviços, à escala nacional, ou mesmo mundial. A premissa principal, o capital humano e intelectual é assegurado pela presença na cidade da Universidade. A qualidade de vida, e o amplo espaço para a criação de infra-estruturas permite a fixação dessas pessoas, dando-lhes condições de trabalho óptimas. Já começou, o aparecimento de Call-Centers de várias empresas em Évora é apenas um dos sintomas visíveis de tudo isto que falo. Mas creio que há espaço para muito mais, impõe-se fazer uma aposta na investigação e desenvolvimento, criação de incentivos a empresas que se fixarem na cidade. Claro está, que também é necessário disponibilizar meios de comunicação, a famosa banda larga, e fazê-la chegar onde é preciso. Évora já não faz parte do Alentejo anacrónico e sub-desenvolvido, com um pouco de esforço acredito que é possível eliminar de vez esse lugar comum, mudar a visão tradicional sobre a nossa região.
Em termos de comércio, a facilidade de produtos produzidos do outro lado do mundo chegarem às nossas montras e às nossas casas a preços muito mais baratos que os nossos está à vista. Alguma Indústria Portuguesa apostou nos preços baixos como forma de competir, mas hoje em dia é impossível competir com países como a China nesses termos. Já era possível adivinhar que isto iria acontecer à muito tempo, claro está que os industrais que seguiram essa via estão neste momento muito preocupados, ou até já com problemas de solvência financeira.
Mas há uma outra face da globalização e Portugal tem que acordar para ela. Num mundo em que a informação flui à velocidade da luz já não é preciso estar localizado nos centros nevrálgicos de comércio e decisão para ter uma participação activa e produzir ideias úteis. Já não é necessário ir a Nova Iorque para jogar na bolsa em Wall Street, já não é preciso ter um edifício em Silicon Valley para produzir tecnologia de ponta.
Este lado positivo da glozalização de que falo veio nivelar oportunidades, não só entre países ricos e países pobres (com recursos ou sem recursos) mas também entre pessoas. Através do meu blog consigo que as minhas opiniões cheguem a todos os cantos do mundo. No meu trabalho mantenho máquinas que prestam serviços, computadores que nunca vejo, mas os quais opero à distância. Há países que estão a aproveitar estas oportunidades para colar-se ao pelotão da frente no desenvolvimento económico. Os melhores exemplos, China e Índia. A China através da produção em larga escala de bens de consumo (incluíndo produtos de alta tecnologia), a preços muitos competitivos. A Ìndia ao apostar na prestação de serviços, no Outsourcing.
Este chavão do economês está extremamente na moda. O Outsourcing é transferência de uma parte da cadeia de valor de um produto ou serviço produzido por uma empresa, para uma entidade externa. Muitas vezes assiste-se também a uma deslocalização associada ao Outsourcing, quem efectua o serviço não necessita estar no mesmo sítio físico de quem o usufrui. Assim é possível transferir a prestação do serviço para uma localização com custos mais baixos (mão-de-obra e infra-estruturas), e que potencialmente pode até produzir um produto final de maior qualidade ou de forma mais eficiente. Quase tudo pode ser alvo para o Outsourcing. Serviços de Apoio ao Cliente, Helpdesk, Contabilidade, Serviços Administrativos são exemplos comuns. Com meios de comunicação eficientes não é necessário estar geográficamente perto do cliente final.
Assim chegamos a Évora, onde estão reunidas todas as condições perfeitas para o fornecimento de uma multitude de serviços, à escala nacional, ou mesmo mundial. A premissa principal, o capital humano e intelectual é assegurado pela presença na cidade da Universidade. A qualidade de vida, e o amplo espaço para a criação de infra-estruturas permite a fixação dessas pessoas, dando-lhes condições de trabalho óptimas. Já começou, o aparecimento de Call-Centers de várias empresas em Évora é apenas um dos sintomas visíveis de tudo isto que falo. Mas creio que há espaço para muito mais, impõe-se fazer uma aposta na investigação e desenvolvimento, criação de incentivos a empresas que se fixarem na cidade. Claro está, que também é necessário disponibilizar meios de comunicação, a famosa banda larga, e fazê-la chegar onde é preciso. Évora já não faz parte do Alentejo anacrónico e sub-desenvolvido, com um pouco de esforço acredito que é possível eliminar de vez esse lugar comum, mudar a visão tradicional sobre a nossa região.
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economia,
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Divagações & Opiniões
Desde rapazola que estive ligado ao associativismo juvenil, intercâmbios, concertos, exposições, feiras. Comecei a gostar de assistir, mais tarde participar, um belo dia quando dei por mim já andava a organizar eventos. Não me posso gabar de ter muito jeito para a coisa, mas na Associação Juvenil Doutor Jardim aprendi muito, além de ter feito muitos amigos. Hoje estou definitivamente fixado em Lisboa, demasiado longe de Vila Viçosa para dar o meu contributo no dia-a-dia, mas sempre que posso gosto de tentar ajudar. Foi com o todo o gosto que aceitei o convite para participar no projecto de colaboração entre a AJDJ e o Diário do Sul, que irá publicar regularmente notícias sobre o panorâma cultural no concelho de Vila Viçosa, as actividades da própria Associação, e alguns artigos de opinião de colaboradores mais próximos. Irei publicar em pararelo os artigos aqui, mas há que ter em conta que foram escritos a pensar num suporte diferente, o papel, e dirigidos a um público mais generalizado.
Hoje deixo aqui o meu primeiro artigo, nele falo da globalização, vocábulo muito na moda hoje em dia, que vem facilmente vem à baila a propósito disto ou daquilo. Apesar disso acho que as pessoas ainda não entenderam o que é a globalização, e como ela está a mudar o mundo em que vivemos. Mais importante ainda, não ententederam que ela é um factor de equilíbrio que nos dá a possibilidade de recuperar o atraso em relação a regiões mais desenvolvidas. Para aprofundar um pouco mais as ideias que tento transmitir no meu texto aconselha-se a leitura do livro "O Mundo é Plano", de Thomas L. Friedman.
Hoje deixo aqui o meu primeiro artigo, nele falo da globalização, vocábulo muito na moda hoje em dia, que vem facilmente vem à baila a propósito disto ou daquilo. Apesar disso acho que as pessoas ainda não entenderam o que é a globalização, e como ela está a mudar o mundo em que vivemos. Mais importante ainda, não ententederam que ela é um factor de equilíbrio que nos dá a possibilidade de recuperar o atraso em relação a regiões mais desenvolvidas. Para aprofundar um pouco mais as ideias que tento transmitir no meu texto aconselha-se a leitura do livro "O Mundo é Plano", de Thomas L. Friedman.
sexta-feira, maio 12
Lisboa Downtown 2006
É já amanhã dia 13 que Alfama vai servir de cenário a mais um Lisboa Downtown, uma descida em bicicleta do meu bairro. Quem conhece as ruelas estreitas e inclinadas de Alfama sabe que a prova é espectacular, única no género. Além do já de si difícil percurso a descer, ainda existem obstáculos espalhados pelo trajecto.
So é pena que a Organização do evento e a Câmara Municial de Lisboa não se tenham lembrado de avisar os moradores da zona. Os lugares de estacionamento estão todos ocupados pela logística do evento, sem alternativas à vista. A minha sorte é que eu não tenho preconceitos em improvisar e atirar o meu carro para cima de qualquer passeio que apareça...
So é pena que a Organização do evento e a Câmara Municial de Lisboa não se tenham lembrado de avisar os moradores da zona. Os lugares de estacionamento estão todos ocupados pela logística do evento, sem alternativas à vista. A minha sorte é que eu não tenho preconceitos em improvisar e atirar o meu carro para cima de qualquer passeio que apareça...

Multa na Praia
Este ano a época balnear abriu em grande, com a atribuição de mais 16 bandeiras azuis, totalizando 207 praias no nosso país com este símbolo de qualidade. Além disso existe nova legislação que obriga os banhistas a respeitar as indicações dos salva vidas relativamente ao estado do mar. Ignorar a bandeira vermelha e a bandeira amerela pode dar multa. Claro que também existem regras que responsabilizam o nadador-salvador por vigiar a sua tira de praia. Mas a parte do diploma que penso que era mais urgente, e com a qual concordo plenamente, é castigar quem utilize material de desporto náutico, (motas de água por exemplo) fora das zonas permitidas. Aquele bacano armado em bom, que despreza os banhistas, anda por ali a acelerar e largar cheiro a gasolina enquanto exibe a mota de água às garinas também já pode ser multado. Já não era sem tempo!

quinta-feira, maio 11
Elefant - Misfit
Andava eu a brincar com o Google Video quando descobri que eles também têm videos musicais. A maioria deles está disponível apenas a pagantes, mas temos sempre opurtunidade de ver uma amostra grátis. Existem também uns poucos que são livres, deixo aqui um deles. Os Elefant têm um album novo este ano, que vale a pena ouvir, a canção que aqui vos deixo Misfit é do album de 2003, "Sunlight Makes Me Paranoid".
terça-feira, maio 9
A Refinaria Vai ter de Esperar
Quero dizer claramente que se o projecto da refinaria Vasco da gama não for reformulado, o Governo não vai apoiar. E não vai apoiar porque do ponto de vista das emissões de co2 e da composição dos incentivos financeiros na actual versão não se justifica, afirmou o ministro da Economia, Manuel Pinho, à margem da Conferência "Portugal em Exam", promovida pela revista "Exame".
domingo, maio 7
Ena Pá 2000 no Maxim
As sextas-feiras são sempre dias tramados, um gajo já está farto da semana de trabalho que passou, cansado mas cheio de vontade de ir para a rebaldaria. Esta sexta em particular estava sem planos, mas à ultima da hora apareceu um convite irrecusável. Para ir assistir a mais um concerto dos Ena Pá que na sexta actuaram no Maxim, e ontem passaram pelo Maus Hábitos no Porto. Digo mais um concerto porque já assisti a muitos, e vale sempre a pena. Na altura que eles eram habituais no Ritz Club fui lá várias vezes, ver os Epa Pá e os Catita, participar na festa da música e rir-me à gargalhada.
Entretanto o Ritz fechou, eles andaram uns tempos sem "casa" onde fazer os seus concertos e receber os amigos. Mas agora Manuel João Vieira está a dar a cara pelo antigo Cabaret Maxim. Ultimamente têm-se realizados lá muitos concertos, de bandas mais ou menos conhecidas. Estou farto de ouvir falar do concerto do José Cid que houve por lá, já várias pessoas me disseram que foi o "concerto do ano", tenho as minhas reservas... mas deve ter sido no mínimo engraçado! Ainda não conhecia o espaço, mas assim que entramos no Maxim somos transportados para outra realidade. Os pretos e os vermelhos dominantes na decoração, os brilhantes, os espelhos são indicação clara que nos encontramos num local com um espírito duvidoso, um Cabaret ou casa de meninas. É fácil olhar à volta, e imaginar aquele local povoado por raparigas ansiosas por nos agradar, gangsters recostados a beber um copo, e outra fauna típica dum filme negro.
Como sempre o grupo entrou em palco já muito atrasado, o pessoal todo a chegar à ultima da hora. Depois começam a tocar e dá para ver que estão com pressa para se embebedar, todos a emborcar whiskys e cervejolas quanto baste. Assim que soaram os primeiros acordes do "Masturbação" o público entrou em extâse, e a festa começou. Seguiram-se algumas das canções mais conhecidas, algumas pedidas insistentemente pelo público... Ao que parece "Marilú" é a preferida, com todas a vozes a gritar "quero ir-te ao cú"! Como é habitual, Lello Minsk não se lembrava das letras de nada, andava sempre às voltas no seu caderninho à procura da próxima canção, outras vezes era ajudado pelo público, mas o melhor é mesmo quando ele se põe a inventar. A música dos Ena Pá é uma espécie de reinterpretação de algumas músicas bem conhecidas, umas mais clássicas que outras, mas todas bem reconhecíveis. Eles adaptam-nas e tornam-nas nossas, bem brejeiras, num estilo bem português. Misturando a crítica social e política com os palavrões e o mau gosto, a receita faz sucesso.
Além de todas estas coisas, foi um concerto especial, porque estavam lá todos. Eles costumam andar por aí espalhados, como dizia Manuel João, mas desta vez estavam cá todos. O Gimba tinha abandonado estas andanças, mas estava lá, o baterista original também teve opurtunidade de ir tocar alguns temas, em substituição do actual. As valquírias continuam boazonas ao fim destes anos todos... Só houve uma coisa que foi pena, o concerto soube a pouco. Normalmente eles tocam até toda a gente se fartar, já assisti a concertos de cinco horas... na sexta ficaram-se pelas duas horas e meia, com intervalos pelo meio. O que importa é que foi bom para todos os que participaram. Eu sou o grão de noz moscada no empadão do amor!
Entretanto o Ritz fechou, eles andaram uns tempos sem "casa" onde fazer os seus concertos e receber os amigos. Mas agora Manuel João Vieira está a dar a cara pelo antigo Cabaret Maxim. Ultimamente têm-se realizados lá muitos concertos, de bandas mais ou menos conhecidas. Estou farto de ouvir falar do concerto do José Cid que houve por lá, já várias pessoas me disseram que foi o "concerto do ano", tenho as minhas reservas... mas deve ter sido no mínimo engraçado! Ainda não conhecia o espaço, mas assim que entramos no Maxim somos transportados para outra realidade. Os pretos e os vermelhos dominantes na decoração, os brilhantes, os espelhos são indicação clara que nos encontramos num local com um espírito duvidoso, um Cabaret ou casa de meninas. É fácil olhar à volta, e imaginar aquele local povoado por raparigas ansiosas por nos agradar, gangsters recostados a beber um copo, e outra fauna típica dum filme negro.
Como sempre o grupo entrou em palco já muito atrasado, o pessoal todo a chegar à ultima da hora. Depois começam a tocar e dá para ver que estão com pressa para se embebedar, todos a emborcar whiskys e cervejolas quanto baste. Assim que soaram os primeiros acordes do "Masturbação" o público entrou em extâse, e a festa começou. Seguiram-se algumas das canções mais conhecidas, algumas pedidas insistentemente pelo público... Ao que parece "Marilú" é a preferida, com todas a vozes a gritar "quero ir-te ao cú"! Como é habitual, Lello Minsk não se lembrava das letras de nada, andava sempre às voltas no seu caderninho à procura da próxima canção, outras vezes era ajudado pelo público, mas o melhor é mesmo quando ele se põe a inventar. A música dos Ena Pá é uma espécie de reinterpretação de algumas músicas bem conhecidas, umas mais clássicas que outras, mas todas bem reconhecíveis. Eles adaptam-nas e tornam-nas nossas, bem brejeiras, num estilo bem português. Misturando a crítica social e política com os palavrões e o mau gosto, a receita faz sucesso.
Além de todas estas coisas, foi um concerto especial, porque estavam lá todos. Eles costumam andar por aí espalhados, como dizia Manuel João, mas desta vez estavam cá todos. O Gimba tinha abandonado estas andanças, mas estava lá, o baterista original também teve opurtunidade de ir tocar alguns temas, em substituição do actual. As valquírias continuam boazonas ao fim destes anos todos... Só houve uma coisa que foi pena, o concerto soube a pouco. Normalmente eles tocam até toda a gente se fartar, já assisti a concertos de cinco horas... na sexta ficaram-se pelas duas horas e meia, com intervalos pelo meio. O que importa é que foi bom para todos os que participaram. Eu sou o grão de noz moscada no empadão do amor!

quinta-feira, maio 4
O Irão Ainda Explode
A comunidade Internacional (especialmente os EUA) anda muito preocupados porque o Irão poderá já dispôr da tecnologia e materiais necessários à construção de armas nucleares. Pelas contas dos americanos dentro de 15 meses a bomba estará pronta. A ONU já tomou acção, foram impostas sanções económicas ao Irão. Como seria de esperar, não há nenhuma limitação à exportação de pretóleo... Entretanto os EUA foram mais firmes e já ameaçaram com uma "reacção rápida" caso os iranianos prossigam com os seus planos...

Energia Para Mudar

O MIT (sim a Universidade Americana que ia ajudar o Sócrates a trazer Portugal pró século XXI) apresentou recentemente os resultados dum estudo sobre a utilização de fontes de energia mais limpas e eficientes. O relatório final do estudo que demorou um ano a concluir faz um apelo para que a transição para fontes de energia alternativas (ao pretóleo) seja acelerada. Essa transição pode levar até 50 anos e é segundo os autores uma das tarefas mais urgentes do nosso tempo. Entretanto nove estados Americanos processaram a Administação Bush por alegadamente ter infrigido leis federais que regulam os gastos energéticos.
Entretanto por cá a despesa do país com o pretóleo continua a aumentar. Representava cerca de 3,4% do PIB o ano passado, e prevê-se que continue a aumentar, talvez para 4% se a média de preços se mantiver...
terça-feira, maio 2
Sines, e o Fim (do Petróleo)
Tem-se falado muito da construção de uma nova refinaria em Sines pelo empresário Patrick Monteiro de Barros. Há certos sectores da sociedade, por exemplo a autarquia de Sines e os investidores, que consideram que estão a ser levantados demasiados entraves ao projecto. Segundo eles, a nova unidade industrial irá gerar emprego, e proporcionar desenvolvimento económico à região.
Os chatos dos ambientalistas e dos gajos de esquerda, estão-se sempre a queixar. A nova refinaria irá produzir uns míseros 2,5 milhões de toneladas de CO2, que podem ir até aos 6 caso se decida construir também uma central de cogeração. Que efeitos terá a central sobre Sines e a Costa Alentejana, será mesmo uma criação de riqueza, ou uma degradação do ambiente e da qualidade de vida das populações. Mas além disso há que contar com outra coisa, o Tratado de Quioto, que Portugal assinou prevê cotas de emissões de gases poluentes. A cota portuguesa irá ser esgotada com este empreendimento. Além disso, é necessário pagar um valor monetário pela licença para emitir os tais gases, qualquer coisa como 180 milhões de euros por ano. O representante de Patrick de Barros já manifestou que não está interessado em pagar esta licença, nós (o Estado) que paguemos. Isto por uma estrutura que irá servir o mercado externo, e não as necessidades energéticas nacionais.
Uma coisa é certa, no contexto actual os lucros das petrolíferas não param de subir. Com o aproximar rápido do fim das reservas de crude, e o ambiente explosivo que se vive no Médio Oriente quem sabe o que o futuro nos reserva. Já não se trata do Mundo que vamos deixar aos nossos filhos, trata-se do mundo onde vamos viver amanhã. Visões pós-apocalipticas que vimos no Cinema, como em Mad Max e Waterworld são apenas conjecturas. Mas recomenda-se a leitura deste artigo científico, que avança com alguns cenários para o Dia do Juízo Final.
Os chatos dos ambientalistas e dos gajos de esquerda, estão-se sempre a queixar. A nova refinaria irá produzir uns míseros 2,5 milhões de toneladas de CO2, que podem ir até aos 6 caso se decida construir também uma central de cogeração. Que efeitos terá a central sobre Sines e a Costa Alentejana, será mesmo uma criação de riqueza, ou uma degradação do ambiente e da qualidade de vida das populações. Mas além disso há que contar com outra coisa, o Tratado de Quioto, que Portugal assinou prevê cotas de emissões de gases poluentes. A cota portuguesa irá ser esgotada com este empreendimento. Além disso, é necessário pagar um valor monetário pela licença para emitir os tais gases, qualquer coisa como 180 milhões de euros por ano. O representante de Patrick de Barros já manifestou que não está interessado em pagar esta licença, nós (o Estado) que paguemos. Isto por uma estrutura que irá servir o mercado externo, e não as necessidades energéticas nacionais.
Uma coisa é certa, no contexto actual os lucros das petrolíferas não param de subir. Com o aproximar rápido do fim das reservas de crude, e o ambiente explosivo que se vive no Médio Oriente quem sabe o que o futuro nos reserva. Já não se trata do Mundo que vamos deixar aos nossos filhos, trata-se do mundo onde vamos viver amanhã. Visões pós-apocalipticas que vimos no Cinema, como em Mad Max e Waterworld são apenas conjecturas. Mas recomenda-se a leitura deste artigo científico, que avança com alguns cenários para o Dia do Juízo Final.

Sair do Inverno e Entrar no Verão
Fim de semana grande, sol, calor. Já quase parecia Verão, hoje ao voltar ao trabalho doeu mais que normal. O fim de semana foi no Alentejo, com direito a uma incursão na natureza, a melhor parte foi contemplar o pôr-do-sol no meio do campo. Subir a uma colina, abancar-se na eira e ficar a ouvir os diálogos. Os pássaros escondidos nas árvores, a ovelhas ao longe, e claro o ocasional acelera ao longe a tocar a sua buzina todo contente. Encostar-se a observar luminusidade do dia a esbater-se em tons dourados, o Sol desaparece e tráz a lua a reboque, puxa-a para o nosso campo de visão e atrás dela vem a noite. Se apreciarmos os 180º do panorama temos Dourado, azul, azul escuro, ao longe as luzes das povoações próximas marcam a chegada a noite. Ao assistir até parece que Aritóteles tinha razão, e a esfera celeste roda à nossa volta, num ciclo interminável que só existe para nosso deleite.
Ontem dia do trabalhador, voltar para Lisboa para evitar o trânsito, e aproveitar para fazer o primeiro dia de praia do ano. Foi bom, também deu para dar a primeira pançada do ano, toda a gente se lembrou do mesmo e já deu para provar também as filas do costume para voltar da Costa. Dizem que "mais vale um péssimo dia de praia, que um bom dia de trabalho", a frase até soa bem, não é necessariamente assim, mas... hoje apetecia-me pegar no portátil abandonar a minha mesa, a secretária, a janela de vidro e ir para a beira-mar já aqui tão pertinho.
As mini-férias ainda chegaram para ceder ao impulso consumista, passar na Fnac a reabastecer o stock de livros, comprar bilhetes para o Super Bock e para os Pearl Jam. Ficou um bocado caro, mas quis comprar já para os dois, parece que começou uma corrida, mais de cinco mil bilhetes vendidos durante o fim de semana para ir assistir ao concerto de Eddie Vedder e companhia ao Pavilhão Atlântico, eu já tenho o meu lugar na plateia. O albúm novo sai hoje, depois de o single ter sido disponibilizado como mp3 já há algum tempo. Fiquei foi com vontade de comprar bilhetes para os dois dias no Atlântico!
Ontem dia do trabalhador, voltar para Lisboa para evitar o trânsito, e aproveitar para fazer o primeiro dia de praia do ano. Foi bom, também deu para dar a primeira pançada do ano, toda a gente se lembrou do mesmo e já deu para provar também as filas do costume para voltar da Costa. Dizem que "mais vale um péssimo dia de praia, que um bom dia de trabalho", a frase até soa bem, não é necessariamente assim, mas... hoje apetecia-me pegar no portátil abandonar a minha mesa, a secretária, a janela de vidro e ir para a beira-mar já aqui tão pertinho.
As mini-férias ainda chegaram para ceder ao impulso consumista, passar na Fnac a reabastecer o stock de livros, comprar bilhetes para o Super Bock e para os Pearl Jam. Ficou um bocado caro, mas quis comprar já para os dois, parece que começou uma corrida, mais de cinco mil bilhetes vendidos durante o fim de semana para ir assistir ao concerto de Eddie Vedder e companhia ao Pavilhão Atlântico, eu já tenho o meu lugar na plateia. O albúm novo sai hoje, depois de o single ter sido disponibilizado como mp3 já há algum tempo. Fiquei foi com vontade de comprar bilhetes para os dois dias no Atlântico!

quarta-feira, abril 26
Apito Dourado, Que Desilusão
Afinal a malta do futebol é toda inocente! É que o se pode depreender do arquivamento dos processos originados pela famosa operação Apito Dourado. As pessoas indiciadas, incluindo dirigentes desportivos e árbitros foram completamente ilibadas, considerando-se que não há prova de qualquer acto ilícito. Inclusivamente Valentim Loureiro, o homem que gosta de ser tratado por Major, já disse em declarações à comunicação social que pretende processar o Estado português por perdas e danos...

terça-feira, abril 25
25 de Abril
O que é que significa hoje em dia a revolução do cravos? Será que as pessoas ainda dão o devido valor ao evento e ao que ele significa? Assiste-se cada vez mais a um distaciamento das pessoas em relação à política e às decisões que lhes afectam o dia a dia e o futuro. Já me aconteceu escutar conversas do género "no tempo do Salazar é que era bom", será que as pessoas se dão conta do significado do que dizem? Será que o povo quer voltar ao Portugal feudal e atrasado, à censura e ao controlo da informação. Restam ainda muitos vícios do Estado Novo, introduziram-se mais alguns com a Democracia, a cunha, o amiguismo, o aproveitamente de fundos públicos para o lucro pessoal. Pelo menos hoje em dia as Fátimas Felgueiras deste país são denunciadas. É pena é que as pessoas estejam a perder cada vez mais a sua consciência política.
No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Vampiros (José Afonso)
No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Vampiros (José Afonso)
segunda-feira, abril 24
Pearl Jam de Regresso
Foi em 1996, 10 anos passou tanto tempo, no mítico Pavilhão Dramático de Cascais. O primeiro grande concerto a que assisti, marcou-me muito claro. Senti o que é uma sala apinhada de gente, o calor humano, a atmosfera, a energia de um concerto. Entretanto já aconteceram muitas coisas, o Dramático desapareceu, os Perl Jam mudaram um pouco, e fiquei mais velho.
Eles já voltaram a Portugal noutra ocasião, faltei a esse concerto. Mas vou ter opurtunidade de os revêr nos dias 4 ou 5 de Setembro no Pavilhão Atlântico. Acho que não vou perder, ainda para mais agora, que voltaram às origens. Ao rock cru e potente, o album novo carregado de mensagens para o senhor Bush e amiguinhos. Nos dias que correm há muita gente a mandar recados para o governo americano, Neil Young, uma das grandes referências de Eddie Vedder também voltou a editar recentemente. A canção de protesto está outra vez na moda.
Eles já voltaram a Portugal noutra ocasião, faltei a esse concerto. Mas vou ter opurtunidade de os revêr nos dias 4 ou 5 de Setembro no Pavilhão Atlântico. Acho que não vou perder, ainda para mais agora, que voltaram às origens. Ao rock cru e potente, o album novo carregado de mensagens para o senhor Bush e amiguinhos. Nos dias que correm há muita gente a mandar recados para o governo americano, Neil Young, uma das grandes referências de Eddie Vedder também voltou a editar recentemente. A canção de protesto está outra vez na moda.

sexta-feira, abril 21
O Dino despistou-se
Anda toda a gente muito comovida, morreu Francisco Adam, um tipo qualquer que era modelo. Foi um acidente que lhe tirou a vida, às 03:50 do dia 16 de Abril o carro onde seguia despistou-se na Nacional 118, mais duas pessoas ficaram gravemente feridas. O gajo ficou popular por ser o Dino dos Morangos com Acuçar, agora a legião de fãs chora, fazem-lhe homenagens e elogios póstumos. Morreram mais pessoas nas estradas portuguesas durante a Páscoa, morrem pessoas devido a acidentes de viação todos os dias, mas esses são facilmente esquecidos.
Eu gostaria de saber as cirscustâncias em que ocorreu a morte. Mas é impossível, os media apenas transmitem e amplificam a ideia da morte precoce de um grande actor (o futuro do rapaz era promissor claro, e tinha montes de talento), verdadeira informação não há. A TVI deve estar a adorar, isto é dinheiro em caixa, além da série de qualidade deplorável que o celebrizou, agora também podem vender telejornais, documentários, entrevistas, etc, etc, à custa do rapaz. Eu cá tenho uma opinião sobre o acidente, a evidente. Acho que ele vinha da discoteca às tantas da manhã com os amigos ou com algum engate, todo passado, sob o efeito de estupefacientes ou álcool ou ambos e saiu da estrada. A verdade, nunca iremos saber.
Eu gostaria de saber as cirscustâncias em que ocorreu a morte. Mas é impossível, os media apenas transmitem e amplificam a ideia da morte precoce de um grande actor (o futuro do rapaz era promissor claro, e tinha montes de talento), verdadeira informação não há. A TVI deve estar a adorar, isto é dinheiro em caixa, além da série de qualidade deplorável que o celebrizou, agora também podem vender telejornais, documentários, entrevistas, etc, etc, à custa do rapaz. Eu cá tenho uma opinião sobre o acidente, a evidente. Acho que ele vinha da discoteca às tantas da manhã com os amigos ou com algum engate, todo passado, sob o efeito de estupefacientes ou álcool ou ambos e saiu da estrada. A verdade, nunca iremos saber.
quinta-feira, abril 20
X-Wife no Lux
A primeira vez que ouvi os X-Wife achei a música engraçada, nada de extraordinariamente inovador, mas cheio de ritmo e energia. Bastante dançável, mas um pouco repetitivo, nota-se bastante bem que o som do primeiro album foi gerado a partir das máquinas. Mas uma coisa que eu não notei (e este é um elogio um bocado mau para se fazer) foi que eles eram portugueses, só o soube mais tarde. Afeiçoei-me às canções, agora oiço bastante.
Neste segundo album, tentaram acabar com a monotonia das programações e introduziram uma bateria. Fui à apresentação em Lisboa, no Lux. O público não era muito, mas deu para fazer a festa. Fomos logo avisados que era a estreia em concerto com o baterista presente.Faltou talvez um bocado de harmonia ou entendimento entre todos, mas não há nada a apontar ao desempenho individual de cada um. Grande som, muito som! Aliás, o volume estava mesmo muito alto, não o suficiente para o vocalista que de vez em quando lá estava a reclamar para a mesa de som: Mais Barulho! Mais Barulho! Mas havia um desiquilibrio, às vezes deixava-se de ouvir o baixo, ou a guitarra. A bateria ficava secundária em relação às batidas electrónicas que dominaram completamente. Se calhar simplesmente têm de tocar mais juntos, tornar a bateria parte da equação, o baterista que arranjaram até é bom, espero que consigam. Como curiosidade, a meio do concerto fiquei entusiasmado, a pensar que eles iam fazer uma versão, numa das músicas a bateria arrancou e pensei mesmo que iam tocar o "Hair of the Dog". Ainda tinha na cabeça a notícia dos Bauhaus concerteza.
Neste segundo album, tentaram acabar com a monotonia das programações e introduziram uma bateria. Fui à apresentação em Lisboa, no Lux. O público não era muito, mas deu para fazer a festa. Fomos logo avisados que era a estreia em concerto com o baterista presente.Faltou talvez um bocado de harmonia ou entendimento entre todos, mas não há nada a apontar ao desempenho individual de cada um. Grande som, muito som! Aliás, o volume estava mesmo muito alto, não o suficiente para o vocalista que de vez em quando lá estava a reclamar para a mesa de som: Mais Barulho! Mais Barulho! Mas havia um desiquilibrio, às vezes deixava-se de ouvir o baixo, ou a guitarra. A bateria ficava secundária em relação às batidas electrónicas que dominaram completamente. Se calhar simplesmente têm de tocar mais juntos, tornar a bateria parte da equação, o baterista que arranjaram até é bom, espero que consigam. Como curiosidade, a meio do concerto fiquei entusiasmado, a pensar que eles iam fazer uma versão, numa das músicas a bateria arrancou e pensei mesmo que iam tocar o "Hair of the Dog". Ainda tinha na cabeça a notícia dos Bauhaus concerteza.

Velhas Notícias e Mais Algumas Sugestões
Um gajo tenta manter-se informado, pensa que até sabe das coisas, e depois... percebe que afinal não sabe nada, está-se sempre a aprender. E felizmente aparecem novidades como esta já fora de prazo. Ultimamente não tenho ido procurar nada sobre Paredes de Coura, mas ontem em conversa casual já me contaram tudo o que interessa. Em que dias o Festival vai decorrer, de 14 a 17 de Agosto. E que por agora há apenas uma banda confirmada, os Bauhaus! Bora lá!
Há por aí mais uma série de bandas que bem podiam dar uma volta até cá no Verão. Hoje vou falar de mais duas, ambas com um cantinho no MySpace, por isso podem ir ouvir sem compromisso. Os She Wants Revenge têm um estilo curioso, a melhor definição que ouvi até agora foi que o som parecia um cruzamento de Interpol e Franz Ferdinand. O importante é que aquilo soa bem, e até é dançavel. Vão estar no Lisboa Soundz, dia 22 de Junho. Ouvi-os pela primeira vez na Radar, onde também ouvi a Fiona Apple. "The Extraordinary Machine" mereceu uma audição mais detalhada na Fnac, e não resisti a comprar o CD. A música é boa, mas o mais importante é a voz, poderosa e sensual. E aqueles olhos...
Há por aí mais uma série de bandas que bem podiam dar uma volta até cá no Verão. Hoje vou falar de mais duas, ambas com um cantinho no MySpace, por isso podem ir ouvir sem compromisso. Os She Wants Revenge têm um estilo curioso, a melhor definição que ouvi até agora foi que o som parecia um cruzamento de Interpol e Franz Ferdinand. O importante é que aquilo soa bem, e até é dançavel. Vão estar no Lisboa Soundz, dia 22 de Junho. Ouvi-os pela primeira vez na Radar, onde também ouvi a Fiona Apple. "The Extraordinary Machine" mereceu uma audição mais detalhada na Fnac, e não resisti a comprar o CD. A música é boa, mas o mais importante é a voz, poderosa e sensual. E aqueles olhos...

quarta-feira, abril 19
As Invenções que Nos Impingem
No livro Contacto, de Carl Sagan, um dos personagens (o patrocinador para a epopeia inter-galáctica) fez a sua fortuna à custa de um aparelhómetro muito simples. O equipamento fez furor porque ligando-se a uma televisão normal realizava uma funcão muito útil, quando aparecia a publicidade mudava de canal ou cortava o som automaticamente. O principio de funcionamento teórico é simples, a publicidade tem um volume sonoro mais alto, é só prestar atenção, quando era detectada essa variação o canal mudava. O módulo era barato, assim todos os lares, todas as televisões foram conquistados e o senhor encheu-se de guita.
Isto é a ficção, na realidade os fornecedores de equipamento electrónico estão interessados em vender-nos outras coisas. A Phillips patentou recentemente um sistema que serve justamente para o contrário, para nos obrigar a ver os anuncios! Quando está a passar a publicidade, o equipamento (televisor, videogravador, media center, etc) deixa de responder aos comandos e torna-se impossível mudar de canal ou fazer seja o fôr. Claro que em troca de uma pequena quantia será possível retomar o controlo da nossa TV. Na própria patente a Phillips diz que os consumidores podem não achar muita graça a isto... Realmente não percebo quem é que pode querer comprar uma TV com esta função, mas acho que isto é um sintoma comum nos sistemas capitalistas. Compramos não o que queremos, não o que necessitamos, mas o que nos é impingido!
Isto é a ficção, na realidade os fornecedores de equipamento electrónico estão interessados em vender-nos outras coisas. A Phillips patentou recentemente um sistema que serve justamente para o contrário, para nos obrigar a ver os anuncios! Quando está a passar a publicidade, o equipamento (televisor, videogravador, media center, etc) deixa de responder aos comandos e torna-se impossível mudar de canal ou fazer seja o fôr. Claro que em troca de uma pequena quantia será possível retomar o controlo da nossa TV. Na própria patente a Phillips diz que os consumidores podem não achar muita graça a isto... Realmente não percebo quem é que pode querer comprar uma TV com esta função, mas acho que isto é um sintoma comum nos sistemas capitalistas. Compramos não o que queremos, não o que necessitamos, mas o que nos é impingido!

terça-feira, abril 18
O País dos Jeitosos
Comprei este livro ontem, levei-o para a cama para para folhear já não consegui despegar. É daqueles que nos interessam e nos prendem e só ficamos descansados quando acabamos. O livro é pequeno, lê-se facilmente em duas horas. Nele são recompilados os textos que serviram de base ao espectáculo Coçar onde é preciso. De uma forma irónica e crítica são abordados alguns temas que nos são bem conhecidos. A mentalidade e as frustações do típico tuga são apresentadas com muito humor e engenho, identificamo-nos com as situações e preocupações descritas pelo autor, porque Portugal é mesmo assim! Nas férias, no ensino, na função pública, na estrada! Somos mesmo um país de jeitosos e chico-espertos. Sempre prontos a apontar o que está mal, mas ninguém levanta um dedo para seja o que fôr.

O Prazer de Descobrir as Coisas
Neste meu cantinho já cabem uma série de coisas, música, cinema, política, religião, literatura. Hoje vou introduzir ainda mais entropia no sistema, vou começar a falar de ciência. Para começar temos uma entrevista com Richard Feyman, o título do programa é "The pleasure of finding things out", e para quem não saiba quem é este senhor trata-se de um dos maiores físicos contemporâneos, laureado com o prémio Nobel, e que dedicou muito do seu tempo à divulgação científica.
segunda-feira, abril 17
Novidades para os Festivaleiros
Quentes e boas! São as novidades para os festivais de Verão! No Festival Hype@Tejo vamos ter os Massive Attack que não regressavam a terras lusas desde 2003. Ano que em vieram ao Coliseu promover o 100th Window. Eu estive lá, e foi um concerto fantástico. Também vi os Massive quando passaram no Sudoeste e foi um bom concerto, mas a mística do Coliseu, superou tudo!
A propósito de Sudoeste, ainda não se sabe grande coisa sobre o alinhamento, vai ser este ano a 10ª edição, e por isso espera -se que seja em grande. Até agora só se sabia dos Gentleman, e dos Xutos (mas esses não contam, estão sempre em todo o lado), agora foram confirmados os Prodigy. É uma boa notícia concerteza, mas não estou muito convencido a lá ir. Eu gostava era de saber quem é que vai cá trazer os Artic Monkeys! Quem o fizer pode contar comigo na Plateia!
Passei pela Fnac para dar uma olhadela na bilheteira, e ver os preços dos Festivais. Também ia feitinho para comprar o DVD dos Mão Morta que sai hoje. O espectáculo "Müller no Hotel Hessischer Hof" teve direito à edição em vídeo. Infelizmente quando eu perguntei ao senhor que estava na secção de DVD's ele ficou a olhar com cara de parvo para mim... Não... Não temos nada disso... Acabei por comprar um livrinho, "O País dos Jeitosos" de José Pedro Gomes que se baseia nos textos escritos para a peça de teatro "Coçar onde é preciso" que gostei bastante. No saco de compras veio também o "Bocas do Inferno" dos Gaiteiros de Lisboa, mas esse é para oferecer...
A propósito de Sudoeste, ainda não se sabe grande coisa sobre o alinhamento, vai ser este ano a 10ª edição, e por isso espera -se que seja em grande. Até agora só se sabia dos Gentleman, e dos Xutos (mas esses não contam, estão sempre em todo o lado), agora foram confirmados os Prodigy. É uma boa notícia concerteza, mas não estou muito convencido a lá ir. Eu gostava era de saber quem é que vai cá trazer os Artic Monkeys! Quem o fizer pode contar comigo na Plateia!
Passei pela Fnac para dar uma olhadela na bilheteira, e ver os preços dos Festivais. Também ia feitinho para comprar o DVD dos Mão Morta que sai hoje. O espectáculo "Müller no Hotel Hessischer Hof" teve direito à edição em vídeo. Infelizmente quando eu perguntei ao senhor que estava na secção de DVD's ele ficou a olhar com cara de parvo para mim... Não... Não temos nada disso... Acabei por comprar um livrinho, "O País dos Jeitosos" de José Pedro Gomes que se baseia nos textos escritos para a peça de teatro "Coçar onde é preciso" que gostei bastante. No saco de compras veio também o "Bocas do Inferno" dos Gaiteiros de Lisboa, mas esse é para oferecer...
quinta-feira, abril 13
Tv e Net já são pecado
O Cardeal James Francis Stafford (o gajo é americano) anunciou ontem no Vaticano que actividades como ver televisão ou navegar Internet durante demasiado tempo são consideradas pecado! E claro devem ser reportadas no acto da confissão. Qual é que será a penitência?
O tal Cardeal ocupa o posto de Penitenciário-Mor, e presidiu ontem ao Rito da Reconciliação, celebração que era tradicional em Roma até ao Renascimento. A ascenção de Ratzinger ao púlpito mais alto da Igreja Apostólica Romana deixou muita gente com receio. Este Papa tem fama de ser conservador e reaccionário em oposição ao espiríto de abertura e humanismo de seu predecessor, Karel Wojtyla. Uma coisa é certa, por este caminho o Vaticano cada vez se afasta mais do mundo real.
O tal Cardeal ocupa o posto de Penitenciário-Mor, e presidiu ontem ao Rito da Reconciliação, celebração que era tradicional em Roma até ao Renascimento. A ascenção de Ratzinger ao púlpito mais alto da Igreja Apostólica Romana deixou muita gente com receio. Este Papa tem fama de ser conservador e reaccionário em oposição ao espiríto de abertura e humanismo de seu predecessor, Karel Wojtyla. Uma coisa é certa, por este caminho o Vaticano cada vez se afasta mais do mundo real.

terça-feira, abril 11
Ratos a travarem estradas?

Realmente esta deturpação dos factos é de bradar aos céus. Não é o Instituto da Conservação da Natureza que está a atrasar as obras. São apenas as coisas que estão a seguir o seu curso natural, com os pareceres, estudos e todo o planeamento que deve ser feito antes duma obra deste género acontecer. Realmente na zona há espécies protegidas, como o rato de Cabrera, e elas podem ser salvaguardadas de formas simples.
Mas há quem prefira mostrar outro lado dos factos, há quem prefira a construção selvagem e desregrada. Há quem prefira construir primeiro e pensar depois. É assim o nosso país naturalmente. Cá por terras lusas os caciques do cimento sempre mandaram muito. O exemplo mais gritante de desaproveitamento e desordenação do território a nível nacional quase toda a gente conhece. Destino balnear de muita gente, o Algarve já não se parece com nada, preocupados apenas em construir os investidores imobiliários acabaram por desvalorizar o seu próprio investimento. Houve Câmaras Municipais que não foram na conversa, e hoje em dia estão a recolher os dividendos. A maioria das pessoas gosta simplesmente de ver obra feita, felizmente ainda há quem goste de ver obra bem feita.
segunda-feira, abril 10
Side Effects
É o nome do novo albúm dos X-Wife que saiu hoje. O som está um pouco diferente, houve várias faixas que foram gravadas com uma bateria, em vez da habitual caixa de ritmos. Quem quiser pode dar uma espreitadela no Myspace deles. A banda do Porto vai estar por cá no dia 19 no Lux para um concerto. Já no próximo sábado, também no Lux, vai estar um dos membros, Dj Kitten, a meter música.

O Tempo
O tempo cronológico e o tempo climatérico são designados pelo mesmo vocábulo nas línguas de raíz latina. Não sei se existe alguma razão em especial para isso. Se calhar eles até estão ligados apesar de serem coisas completamente distintas. Ultimamente no meu dia-a-dia, escasseia o primeiro, mas não consegui resistir a aproveitar o segundo.
Os ponteiros do relógio, que contam os segundos, os minutos e a horas. As folhas do calendário que contam os dias, os meses e os anos. Ultimamente andam depressa de mais para mim. Tem-se a ideia que o tempo é uma constante, mas não o é na realidade, é fluído, mas o ritmo muda. Por vezes a vida parece um lago de agua estagnada, em que não se detecta o mínimo movimento, outras vezes é uma corrente inexorável que nos arrasta. A nossa visão da realidade, e a maneira como interagimos com ela molda o nosso sentido do tempo. Só há uma constante no tempo, o sentido, apenas segue em frente, nunca volta atrás.
Nesta última semana tive muito, muito que fazer. Trabalho e não só, coisas que queria fazer a nível pessoal. Tive que adiar outras tantas, o tempo não chegou. O cúmulo foi mesmo no fim-de-semana, com trabalho para fazer no sabádo a noite e na madrugada de domingo. Mas o Sol teve a cortesia de mostrar os primeiros traços da primavera, e eu não pude resistir. Fez-me extremamente bem voltar a usar manga curta, deitar-me na relva a aquecer durante a tarde. Três horas ao sol recarregaram-me as baterias, encheram-me de energia e de alegria. À noite entre trabalhar, e trabalhar outra vez também não consegui resistir a ir abanar o capatece. Com todo o meu tempo ocupado não sobrou foi muito tempo para dormir...
Os ponteiros do relógio, que contam os segundos, os minutos e a horas. As folhas do calendário que contam os dias, os meses e os anos. Ultimamente andam depressa de mais para mim. Tem-se a ideia que o tempo é uma constante, mas não o é na realidade, é fluído, mas o ritmo muda. Por vezes a vida parece um lago de agua estagnada, em que não se detecta o mínimo movimento, outras vezes é uma corrente inexorável que nos arrasta. A nossa visão da realidade, e a maneira como interagimos com ela molda o nosso sentido do tempo. Só há uma constante no tempo, o sentido, apenas segue em frente, nunca volta atrás.
Nesta última semana tive muito, muito que fazer. Trabalho e não só, coisas que queria fazer a nível pessoal. Tive que adiar outras tantas, o tempo não chegou. O cúmulo foi mesmo no fim-de-semana, com trabalho para fazer no sabádo a noite e na madrugada de domingo. Mas o Sol teve a cortesia de mostrar os primeiros traços da primavera, e eu não pude resistir. Fez-me extremamente bem voltar a usar manga curta, deitar-me na relva a aquecer durante a tarde. Três horas ao sol recarregaram-me as baterias, encheram-me de energia e de alegria. À noite entre trabalhar, e trabalhar outra vez também não consegui resistir a ir abanar o capatece. Com todo o meu tempo ocupado não sobrou foi muito tempo para dormir...

quarta-feira, abril 5
Abriu a temporada de caça ao Pirata
A Associação Fonográfica Portuguesa não perde tempo e já interpôs 28 queixas-crime contra uploaders desconhecidos. Agora cabe à Polícia Judiciária descobrir quem são as pessoas que estão por detrás dos endereços IP. Além da ofensiva judicial, foi também lançada uma campanha de relações públicas. Foi publicado um guia informativo intitulado "Os Jovens, a Música e a Internet", e um site o Pró Música.
A música é caríssima. O preço base já de si é alto, ainda por cima para o governo ouvir música é um luxo, por isso pagamos 21% de IVA quando compramos um CD. Por isso é que as vendas online dispararam, e as vendas tradicionais diminuiram drasticamente, mas as editoras agarram-se com ulhas e dentes aos seus lucros. Daí este tipo de campanha de intimidação aos comuns mortais. O paradoxo é que bastar irmos dar uma volta à Feira da Ladra para vêr em exposição cd's e dvd's às carradas.
A música é caríssima. O preço base já de si é alto, ainda por cima para o governo ouvir música é um luxo, por isso pagamos 21% de IVA quando compramos um CD. Por isso é que as vendas online dispararam, e as vendas tradicionais diminuiram drasticamente, mas as editoras agarram-se com ulhas e dentes aos seus lucros. Daí este tipo de campanha de intimidação aos comuns mortais. O paradoxo é que bastar irmos dar uma volta à Feira da Ladra para vêr em exposição cd's e dvd's às carradas.
segunda-feira, abril 3
A mudança digital
As regras para a contagem, com que são elaborados os top's de vendas no Reino Unido mudaram no mês passado de modo a serem contabilizados os downloads legais de música. Fizeram-se notar efeitos imediatos, tal como esperado os Gnarls Barkely entraram directamente para o número um com o single Crazy, antes sequer de terem o single editado em suporte físico. Para quem ainda não ouviu, é só ir ao MySpace da banda, está disponível este e outros temas.
Entretanto por cá anda toda a gente acagaçada porque começou a partir de hoje a fiscalização de downloads ilegais. Pessoalmente não estou muito preocupado, não faço assim tantos downloads. De qualquer maneira posso aconselhar um bom programa para fazer downloads de torrents, o µTorrent que é pequenino, funcional e permite a encriptação de comunicações ;-)
Entretanto por cá anda toda a gente acagaçada porque começou a partir de hoje a fiscalização de downloads ilegais. Pessoalmente não estou muito preocupado, não faço assim tantos downloads. De qualquer maneira posso aconselhar um bom programa para fazer downloads de torrents, o µTorrent que é pequenino, funcional e permite a encriptação de comunicações ;-)

sábado, abril 1
Temos Visitas!
Não estamos sozinhos no Universo! Finalmente a grande dúvida foi esclarecida, com a ajuda do Google Earth podemos observar os visitantes, aparentemente vieram à Terra aproveitar o solzinho primaveril e fazer um piquenique na Area 51.





Redescobrir a Serra D'Ossa
Já passei por lá muitas vezes, a caminho daqui ou dali, ou até simplesmente em passeio de carro. Uma caminhada por lá nunca tinha feito, mas hoje a Associação Juvenil Doutor Jardim (onde eu sou sócio e participante activo) associou-se à CEIA e à Associação de Desenvolvimento dos Montes Claros para nos proporcionar um passeio pela natureza, e eu fui participar claro.
A Serra está no centro de cinco concelhos: Alandroal, Borba, Estremoz, Redondo e Vila Viçosa (o meu). É o maior relevo do Alentejo Central, o seu ponto mais alto, o Alto de São Gens, está a 653 metros. Não parece grande coisa mas tem muito para descobrir. Em termos de flora, ali crescem ervas aromáticas e medicinais que foram usadas pelas populações ao longo dos tempos. Num alentejo extremamente pobre as pessoas não viraram as costas às riquezas da natureza. Fiquei espantado por saber que até plantas carnívoras lá temos (atraem e comem insectos). A Serra também serve de refúgio a muitas espécies animais, incluindo espécies protegidas como algumas espécies de águias. Fala-se que serve de corredor de passagem ao lince ibérico, também há javalis, veados, cobras venenosas, aranhas do tamanho do punho, mas não tivemos a sorte de ver nada disso. No entanto aprendi que as osgas, o lagarto que toda a gente acha nojento e repelente, são na realidade muito úteis, já que comem por dia o seu próprio peso em mosquitos.
Do ponto de vista humano, há muita História para aprender. Existem vestígios de povoações e fortificações da Idade do Ferro. As populações fixavam-se em pontos altos e de díficil acesso de modo a facilitar a defesa contra clãs inimigos. Com a chegada dos Romanos e da pax julia as pessoas deslocaram-se para as planícies. Ficaram os monges eremitas que escavaram grutas no xisto para se refugiarem. Esses mesmos monges mais tarde fundaram o Convento de São Paulo, na própria Serra, que hoje em dia foi reconvertido para Pousada.
Infelizmente a paisagem da Serra modificou-se profundamente nos últimos 50 anos, com a plantação maciça de eucaplitos, que neste momento cobrem quase tudo. Por sorte ainda é possível observar a paisagem original em alguns sítios. Gostei muito do passeio, e estou cheio de vontade de regressar numa próxima edição, existem mais alguns planeados para este ano (vêr a brochura).
A Serra está no centro de cinco concelhos: Alandroal, Borba, Estremoz, Redondo e Vila Viçosa (o meu). É o maior relevo do Alentejo Central, o seu ponto mais alto, o Alto de São Gens, está a 653 metros. Não parece grande coisa mas tem muito para descobrir. Em termos de flora, ali crescem ervas aromáticas e medicinais que foram usadas pelas populações ao longo dos tempos. Num alentejo extremamente pobre as pessoas não viraram as costas às riquezas da natureza. Fiquei espantado por saber que até plantas carnívoras lá temos (atraem e comem insectos). A Serra também serve de refúgio a muitas espécies animais, incluindo espécies protegidas como algumas espécies de águias. Fala-se que serve de corredor de passagem ao lince ibérico, também há javalis, veados, cobras venenosas, aranhas do tamanho do punho, mas não tivemos a sorte de ver nada disso. No entanto aprendi que as osgas, o lagarto que toda a gente acha nojento e repelente, são na realidade muito úteis, já que comem por dia o seu próprio peso em mosquitos.
Do ponto de vista humano, há muita História para aprender. Existem vestígios de povoações e fortificações da Idade do Ferro. As populações fixavam-se em pontos altos e de díficil acesso de modo a facilitar a defesa contra clãs inimigos. Com a chegada dos Romanos e da pax julia as pessoas deslocaram-se para as planícies. Ficaram os monges eremitas que escavaram grutas no xisto para se refugiarem. Esses mesmos monges mais tarde fundaram o Convento de São Paulo, na própria Serra, que hoje em dia foi reconvertido para Pousada.
Infelizmente a paisagem da Serra modificou-se profundamente nos últimos 50 anos, com a plantação maciça de eucaplitos, que neste momento cobrem quase tudo. Por sorte ainda é possível observar a paisagem original em alguns sítios. Gostei muito do passeio, e estou cheio de vontade de regressar numa próxima edição, existem mais alguns planeados para este ano (vêr a brochura).

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