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quinta-feira, novembro 24

Sangue do meu sangue

Decidi ir ver este filme enquanto ouvia uma entrevista a Anabela Moreira, uma das atrizes principais, no programa Fala com Ela na Radar. Sou um fã assíduo da Inês Menezes, e sempre que posso escuto o programa. Acontece que nesse dia apanhei o programa a meio, sem saber quem estava a ouvir, mas quando comecei a ouvir falar do último filme de João Canijo fiquei imediatamente interessado.

Ao falar sobre o filme Anabela refere que planeou viver quinze dias na casa onde se rodou o filme, acabando por ficar três meses. Tempo que passou entre vários sentimentos, angústia, medo, empatia com os vizinhos do lado. Começou com a casa inteiramente abandonada e em condições deploráveis onde Rita Blanco apanhou sarna no primeiro ensaio. Ao longo do tempo a casa foi sendo restaurada e mobilada de forma a poder servir de lar às personagens do filme.

Admiro imenso a capacidade que os verdadeiros atores têm de entrar na pele de um personagem. Deixar de ser eu para começar a ser ele. Não falo só de vocabulário, sotaque, ou gestos. Falo também em mudanças físicas, engordar ou emagrecer, ficar com uma pele pouco saudável. Trazer na fronte a marca de uma tristeza que está ancorada nos sentimentos de alguém que não somos nós.

Quando entrei na sala as minhas expectativas eram altas. Até me dei ao luxo de escolher a versão longa do filme. Valeu a pena. Quando o intervalo apareceu eu estava completamente colado à cadeira, olhei para o relógio e já tinham passado quase duas horas... O espetador é transportado para o Bairro do Padre Cruz, torna-se mais um dos vizinhos, um dos habitantes daquela casa. Vários truques cinematográficos para isso contribuem, os planos com múltiplas cenas e reflexos, os constantes diálogos cruzados nem que seja com o barulho dos vizinhos obrigam-nos a estar sempre extremamente atentos. Os cenário são magníficos, perfeitos, porque não são cenários. São as casas e as ruas do bairro. Os figurantes são os habitantes do bairro. A fotografia dá o suporte técnico para que a fealdade deste mundo se torne bela quando foca de perto os dramas pessoais das pessoas.

Mas voltando aos atores e à sua relação com os personagens, as interpretações são magníficas, com especial destaque para os membros da família. O sentimento de realidade, nua e crua em que mergulhamos é amplificado quando nos reconhecemos no dia a dia familiar. Há muitas coisas que parecem estranhas de início, mas todos somos estranhos não é? A longo do filme o argumento vai-se desenrolado e a história acabar por contorcer-se de tal forma que se assemelha ao enredo duma telenovela venezuelana. Mas mesmo assim o sentimento de realidade e de empatia com as personagens não é suspenso. Aproximamos-nos cada vez mais duma conclusão inexorável, a vida continua, é preciso ter força fazer o que é preciso.

Para mim este filme está à altura de grandes obras do cinema dos últimos anos, como Magnólia e American Beauty. E comparo-o diretamente com eles porque trata do mesmo tema, da natureza humana e dos grandes dramas que estão encerrados no simples quotidiano do dia a dia.

quinta-feira, novembro 25

A Lente de Plástico

Ando muito feliz e contente com a minha nova câmara de brincar, a lente de plástico realmente tem uma qualidade mínima, mas produz imagens com um aspecto realmente vintage que me deixam encantado. Quando fiz a workshop Sprocket Rocket levei-a atrás, porque queria fazer mais fotos com ela, e também para mostrar a gente mais entendida para que me contassem a sua opinião. Trouxe um par de explicações e bons conselhos, e também deixei interesse. Fiquei feliz.

Fui fazendo algumas fotos, sem pressa, desde aí até agora. No fim-de-semana passado que fui de excursão a Marvão acabei o rolo "normal" que tinha posto, e experimentei a conjugação da óptica de plástico com um filme Redscale XR. Por um lado tenho pena de não ter fotos com uma qualidade maior das paisagens do lugar. Por outro lado adorei os céus alienígenas que capturei no Alentejo.

Ficam aqui as fotos que tirei entretanto. Prometo falar mais sobre Marvão, até porque segundo as estatísticas é uma palavra que provoca muitas aterragens neste blog, num artigo que escrevi em tempos.

quarta-feira, novembro 10

Workshop Sprocket Rocket

A mais recente novidade lomogáfrica foi apresentada com grande pompa e circunstância em simultâneo na Embaixada de Lisboa e do Porto. Chama-se Sprocket Rocket, e tem várias particularidades. As suas fotos são panorâmicas, o fotograma é mais ou menos igual a juntar duas fotos normais. Outra coisa interessante é que tem duas rodas, uma para avançar e outra para rebobinar o filme a nosso bel-prazer, permitindo assim fazer remisturas com o filme. Além disto ainda permite expor as perfurações do filme.

No passado fim-de-semana foi realizada uma workshop de apresentação da máquina e claro assim que as inscrições abriram lá fui eu reservar o meu lugar. Já havia participado noutra workshop da lomo, e desta vez a fórmula foi um pouco diferente. O preço era muito baixo, talvez de forma a permitir a todos conhecerem a nova menina. E os participantes organizaram-se em pares, partilhando os rolos, assim também se estimulava a utilização das capacidades da máquina. Eu fiz batota, levei o par já feito, porque participei com a minha cara-metade.

A primeira impressão que tive da máquina foi que está mesmo desenhada para fazer as coisas de que falei de forma prática e precisa. Já abusei muito dos mecanismos das máquinas normais de forma a fazer sobreposições e brincar com a ordem cronológica do filme. Mas a Sprocket Rocket permite-nos controlar tudo isso com precisão em vez de confiar na sorte. Já com os mecanismos para controlar a luz não posso dizer que tenhamos acertado porque houve muitas fotografias a perderem-se.

Foi uma tarde divertida, andámos às voltas pela baixa e tiramos algumas fotos. Não foram muitas porque os rolos de 36 fotos reduzem-se a metade com os panoramas. Quando tudo acabou e entregámos os rolos ficamos a aguardar com impaciência os resultados. Adorei mexer com a câmara. No final acabei por ficar um pouco desiludido, alguns dos fotogramas que tentei encenar perderam-se simplesmente, outros ficaram francamente maus. Param mim as fotos que melhor ficaram foram algumas sem muitos artifícios feitas pela minha namorada. De qualquer forma acho que vou querer mexer mais com a Sprocket Rocket.

A Gakken Flex

Aqui há dias andava a pôr as minhas leituras em dia quando encontrei no blog do Flickr um brinquedo que ainda não conhecia. Como sempre os artigos têm como base um punhado de fotos, neste caso tiradas com uma Gakken Flex e claro aproveitavam para apontar para o grupo onde os utilizadores desta máquina se concentram no Flickr. Não percebi muito bem o que era aquilo... mas como falavam em fotos analógicas maravilhosas (e realmente têm bom aspecto) lá fui investigar.

A primeira coisa que o Google me trouxe foi um relato sobre a montagem da câmara. A ideia fascinou-me de imediato, um kit para montar uma câmara fotográfica. A Gakken é uma editora que se dedicar à edição de produtos educativos e já lançou no mercado uma série de kits interessantes. Além da câmara, houve o gramofone, o sintetizador ou o theramin. Cada kit faz-lhe acompanhar de alguma documentação sobre o tema associado a essa edição.

Acabei por comprar no ebay uma cópia da Gakken Flex, porque o original já não estava disponível. Mas também comprei como prenda de anos para um meu amigo o sintetizador e posso dizer que em ambos os casos foi bastante recompensador o resultado. A montagem no caso do sintetizador foi muito breve. No caso da máquina levei bastante mais tempo, mas apenas porque à medida que seguia as instruções não estava a ser muito óbvio para mim como é que tudo aquilo iria funcionar, em particular o obturador. Mas seguindo à risca as instruções, e as fotos de quem já montou lá consegui chegar ao óbvio. Uma máquina perfeitamente funcional e muito divertida de montar.

Quando introduzi o primeiro rolo o receio era muito. Depois de despachar aquilo mais ou menos depressa, lá fui eu revelar as fotos sem saber muito bem o que esperar. Não saiu nenhuma obra de arte mas aparte de que se notam algumas deficiências na focagem até nem tão más de todo. Gostei do brinquedo, é bastante prático, e tem muita pinta, isso é de certeza. Agora depois de saber que aquilo funciona mesmo acho que vou tentar sacar umas coisas giras daquela lente de plástico!

terça-feira, novembro 2

Festas dos Capuchos 2010

Este ano as tradicionais festas de Vila Viçosa tiveram uma nova fórmula. Houve uma separação entre o que poderia ser considerado o lado mais tradicional e familiar do arraial, e os excessos do barulho dos bares e da música. Acho que se alguma tranquilidade para quem não está interessado nos festejos etílicos, e uma melhor organização do espaço. Mas ao mesmo tempo perdeu-se um dos encantos da festa, o cruzamento entre gerações e grupos de pessoas diferentes que nesta fórmula, bem separados e demarcados, não se cruzam. Para mim este era um dos grande encantos da festa onde se acabávamos por confraternizar com gente diferente do grupo habitual. Segundo dizem por aí, haverá mais alterações, penso que é possível melhorar a ideia.

Escusado será dizer que estive mais envolvido na secção de folia do que noutra coisa qualquer... e como sempre com a minha Fisheye2 pronta para flashar os transeuntes mais distraídos.

quinta-feira, junho 17

Santos & Populares

Soube bem voltar a pegar na olho de peixe, sinto-me descuidado, já não procuro tantos pretextos como antes para fotografa, desta vez será a participação no concurso de Santo António da Lomografia Portugal. Não tenho muitas expectativas, mas valeu a pena o registo de mais um ano de muito festejo, manjerico e contacto com transeuntes aleatórios. São tão giros os santos populares!

segunda-feira, setembro 28

Festas dos Capuchos 2009

Este ano a festa foi em grande como convém em ano de eleições, ainda por cima Legislativas e Autárquicas. Muito fogo de artifício, muito touro, muito espectáculo. Para mim o importante da festa não é nada disto, são as pessoas os reencontros e as peripécias que surgem. Senti a falta de algumas pessoas, mas claro que quem está faz a festa à mesma. Com muitos excessos como é habitual.

Já passaram duas semanas, e já vai sendo hora de que exponha a pouca coisa que ficou deste ano. Meia dúzia de piadas, uma mão cheia de fotografias.

quarta-feira, julho 29

Há demasiado tempo que não ia ao Porto

Há muito tempo mesmo que não me detinha na cidade invicta. Curiosamente durante um curto espaço de tempo fui um visitante assíduo, indo lá regularmente. As minhas razões eram do foro sentimental, e curiosamente motivos da mesma índole me levaram lá de novo. Mas não posso deixar passar tanto tempo até à proxima visita seja em que cinrcustâncias for.

A cidade que eu conhecia está mais afável, mais limpa, mais agradável à vista. A reabilitação urbana parece andar a todo o gás e a vida nocturna está (mais convenietemente) concentrada na zona dos clérigos. À volta do clássico piolho nasceram uma série de locais novos, que vivem virados para a rua e para a passagem de pessoas. Os espaços artísticos da Passos Manuel entraram num entendimento e fazem um bilhete único que permite a livre circulação entre si. Na noite seguinte planeei simplesmente jantar na ribeira mas fui surpreendido pelo Festival de Fado que lá decorria e acabei por ir ficando, preso às luzes reflectidas no rio.

A visita foi curta mas ainda consegui aproveitar para fazer uma duas coisas que não tinha feito antes. Andar de eléctrico, visitar a Foz. Não deu tempo para ir rebolar na relva a Serralves.

A minha LC-A+ fez-me companhia durante toda a viagem, foram três rolos. Gostei muito dos resultados. Embora tenha ficado um pouco assustado com uns fantasmas vermelhos que apareceram. Acho que a câmara ganhou uma entrada de luz.

sexta-feira, julho 17

Travessia do Tejo

Quando fiz a workshop Diana F+ adorei fazer este passeio, e fiquei com bastante vontade de repetir. Uma semana depois saí de casa com os meus companheiros com outro destino definido mas acabámos por andar um pouco à deriva, quando demos por nós perto da estação do cacilheiros decidimos fazer o mesmo circuito. Eu ia perfeitamente preparado, com a minha Nikon e o filtro polarizador e não desperdicei a ocasião. É uma pena todos aqueles prédios decrépitos na frente ribeirinha de Cacilhas, a zona tem um potencial enorme. Mas concerteza mais cedo ou mais tarde alguém irá aperceber-se. Como já o fizeram os dois restaurantes no final do percurso que gozam duma esplanada panorâmica maravilhosa.

Quanto à travessia em si, aconselho esperar por um dos ferrys que transportam veículos, já que são abertos e nos permitem desfrutar do Tejo na amurada da embarcação. Sol, paisagem, cabelos ao vento que mais se pode pedir senão uma boa companhia?

quarta-feira, julho 8

Workshop Diana F+

No passado sábado consegui fazer algo que já desevaja à algum tempo, participar numa das acções da Embaixada Lomográfica Portuguesa. Por falta de tempo ou incompatibilidades de calendário ainda não havia conseguido. Mas desta feita juntei-me ao Workshop sobre a Diana F+. Tinha muita curiosidade sobre o filme de médio formato, ainda não tinha mexido com nenhuma câmara que o usasse.

A pessoa encarregue de nos orientar foi o fotógrafo Jordi Burch que não fez uma abordagem formal, mas pelo contrário nos deixou mais ou menos por nossa conta acudindo às nossas dúvidas e questões quando necessário. O desafio era simples, trabalhámos com dois rolos de tipos diferentes. O primeiro médio formato que foi possível ver revelado ao final do dia, e um outro de negativos de slide 35mm que só fui buscar ontem. Confesso que mas os meus resultados com o médio formato deixaram muito a desejar. Se calhar fui desajeitado com a câmara, por outro lado também fiz demasiadas experiências em vez de tirar fotos simples. Apesar disso há uma que gosto, uma em dezasseis não está mal...

Depoisda primeira experiência aprendemos a forçar rolo de 35 mm na Diana, e lançamos-nos à descoberta com o negativo de slides. Alguns de nós metemo-nos no cacilheiro e fomos até à outra margem. Demos uma volta por Cacilhas e por alguns recantos que confesso que ainda não conhecia. Concerteza irei voltar a seguir o itinerário desse passeio porque foi muito agradável. Este segundo rolo era a minha esperança, fui buscar os resultados hoje e saí da Embaixada Lomográfica encantado com a cores vivas e as fotografias abstractas do Tejo e das suas margens.

Adorei tudo no workshop. As pessoas da Embaixada Lomográfica que foram super simpáticas e prestativas. O fotografo que nos acompanhou com paciência mas com a distância necessária para nos sentirmos para criar algo de nosso. O grupo de pessoas que assistiu, e que sem apresentações formais quebrou o gelo com muita facilidade e ao fim do dia já se tinha tornado num grande grupo de amigos. Os amigos da Diana claro.

Aqui ficam os resultados do dia, sem qualquer retoque ou truque. Vão notar com facilidade quais é que sairam do rolo de slide...

quinta-feira, março 19

Clunk Acústico

Os Clunk estiveram alguns tempos afastados dos palcos para descanso do pessoal, mas também para a criação de algum material novo que vamos ter oportunidade de ouvir nos próximos concertos. Amanhã vamos ter uma oportunidade de fazer isso mesmo, os Clunk vão tocar amanhã (20 de Março) em formato acústico na Fábrica do Braço de Prata, a partir da meia-noite.

sábado, fevereiro 28

Uma Amostra do Carnaval Calipolense

Este ano aproveitei o entrudo para voltar à loucura da lomo. Os momentos de festa são os meus preferidos para capturar as pessoas que me rodeiam, gosto de imortalizar grandes sorrisos, caras idiotas e gargalhadas desfraldadas.

terça-feira, dezembro 16

O Presente: Uma Dimensão Infinita

O BES resolveu abrir a sua colecção de fotografia aos olhos do público, sob o título de "O Presente: Uma Dimensão Infinita" é possível ver cerca de 300 fotografias no Museu Colecção Berardo até ao final de Janeiro. Fui até lá este fim de semana e confesso que apesar de ter gostado bastante de algumas fotos não fiquei muito impressionado no geral. Mas a iniciativa é de louvar, e agradecer ao BES que é o proprietário da maior colecção de fotografia em Portugal a iniciativa de partilhar o seu espólio de forma gratuita.

Ainda deu para participar num pequeno passatempo de Natal organizado pela loja do Museu, em que os visitantes eram convidados a participar na criação de um postal de Natal com a ajuda de Pedro Cabrita Reis.

segunda-feira, outubro 27

Descobertas...

Às vezes as coisas que estão debaixo do nosso nariz passam-nos completamente ao lado. Foi o caso com a cantina Hare Krishna que existe na minha rua. Desde que me mudei para cá que já tinha notado estranhos movimentos no edifício, pessoas vestidas com túnicas cor-de-laranja e um forte cheiro a incenso. Como já tive oportunidade de comentar aqui sou agnóstico, mas não faço nenhum tipo de discriminação em relação a qualquer religião, só não suporto gente hipócrita. Por acaso até tenho uma certa simpatia pelas religiões orientais, porque normalmente pregam o respeito não só pelo próximo, mas também pela natureza.

Mas voltando ao tema da cantina, foi um colega de trabalho que me falou da sua existência, e me lançou o desafio para a visita. Nenhum de nós lá tinha entrado ainda, e um pouco a medo lá entramos para uma casa que de fora tem o aspecto de um prédio perfeitamente normal, nada que indique que se trata de uma casa de pasto. Mas lá dentro está à espera gente atenciosa e simpática, um menu macrobiótico e uma agradável esplanada onde se pode almoçar ou jantar longe do ruído e da balbúrdia citadina. Caso gostem deste tipo de comida ou tenham ficado apenas com curiosidade, basta dirigir-se ao 91 da Rua Dôna Estefânia. Adicionalmente, para os curiosos sobre a religião, podem aparecer ao domingo à tarde, ocasião onde se celebra uma festa com canto, dança, palestra e jantar. A ISKCON (Associação Internacional para a consciência de Krishna) tem muitas mais actividades em Lisboa, para saber mais é só passar pelo página web da delegação portuguesa.

segunda-feira, setembro 22

2 Anos d'O Bacalhoeiro

Recebi na semana passada a informação da festa do segundo aniversário do Bacalhoeiro, através da sua mailing list. Confesso que à primeira vista não me entusiasmou muito, mas um grupo de amigos desafiou-me para ir, falaram-me muito bem do sítio. E as atracções até eram interessantes. No sábado acabei por ir dar um passeio, e ir fazer um reconhecimento prévio do local da festa.

Os preparativos ainda estavam em curso, mas realmente fiquei impressionado com o sítio que encontraram para a festa, não conhecia ainda o Jardim do Torel apesar de se situa relativamente perto da minha actual morada. Mas é bem agradável, solarengo e com boas vistas. Fica ali para os lados do Campo dos Mártires da Pátria logo no início de uma rua que desce para a ginginha dos Restauradores. Aproveitei para tirar umas fotos ao final da tarde, e descansar poupando uma energias para a dita festa. E realmente foi uma bela festarola. Não assisti a todos os espectáculos, já não cheguei a tempo da pornografia dos anos 20... Mas assisti ao tecno-pimba dos Tocha Pestana, o duo romântico que suscitou um grande sucesso. A fechar as festividades veio o deejay Manu.

Fiquem com as fotos do Torel...

segunda-feira, setembro 1

Zombie in My Pocket

Aqui há tempos mostrei umas coisitas simples e engraçadas que se podem fazer com um computador, uma impressora, uma tesoura e um pouquinho de paciência. Este conceito de descarregar um pdf da net, imprimir e cortar para criar qualquer coisa parece que está a pegar, a estender-se e a polinizar outras áreas. Também há por exemplo máquinas fotográficas de papel prontas a montar (ainda vou falar mais disto qualquer dia). Ontem descobri mais uma ideia bastante gira, o print and play. Jogos de tabuleiro que são disponibilizados pelos autores de forma livre, tudo está disponível para descarregar, desde o livro de regras até ao desenho das peças. Depois é so imprimir e montar.

Costumo frequentar um blog sobre jogos casuais, jogos para PC que não necessitam muita dedicação, servem só para retirar uns minutos de entretenimento. Hoje em dia os jogos a sério são isso mesmo, demasiado sérios, exigem uma quantidade de esforço e tempo que não tenho. Foi ao ler sobre o jogo Zombie in My Pocket que fui introduzido ao tal conceito do print and play. Também gosto de me reunir com um grupo de amigos à volta de um jogo de tabuleiro. Mas este é um jogo solitário, em que lutamos contra uma infestação de zombies. Um jogo não dura muito tempo, entre 5 a 20 minutos (senão também não era casual) e surpreendentemente a mecânica de jogo funciona bastante bem. O jogo até tem boas críticas dos cromos dos jogos de tabuleiro. Se quiserem experimentar já sabem, preparem a tesoura e descarreguem o jogo e as instruções.

Lisboa Mágica 2008

No fim de semana além de vadiar um pouco e dormir bastante (parece que ultimamente não faço outra coisa) aproveitei para ver os espectáculos na rua, oferecidos pelo Lisboa Mágica. No domingo aproveitei para tirar algumas fotos. Não saiu nenhuma obra de arte, mas é giro recordar os magos entertainers. A maioria dos espectáculos a que assisti tinham mais de palhaçada do que de magia, mas precisamente na interacção com as crianças e o público em geral é que estava o ponto forte dos magos. Aplausos à iniciativa.

terça-feira, agosto 26

As Últimas Tardes de Verão

Agosto está a chegar ao fim, não se pode dizer que tenha sido um verão caloroso, mas o verão é sempre verão. As férias e os dias ensolarados sabem sempre bem. Hoje deixo um par de sugestões para estes últimos dias estivais aqui em Lisboa. Para quem ainda está de férias, ou para quem já está a trabalhar há coisas bem interessantes para fazer esta semana.

A primeira sugestão é o Lisboa Mágica 2008. Depois das duas edições anteriores terem sido recebidas com grande sucesso por parte do público Luís de Matos volta a convidar um punhado de colegas para virem animar as ruas de Lisboa. Infelizmente não consegui encontrar o programa desta iniciativa em local algum, no página da Câmara Municipal de Lisboa apenas se encontrar programa do ano passado... apenas sei que os espectáculos começam hoje e acaba no domingo. Podem ser vistos de forma livre e gratuita no Rossio, Largo de Camões, Largo do Chiado, Largo do Teatro São Carlos, Largo 1 de Dezembro, Largo de São Domingos, Rua Augusta, Rua Garrett e Praça da Figueira a partir do meio-dia nos dias úteis e a partir das 10.00 no fim-de-semana até às 22.00

A segunda sugestão é o Festival Internacional de Máscaras e Comediantes que vai decorrer no Castelo de São Jorge e no Museu da Marioneta, para este sim há um programa disponível, é só seguirem o link.

quinta-feira, agosto 21

The Dark Knight

Fui finalmente ver o cavaleiro negro, a última encarnação cinematográfica de Batman esta semana. Christopher Nolan depois de criar (e muito bem) o princípio do morcego parece que começou de uma folha em branco. Os filmes anteriores de Batman foram ignorados e qualquer seguimento cronológico ou das histórias dos personagens foi quebrado. Não é nada de chocante, afinal trata-se de banda desenhada, acontece a toda a hora. Especialmente com esta personagem que já teve inúmeras reinterpretações. Nolan está a criar o seu Batman, e francamente é o melhor Batman que já chegou às salas de cinema.

As nuances da personalidade torturada do vigilante foram muito bem recriadas. Mas há mais muito mais, dentro de todos os elementos que dão a atmosfera mais negra que algum filme do Batman teve, tenho de dar destaque a Heather Ledger. Depois de andar a fazer filmes de paneleiros o homem confirmou que era um actor tremendo. Comparado com este Joker psicótico e maníaco, o de Jack Nicholson era um menino do coro. Não vou revelar nada sobre o enredo, é bom demais para que eu faça esse atentado. Apenas vou dizer que o objectivo do arqui-inimigo de Batman é nada mais nada menos que a anarquia total, a destruição da civilização, e o mais brilhante é que é credível. Quando me levantei do assento estava maravilhado, veio-me imediatamente à cabeça a novela gráfica Arkham Asylum, uma grande obra prima dum género menor. E com efeito ao procurar comentários sobre o livro de quadradinhos pude ler que foi nele que Ledger se inspirou para criar uma das personagens mais terríveis da história do cinema.

segunda-feira, agosto 11

De Volta ao Activo

Sei que é um péssimo hábito deixar os meus leitores pendurados, por poucos que sejam. Mas todos os anos faço o mesmo. Entro em férias sem dizer nem ai nem ui, e depois acaba-se a escrita. Este ano não foi planeado, acabei por trocar o período de férias à última da hora. As férias essas foram curtas como sempre, não fiz nada do outro mundo.

Estive com os meus pais no Alentejo, aproveitei para ir espreitar de novo Monsaraz, que parece cada vez mais vital. É pena ainda não ter visto concretizado nenhum dos grandes projectos para o Alqueva, mas lá chegaremos. Pelo menos está a haver muito investimento na região.

Andei também aqui por Lisboa e arredores a servir de guia à minha cara-metade. Ela tinha especial vontade de voltar a Óbidos, eu não conhecia, por isso foi também parte do roteiro. Acabei com uma esta de cinco dias em Paredes de Coura, para o festival como é óbvio. Claro que ficaram alguns bons momentos para a posteridade, e muitas fotografias da treta que podem ver na minha área do Flickr.