O xkcd é uma tira cómica realmente genial, com piadas que só são possíveis de entender para geeks, ou pelo menos com alguém com muita cultura geral. De quando em vez aparece alguma pérola realmente brilhante. Como é o caso da que vou apresentar hoje.
Eu já sofri desta sorte, da situação com que eles brincam. Lá por a minha actividade estar relacionada com computadores não tenho obrigação de saber fazer tudo com computadores. E realmente quando me perguntam algum normalmente uso a técnica abaixo...
Eleito como a melhor curta-metragem do Festival de Comédia de Nova Iorque, este filme tem um olhar irónico e mordaz sobre algumas das predições sobre o futuro avançadas a meio do século passado. A boa notícia é que os nossos avós acertaram em muitas das esperanças que tinham para o futuro, a má notícia é que os humanos continuam a ser egoístas, burros e preguiçosos.
Descobri através da mailing list da Banana Produções que realizaram uma mini-série de ficção intitulada Mundo Catita. A mini-série tem seis episódios e está firmemente ancorada no imaginário dos Ena Pá 2000 e dos Irmãos Catita. Ao que parece é um relato inspirado nas desventuras do líder dessas duas bandas, Manuel João Vieira. Importa referir que ele não é só um bêbado mal-educado e com jeito para as letras brejeiras, é também um artista plástico conceituado, mas claro a personalidade mais conhecida e preferida de todos é mesmo o bêbado.
Vão até ao sítio oficial da mini-série e descubram um pouco mais. Também está disponível o trailer. Aqui vos deixo um aperitivo, o videoclip da canção "As minhas coisas favoritas", quem não conhecer o universo catita fica já a saber do que se trata! Segundo o que pude indagar nenhum dos canais nacionais comprou ainda os direitos de exibição...
Sou um grande fã do Dilbert, e acho que o seu autor Scott Adams tem por vezes saídas geniais (torno a recomendar The Dilbert Blog onde ele escreve). Uma das primeiras coisas que faço ao chegar ao trabalho é ler a tira diária. Não posso deixar de partilhar a de hoje (até um colega meu do trabalho mandou para toda a gente da empresa).
É o título de uma notícia no Diário de Noticias de ontem. É sugestivo e quando lemos o artigo descobrimos que são as declarações de Eduardo Simões, o Director Geral da Associação Fonográfica Portuguesa. Este simpático senhor avisa-nos para o perigo que corremos se continuarmos a comprar CD's piratas, parece que o dinheiro vai para gente muito malvada. Isto realmente é um discurso demasiado hipócrita para ser levado a sério, só pode ser piada.
Os comentários já ecoam por aí (vêr aqui, aqui e aqui), o ridículo a que o Primeiro-Ministro se submeteu na apresentação do Plano Tecnológico para a Educação foi acentuado pelo talento e sentido de oportunidade da jornalista da Sic Noticias que fez a reportagem. A peça apesar de ser politicamente correcta deixa extravasar um pouco de ironia. Então não é que as criancinhas que assistiam maravilhadas à apresentação de Sócrates e aplaudiam a sua intenção de pôr um computador em cada sala aula tinham sido contratadas numa agência e estava a receber à hora?
É caso para nos interrogarmos se há outras medidas de governo que foram aplaudidas por apoiantes contratados. Parece que hoje em dia a politica em Portugal se faz num mundo de faz de conta. Cá para mim as coisas andam neste estado porque temos uma oposição a brincar, à altura de certo líder partidário. É que enquanto estas coisas se andam a passar no país parece que a segunda maior força parlamentar nada tem a dizer.
Não deixem de prestar atenção aos últimos segundos do vídeo que vos deixo, são os melhores.
O wrestling é um pseudo-desporto que está muito na moda neste momento entre nós. Digo pseudo-desporto porque as capacidades atléticas e as elaboradas coreografias que os gigantes americanos exibem no ringue não são de desprezar. Foram organizados vários espectáculos em Portugal e esgotaram todos.
Talvez inspirados pelo sucesso da modalidade do outro lado do atlântico houve quem decidisse aventurar-se e trazer o mesmo tipo de emoções faladas (e bailadas) em português aos telespectadores nacionais. Através do Portal Pimba podemos assistir ao combate pelo título, que foi transmitido no programa da TVI "As Tarde da Júlia" apresentado por Júlia Pinheiro. A APW (Associação Portuguesa de Wrestling) é representada por Axel, que todos já conhecemos pelas suas aventuras na canção pimba. Aconselho seriamente o visionamento deste momento imperdível de televisão, é tão mau que não dá para acreditar.
Esta experiência foi realidade por um canal de televisão espanhol, deram uma tela em branco a um grupo de miúdos do jardim-escola para criar uma obra de arte moderna. Pegaram no quadro e levaram-no até uma exposição, depois foi ver a opinião das pessoas...
Não há muito tempo deixaram-me um comentário muito singelo (e anónimo) que chamava a atenção para como era triste falar mal dos funcionários públicos. Concordo com essa voz anónima, é muito triste o lugar-comum que se instalou sobre essas pessoas que afinal trabalham para todos nós. Pode ser que com modernização da administração pública, e com a nova legislação (quando as avaliações de desempenho aconteceram de verdade) a coisa vá indo ao lugar progressivamente. Mas é um problema complexo, de várias gerações, é sempre difícil mudar comportamentos enraizados. Entretanto piadas clássicas como esta continuam a ter graça.
Era uma vez...
... Quatro funcionários públicos chamados Toda-a-Gente, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém. Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém o faria. Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez.
Alguém zangou-se porque era um trabalho para Toda-a-Gente. Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria.
No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito.
Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um quinto funcionário para evitar todos estes problemas...
Via a Grande Loja do Queijo Limiano encontrei este pequeno vídeo, que é uma obra primorosa de sátira política. Preocupantes são as suspeitas de vigilância do autor do blog Do Portugal Profundo, que originalmente levantou esta questão e a trouxe para discussão pública. Mais preocupantes ainda são as ameaças veladas das quais está a ser alvo!
Sempre gostei de tiras cómicas, tudo começou a muito tenra idade quando comecei a ler o Calvin & Hobbes no Público. Hoje em dia delicio-me com os web comics, piadas quotidianas sinceras e não adulteradas de gente por esse mundo fora. Basta procurar com minúcia para encontrar pérolas como este Techno Tuesday.
O terrorismo é uma ameaça real, uma preocupação legítima, que tira o sono a muita boa gente. As mentes mais fracas sempre se deixaram intimidar pelo medo do desconhecido, mas a paranóia que se vive hoje em dia em alguns países já roça a imbecilidade. Um bom exemplo é o recente onda de terror em Boston à conta de uma simples campanha publicitária a algo tão inofensivo como um programa de desenhos animados.
O programa de televisão em questão não é tão inocente como isso, trata-se de desenhos animados para adultos, nada de pornografia, mas um tipo de humor não aconselhável a crianças. Os Aqua Teen Hunger Force são brejeiros, idiotas e politicamente incorrectos mas têm graça devido à sua originalidade. A fórmula não é nova, desenhos animados com personalidade, irreverência e que gozam com coisas sérias. Os Simpsons, South Park, Family Guy e outros abriram o caminho. Neste caso em particular o programa relata as aventuras e desventuras de três colegas de casa, um pacote de batatas fritas, um batido, e uma almôndega falante. Perfeitamente idiota sim, mas com muita crítica à social à mistura o programa teve um sucesso relativo na cadeia Cartoon Network.
Mas afinal que é que eles têm de assustador? Para mim nada, para um americano muito. Uma ideia para divulgar a série culminou numa sentença de tribunal que obriga a cadeia de televisão e os publicitários envolvidos a pagar uma indemnização em dinheiro por aterrorizar a população de Boston! A ideia era simples, espalhar sem aviso dezenas de figuras luminosas representando uma personagem secundária da série por todo Boston. O aparecimento destas estranhas figuras levou ao pânico generalizado, foram confundidas com uma ameaça de bomba... a polícia chegou a levar uma das figuras pelos ares por precaução.
Os desenhos até são engraçados basta passar pelo youtube ou pelo sítio oficial para descobri-los. Deixo é aqui a reportagem que mostra a loucura que o golpe publicitário provocou nos habitantes de Boston.
Um homem está a conduzir o seu carro, quando a certa altura percebe que se perdeu. Entretanto, vê outro homem que passa por perto, encosta ao passeio e chama-o:
- Desculpe, pode dar-me uma ajuda? Prometi a um amigo encontrar-me com ele às 14h, estou meia hora atrasado e não sei onde me encontro.
- Claro que o posso ajudar. O senhor encontra-se num automóvel, entre os 38 e os 39 graus de latitude Norte e os 9 e 10 graus de longitude Oeste, são 14 horas, 23 minutos e 42 segundos, hoje é quarta-feira e estão 27 graus centígrados.
- O senhor é Informático?
- Exactamente! Como é que sabe?
- Porque tudo o que me disse está correcto do ponto vista técnico, mas é inútil do ponto vista prático. De facto, não sei o que fazer com a informação que me deu e continuo aqui perdido.
- Então o senhor deve ser Gestor, certo? Responde o informático.
- Na realidade sou mesmo. Mas como percebeu?
- Muito fácil: não sabe nem onde se encontra, nem para onde ir; fez uma promessa que não faz a menor ideia de como vai cumprir e agora espera que outro qualquer lhe resolva o problema. De facto, encontra-se exactamente na mesma situação em que estava antes de nos encontrarmos, mas agora, por um qualquer estranho motivo a culpa acaba por ser minha.
A dupla toni e zézé já passou pela rádio, pelo teatro, pela televisão, e agora pelo cinema. Assim que ouvi falar da existência de um Filme da Treta, deu-me logo a curiosidade, pelos vistos não foi só a mim, o filme estreou com recordes de audiências. Eu cá não pude ir na semana de estreia, só este sábado tive opurtunidade de pegar no meu King Card e ir até ao Alvaláxia vêr o filme. Sim porque os senhores da Medeia fizeram birrinha e chatearam-se com os da Millenium, quem ficou a perder foram os otários como eu que compraram o famigerado do cartão e que agora estão limitados aos filmes generalistas que passam no cinema-estádio.
Mas vamos lá ao que interessa, o filme, que para ser sincero é mesmo uma granda treta. Eu sou um admirador de José Pedro Gomes e António Feio, mas sinceramente o tipo de humor a que me habituaram não está presente neste filme. Ou por outra, está e não está, os trocadilhos, as piadas piadas nonsense, e os lugares comuns sobre uma Lisboa bairrista e brejeira estão lá. Mas as piadas inteligentes, as mensagens relativas a este ou aquele tema da actualidade, a crítica social, isso está ausente.
Eu tenho o hábito (para a maioria das pessoas um grande defeito) de fazer julgamentos muito rápidos sobre as coisas. Às vezes engano-me claro, mas desta vez acertei. Logo a abrir, o genérico pareceu-me um rip-off mal enjorcado dos Monty Python. A sequência inicial do filme só confirmou a suspeita. Há algumas cenas lá pelo meio que até estão bem sacadas, mas a longa metragem não tem qualquer fio narrativo. Os elementos narrativos que aparecem aqui e ali são totalmente desconexos e servem apenas para justificar a introdução dos mesmos trocadilhos que já ouvimos vezes sem fim, sempre à custa de frases sem nexo inspiradas no Zézé Camarinha e pontapés na gramática. O público em geral até achou graça, suponho que é bom, pelo menos é uma produção lusa a que está a fazer dinheiro nas bilheteiras.