O tempo cronológico e o tempo climatérico são designados pelo mesmo vocábulo nas línguas de raíz latina. Não sei se existe alguma razão em especial para isso. Se calhar eles até estão ligados apesar de serem coisas completamente distintas. Ultimamente no meu dia-a-dia, escasseia o primeiro, mas não consegui resistir a aproveitar o segundo.
Os ponteiros do relógio, que contam os segundos, os minutos e a horas. As folhas do calendário que contam os dias, os meses e os anos. Ultimamente andam depressa de mais para mim. Tem-se a ideia que o tempo é uma constante, mas não o é na realidade, é fluído, mas o ritmo muda. Por vezes a vida parece um lago de agua estagnada, em que não se detecta o mínimo movimento, outras vezes é uma corrente inexorável que nos arrasta. A nossa visão da realidade, e a maneira como interagimos com ela molda o nosso sentido do tempo. Só há uma constante no tempo, o sentido, apenas segue em frente, nunca volta atrás.
Nesta última semana tive muito, muito que fazer. Trabalho e não só, coisas que queria fazer a nível pessoal. Tive que adiar outras tantas, o tempo não chegou. O cúmulo foi mesmo no fim-de-semana, com trabalho para fazer no sabádo a noite e na madrugada de domingo. Mas o Sol teve a cortesia de mostrar os primeiros traços da primavera, e eu não pude resistir. Fez-me extremamente bem voltar a usar manga curta, deitar-me na relva a aquecer durante a tarde. Três horas ao sol recarregaram-me as baterias, encheram-me de energia e de alegria. À noite entre trabalhar, e trabalhar outra vez também não consegui resistir a ir abanar o capatece. Com todo o meu tempo ocupado não sobrou foi muito tempo para dormir...
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