segunda-feira, fevereiro 25
Perseguido pela Chuva
Já há algum tempo encomendei uma nova lente para a minha Lomo (foi uma auto-prenda de Natal). Uma grande angular que se adapta ao corpo da LC-A+. Ainda não tinha tido oportunidade de brincar com ela devido a uma série peripécias, a encomenda fez o caminho da Áustria para Portugal duas vezes, e quando acabou por chegar eu não tinha a minha câmara comigo. Há duas semanas finalmente fiz o primeiro rolo, mas foi este fim-de-semana que tentei explorar mais a sério a coisa. Os resultados não ficaram maus, dei uma volta a pé por Lisboa, apetecia-me tentar captar o ambiente nostálgico e pesadão do inverno na capital. As pessoas a acotovelarem-se nos transportes públicos e a fugir dos carros e das poças de água. Acho que não consegui atingir o que queria, mas ainda ficaram algumas fotos que me agradam.
segunda-feira, fevereiro 18
Hoje Chove
É sempre a mesma coisa, basta chover um pouco em Lisboa para se instalar o caos, já há por aí notícias de inundações e outras calamidades várias. E sinceramente não percebo porquê... até parece que a chuva é qualquer coisa de fora do normal no nosso clima, tão pouco habitual que nem vale a pena preparar-se para ela. À outra possibilidade, que os serviços municipais de limpeza e saneamento sofram do síndroma da cigarra como na fábula.
sábado, fevereiro 16
Apontar e Procurar
A maioria das pessoas já tem um daqueles telemóveis cheio de truques, agenda, ligação à internet, máquina fotográfica. Seguramente o que se usa mais ainda será a câmara, para capturar alguma momento ocasional. A verdade é que a tecnologia móvel ainda anda de gatas, mas o crescimento adivinha-se rápido, e está próximo. Daí o interesse do Google em lançar a plataforma Android para o desenvolvimento de interfaces de telemóveis, possibilitar o aparecimento de aplicações e ferramentas que realmente aproveitem os brinquedos caros que toda a gente traz no bolso.
Uma das aplicações mais evidentes é a interface de busca mais simples que possamos imaginar, imagine-se estar a visitar um país ou uma cidade estranha, simplesmente apontar para um edifício ou monumento e o nosso dispositivo móvel lançar uma busca que devolve toda a informação sobre o detalhe que procuramos. A tecnologia está quase aí, não vai ser preciso esperar muito. No Japão já é bastante popular a busca feita feita através de códigos de barras, aponta-se a câmara do telemóvel para o código e voila temos a informação sobre o produto em causa. Uma outra aplicação que também já existe para os telelés com câmara é a resolução de endereços internet codificados em semacode. Um tipo de código parecido com o de barras mas que consegue armazenar mais informação, um endereço web completo. Depois é só deixar o código visível num edifício, ou monumento, ou objecto para facilitar às pessoas saberem o que é quando se cruzam com ele.
Uma das aplicações mais evidentes é a interface de busca mais simples que possamos imaginar, imagine-se estar a visitar um país ou uma cidade estranha, simplesmente apontar para um edifício ou monumento e o nosso dispositivo móvel lançar uma busca que devolve toda a informação sobre o detalhe que procuramos. A tecnologia está quase aí, não vai ser preciso esperar muito. No Japão já é bastante popular a busca feita feita através de códigos de barras, aponta-se a câmara do telemóvel para o código e voila temos a informação sobre o produto em causa. Uma outra aplicação que também já existe para os telelés com câmara é a resolução de endereços internet codificados em semacode. Um tipo de código parecido com o de barras mas que consegue armazenar mais informação, um endereço web completo. Depois é só deixar o código visível num edifício, ou monumento, ou objecto para facilitar às pessoas saberem o que é quando se cruzam com ele.
quinta-feira, fevereiro 14
Wild at Heart
Hoje à noite a Cinemateca dá-nos a oportunidade de rever mais um filme de culto, desta vez um dos meus favoritos de David Lynch, Wild at Heart.
Deve ter qualquer coisa a ver com o dia dos namorados.... eu também queria era fugir para estar com o meu amor...
Deve ter qualquer coisa a ver com o dia dos namorados.... eu também queria era fugir para estar com o meu amor...
terça-feira, fevereiro 12
Qualidade de Vida
Uma das minhas manias é procurar coisas na Internet, se algum tema ou conceito me interessa viro-me para um motor de busca. É sempre um exercício giro, quando surge um pensamento aleatório na nossa cabeça e vamos atrás dele para ver onde nos leva, com uma caixa de busca é tão fácil como escrever um par de palavras e dar enter. Uma das coisas que me preocupa ultimamente é a minha qualidade de vida. A Wikipedia diz que:
A qualidade de vida é um conceito ligado ao desenvolvimento humano.
Não significa apenas que o indivíduo ou o grupo social tenham saúde física e mental, mas que esteja(m) bem com eles mesmos, com a vida, com as pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em equilíbrio. E esse equilíbrio diz respeito ao controle sobre aquilo que acontece a sua volta, como por exemplo, sobre os relacionamentos sociais. Mas se o indivíduo não tem ou não consegue ter esse controle, poderá controlar a maneira com que reage a esses acontecimentos, essas ações.
Também para garantir uma boa qualidade de vida, deve-se ter hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter tempo para lazer e vários outros hábitos que façam o indivíduo se sentir bem, que tragam boas consequências, como usar o humor pra lidar com situações de stress, definir objetivos de vida e, o principal, sentir que tem controle sobre a própria vida.
Também descobri que a Organização Mundial de Saúde tem um questionário para avaliar a qualidade de vida de um indivíduo. Embora existam por aí muitos mais questionários do género. Apesar de ser um gajo que se preocupa com a saúde e a alimentação, e de ter um rendimento desafogado, os resultados dizem que tenho uma qualidade de vida baixa. O meu problema? Sei perfeitamente qual é, falta-me o tempo. Sou um escravo, mas os grilhões uso-os ao pescoço, com nó Windsor.
A qualidade de vida é um conceito ligado ao desenvolvimento humano.
Não significa apenas que o indivíduo ou o grupo social tenham saúde física e mental, mas que esteja(m) bem com eles mesmos, com a vida, com as pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em equilíbrio. E esse equilíbrio diz respeito ao controle sobre aquilo que acontece a sua volta, como por exemplo, sobre os relacionamentos sociais. Mas se o indivíduo não tem ou não consegue ter esse controle, poderá controlar a maneira com que reage a esses acontecimentos, essas ações.
Também para garantir uma boa qualidade de vida, deve-se ter hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter tempo para lazer e vários outros hábitos que façam o indivíduo se sentir bem, que tragam boas consequências, como usar o humor pra lidar com situações de stress, definir objetivos de vida e, o principal, sentir que tem controle sobre a própria vida.
Também descobri que a Organização Mundial de Saúde tem um questionário para avaliar a qualidade de vida de um indivíduo. Embora existam por aí muitos mais questionários do género. Apesar de ser um gajo que se preocupa com a saúde e a alimentação, e de ter um rendimento desafogado, os resultados dizem que tenho uma qualidade de vida baixa. O meu problema? Sei perfeitamente qual é, falta-me o tempo. Sou um escravo, mas os grilhões uso-os ao pescoço, com nó Windsor.
Aniversário do Sim
O Zero de Conduta recordou-me que já passou um ano desde que os portugueses votaram a despenalização do aborto. Recordam-se as premonições do lado do não, que pelos vistos não se cumpriram. Ainda não nos tornámos num povo de fornicadores irresponsáveis!
segunda-feira, fevereiro 4
O estado da saúde em Portugal
Os cuidados médicos em Portugal estão cada vez pior, a coisa está tão má que até já dá para rir.
O episódio deplorável que deu origem à polémica:
A interpretação do Gato Fedorento:
O episódio deplorável que deu origem à polémica:
A interpretação do Gato Fedorento:
sexta-feira, fevereiro 1
Visita Virtual a Marvão
Para quem nunca foi a Marvão, ou para quem quer relembrar a vila alenteja já o pode fazer através do Google Earth. A primeira localidade portuguesa a estar disponível em 3d no globo terrestre virtual. Para quem já tiver a aplicação instalada é só abrir este bookmark e deliciar-se com uma vista aérea sobre as casas e o castelo.
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segunda-feira, janeiro 28
Lego-Cinquentenário
A primeira peça de Lego faz hoje exactamente cinquenta anos, e o mais engraçado é que ainda encaixa com as peças produzidas hoje em dia. Recordação inseparável de qualquer infância, e em particular da minha, creio que toda a gente olha para os blocos coloridas com carinho. Até no motor de busca google prestaram vassalagem a um dos ícones culturais do século XX produzindo um logótipo a condizer com a efeméride. Começando como uma brincadeira de crianças a Lego cresceu, e hoje em dia há legos para todos os gostos e feitios, sempre apelando àquele génio criador que há em cada um de nós. Para os mais nostálgicos ou para os que adoram entrar na história das coisas há uma linha temporal que mostra a evolução dos blocos coloridos, desde o nascimento até hoje. A partir deles já se gerou uma série de excentricidades e curiosidades, já se transformaram em videojogos, em bonecos de acção, em kits de robótica. Mas sempre terão a qualidade essencial de nos permitir transformar em realidade a nossa imaginação.
A Porta para o Grande Lago
Já há muito tempo que não ia para os lados de Monsaraz, ontem acordei demasiado cedo para um domingo, e sem nada de especial para fazer enfiei-me no meu carrito e lá fui eu. Não passava por lá há tanto tanto tempo que a última vez que lá estive a albufeira da Barragem do Alqueva ainda não tinha enchido, e portanto ainda não tinha tido oportunidade de ver com os meus olhos as transformações que a paisagem sofreu desde então. Não sei muito bem que pensar do projecto, há quem diga que nada daquilo era necessário, que um plano hídrico racional e a exploração dos lençóis freáticos poderia ter evitado a obra megalómana e a destruição de paisagens e povoações. Mas a verdade é que a transformação da paisagem parece ter sido para melhor, a zona está mais bonita. E atrás do investimento na barragem veio o investimento nas vias de comunicação e no turismo. Nota-se que algo melhorou, e bastante. Sob o pretexto do grande lago as autarquias e as empresas estão a apostar em atrair as pessoas, e pelo que vi a coisa está a resultar. O património histórico do castelo de Monsaraz, por si só, é algo que vale a pena visitar. É uma vila que ainda se conserva com a sua traça medieval. Agora com a vista para o lago a coisa só melhorou, e os turistas afluem ao coração do Alentejo outrora árido para conhecer os usos e costumes da terra.
A única companhia que levei foi a minha máquina fotográfica, e obviamente andei de um lado para o outro a meter o nariz e tirar fotos. Tive a oportunidade de encontrar uma feira de antiguidades em pleno centro da vila. Também visitei algumas das lojas de artesanato onde gentilmente me permitiram registar o conteúdo. Curiosamente a maioria não era de gente local, mas de estrangeiros que ali se fixaram. Será que é típico português não dar valor ao que é nosso? Uma das coisas que mais me deliciaram foram as cores garridas da natureza por todo o lado. Parece que a primavera já está à espreita e quer expulsar o inverno prematuramente. Fiquei deliciado com o passeio, tenho de voltar na estação estival, quando as infra-estruturas que dão suporte à vida no lago como o ancoradouro já estiverem concluídas.
A única companhia que levei foi a minha máquina fotográfica, e obviamente andei de um lado para o outro a meter o nariz e tirar fotos. Tive a oportunidade de encontrar uma feira de antiguidades em pleno centro da vila. Também visitei algumas das lojas de artesanato onde gentilmente me permitiram registar o conteúdo. Curiosamente a maioria não era de gente local, mas de estrangeiros que ali se fixaram. Será que é típico português não dar valor ao que é nosso? Uma das coisas que mais me deliciaram foram as cores garridas da natureza por todo o lado. Parece que a primavera já está à espreita e quer expulsar o inverno prematuramente. Fiquei deliciado com o passeio, tenho de voltar na estação estival, quando as infra-estruturas que dão suporte à vida no lago como o ancoradouro já estiverem concluídas.
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sexta-feira, janeiro 25
A Linguagem de Programação do Futuro
Desde cedo que percebi a minha apetência para a informática, quando pus as mãos em cima do meu primeiro Timex 2048 comecei primeiro a copiar das revistas e depois a inventar os meus próprios programas e jogos. Hoje em dia a informática é muito popular no mercado de trabalho, por isso há muita gente que se mete na coisa apenas porque é lucrativa. É degradante encontrar gente que pensa que programar é fazer folhas de Excel. Programar é pensar de forma ordenada, saber transpor um algoritmo para um suporte que uma máquina entenda. Isso pode-se fazer de muitas formas, há muitas ferramentas ao nosso dispor. Mas claro está, há por aí muita gente que não se preocupa em descobrir a melhor ferramenta para atingir os seus fins. Quando se tem uma martelo na mão, todos os problemas parecem um prego.
É errado ensinar Engenharia e mostrar apenas uma forma de resolver o problema. Infelizmente é a tendência nas instituições de Ensino hoje em dia, há excepções, e é o que nos vale. Aprender informática deve ser sobretudo um exercício de ginástica mental para nos ajudar a enfrentar os problemas que se nos depararão no futuro. Quando alguém me vem dizer que o .NET ou o Java são o futuro e tudo o resto morreu só lhes posso chamar burros. Esses hão de se tornar dinossauros como se tornou o COBOL.
Mas porquê toda esta discussão? Porque finalmente deu-se o passo pioneiro que abre o caminho para a linguagem de programação do futuro. E para maravilhas (e desgraças) inimagináveis. Foi criado o primeiro genoma pela mão do homem. Ou seja, começámos a dar os primeiros passos na linguagem de programação da natureza, a que descreve as criaturas e organismos que nos rodeiam. Um cenário bem previsível mais a curto prazo é a criação de híbridos para a realização de certas tarefas, o futuro a criação de formas de vida totalmente novas. Claro que isto levanta muitas questões de ordem ética, filosófica, social. Que tumultos provocará quando a humanidade assumir o papel de Deus Criador. Já nem falo em religião porque na sua hipocrisia infinita os anciãos seculares hão-de encontrar novas formas de preservar a sua divindade. Será que estamos preparados como sociedade para o que aí vem?
É errado ensinar Engenharia e mostrar apenas uma forma de resolver o problema. Infelizmente é a tendência nas instituições de Ensino hoje em dia, há excepções, e é o que nos vale. Aprender informática deve ser sobretudo um exercício de ginástica mental para nos ajudar a enfrentar os problemas que se nos depararão no futuro. Quando alguém me vem dizer que o .NET ou o Java são o futuro e tudo o resto morreu só lhes posso chamar burros. Esses hão de se tornar dinossauros como se tornou o COBOL.
Mas porquê toda esta discussão? Porque finalmente deu-se o passo pioneiro que abre o caminho para a linguagem de programação do futuro. E para maravilhas (e desgraças) inimagináveis. Foi criado o primeiro genoma pela mão do homem. Ou seja, começámos a dar os primeiros passos na linguagem de programação da natureza, a que descreve as criaturas e organismos que nos rodeiam. Um cenário bem previsível mais a curto prazo é a criação de híbridos para a realização de certas tarefas, o futuro a criação de formas de vida totalmente novas. Claro que isto levanta muitas questões de ordem ética, filosófica, social. Que tumultos provocará quando a humanidade assumir o papel de Deus Criador. Já nem falo em religião porque na sua hipocrisia infinita os anciãos seculares hão-de encontrar novas formas de preservar a sua divindade. Será que estamos preparados como sociedade para o que aí vem?
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terça-feira, janeiro 22
Dia Negro na Bolsa
A famigerada crise do subprime continua a dar que falar. A coisa rebentou por volta de Agosto do ano passado, e só hoje a maioria das pessoas começa a constatar que esta coisa da Bolsa e da Economia Mundial pode ter repercussões no pequeno mundo de cada um. O nosso dinheiro e o nosso trabalho começam a valer menos, as prestações vão começar a apertar ainda mais. As perspectivas de uma crise no Estados Unidos são cada vez mais prováveis. Na Asia estão em pânico, as exportações para o continente americano são o que alimenta os tigres asiáticos. Aqui pela Europa dizem que não nos precisamos preocupar, mas o tombo que deram as bolsas Europeias não é de desprezar.
Um pouco de contexto histórico ajuda sempre, vale a pena recordar uma outra terça-feira negra. Já muito se teorizou sobre estas quedas dramáticas da bolsa, será que algum dia vai ser possível preve-las, evita-las? Conhecendo a natureza do homem, creio que não. Existirão sempre especuladores e vigaristas para elevar o preço das coisas até níveis muito acima da realidade. Depois, quando se percebe o embuste, vem o pânico. Em proporcionalidade directa diria eu, quanto maior um, maior o outro.
Entretanto, umas dicas para não perder dinheiro na recessão vêm sempre a calhar.
Um pouco de contexto histórico ajuda sempre, vale a pena recordar uma outra terça-feira negra. Já muito se teorizou sobre estas quedas dramáticas da bolsa, será que algum dia vai ser possível preve-las, evita-las? Conhecendo a natureza do homem, creio que não. Existirão sempre especuladores e vigaristas para elevar o preço das coisas até níveis muito acima da realidade. Depois, quando se percebe o embuste, vem o pânico. Em proporcionalidade directa diria eu, quanto maior um, maior o outro.
Entretanto, umas dicas para não perder dinheiro na recessão vêm sempre a calhar.

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sexta-feira, janeiro 18
Jam Sessions (para a DS)
Pareço uma criança, cada vez gosto mais de brinquedos. Já há bastante tempo que sou o orgulhoso dono de uma DS Lite, um ano talvez. Entre hotéis e aviões é uma boa companhia, tão boa que já me manteve acordado muitas vezes até horas demasiado tardias. O último vício que tive foi o Phantom Hourglass, a ultima entrega da Lenda de Zelda. Agora que a pequena consola está um pouco mais madura começam a aparecer os jogos que verdadeiramente conseguem explorar as possibilidades que o ecrã táctil oferece. O jogo que falei é um desses, muito bem conseguido por sinal.
Mas a minha última aquisição é mais que um jogo, é um objecto educativo. Eu que sou um gajo completamente duro de ouvido, já velhote, decidi aprender a tocar guitarra. Não uma guitarra de verdade, mas a guitarra virtual do Jam Sessions. Ainda estou na parte do tutorial, mas posso assegurar que aquilo dá para aprender umas noções de música de verdade. Para quem já ouviu falar ou experimentou o Guitar Hero, não tem nada a ver, embora a comparação seja óbvia. Não nos limitamos a tocar nuns botões numa sequência predefinida. É mesmo um instrumento. Acompanhado de um manual para principiantes e de um professor para nos ensinar algumas músicas. Para os mestres também vêm as pedaleiras, o delay, a distorção, o flanger... Tudo incluído num pacote ultra-pequeno. Resta ver se eu consigo despertar o meu talento musical, parece que já há por aí gajos darem-lhe forte!
Mas a minha última aquisição é mais que um jogo, é um objecto educativo. Eu que sou um gajo completamente duro de ouvido, já velhote, decidi aprender a tocar guitarra. Não uma guitarra de verdade, mas a guitarra virtual do Jam Sessions. Ainda estou na parte do tutorial, mas posso assegurar que aquilo dá para aprender umas noções de música de verdade. Para quem já ouviu falar ou experimentou o Guitar Hero, não tem nada a ver, embora a comparação seja óbvia. Não nos limitamos a tocar nuns botões numa sequência predefinida. É mesmo um instrumento. Acompanhado de um manual para principiantes e de um professor para nos ensinar algumas músicas. Para os mestres também vêm as pedaleiras, o delay, a distorção, o flanger... Tudo incluído num pacote ultra-pequeno. Resta ver se eu consigo despertar o meu talento musical, parece que já há por aí gajos darem-lhe forte!
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segunda-feira, janeiro 14
Festa da Cueca (o rescaldo)
Foi um fim de semana um bocado estranho este. Andei à pressa sexta e sábado, fiz uma visita de médico ao Alentejo para poder comparecer na Festa da Cueca e ver mais um concerto dos Clunk. A verdade é que valeu a pena, diverti-me à grande. Faltaram-me foi as baterias lá mais para o final, acabei por passar o domingo na cama com um esgotamento...
Levei a minha mascote digital, mas não fiquei lá muito convencido com as estampas que saíram. Esta coisa de ver o que aquilo vai dar logo na hora estraga-me a espontaneidade e lixa-me a inspiração. Além do mais aquilo com pouca luz não se porta lá muito bem. Prova-se que o instrumento fotográfico ideal para levar para os copos é mesmo uma Lomo!
Levei a minha mascote digital, mas não fiquei lá muito convencido com as estampas que saíram. Esta coisa de ver o que aquilo vai dar logo na hora estraga-me a espontaneidade e lixa-me a inspiração. Além do mais aquilo com pouca luz não se porta lá muito bem. Prova-se que o instrumento fotográfico ideal para levar para os copos é mesmo uma Lomo!
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quinta-feira, janeiro 10
Festa da Cueca
Este sábado os meus amigos, os Clunk vão participar numa festa bem original. A Festa da Cueca que vai ter no lugar no Colectivo Cultural Bacalhoeiro, apareçam!
quarta-feira, janeiro 9
Onde há Fumo há Tabaco
Portugal começou o ano com o ar mais limpo, livre da fumaceira do tabaco, acho muito bem. Se bem que há um pouco de polémica, os proprietários dos estabelecimentos de diversão nocturna, como as discotecas, não acham muita graça e em muitos deste sítios ainda se desrespeita a lei. Em sítios como o Casino do Estoril, onde o presidente da ASAE foi apanhado a bafar a sua cigarrilha depois da passagem de ano... ilegalmente é óbvio. O senhor devia estar de folga depois de realizar um ataque com a sua swat team a alguma feira ou taberna por esse país fora.
Bonde do Rolé
Dos nossos irmãos do outro lado do Atlântico andam a chegar umas propostas bem interessantes em termos musicais. A assimilação de novas modas como o electro, misturada com o habitual ritmo e boa disposição próprias do hemisfério Sul deram frutos como os CSS. Um pouco na mesma onda estão os Bonde do Rolé, que combinam os ritmos funk e as letras desbragadas para nos oferecer uma mistura explosiva. Ainda não tinha ouvido falar do grupo até que um amigo pôs o disco a rodar e me chamou a atenção para os conteúdos líricos... Deixo-vos com uns dos videoclips que andam a rodar no youtube, "Solta o Frango".
Persepolis
Uma das poucas (mas boas) ofertas que recebi este Natal foi o livro Persepolis, de Marjane Satrapi. Sem dúvida quem fez a oferta pensou no meu gosto pela BD, não sei até que ponto os meus sogros me conhecem, mas acertaram em cheio (obrigado Carmen e Ricardo). O livro de cariz autobiográfico relata a vida e as experiências da autora, que está intimamente ligada a um país e uma cultura, digamos antes à opressão de um país e de uma cultura. Satrapi nasceu no Irão, quando este ainda era governado pelo Sha. Logo nas primeiras páginas ficamos a saber um pouco mais sobre a história milenar da Pérsia, e de como convulsão atrás de convulsão o grande império dos tempo antigos se transformou num regime islâmico e opressor depois de ter sido espremido pelas garras avarentas do Ocidente.
Mas o centro da accção é a própria autora, após crescer numa família liberal e letrada, e estudar no liceu francês de Teerão dá-se a revolução islâmica que transforma toda a vida no país. Vê.se de repente a usar véu, presencia a estranha e súbita mudança de discurso dos professores. Ao estalar a guerra os pais, prudentes, mandam-na para Viena onde prosseguem as peripécias da jovem menina. A adolescência num país estranho e desprovida de amigos verdadeiros deixam as suas marcas. Marjane passa por ser aluna brilhante para acabar a dormir na rua e quase morrer de pneumonia. Fora do seu país sente-se exilada, quando acaba por retornar descobre que o fundamentalismo está a estrangular o seu país, descobre que não há nada para que voltar.
Originalmente esta saga foi publicada em quatro volumes, mas na edição que me chegou estão todos compilados num único. Confesso que a parte que mais me fascinou da narrativa foram os primeiros anos, em que a personagem principal ainda é uma menina. Fascinou-me a sua visão do mundo e dos adultos, distanciada das mentiras e das reviravoltas da politica e dos interesses internacionais que acabam por desembocar na desgraça do seu povo. Em termos técnicos os quadradinhos que dão corpo à obra não são nenhuma proeza, no entanto cumprem perfeitamente o papel de nos transportar até ao mundo simples e expressivo em que vive a menina. Tenho a versão em espanhol desta obra, desconheço completamente se existe em português, mas aconselho. Entretanto a autora já publicou muitas outras obras, relacionadas com o Irão e não só, mas um dos últimos projectos foi a adaptação cinematográfica de Persepolis (em desenho animado), quero ver!
Mas o centro da accção é a própria autora, após crescer numa família liberal e letrada, e estudar no liceu francês de Teerão dá-se a revolução islâmica que transforma toda a vida no país. Vê.se de repente a usar véu, presencia a estranha e súbita mudança de discurso dos professores. Ao estalar a guerra os pais, prudentes, mandam-na para Viena onde prosseguem as peripécias da jovem menina. A adolescência num país estranho e desprovida de amigos verdadeiros deixam as suas marcas. Marjane passa por ser aluna brilhante para acabar a dormir na rua e quase morrer de pneumonia. Fora do seu país sente-se exilada, quando acaba por retornar descobre que o fundamentalismo está a estrangular o seu país, descobre que não há nada para que voltar.
Originalmente esta saga foi publicada em quatro volumes, mas na edição que me chegou estão todos compilados num único. Confesso que a parte que mais me fascinou da narrativa foram os primeiros anos, em que a personagem principal ainda é uma menina. Fascinou-me a sua visão do mundo e dos adultos, distanciada das mentiras e das reviravoltas da politica e dos interesses internacionais que acabam por desembocar na desgraça do seu povo. Em termos técnicos os quadradinhos que dão corpo à obra não são nenhuma proeza, no entanto cumprem perfeitamente o papel de nos transportar até ao mundo simples e expressivo em que vive a menina. Tenho a versão em espanhol desta obra, desconheço completamente se existe em português, mas aconselho. Entretanto a autora já publicou muitas outras obras, relacionadas com o Irão e não só, mas um dos últimos projectos foi a adaptação cinematográfica de Persepolis (em desenho animado), quero ver!
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segunda-feira, janeiro 7
Um Ar de Natal
Uma gripe e os dias de chuva mantiveram-me em casa durante este fim-de-semana. Ontem finalmente fui forçado a sair de casa, a vontade de experimentar o meu brinquedo novo impôs-se e fui capturar uns fotogramas ali para os lados da Baixa Pombalina. A ideia foi fotografar um sítio que já conheço bem, nas mesmas condições de modo a poder fazer comparações, há pouco mais de um ano no Natal de 2006 fiz um pequeno passeio pelas decorações de Natal da Baixa.
A utilização da digital deixou-me satisfeito, até certo ponto. É extremamente fácil de usar, e até certo ponto traz os resultados esperados. É claro que se trata de uma simples point and shoot, definitivamente não vou deixar de lado a minha SLR. Só houve um ponto que me desiludiu verdadeiramente, as barras verticais púrpura que poluem o visor quando há pouca luz (aparentemente um problema inerente devido à utilização da tecnologia CCD). Creio que vai-se tornar num utilitário, um canivete suíço, que vou trazer sempre na bagagem, pronta para captar a imagem inesperada ou ensaiar estudos mais sérios.
A utilização da digital deixou-me satisfeito, até certo ponto. É extremamente fácil de usar, e até certo ponto traz os resultados esperados. É claro que se trata de uma simples point and shoot, definitivamente não vou deixar de lado a minha SLR. Só houve um ponto que me desiludiu verdadeiramente, as barras verticais púrpura que poluem o visor quando há pouca luz (aparentemente um problema inerente devido à utilização da tecnologia CCD). Creio que vai-se tornar num utilitário, um canivete suíço, que vou trazer sempre na bagagem, pronta para captar a imagem inesperada ou ensaiar estudos mais sérios.
quinta-feira, janeiro 3
PowerShot G9
Finalmente rendi-me, comprei uma câmara fotográfica digital. O facto de querer fazer muitas experiências, incluindo atirar-me de cabeça ao vídeo influenciaram bastante a decisão. Acabei por comprar uma espécie de pau para toda a obra, ou pelo menos é esse uso que tenciono dar-lhe. Compacta e recheada de coisas boas a Canon PowerShot G9 tem recebido muito boas críticas. Há até quem a descreva como o câmara perfeita para os pocket paparazzi.
Ressaca de Ano Novo
Cá estou eu, de novo. Na última etapa de 2007 descurei um bocado a escrita, e sinto-me mal por isso. Escrever é terapêutico, mas eu estava a precisar de outra terapia, férias! Não se pode dizer que tenha descansado grande coisa, mas pelo menos diverti-me bastante, alivia o espírito embora o corpo continue cansado. Fui visitar a minha cara metade, e arrastei uns amigos para descobrirem os encantos da Galiza. Como é óbvio resultaram algumas fotos, já pendurei o álbum do Fim de Ano 2007. Agora de volta ao trabalho ainda estou a recuperar gradualmente o ritmo, quero mais férias!
Mas voltando à ideia inicial quero retomar a escrita, e não apenas os artigos rápidos como este, mas voltar a escrever coisas mais ricas em termos de conteúdo. Pode-se dizer que é uma das minhas resoluções de Ano Novo. Vamos lá ver como as vou realizar, esta, e as outras. Alguém sabe algum remédio (eficaz) para a preguiça?
Mas voltando à ideia inicial quero retomar a escrita, e não apenas os artigos rápidos como este, mas voltar a escrever coisas mais ricas em termos de conteúdo. Pode-se dizer que é uma das minhas resoluções de Ano Novo. Vamos lá ver como as vou realizar, esta, e as outras. Alguém sabe algum remédio (eficaz) para a preguiça?
segunda-feira, dezembro 24
quinta-feira, dezembro 13
Curso de Fotografia Digital (à borla)
A HP está a oferecer de forma livre (leia-se grátis) um curso online de fotografia digital. Obviamente não se trata de altruísmo desinteressado, esta prenda de Natal para fotógrafos amadores sobre a forma de lições práticas guia-nos através do uso de produtos da própria HP. No entanto a oferta não é nada de deitar fora, fica sempre qualquer coisa educativa. Por exemplo uma das lições dá ideias sobre confeccionar nós próprios as nossas prendas de Natal, tornando-as mais criativas e ao mesmo tempo menos onerosas.
sexta-feira, dezembro 7
Ideias com Pernas
Nada é tão gratificante como ter uma ideia, larga-la no mundo, e que essa ideia ganhe independência, que acabe por superar-nos. Que alguém a ache tão boa ideia que agarre nela e contribua para o objectivo final. Foi o que aconteceu à dias com uma ideia que tive.
A génese foi simples, estar sozinho no mundo é difícil, mas às veses deve ser especialmente penoso. Muito próximo da data do meu próprio aniversário há um amigo que celebra a sua festa. Mas sem família ou sem parentes, apenas com o punhado de pessoas que lhe está mais próximo. Generoso, convidou a malta presente para os copos, e numa conversa perfeitamente normal penso que ficámos todos tocados pelo facto do aniversariante não ter recebido nenhuma prenda. Todos merecemos um gesto de atenção, por mais desamparados que estejamos. Ou antes, se ninguém se lembra de nós em certas ocasiões não temos mais remédio que sentir-nos desamparados.
Fui para casa a matutar nisto. E claro, foi aí que surgiu a ideia! Inicialmente era uma coisa simples, comprar uma moldura e oferecer uma foto do meu arsenal. Deixei passar alguns dias, por preguiça talvez, mas posto a buscar a foto ideal, compreendi que não tinha nenhum registo que deixasse satisfeito, que estivesse à altura do tema. A ideia acabou por madurar, e foi ao visitar a Exposição da Colecção Berardo que a coisa fez click. Resolvi imitar algumas das coisas que tinha visto, tentar armar-me em artista. E foi assim que propus a um pequeno grupo de pessoas a realização de um poster gigante, inspirado na Pop Art, em que o protagonista era o nosso homem. Junto com a proposta iam dois esboços para o que poderia ser a obra. E foi aqui que perdi o controlo, a recepção foi tão entusiástica que quando me dei conta já tinha sido o poster impresso, e estava-me a ser perguntado se queria assistir à entrega. Na Gráfica Calipolense a ideia fez sucesso, tanto que acabaram por colaborar oferecendo a impressão, tornando assim realidade o objecto. Espero que o destinatário goste do resultado final. Pessoalmente à muito tempo que não me dava tango gozo organizar algo.
A génese foi simples, estar sozinho no mundo é difícil, mas às veses deve ser especialmente penoso. Muito próximo da data do meu próprio aniversário há um amigo que celebra a sua festa. Mas sem família ou sem parentes, apenas com o punhado de pessoas que lhe está mais próximo. Generoso, convidou a malta presente para os copos, e numa conversa perfeitamente normal penso que ficámos todos tocados pelo facto do aniversariante não ter recebido nenhuma prenda. Todos merecemos um gesto de atenção, por mais desamparados que estejamos. Ou antes, se ninguém se lembra de nós em certas ocasiões não temos mais remédio que sentir-nos desamparados.
Fui para casa a matutar nisto. E claro, foi aí que surgiu a ideia! Inicialmente era uma coisa simples, comprar uma moldura e oferecer uma foto do meu arsenal. Deixei passar alguns dias, por preguiça talvez, mas posto a buscar a foto ideal, compreendi que não tinha nenhum registo que deixasse satisfeito, que estivesse à altura do tema. A ideia acabou por madurar, e foi ao visitar a Exposição da Colecção Berardo que a coisa fez click. Resolvi imitar algumas das coisas que tinha visto, tentar armar-me em artista. E foi assim que propus a um pequeno grupo de pessoas a realização de um poster gigante, inspirado na Pop Art, em que o protagonista era o nosso homem. Junto com a proposta iam dois esboços para o que poderia ser a obra. E foi aqui que perdi o controlo, a recepção foi tão entusiástica que quando me dei conta já tinha sido o poster impresso, e estava-me a ser perguntado se queria assistir à entrega. Na Gráfica Calipolense a ideia fez sucesso, tanto que acabaram por colaborar oferecendo a impressão, tornando assim realidade o objecto. Espero que o destinatário goste do resultado final. Pessoalmente à muito tempo que não me dava tango gozo organizar algo.

Interregno
Esta semana fui forçado a fazer um interregno na publicação deste folhetim. E se digo forçado não estou a exagerar minimamente. A actividade que desempenho obriga-me sujeitar-me a condições que são longe de ser ideais, umas delas é ter de estar fora de casa cinco dias por semana. Sou consultor, sou uma puta cara que é sub-alugada a empresas para desempenhar uma actividade que os preguiçosos que lá trabalham não têm competência para fazer. Isto é o que eu costumo explicar às pessoas quando me perguntam, na realidade não é bem assim. Na área onde trabalho é necessária muita especialização, por isso mesmo empresas de toda a Europa vêm a Portugal contratar serviços à minha empresa. Eu por exemplo desde que ingressei nos quadros que estou deslocado em Espanha, a saltar de empresa em empresa. Já estive no monopolista da telecomunicações, já estive no banco mais gordo. Agora trabalho para um hipermercado.
A malta do hipermercado até é porreira, mas em todo o lado há idiotas. Uma das coisas que não compreendo é que tenham bloqueado o gmail e o hotmail. Não querem deixar as pessoas ter vida pessoal no trabalho. Devia ser só trabalho, trabalho, trabalho. Assim posso assistir como um monte de outros consultores impecavelmente vestidos e com um ar super ocupado passam lá desde as 9 da manhã até às 8 da noite, sempre a teclar. As aparências são o que contam, é estúpido mas é verdade. Não demorei muito tempo a perceber como é que ocupavam o tempo, é possível aceder ao instant messaging lá de dentro de uma forma bastante fácil, é só preciso trocar a janela quando se aproxima alguém. E lá se vai perpetuando o mito de que mais horas sentado no local de trabalho equivale a mais trabalho. Este mito é popular nos países do Sul da Europa, em países mais desenvolvidos cultiva-se um horário rígido de trabalho, e nem sequer é preciso andar a vigiar as pessoas porque durante esse tempo estão lá para trabalhar. Enfim, particularidades da cultura latina moderna.
Privado de acesso à minha vida durante as horas de trabalho restam-me as horas nocturnas para tentar aproximar-me das coisas que me interessam e que me motivam. Infelizmente nem durantes essas horas o consegui esta semana. Não consegui porque não quis é verdade. Mas pareceu-me um bocado excessivo cobrar 10 euros por uma hora de conexão à Internet... Enfim, espero melhorar neste aspecto mas cada vez estou mais cansado de não ter uma vida normal.
A malta do hipermercado até é porreira, mas em todo o lado há idiotas. Uma das coisas que não compreendo é que tenham bloqueado o gmail e o hotmail. Não querem deixar as pessoas ter vida pessoal no trabalho. Devia ser só trabalho, trabalho, trabalho. Assim posso assistir como um monte de outros consultores impecavelmente vestidos e com um ar super ocupado passam lá desde as 9 da manhã até às 8 da noite, sempre a teclar. As aparências são o que contam, é estúpido mas é verdade. Não demorei muito tempo a perceber como é que ocupavam o tempo, é possível aceder ao instant messaging lá de dentro de uma forma bastante fácil, é só preciso trocar a janela quando se aproxima alguém. E lá se vai perpetuando o mito de que mais horas sentado no local de trabalho equivale a mais trabalho. Este mito é popular nos países do Sul da Europa, em países mais desenvolvidos cultiva-se um horário rígido de trabalho, e nem sequer é preciso andar a vigiar as pessoas porque durante esse tempo estão lá para trabalhar. Enfim, particularidades da cultura latina moderna.
Privado de acesso à minha vida durante as horas de trabalho restam-me as horas nocturnas para tentar aproximar-me das coisas que me interessam e que me motivam. Infelizmente nem durantes essas horas o consegui esta semana. Não consegui porque não quis é verdade. Mas pareceu-me um bocado excessivo cobrar 10 euros por uma hora de conexão à Internet... Enfim, espero melhorar neste aspecto mas cada vez estou mais cansado de não ter uma vida normal.
sexta-feira, novembro 30
Está Proibido!
Recomendo vivamente a leitura deste artigo de opinião de António Barreto, que apareceu no jornal Público de 25 de Novembro de 2007, mas que também está disponível no blog Sorumbático. Trata sobre as regras que cada vez mais nos impõem, e que ameaçam acabar com algumas das coisas mais saborosas que temos. Já falei aqui do encerramento da Ginginha, mas por esta leva querem fechar tudo o que for caseiro e típico. Vai-nos sobrar o Mc Donalds e a Coca-Cola...
Papiroflexia
Gostei deste pequeno filme de animação, fez-me lembrar o Vasco Granja e o Konec. No mundo da bonecada as coisas parecem sempre fáceis, para bem ao para o mal no mundo real moldar a nossa vida é tremendamente difícil.
O título é Papiroflexia, nome porque é conhecida a antiga arte do Origami em Espanha. Eu próprio sei fazer uma ou outra figura de papel, coisitas simples. Mais uma das tantas coisas que me interessam mas que não tenho tempo para aprofundar.
O título é Papiroflexia, nome porque é conhecida a antiga arte do Origami em Espanha. Eu próprio sei fazer uma ou outra figura de papel, coisitas simples. Mais uma das tantas coisas que me interessam mas que não tenho tempo para aprofundar.
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terça-feira, novembro 27
Os Actores e a Greve dos Argumentistas
A greve dos argumentistas americanos ainda decorre, e além do apoio do público existe um movimento de actores que se juntou a eles em solidariedade. O movimento chama-se Speechless, e também reivindica os direitos dos criativos sobre a sua obra, em detrimento das grandes máquinas de fazer dinheiro que são os estúdios. As últimas novidades podem ir sendo acompanhadas através do blog United Hollywood. No Sound+Vision também estão em cima do assunto, passem por lá para ver um dos vídeos da campanha organizada pelos actores. Eu deixo aqui um vídeo de Irving Brecher que encontrei no blog do Ze Frank, e que vai ao cerne da questão.
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sexta-feira, novembro 23
Sexta-Feira Negra
Hoje é a sexta-feira negra (Black Friday), que ao contrário do que pode parecer à primeira vista não é uma coisa má. É o dia que se segue à Acção de Graças nos Estados Unidos, e é também o dia em que tradicionalmente todos resolvem começar as compras de Natal. Ou seja, o tiro de partida para começar a orgia consumista natalícia. O nome sexta-feira negra vem dos números, mais concretamente dos números do balanço das lojas e do comércio em geral que saem do vermelho para ficar a preto. Assim toda a gente trata de lançar os seus produtos, por na rua as campanhas publicitárias, refazer os stocks. Hoje as lojas vão estar abertas até mais tarde, e vai haver multidões em peregrinação às superfícies comerciais.
Mas as orgias consumistas são impopulares em certos círculos, por isso mesmo há gente que se dedica a fazer campanhas tão curiosas como o Buy Nothing Day.
Mas as orgias consumistas são impopulares em certos círculos, por isso mesmo há gente que se dedica a fazer campanhas tão curiosas como o Buy Nothing Day.

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Um Arco Íris na Indústria da Música
Dia de 10 Outubro deste ano ocorreu um fenómeno novo e fantástico. Começou a venda na Internet do último álbum dos Radiohead, In Rainbows. O lançamento de um novo álbum deste grupo é sempre uma boa notícia para um fã como eu, e é muito bom, não deixo de ouvir desde que o comprei. Possui uma particularidade muitas vezes presente na música dos Radiohead, o nosso ouvido vai-se habituando, vamos encontrando pequenos detalhes e nuances que fazem toda a diferença, quanto mais ouvimos mais gostamos. Mas há outra coisa fantástica para além da qualidade do álbum e potencialmente mais influente sobre a música e sobre a industria da música. Cansados da forma de agir de uma indústria que abusa dos artistas e que está sempre a tentar alienar o seus clientes os Radiohead disponibilizaram o álbum duma forma diferente do habitual. Há duas formas de o conseguir, numa caixa com o disco e uma série de extras, e sob a forma de download. A novidade é que para fazer o download é o cliente que põe o preço ao que está a comprar. Eu próprio segui este processo, e comprei os MP3's pelo preço que me apeteceu.
Logo após o lançamento o álbum foi aclamado pelos críticos, no entanto muitos vaticinaram o fracasso financeiro da iniciativa. No entanto os profetas da desgraça enganaram-se redondamente, apesar de estar disponível há pouco tempo parece que já se arrecadaram com as vendas qualquer coisa como 10 milhões de dólares. Isto apesar de ter sido largamente piratado, e de muita gente ter pago uma ninharia para o obter. A indústria da música devia olhar com atenção porque há muitas lições a tirar. Até os retalhistas de música andam a protestar contra o abuso das editoras.
Logo após o lançamento o álbum foi aclamado pelos críticos, no entanto muitos vaticinaram o fracasso financeiro da iniciativa. No entanto os profetas da desgraça enganaram-se redondamente, apesar de estar disponível há pouco tempo parece que já se arrecadaram com as vendas qualquer coisa como 10 milhões de dólares. Isto apesar de ter sido largamente piratado, e de muita gente ter pago uma ninharia para o obter. A indústria da música devia olhar com atenção porque há muitas lições a tirar. Até os retalhistas de música andam a protestar contra o abuso das editoras.

All I Need
i'm the next act
waiting in the wings
i'm an animal
trapped in your hot car
i'm all the days
that you choose to ignore
you are all i need
you are all i need
i'm in the middle of the picture
lying in the leaves
i am a moth
who just wants to share your light
i'm just an insect
trying to get out of the night
we only stick like glue
because there are no others
you are all i need
you are all i need
i'm in the middle of the picture
lying in the leaves
it's all right
it's all wrong
it's all right
it's all wrong
it's all right
it's all wrong
it's all right
All I Need, do álbum In Rainbows dos Radiohead.
waiting in the wings
i'm an animal
trapped in your hot car
i'm all the days
that you choose to ignore
you are all i need
you are all i need
i'm in the middle of the picture
lying in the leaves
i am a moth
who just wants to share your light
i'm just an insect
trying to get out of the night
we only stick like glue
because there are no others
you are all i need
you are all i need
i'm in the middle of the picture
lying in the leaves
it's all right
it's all wrong
it's all right
it's all wrong
it's all right
it's all wrong
it's all right
All I Need, do álbum In Rainbows dos Radiohead.
terça-feira, novembro 20
A Ginga
A Ginjinha do Rossio era um monumento nacional. Uma referência que amigos italianos, brasileiros e alemães procuravam para provar uma das melhores ginjinhas portuguesas. Aquele espaço tresandava a história e a convivialidade, a sorrisos largos e a um leve ondular de fígados conservados em ginja. Pois que se varrese o seu chão com mais frequência. Que se pusesse um médico à porta. O mal, porém, não é apenas o encerramento da Ginjinha do Rossio, esse parapeito da história da cidade e do país. O mal é a onda de lixívia sintética que vai passando por tudo quanto é "segurança alimentar" nas vetustas tascas onde vinhos fatais fizeram literatura e, certamente, doenças hepáticas. Essa onda que prega a normalização dos costumes alimentares acabará com a pequena alma dessas nobres instituições de pecado, como a Ginjinha do Rossio. Portugal aplica estas leis melhor do que ninguém. A breve prazo, agentes policiais entrarão nas nossas casas apreendendo bacalhau com excesso de sal e ginja da Beira Alta. Seremos saudáveis e faremos jogging. Tudo o resto será encerrado.
Por Francisco José Viegas, no Jornal de Notícias
Por Francisco José Viegas, no Jornal de Notícias
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O Blog do Ano 2007
Todos os anos The Bobs (The Best of the Blogs) atribui prémios aos melhores weblogs em 15 categorias. A concurso estavam 7 mil blogs submetidos por internautas de todo o mundo e depois seleccionados pelo júri. Uma tarefa hercúlea já que estavam admitidas a concurso dez línguas, entre elas o português. Vale a pena espreitar tanto a lista de premiados pelo júri, como a lista de preferidos do público.
O vencedor absoluto foi Fotomania de Xenia Avimova, uma jornalista da Bielo-Rússia com apenas 23 anos. Nele mostram-se fotos do dia a dia em Minsk combinados com textos, é mesmo um diário como um weblog é suposto ser. Gostei bastante das fotos, os caracteres cirílicos é que me passam ao lado a língua dificulta a leitura, ainda vou ter de encontrar um tradutor. Dignos de menção também são Alive in Bagdad (prémio para o melhor videoblog) e Jotman (prémio repórteres sem fronteiras). O melhor blog em português foi O Blog do Tas, de um jornalista, actor e comediante brasileiro.
O vencedor absoluto foi Fotomania de Xenia Avimova, uma jornalista da Bielo-Rússia com apenas 23 anos. Nele mostram-se fotos do dia a dia em Minsk combinados com textos, é mesmo um diário como um weblog é suposto ser. Gostei bastante das fotos, os caracteres cirílicos é que me passam ao lado a língua dificulta a leitura, ainda vou ter de encontrar um tradutor. Dignos de menção também são Alive in Bagdad (prémio para o melhor videoblog) e Jotman (prémio repórteres sem fronteiras). O melhor blog em português foi O Blog do Tas, de um jornalista, actor e comediante brasileiro.
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domingo, novembro 18
Happy Springtime (Bush is Over)
Existem vários movimentos de cidadãos americanos que querem ver os EUA fora do Iraque, e o George W. Bush fora da Casa Branca. Um deles é o movimento Bush is Over. Há pessoas de todas os credos, estratos sociais e idades. A activista que realizou este vídeo tem apenas oito anos, até ganhou um prémio de criatividade atribuído pela Lego.
sexta-feira, novembro 16
Morangos e Farsantes
Para mim não é novidade que as bandas que saem da conhecida série televisiva Morangos com Açúcar não passam de uma farsa. Uma manobra de marketing destinada a vender CD's equipamento escolar e sabe-se lá que mais a uma multidão de miúdos que pensam aquilo são pessoas a sério (e com talento). Mandaram-me uma comparação bastante gira entre uns temas da conhecida série e os temas originais, pode ser educativo e revelador. Por favor mostrem a todos os fãs dos 4 Taste e dos D'Zrt que conhecerem.
Já agora que estou a falar de farsas da televisão, vou também falar mal da Floribela. Essa menina tão prendada e encantadora que não é mais que a versão nacional de um franchise que teve origem na América Latina. Quem é que já ouviu falar a Floricienta? Uma gata borralheira enfiada num cenário de Música no Coração, modernizada e toda boazona. Em exibição em vários países, pelo que dizem a versão nacional nem é grande coisa.
Já agora que estou a falar de farsas da televisão, vou também falar mal da Floribela. Essa menina tão prendada e encantadora que não é mais que a versão nacional de um franchise que teve origem na América Latina. Quem é que já ouviu falar a Floricienta? Uma gata borralheira enfiada num cenário de Música no Coração, modernizada e toda boazona. Em exibição em vários países, pelo que dizem a versão nacional nem é grande coisa.
quinta-feira, novembro 15
A Morte da TV e a Greve dos Argumentistas
Para quem não saiba os argumentistas americanos estão em greve, as razões são simples, e o público até está do lado dos criativos. Claro que o papel de mau da fita é ocupado pelas produtoras que não querem pagar os direitos dos escritores sobre obras transmitidas através da Internet. Isto tem tudo a ver com a morte da TV como meio de distribuição. A malta prefere ver o que lhe apetece, quando lhe apetece, em vez de ter de se especar em frente à caixa mágica e papar com o está a passar nesse momento. Esta mudança no paradigma (como acontece com todas as mudanças) provoca medo nos distribuidores de conteúdos, que estão a ver como se alteram as regras do jogo. E claro, a defesa é abarbatarem-se a tudo o que conseguem. A questão está explicado de forma excelente num artigo de Damon Lindelof, argumentista principal da conhecida série Lost. Encontrei o artigo através do blog do Nuno Markl.
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terça-feira, novembro 13
Poemas dos Dois Exílios
Dói viver, nada sou que valha ser.
Tardo-me porque penso e tudo rui.
Tento saber, porque tentar é ser.
Longe de isto ser tudo, tudo flui.
Mágoa que, indiferente, faz viver.
Névoa que, diferente, em tudo influi.
O exílio nado do que fui sequer
Ilude, fixa, dá, faz ou possui.
Assim, nocturno, a árias indecisas,
O prelúdio perdido traz à mente
O que das ilhas mortas foi só brisas,
E o que a memória análoga dedica
Ao sonho, e onde, lua na corrente,
Não passa o sonho e a água inútil fica.
Fernando Pessoa
Tardo-me porque penso e tudo rui.
Tento saber, porque tentar é ser.
Longe de isto ser tudo, tudo flui.
Mágoa que, indiferente, faz viver.
Névoa que, diferente, em tudo influi.
O exílio nado do que fui sequer
Ilude, fixa, dá, faz ou possui.
Assim, nocturno, a árias indecisas,
O prelúdio perdido traz à mente
O que das ilhas mortas foi só brisas,
E o que a memória análoga dedica
Ao sonho, e onde, lua na corrente,
Não passa o sonho e a água inútil fica.
Fernando Pessoa
segunda-feira, novembro 12
Escapadela Para o Outono
No principio deste mês fui fazer mais uma visita à Galiza. Agora tornou-se ponto de passagem habitual, afinal temos de ver os entes queridos. Mas não me fiquei pela Galiza, retornei também a Grandas de Salime, por onde já tinha passado em tempos. A desvantagem foi que me fartei de fazer quilómetros num carrinho alugado, mas a companhia valeu a pena. Como bónus tive um momentos de nostalgia outonal, bem diferentes do meu dia-a-dia de hoje. Desfrutar das paisagens, levar a vida passo a passo e sem pressas. Ir apanhar castanhas ao bosque e depois assas-las em fogo de lenha. O problema é que como pano de fundo a toda esta paz está sempre a necessidade de estar noutro lugar, ir daqui para ali, voltar à rotina de sempre. Ou pelo menos a rotina actual que se eterniza. Ficaram as fotografias, porque o momento desvaneceu-se demasiado depressa.
quarta-feira, novembro 7
O CD Morreu, Larga Vida ao Vinil
Não, não me enganei no título, nem estou com delírios. As vendas do velho formato estão a aumentar, e há quem diga que o disco de vinil tem cada vez mais hipóteses de sobrevivência e vai superar em longevidade o Compact Disc, o seu sucessor. Hoje em dia as grandes vantagens do CD desapareceram. A sua maior portabilidade e a facilidade para fazer cópias não têm maneira de rivalizar com o novo formato de distribuição musical por excelência, o MP3. Em compensação existem muitos melómanos e audiófilos que sempre guardaram o vinil no coração. Há quem jure a pés juntos que o som do compacto não é capaz de igualar o velhinho e nostálgico disco negro. Hoje em dia já se fazem edições musicais num formato Vinil+MP3, que juntam as vantagens do velho e do novo.
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terça-feira, novembro 6
A Boa Acção do Dia
Acabo de fazer a minha boa acção do dia, fiz uma modesta contribuição para a recolha de fundos do Fundação Wikimedia. Esta é a entidade que suporta projectos como a Wikipedia, a enciclopédia livre, escrita por voluntários. Além da enciclopédia há um dicionário, uma biblioteca, um catálogo de espécies, um repositório de ferramentas para o ensino e outras ferramentas gratuitas destinadas a levar o conhecimento humano a todos.
Eu uso e abuso destas ferramentas, acho que o mínimo que posso fazer é devolver um pouco. Em tempos traduzi um artigo para português, hoje em dia está bastante mudado. Mas essa é uma das coisas belas desta ferramenta, plantamos uma pequena semente de conhecimento, viramos as costas e quando damos por isso a coisa já cresceu muito e para melhor. Uma pequena contribuição monetária pequena é quanto se pede para continuar com este excelente projecto que está a mudar, e especialmente a democratizar, a forma como olhamos para o conhecimento. Por favor contribuam para o objectivo, acesso livre a todo o conhecimento humano.
Eu uso e abuso destas ferramentas, acho que o mínimo que posso fazer é devolver um pouco. Em tempos traduzi um artigo para português, hoje em dia está bastante mudado. Mas essa é uma das coisas belas desta ferramenta, plantamos uma pequena semente de conhecimento, viramos as costas e quando damos por isso a coisa já cresceu muito e para melhor. Uma pequena contribuição monetária pequena é quanto se pede para continuar com este excelente projecto que está a mudar, e especialmente a democratizar, a forma como olhamos para o conhecimento. Por favor contribuam para o objectivo, acesso livre a todo o conhecimento humano.
terça-feira, outubro 30
Os Espantalhos Criacionistas
Chamo a vossa atenção para este exemplo perfeito do que é a ciência. A ciência é uma ferramenta, uma forma de ver o mundo, de estabelecer pequenas regras e padrões simples que juntos nos possibilitam explicar sistemas infinitamente complexos. Como a própria vida e a sua evolução. Trata-se de uma abordagem baseada no cepticismo, e na experimentação. Só acreditamos nas regras que estabelecemos depois de devidamente comprovadas, é a base do método científico. Quem não acredita na ciência e no pensamento científico tem de se esconder atrás de entidades intangíveis e da superstição para conseguir explicar o mundo que o rodeia.
Neste vídeo desmonta-se a falácia do relógio, utilizada muitas vezes pelos criacionistas para tentar provar a teoria do desenho inteligente. Recomenda-se a leitura do artigo no De Rerum Natura para ficar a par de toda problemática por detrás de esta prova.
Neste vídeo desmonta-se a falácia do relógio, utilizada muitas vezes pelos criacionistas para tentar provar a teoria do desenho inteligente. Recomenda-se a leitura do artigo no De Rerum Natura para ficar a par de toda problemática por detrás de esta prova.
Patti Smith no Coliseu
Eu gosto de ouvir muitas coisas, às vezes coisas estranhas que alguém me traz, outras vezes grandes clássicos que descubro porque me ponho a indagar sobre a história recente da música. Já não sei muito bem porque comprei um álbum em Nice Price (ainda tenho o Horses como um dos meus discos mais estimados) mas comecei a ouvir e a gostar de Patti Smith. Lembro-me que na época áurea do grunge essa curiosidade já tinha despertado em mim, e ao mesmo tempo que ouvia a música da moda ouvia também esta senhora incontornável na música do século XX. Aquando do lançamento recente de um disco de versões seu, quase que delirei ao ouvir Smells Like Teen Spirit na sua voz, pareceu-me uma daquelas coincidências de proporções cósmicas. Em termos pessoais Patti Smith tem um lado reivindicativo, e de defesa de certos princípios reminiscentes do Flower Power que automaticamente me fazem ter simpatia por ela. Poetisa, já declarou ser admiradora de Fernando Pessoa, aliás nunca se cansa de o referir. Musicalmente consegue abarcar uma gama incrível de emoções, passar da tranquilidade absoluta ao caos total.
Apresentei-me pois no Coliseu de Lisboa no passado domingo sem saber muito bem que esperar. Cheio de expectativa é certo, mas sem muitos palpites sobre o que iria ouvir ou sobre o que aconteceria em palco. Pelo que sei tinha vindo a Portugal apenas uma vez antes, e o concerto teve uma resposta efusiva. Quando entrei na sala estranhou-me que estivesse a plateia cheia de cadeiras, não sei porquê estava a espera de assistir ao concerto de pé (coisa que afinal se veio a verificar). O ambiente era muito curioso, uma mistura de idades e estratos sociais. Por momentos tive um flashback Fez-me lembrar um outro concerto, com características parecidas, Lou Reed é outra das minhas referências mais antigas. No Coliseu sentada à minha frente estava uma adolescente totalmente vestida de negro, ao lado a acompanha-la o pai vestido a condizer com calças de pai de família e polo da Lacoste. Do meu lado direito um casal bem vestido, equipados com uns binóculos de ópera. Do meu lado esquerdo um pseudo-gótico carregado de correntes. Antes sequer de que apagassem as luzes, já a plateia fervilhava, a antecipação notava-se perfeitamente, com malta aos gritos e a bater palmas antes sequer que apagassem as luzes.
A protagonista da noite entrou de forma muito simples, vestida de blazer e t-shirt branca, onde um desenho com o símbolo da paz e a palavra Love visivelmente desenhados à mão destacavam. Mas desde logo causou grande impacto. Houve gente que se levantou para a saudar e não mais se sentou. A maioria das pessoas ainda ficou indecisa durante algumas músicas até se decidir por ficar de pé. O concerto começou de forma suave com temas e interpretações não muito movimentados, mas o ambiente aquecia a olhos vistos. Passou por vários pontos da sua carreira, falou bastante, embrenhou-se no público por mais do que uma vez, tivemos direito a piropos sobre Portugal e a cidade de Lisboa. O público saltava simplesmente com ouvir algum acorde conhecido, ou o inicio de uma estrofe. Como quando soou jesus died for somebody's sins but not mine e todos saltaram da cadeira para entoar Gloria. Se falei aqui dos Nirvana e de Lou Reed não foi por acaso, já que ouvimos a já conhecida versão de Smells Like Teen Spirit e uma inédita (pelo menos para mim) versão de Perfect Day durante a qual a diva até se esqueceu da letra.
Durante todo o concerto, mas sobretudo no final, o lado reivindicativo e hippie esteve em evidência. Lembrem-se que o povo é quem tem o poder dizia ela, parem a guerra!
Apresentei-me pois no Coliseu de Lisboa no passado domingo sem saber muito bem que esperar. Cheio de expectativa é certo, mas sem muitos palpites sobre o que iria ouvir ou sobre o que aconteceria em palco. Pelo que sei tinha vindo a Portugal apenas uma vez antes, e o concerto teve uma resposta efusiva. Quando entrei na sala estranhou-me que estivesse a plateia cheia de cadeiras, não sei porquê estava a espera de assistir ao concerto de pé (coisa que afinal se veio a verificar). O ambiente era muito curioso, uma mistura de idades e estratos sociais. Por momentos tive um flashback Fez-me lembrar um outro concerto, com características parecidas, Lou Reed é outra das minhas referências mais antigas. No Coliseu sentada à minha frente estava uma adolescente totalmente vestida de negro, ao lado a acompanha-la o pai vestido a condizer com calças de pai de família e polo da Lacoste. Do meu lado direito um casal bem vestido, equipados com uns binóculos de ópera. Do meu lado esquerdo um pseudo-gótico carregado de correntes. Antes sequer de que apagassem as luzes, já a plateia fervilhava, a antecipação notava-se perfeitamente, com malta aos gritos e a bater palmas antes sequer que apagassem as luzes.
A protagonista da noite entrou de forma muito simples, vestida de blazer e t-shirt branca, onde um desenho com o símbolo da paz e a palavra Love visivelmente desenhados à mão destacavam. Mas desde logo causou grande impacto. Houve gente que se levantou para a saudar e não mais se sentou. A maioria das pessoas ainda ficou indecisa durante algumas músicas até se decidir por ficar de pé. O concerto começou de forma suave com temas e interpretações não muito movimentados, mas o ambiente aquecia a olhos vistos. Passou por vários pontos da sua carreira, falou bastante, embrenhou-se no público por mais do que uma vez, tivemos direito a piropos sobre Portugal e a cidade de Lisboa. O público saltava simplesmente com ouvir algum acorde conhecido, ou o inicio de uma estrofe. Como quando soou jesus died for somebody's sins but not mine e todos saltaram da cadeira para entoar Gloria. Se falei aqui dos Nirvana e de Lou Reed não foi por acaso, já que ouvimos a já conhecida versão de Smells Like Teen Spirit e uma inédita (pelo menos para mim) versão de Perfect Day durante a qual a diva até se esqueceu da letra.
Durante todo o concerto, mas sobretudo no final, o lado reivindicativo e hippie esteve em evidência. Lembrem-se que o povo é quem tem o poder dizia ela, parem a guerra!
segunda-feira, outubro 29
A Câmara que Veio do Frio
Já tive oportunidade de levar a minha LC-A+ para passear. Não sei dizer se estou contente ou triste com os resultados, esperava mais talvez. Esperava qualquer coisa de diferente. As fotografias são frias e ásperas. Deve ser normal numa máquina que tem origem russa. De qualquer como há fotos que gosto bastante, outras nem por isso. Há outras ainda que têm um ar bastante surreal, não consigo classifica-las. Mas a responsabilidade não é apenas da câmara, o flash multicolor também influenciou algum dos ambientes muito peculiares que capturei. Acho que até agora o que me está a dar mais curiosidade são as exposições longas, até me deu para comprar mais um acessório, um tripé. Fiquem a aguardar noticias dos próximos episódios, por agora despeço-me com as fotos da minha primeira experiência com a LC-A+.

Atari Punk Console
Ultimamente tenho andado extremamente interessado na corrente Faça Você Mesmo. Não sei se se lembram, mas isto já esteve na moda. Eu recordo-me ainda dos livros que ensinavam a fazer tudo lá em casa, desde cozer um ovo, até construir um anexo para guardar as ferramentas de jardim. Pois bem, a coisa está de volta mas hoje em dia com umas nuances ligeiramente diferentes. A tecnologia progrediu bastante, mas também se democratizou, já todos podemos aceder a ela. E o movimento modernizou-se.
A Internet tomou protagonismo, hoje em dia existem inúmeras comunidades que se juntam em espaços virtuais para mostrar as suas mais recentes criações, algumas dignas dos cientistas mais loucos. Os desenhos são refinados e melhorados por todos aqueles que a isso de dispõem. É fácil encontrar ajuda, os hardware hackers adoram construir coisas, e claro também se gostam de gabar de as construir. Porém, o que impressiona é que há coisas que são extremamente simples de fazer, até para o comum dos mortais. Sem ter conhecimentos profundos de electrónica, basta chegar à loja, comprar os componentes, seguir as instruções com cuidado. Depois procura-se a carcaça de alguma velharia que ande lá por casa e insufla-se nova vida nesse objecto.
Existem uma série de projectos que gostava de fazer, e vou falando deles a quem me rodeia. Foi assim que alguém pegou numa dessas ideias e transformou em realidade. Podem ver o resultado da construção de uma Atari Punk Console, basicamente um circuito muito simples que serve para fazer barulho. Um sintetizador muito primitivo se quiserem. Este exemplar em particular nasceu do desejo de oferecer algo especial a um bom amigo que é músico. Lançada a sugestão a loucura concretizou-se. E não é que a coisa até resulta, aquilo faz mesmo um barulhão! Podem encontrar mais detalhes aqui.
A Internet tomou protagonismo, hoje em dia existem inúmeras comunidades que se juntam em espaços virtuais para mostrar as suas mais recentes criações, algumas dignas dos cientistas mais loucos. Os desenhos são refinados e melhorados por todos aqueles que a isso de dispõem. É fácil encontrar ajuda, os hardware hackers adoram construir coisas, e claro também se gostam de gabar de as construir. Porém, o que impressiona é que há coisas que são extremamente simples de fazer, até para o comum dos mortais. Sem ter conhecimentos profundos de electrónica, basta chegar à loja, comprar os componentes, seguir as instruções com cuidado. Depois procura-se a carcaça de alguma velharia que ande lá por casa e insufla-se nova vida nesse objecto.
Existem uma série de projectos que gostava de fazer, e vou falando deles a quem me rodeia. Foi assim que alguém pegou numa dessas ideias e transformou em realidade. Podem ver o resultado da construção de uma Atari Punk Console, basicamente um circuito muito simples que serve para fazer barulho. Um sintetizador muito primitivo se quiserem. Este exemplar em particular nasceu do desejo de oferecer algo especial a um bom amigo que é músico. Lançada a sugestão a loucura concretizou-se. E não é que a coisa até resulta, aquilo faz mesmo um barulhão! Podem encontrar mais detalhes aqui.
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sexta-feira, outubro 26
Quem Toma as Decisões
Sou um grande fã do Dilbert, e acho que o seu autor Scott Adams tem por vezes saídas geniais (torno a recomendar The Dilbert Blog onde ele escreve). Uma das primeiras coisas que faço ao chegar ao trabalho é ler a tira diária. Não posso deixar de partilhar a de hoje (até um colega meu do trabalho mandou para toda a gente da empresa).

Massacres Privados
O chefe de segurança do Departamento de Estado dos EUA demitiu-se, presumivelmente em relação com um escândalo envolvendo o ataque a civis no Iraque por parte de mercenários americanos. Segundo o artigo a embaixada ofereceu dinheiro às vitimas para ficarem de boca fechada, mas a notícia rebentou-lhes nas mãos à mesma. Os ataques foram levados a cabo por para-militares da empresa Blackwater, que já tinha levantado alguma polémica pelas suas actividades. A firma tem um contratos chorudos com o governo americano e várias empresas envolvidas na reconstrução do Iraque, e supostamente dedica-se a fazer consultadoria e segurança privada. Já lhes foi ordenado que abandonassem o país pelo governo iraquiano devido a uma série de incidentes que protagonizaram.
Em jeito de lembrança vale a pena ler o artigo no Obvious sobre o massacre de My Lai. Uma carnificina levada a cabo por soldados americanos no Vietname e que provocou uma onda de indignação, que diz-se foi um dos factores decisivos para pôr cobro à presença americana nesse país asiático.
Em jeito de lembrança vale a pena ler o artigo no Obvious sobre o massacre de My Lai. Uma carnificina levada a cabo por soldados americanos no Vietname e que provocou uma onda de indignação, que diz-se foi um dos factores decisivos para pôr cobro à presença americana nesse país asiático.
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quarta-feira, outubro 24
A Guerra às Drogas
Normalmente digo o que me apetece aqui na minha Tribuna, não tenho a preocupação de agradar a ninguém nem de ser politicamente correcto. Por isso mesmo hoje vou tocar num tema polémico, as drogas. O estigma que foi implantado no nosso imaginário colectivo associa as drogas a coisas más, o tráfico, a degradação, a violência. Mas na realidade esse estigma está presente apenas nas drogas ilegais. Muitos dos medicamentos que vamos buscar à farmácia munidos de receita médica são drogas (drogas legais claro) na medida em que podem criar habituação, mas como genericamente têm outro nome todos dão por assumido que não têm efeitos secundários indesejáveis. Talvez a pior das drogas (e uma droga dura segundo a definição já que cria dependência física) é perfeitamente aceite na nossa sociedade, o álcool. No entanto o seu consumo é encorajado e visto como socialmente desejável. Pelo menos estamos a ficar menos hipócritas com o ataque que tem havido ultimamente ao tabaco.
É verdade que as drogas têm efeitos nefastos sim, mas se nos pusermos a pensar nos efeitos que são consequência não do consumo, mas da sua proibição? A violência, a corrupção, o dinheiro sujo, todos vêm na realidade do tráfico de substâncias ilegais. Se as drogas fossem legais, poderiam ser cobrados impostos sobre elas, poderia ser verificado o seu grau de toxicidade. Na Holanda o consumo de drogas está regulamentado, e não proibido. Que eu saiba ainda não houve nenhum apocalipse, nem nenhuma catástrofe social por lá. Os cidadãos não se perdem nas malhas da droga, pelo contrário, são dos povos mais produtivos e organizados da Europa. Para familiarizar-se um pouco mais com toda esta problemática, e com o dogma das drogas aconselho a leitura do livro O Rei vai Nu, disponível em qualquer livraria. Deixo-vos aqui com a primeira parte de um documentário sobre o falhanço da guerra às drogas nos Estados Unidos.
segunda, terceira, e quarta parte do documentário.
É verdade que as drogas têm efeitos nefastos sim, mas se nos pusermos a pensar nos efeitos que são consequência não do consumo, mas da sua proibição? A violência, a corrupção, o dinheiro sujo, todos vêm na realidade do tráfico de substâncias ilegais. Se as drogas fossem legais, poderiam ser cobrados impostos sobre elas, poderia ser verificado o seu grau de toxicidade. Na Holanda o consumo de drogas está regulamentado, e não proibido. Que eu saiba ainda não houve nenhum apocalipse, nem nenhuma catástrofe social por lá. Os cidadãos não se perdem nas malhas da droga, pelo contrário, são dos povos mais produtivos e organizados da Europa. Para familiarizar-se um pouco mais com toda esta problemática, e com o dogma das drogas aconselho a leitura do livro O Rei vai Nu, disponível em qualquer livraria. Deixo-vos aqui com a primeira parte de um documentário sobre o falhanço da guerra às drogas nos Estados Unidos.
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segunda-feira, outubro 22
O novo Mac OS X
O novo sistema operativo da Apple vai sair dia 26 de Outubro. Existe uma expectativa muito grande devido não só aos avanços tecnológicos que estão escondidos por baixo do capot como o ZFS, mas também pelas novas aplicações e funcionalidades que esses avanços permitem facultar ao utilizador final. O lançamento do iPhone atrasou o lançamento do Leopard já que foi necessário desviar recursos para o lançamento do telefone touch-screen. Agora finalmente vai ficar disponível nos Macs novos, e nas lojas. A um preço bem mais apelativo que o Windows Vista diga-se de passagem, aliás vale a pena comparar os dois neste e noutros aspectos.
Eu ando cheio de vontade de comprar um MacBook, estou cansado de carregar às costas um portátil monstruoso que me deram no trabalho. Para mim um portátil devia ser uma ferramenta de trabalho para usar fora de casa e do escritório. Portanto características como o peso, a autonomia, a resistência, e a legibilidade do ecrã quando exposto à luz são as características que mais me importam nesse pedaço de equipamento. Infelizmente há por aí muitos portáteis que têm outra filosofia, a dos computadores de secretária transportáveis, que não aguentam uma hora desligados da ficha e são capazes de nos partir as costas em três tempos.
Para já vou adiar o meu impulso consumista, e vou experimentar a nova versão do Ubuntu que saiu na semana passada. Parece que em termos de facilidade de uso, e inclusivamente de polimento gráfico em nada fica a dever ao Mac. Entretanto deixo-vos com uma visita guiada ao Leopard.
Eu ando cheio de vontade de comprar um MacBook, estou cansado de carregar às costas um portátil monstruoso que me deram no trabalho. Para mim um portátil devia ser uma ferramenta de trabalho para usar fora de casa e do escritório. Portanto características como o peso, a autonomia, a resistência, e a legibilidade do ecrã quando exposto à luz são as características que mais me importam nesse pedaço de equipamento. Infelizmente há por aí muitos portáteis que têm outra filosofia, a dos computadores de secretária transportáveis, que não aguentam uma hora desligados da ficha e são capazes de nos partir as costas em três tempos.
Para já vou adiar o meu impulso consumista, e vou experimentar a nova versão do Ubuntu que saiu na semana passada. Parece que em termos de facilidade de uso, e inclusivamente de polimento gráfico em nada fica a dever ao Mac. Entretanto deixo-vos com uma visita guiada ao Leopard.
domingo, outubro 21
LC-A+
Estou realmente apaixonado pela lomografia, finalmente decidi-me a comprar a câmara original que deu origem ao movimento, a LC-A+. Bem na realidade já não é a original, já não é feita na Rússia, agora é made in China, mas tem o mesmo look retro e a mesma qualidade e versatilidade. O tamanho surpreendeu-me é bastante compacta, e de aspecto sólido. Existe uma versão ligeiramente mais cara em que a lente é russa, mas isso escapou-me quando fiz a encomenda. Não importa, estou muito contente com a minha compra. O pacote chegou bastante rápido e já andei a testar alguns dos meus brinquedos novos (sim porque comprei um pack cheio de coisas esquisitas e maravilhosas). Quando tiver revelado o primeiro rolo eu mostro.

Nova Visita dos Clunk ao Bacalhoeiro
Na passada sexta-feira os Clunk regressaram ao Bacalhoeiro para encher mais uma vez a sala de concertos de fãs (nós somos muitos e a sala é pequena). Podem saber a impressão dos artistas em primeira mão no blog do grupo. Eu cá aproveitei para mandar umas flashadas, como não podia deixar de ser.

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sábado, outubro 20
Os Males que me Afligem
Segundo um amigo meu, quando se chega aos 30 apanham-se os primeiros sustos com a saúde. Confesso que ultimamente andei bastante paranóico com a minha saúde. Depois de várias visitas ao médico, e alguns exames descubro que afinal não tenho nada do outro mundo. Através do raio X puderam ver que tenho uma ligeira desviação da coluna vertebral, mas nada de importante, recomenda-se que me dedique à natação. Quando às minhas dores, tratava-se de gases. A médica mostrou-me as bolhas na radiografia, e disse-me que os meus intestinos são muito lentos (enquanto forem os intestinos e não for a cabeça estou eu bem). Tenho de continuar a comer coisas saudáveis, e evitar as gorduras. Quando digo a alguém que as minhas aflições afinal eram provocadas por gases, a tendência natural é que se riam na minha cara depois de fazer uma piada ou perguntar se dou muitos traques.
Ter cuidado com a alimentação, comer saudável e a horas, parece muito óbvio. Mas neste preciso momento da minha vida infelizmente não tenho espaço para isso. Onde estou agora parece que dão pouco valor a esse tipo de coisas. Primeiro está o trabalho, quando houver um tempinho logo se come qualquer coisa, de preferência junk food para não dar muito trabalho lá em casa. A pessoa que me dirige tem os seus objectivos, nisso não o posso censurar, não quer deixar ficar mal ninguém e tem de tentar transmitir uma imagem de competência. No entanto a lógica que o move é uma falácia. Quando tem um problema continua a insistir, a fazer seja lá o que for, é preciso que apareça uma solução. Estar horas intermináveis a queimar pestanas sem ter muito bem a noção de como chegar a algum lado, se for preciso fica-se com o cu quadrado, saltam-se refeições. Eu cá acredito justamente na maneira oposta de fazer as coisas, em pensar os problemas, pesa-los, planeá-los. Quando tenho problemas que parecem intransponíveis prefiro ir para casa organizar as ideias, no outro dia quando a cabeça estiver fresca há-de aparecer a solução. Até agora os nossos pontos de vista têm chocado ocasionalmente, vamos ver que acontece a partir daqui. Uma coisa é certa, estou farto de me sujeitar a esta lógica tonta e estúpida.
Ter cuidado com a alimentação, comer saudável e a horas, parece muito óbvio. Mas neste preciso momento da minha vida infelizmente não tenho espaço para isso. Onde estou agora parece que dão pouco valor a esse tipo de coisas. Primeiro está o trabalho, quando houver um tempinho logo se come qualquer coisa, de preferência junk food para não dar muito trabalho lá em casa. A pessoa que me dirige tem os seus objectivos, nisso não o posso censurar, não quer deixar ficar mal ninguém e tem de tentar transmitir uma imagem de competência. No entanto a lógica que o move é uma falácia. Quando tem um problema continua a insistir, a fazer seja lá o que for, é preciso que apareça uma solução. Estar horas intermináveis a queimar pestanas sem ter muito bem a noção de como chegar a algum lado, se for preciso fica-se com o cu quadrado, saltam-se refeições. Eu cá acredito justamente na maneira oposta de fazer as coisas, em pensar os problemas, pesa-los, planeá-los. Quando tenho problemas que parecem intransponíveis prefiro ir para casa organizar as ideias, no outro dia quando a cabeça estiver fresca há-de aparecer a solução. Até agora os nossos pontos de vista têm chocado ocasionalmente, vamos ver que acontece a partir daqui. Uma coisa é certa, estou farto de me sujeitar a esta lógica tonta e estúpida.

Barragem do Almourol
O volume de comentários neste blog é extremamente pequeno, algo que me deixa um pouco triste. Aparentemente o meu público não é muito participativo. Mas de vez em quando lá aparece alguém a dar a sua opinião, ou como neste caso a lançar um alerta relacionado com algum dos temas que trato. O último comentário que recebi foi a um relato já antigo, sobre um belo dia passado a fazer canoagem no zêzere, deixaram um alerta para algo que eu desconhecia. Incluído no plano de barragens nacional está a construção de uma barragem 2 km a montante do castelo de Almourol. É óbvio que as populações e autarquias locais estão extremamente preocupadas. Em causa está o desaparecimento daquele pedaço de rio, das viagens em canoa, da paisagem, quem sabe até pôr em causa o conjunto do castelo. Eu também tenho sérias dúvidas sobre o impacto desta obra, parece-me que pode ser extremamente negativo, desastroso. De momento não consegui encontrar grande informação, infelizmente há a tendência em Portugal a fazer estas coisas à porta fechada, sem a intervenção do público. Obrigado pela chamada de atenção.

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sexta-feira, outubro 19
Sugestões Culturais para para Acabar Outubro
Hoje trago duas sugestões para aproveitar até ao final do Outubro. Eu próprio não sei se vou conseguir ir às duas mas vou tentar pelo menos. A primeira é o 4º Festival de Cinema Documental de Lisboa, doclisboa para abreviar, que decorre entre 18 e 28 de Outubro. Os filmes vão passar pela Culturgest, Cinema Londres e Cinema São Jorge, podem espreitar o programa aqui.
A outra sugestão é o Festival de Banda Desenhada da Amadora, certame no qual faço questão de estar presente todos os anos. Como já vem sendo habitual vamos ter várias editoras a exporem os seus livros, lançamentos, e sessão de autógrafos. A propósito dos 18 anos do festival, aproveitou-se para dar uma temática mais adulta (leia-se maiores de 18), sem prejuízo como é óbvio das secções dedicadas aos petizes. Entre outras coisas, vamos ser honrados com a presença de Milo Manara, um mestre que se dedicou à banda desenhada erótica desde à varios anos. Para vos regalar os olhos deixo aqui a capa de uma das suas obras mais conhecidas, o Click. Para os mais interessados existem alguns vídeos interessantes que podem valer a pena ver, por exemplo este como desenhar uma rapariga sensual, narrado pelo próprio Manara.
A outra sugestão é o Festival de Banda Desenhada da Amadora, certame no qual faço questão de estar presente todos os anos. Como já vem sendo habitual vamos ter várias editoras a exporem os seus livros, lançamentos, e sessão de autógrafos. A propósito dos 18 anos do festival, aproveitou-se para dar uma temática mais adulta (leia-se maiores de 18), sem prejuízo como é óbvio das secções dedicadas aos petizes. Entre outras coisas, vamos ser honrados com a presença de Milo Manara, um mestre que se dedicou à banda desenhada erótica desde à varios anos. Para vos regalar os olhos deixo aqui a capa de uma das suas obras mais conhecidas, o Click. Para os mais interessados existem alguns vídeos interessantes que podem valer a pena ver, por exemplo este como desenhar uma rapariga sensual, narrado pelo próprio Manara.

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quarta-feira, outubro 17
A Visão de um Estudante de Hoje
O antropólogo cultural Michael Wesch em conjunto com 200 estudantes da Universidade do Kansas realizou um vídeo engraçado onde nos mostra a visão que os estudantes de hoje têm sobre o mundo do ensino, e os seus hábitos e dogmas muitas vezes anacrónicos. Embora eu ache que uma educação formal não dispensa de forma alguma uma componente clássica, com palestras, giz e ardósia acho que a curta-metragem levanta alguns pontos interessantes.
Via Geeks Are Sexy.
terça-feira, outubro 16
A Lomografia e os Whites Stripes
Parece que os White Stripes também simpatizam com a lomografia, existe uma edição especial limitada de dois modelos das engenhocas Lomo. Cada modelo está associado a um membro do grupo. Aparte do design apelativo parece que cada uma traz também acessórios exclusivos e um livro.
Fui investigar um pouco, e embora tenha descoberto que Jack White se dedica a inúmeras actividades (músico, produtor, actor, estofador), parece que é Meg White quem se dedica mais a sério à fotografia.
Fui investigar um pouco, e embora tenha descoberto que Jack White se dedica a inúmeras actividades (músico, produtor, actor, estofador), parece que é Meg White quem se dedica mais a sério à fotografia.

sexta-feira, outubro 12
Earthlings
Um documentário sobre os habitantes da Terra, e sobre a discriminação que nós humanos exercemos sobre as outras espécies. Trata-se de um vídeo de alerta e divulgação, narrado por Joaquin Phoenix e com música de Moby. Advirto que os mais sensíveis e facilmente perturbáveis podem encontrar o filme perturbador. É natural, nele são mostradas coisas horrendas, que nós humanos levamos a cabo todos os dias. O filme não é nada de novo, mas é esclarecer. Serve para abrir os olhos para coisas que ignoramos porque queremos. Até os que estão de consciência limpa deviam pensar melhor, a visita a um matadouro kosher que está registada no filme e das mais esclarecedoras.
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terça-feira, outubro 9
Uma Face Possível do Futuro
Deixo aqui um exercício de futurologia que encontrei no Obvious, cá para mim quase que acertaram em cheio. É qualquer coisa disto que vai acontecer.
Vale Tudo no Estado Socrático
Este tema cada dia é mais preocupante, parece que o executivo de Sócrates perante a inexistência de uma oposição credível e vista a apatia da opinião pública não vêm limites para a interferência com as liberdades dos cidadãos. Podem consultar a notícia no Público.
Ontem, dois polícias "à civil" entraram na sede do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) na Covilhã e levaram dois documentos de informação referentes à acção de protesto marcada para hoje naquela cidade, onde estará o primeiro-ministro, no âmbito de uma visita à Escola Secundária Frei Heitor Pinto. O SPRC, filiado na Fenprof, considerou, em comunicado, que se tratou de uma "acção de características pidescas" e que justifica a apresentação de queixa sobre "esta violação dos direitos democráticos" ao Presidente da República, Parlamento, Provedoria de Justiça e Procuradoria-Geral da República. Ainda ontem, o ministro da Administração Interna ordenou que fosse instaurado um processo de averiguações para apurar os factos ocorridos na Covilhã.

Cartoon por Anterozóide.
Ontem, dois polícias "à civil" entraram na sede do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) na Covilhã e levaram dois documentos de informação referentes à acção de protesto marcada para hoje naquela cidade, onde estará o primeiro-ministro, no âmbito de uma visita à Escola Secundária Frei Heitor Pinto. O SPRC, filiado na Fenprof, considerou, em comunicado, que se tratou de uma "acção de características pidescas" e que justifica a apresentação de queixa sobre "esta violação dos direitos democráticos" ao Presidente da República, Parlamento, Provedoria de Justiça e Procuradoria-Geral da República. Ainda ontem, o ministro da Administração Interna ordenou que fosse instaurado um processo de averiguações para apurar os factos ocorridos na Covilhã.

Cartoon por Anterozóide.
sexta-feira, outubro 5
25 Anos a Caçar Andróides
Em devida altura fiz aqui a minha pequena homenagem ao aniversário do filme Blade Runner, um filme de culto para muitos e para mim. Na altura suscitou alguns comentários, e pela análise que faço regularmente das estatísticas deste humilde folhetim, houve bastante pessoas interessadas no tema.
Aparentemente Ridley Scott não ficou satisfeito com o director's cut lançado em 1992 e voltou de novo ao que considera uma das suas obras maiores. Vai ser lançada uma nova versão da longa-metragem em que foram aprimorados mais alguns detalhes, e pelo que dizem foram restituídas mais algumas cenas que foram extirpadas pelo estúdio no lançamento original. O autor explica tudo numa longa entrevista à Wired. A estreia vai ser nos cinemas americanos em Novembro, a edição em DVD (que contem 5 discos) vai sair em Dezembro. Para os fãs, já é possível fazer uma pré-encomenda na Amazon.
Aparentemente Ridley Scott não ficou satisfeito com o director's cut lançado em 1992 e voltou de novo ao que considera uma das suas obras maiores. Vai ser lançada uma nova versão da longa-metragem em que foram aprimorados mais alguns detalhes, e pelo que dizem foram restituídas mais algumas cenas que foram extirpadas pelo estúdio no lançamento original. O autor explica tudo numa longa entrevista à Wired. A estreia vai ser nos cinemas americanos em Novembro, a edição em DVD (que contem 5 discos) vai sair em Dezembro. Para os fãs, já é possível fazer uma pré-encomenda na Amazon.

Fala com a tua filha antes que a indústria da Beleza o faça
Depois da campanha em que a Dove destaca a beleza natural e normal distanciando-se dos padrões de beleza da indústria de modelos bulímicas e corpos retocados a empresa volta à carga. Desta vez a moral da história é Talk to your daughter before the beauty industry does. Embora seja de louvar a atitude, não posso deixar de concordar com o Zero de Conduta, em que parece um pouco hipócrita. A casa mãe da Dove, a Unilever, representa um pedaço importante dessa tal indústria da beleza.
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quarta-feira, outubro 3
A Aldeia Terra
Encontrei este pequeno filme e achei que valia a pena partilha-lo. Assenta num pequeno exercício de imaginação, vamos supor que a Terra é uma pequena aldeia com 100 pessoas. A ideia baseou-se num relatório de 1990 (Relatório sobre o Estado da Aldeia) de Donnela Meadows, em que se põe uma hipótese parecida. Deixa-nos a pensar sobre os desiquilibrios que afectam o nosso planeta e a humanidade.
terça-feira, outubro 2
Deambulações
Há algum tempo que me apareceu uma nuvem negra no sobrolho. Seja qual for o mal que me trespassa preocupa-me, atormenta-me, deixa-me amedrontado. Com uma bateria de exames marcados, não consigo deixar de pensar que me sairá na lotaria, caso grave ou simples sintomas psicossomáticos provocados pelo stress. O pior é a espera, fui a um hospital privado em Lisboa e mesmo assim para conseguir espaço para marcações é preciso esperar duas semanas. Talvez para apaziguar o meu espírito de doente, a médica apesar de não saber a raiz dos meus queixumes, mandou-me fazer coisas saudáveis. Disse-me para reduzir no álcool, nas gorduras, não comer picante...
Até o sono está contra mim, não costumo acordar cedo aos domingos de manhã. Tentando aplacar o meu espírito saí de casa sem destino determinado, com a minha câmara e um rolo por acabar. Os meus passos levaram-me até ao Campo dos Mártires da Pátria. Nunca lhe tinha prestado grande atenção, mas desta vez fixei-me na estátua rodeada de lápides. Deixou-me bastante intrigado o culto a José Tomás de Sousa Martins, culto em muitos aspectos religioso que atribui (e agradece) milagres ao médico. Pelo sim pelo não se calhar devia lá voltar qualquer dia a acender uma velinha.
Até o sono está contra mim, não costumo acordar cedo aos domingos de manhã. Tentando aplacar o meu espírito saí de casa sem destino determinado, com a minha câmara e um rolo por acabar. Os meus passos levaram-me até ao Campo dos Mártires da Pátria. Nunca lhe tinha prestado grande atenção, mas desta vez fixei-me na estátua rodeada de lápides. Deixou-me bastante intrigado o culto a José Tomás de Sousa Martins, culto em muitos aspectos religioso que atribui (e agradece) milagres ao médico. Pelo sim pelo não se calhar devia lá voltar qualquer dia a acender uma velinha.

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