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sexta-feira, setembro 24

That Thing You Have

Dilbert.com

Demasiado bom para deixar passar! O Dilbert é mesmo a melhor coisinha que há para começar um dia de trabalho.

quinta-feira, dezembro 25

Muitos Parabéns J.C.

Já chegamos ao fim das Saturnálias, mas hoje em dia festa pagã foi esquecida e supostamente celebra-se o nascimento de Jesus Cristo (que por acaso até foi noutra data mas vamos fazer de conta que ninguém sabe). Como já disse antes, até simpatizo com ele. Acho que trazia boas ideias, tentou espalhar a tolerância e o respeito pelo próximo. É pena que os seus ensinamentos sejam usados à séculos para pregar a intolerância e a subjugação aos dogmas fabricados pela Igreja. Será que ele se puder realmente ver o que se passa no mundo estará contente com o uso que fizeram do seu nome e do seu legado? Triste? Revoltado talvez.

É esta mesmo a ideia que serve de base à historia de uma banda desenhada que descobri recentemente. Trata-se de um webcomic, uma espécie de rádio-novela que entrega mais um pouco da história a intervalos regulares. O autor explora de uma forma satírica a revolta do filho de Deus, que se farta de assistir desde o reino celestial às atrocidades cometidas na Terra. Sente-se impotente, sente que ele e seu pai trairam a humanidade, e decide voltar para emendar algumas coisas.

quinta-feira, agosto 21

The Dark Knight

Fui finalmente ver o cavaleiro negro, a última encarnação cinematográfica de Batman esta semana. Christopher Nolan depois de criar (e muito bem) o princípio do morcego parece que começou de uma folha em branco. Os filmes anteriores de Batman foram ignorados e qualquer seguimento cronológico ou das histórias dos personagens foi quebrado. Não é nada de chocante, afinal trata-se de banda desenhada, acontece a toda a hora. Especialmente com esta personagem que já teve inúmeras reinterpretações. Nolan está a criar o seu Batman, e francamente é o melhor Batman que já chegou às salas de cinema.

As nuances da personalidade torturada do vigilante foram muito bem recriadas. Mas há mais muito mais, dentro de todos os elementos que dão a atmosfera mais negra que algum filme do Batman teve, tenho de dar destaque a Heather Ledger. Depois de andar a fazer filmes de paneleiros o homem confirmou que era um actor tremendo. Comparado com este Joker psicótico e maníaco, o de Jack Nicholson era um menino do coro. Não vou revelar nada sobre o enredo, é bom demais para que eu faça esse atentado. Apenas vou dizer que o objectivo do arqui-inimigo de Batman é nada mais nada menos que a anarquia total, a destruição da civilização, e o mais brilhante é que é credível. Quando me levantei do assento estava maravilhado, veio-me imediatamente à cabeça a novela gráfica Arkham Asylum, uma grande obra prima dum género menor. E com efeito ao procurar comentários sobre o livro de quadradinhos pude ler que foi nele que Ledger se inspirou para criar uma das personagens mais terríveis da história do cinema.

terça-feira, maio 6

Monstra 08

Com o Indie Lisboa terminado, vai começar outro certame que pode ser de interesse para os cinéfilos lisboetas e não só. O 7º Festival de Animação de Lisboa, carinhosamente apelidado de Monstra, vai decorrer entre 8 e 18 de Maio. As salas que vão receber os filmes são mais ou menos as mesmas que participaram no Indie. Além da dimensão cinematográfica, existem actuações de Dj's e Vj's ao longo das noites do festival.

quarta-feira, janeiro 9

Persepolis

Uma das poucas (mas boas) ofertas que recebi este Natal foi o livro Persepolis, de Marjane Satrapi. Sem dúvida quem fez a oferta pensou no meu gosto pela BD, não sei até que ponto os meus sogros me conhecem, mas acertaram em cheio (obrigado Carmen e Ricardo). O livro de cariz autobiográfico relata a vida e as experiências da autora, que está intimamente ligada a um país e uma cultura, digamos antes à opressão de um país e de uma cultura. Satrapi nasceu no Irão, quando este ainda era governado pelo Sha. Logo nas primeiras páginas ficamos a saber um pouco mais sobre a história milenar da Pérsia, e de como convulsão atrás de convulsão o grande império dos tempo antigos se transformou num regime islâmico e opressor depois de ter sido espremido pelas garras avarentas do Ocidente.

Mas o centro da accção é a própria autora, após crescer numa família liberal e letrada, e estudar no liceu francês de Teerão dá-se a revolução islâmica que transforma toda a vida no país. Vê.se de repente a usar véu, presencia a estranha e súbita mudança de discurso dos professores. Ao estalar a guerra os pais, prudentes, mandam-na para Viena onde prosseguem as peripécias da jovem menina. A adolescência num país estranho e desprovida de amigos verdadeiros deixam as suas marcas. Marjane passa por ser aluna brilhante para acabar a dormir na rua e quase morrer de pneumonia. Fora do seu país sente-se exilada, quando acaba por retornar descobre que o fundamentalismo está a estrangular o seu país, descobre que não há nada para que voltar.

Originalmente esta saga foi publicada em quatro volumes, mas na edição que me chegou estão todos compilados num único. Confesso que a parte que mais me fascinou da narrativa foram os primeiros anos, em que a personagem principal ainda é uma menina. Fascinou-me a sua visão do mundo e dos adultos, distanciada das mentiras e das reviravoltas da politica e dos interesses internacionais que acabam por desembocar na desgraça do seu povo. Em termos técnicos os quadradinhos que dão corpo à obra não são nenhuma proeza, no entanto cumprem perfeitamente o papel de nos transportar até ao mundo simples e expressivo em que vive a menina. Tenho a versão em espanhol desta obra, desconheço completamente se existe em português, mas aconselho. Entretanto a autora já publicou muitas outras obras, relacionadas com o Irão e não só, mas um dos últimos projectos foi a adaptação cinematográfica de Persepolis (em desenho animado), quero ver!

sexta-feira, novembro 30

Papiroflexia

Gostei deste pequeno filme de animação, fez-me lembrar o Vasco Granja e o Konec. No mundo da bonecada as coisas parecem sempre fáceis, para bem ao para o mal no mundo real moldar a nossa vida é tremendamente difícil.

O título é Papiroflexia, nome porque é conhecida a antiga arte do Origami em Espanha. Eu próprio sei fazer uma ou outra figura de papel, coisitas simples. Mais uma das tantas coisas que me interessam mas que não tenho tempo para aprofundar.

sexta-feira, outubro 26

Quem Toma as Decisões

Sou um grande fã do Dilbert, e acho que o seu autor Scott Adams tem por vezes saídas geniais (torno a recomendar The Dilbert Blog onde ele escreve). Uma das primeiras coisas que faço ao chegar ao trabalho é ler a tira diária. Não posso deixar de partilhar a de hoje (até um colega meu do trabalho mandou para toda a gente da empresa).

sexta-feira, outubro 19

Sugestões Culturais para para Acabar Outubro

Hoje trago duas sugestões para aproveitar até ao final do Outubro. Eu próprio não sei se vou conseguir ir às duas mas vou tentar pelo menos. A primeira é o 4º Festival de Cinema Documental de Lisboa, doclisboa para abreviar, que decorre entre 18 e 28 de Outubro. Os filmes vão passar pela Culturgest, Cinema Londres e Cinema São Jorge, podem espreitar o programa aqui.

A outra sugestão é o Festival de Banda Desenhada da Amadora, certame no qual faço questão de estar presente todos os anos. Como já vem sendo habitual vamos ter várias editoras a exporem os seus livros, lançamentos, e sessão de autógrafos. A propósito dos 18 anos do festival, aproveitou-se para dar uma temática mais adulta (leia-se maiores de 18), sem prejuízo como é óbvio das secções dedicadas aos petizes. Entre outras coisas, vamos ser honrados com a presença de Milo Manara, um mestre que se dedicou à banda desenhada erótica desde à varios anos. Para vos regalar os olhos deixo aqui a capa de uma das suas obras mais conhecidas, o Click. Para os mais interessados existem alguns vídeos interessantes que podem valer a pena ver, por exemplo este como desenhar uma rapariga sensual, narrado pelo próprio Manara.

terça-feira, abril 17

Pode Dispensar-me Uns Minutos?

Sempre gostei de tiras cómicas, tudo começou a muito tenra idade quando comecei a ler o Calvin & Hobbes no Público. Hoje em dia delicio-me com os web comics, piadas quotidianas sinceras e não adulteradas de gente por esse mundo fora. Basta procurar com minúcia para encontrar pérolas como este Techno Tuesday.

segunda-feira, março 12

Sou Assim Sem Você

Mandaram-me um recado, que tardei a ver, mas que me tocou profundamente. Este vídeo está genial, apesar de muito simples as ilustrações têm vida, e é um exemplo perfeito das possibilidades que o YouTube e outros espaços virtuais vieram oferecer a uma multidão de artistas caseiros. Quanto à música, não há muito a dizer, ilustra algo que sinto precisamente neste momento. Tenho saudades!

sábado, fevereiro 10

Aqua Teen Hunger Force

O terrorismo é uma ameaça real, uma preocupação legítima, que tira o sono a muita boa gente. As mentes mais fracas sempre se deixaram intimidar pelo medo do desconhecido, mas a paranóia que se vive hoje em dia em alguns países já roça a imbecilidade. Um bom exemplo é o recente onda de terror em Boston à conta de uma simples campanha publicitária a algo tão inofensivo como um programa de desenhos animados.

O programa de televisão em questão não é tão inocente como isso, trata-se de desenhos animados para adultos, nada de pornografia, mas um tipo de humor não aconselhável a crianças. Os Aqua Teen Hunger Force são brejeiros, idiotas e politicamente incorrectos mas têm graça devido à sua originalidade. A fórmula não é nova, desenhos animados com personalidade, irreverência e que gozam com coisas sérias. Os Simpsons, South Park, Family Guy e outros abriram o caminho. Neste caso em particular o programa relata as aventuras e desventuras de três colegas de casa, um pacote de batatas fritas, um batido, e uma almôndega falante. Perfeitamente idiota sim, mas com muita crítica à social à mistura o programa teve um sucesso relativo na cadeia Cartoon Network.

Mas afinal que é que eles têm de assustador? Para mim nada, para um americano muito. Uma ideia para divulgar a série culminou numa sentença de tribunal que obriga a cadeia de televisão e os publicitários envolvidos a pagar uma indemnização em dinheiro por aterrorizar a população de Boston! A ideia era simples, espalhar sem aviso dezenas de figuras luminosas representando uma personagem secundária da série por todo Boston. O aparecimento destas estranhas figuras levou ao pânico generalizado, foram confundidas com uma ameaça de bomba... a polícia chegou a levar uma das figuras pelos ares por precaução.

Os desenhos até são engraçados basta passar pelo youtube ou pelo sítio oficial para descobri-los. Deixo é aqui a reportagem que mostra a loucura que o golpe publicitário provocou nos habitantes de Boston.

quinta-feira, outubro 12

300

Vem aí mais uma adaptação da obra de Frank Miller ao cinema, está neste momento em fase de produção, mas já se conhecem alguns detalhes. Já existe um trailer, e está disponível alguma da arte que inspirou este filme. Não posso falar da qualidade do filme, porque ainda não o vi, posso sim comentar um pouco da banda desenhada (que é excelente), e os factos históricos que relata. Sim porque 300 de Frank Miller é uma graphic novel histórica, que relata acontecimentos que remontam ao ano 480 antes de Cristo.

Uma das obras maiores de Miller, descreve-nos a épica Batalha das Termópilas, que decorreu durante as chamadas Guerras Médicas ou Guerras Greco-Persas, onde também se integra a famosa Batalha de Maratona. Esta foi uma batalha desigual na qual 300 Espartanos juntamente com 7000 aliados de outras Cidades Estado gregas protegeram o desfiladeiro das Termópilas, local fulcral para a entrada na Grécia.

O exército Persa era muito maior que o grego, avaliado em cerca de um quarto de milhão de soldados. Os guerreiros helénicos travavam uma batalha desigual, mas melhor treinados e equipados, motivados e aproveitando o terreno conseguiram defender a sua posição durante dias, causando sérias baixas ao inimigo. Só através da traição de um pastor, os persas conseguiram um caminho alternativo para trás das linhas gregas. A aliança grega retirou, ficando para trás Leónidas e os seus espartanos juntamente com um pequeno contigente de homens que lutaram até à morte para cobrir a retirada. O sacrifício deu os seus frutos, apesar da vitória a Pérsia acabou por abandonar os seus planos de expansão, em virtude do número de baixas desmesurado nesta e noutras batalhas.

A obra é fiel aos factos históricos conhecidos, aos ambientes, e à caracterização das personagens. Com poucas falas, e um estilo de desenho muito duro, com linhas fortes e ambientes carregados. O estilo é comparável à técnica usada na série Sin City, mas destaca-se a introdução da côr. A narrativa fala-nos de heroísmo e de espírito de sacríficio de homens que lutam pela liberdade do seu povo, sabendo à partida que têm os dias contados. Um pequeno grupo de homens que consegue sobrepôr-se a uma força muito maior e com mais recursos.

sexta-feira, março 24

V for Vendetta (o filme)

As adaptações cinematográficas de Bandas Desenhadas estão na moda ultimamente, nos últimos anos houve várias. A maioria delas foi mázita, pouca fidelidade à história original e sobretudo ao verdadeiro espírito do comic geraram produtos de baixa qualidade. Felizmente a tendência está-se a inverter nos ultimos tempos, sintoma disso são o excelente Sin City do ano passado e este filme que vou falar. Sou um fã de BD, de vários géneros, desde o infantil até aos temas mais adultos (e não, não estou a falar de Hentai). E realmente há obras que merecem ter mais exposição porque abordam temas extremamente relevantes.

V for Vendetta não segue à risca o argumento da BD original, digamos que traz a história para o presente e actualiza algumas da referências. Os temas chave estão lá. A história decorre num futuro próximo, numa realidade alternativa (mas terrivelmente possível). O mundo está mergulhado na guerra e no caos, a grande potência hegemónica da actualidade os EUA, estão em guerra civil. A acção decorre num Reino Unido governado por um regime totalitário. Não quero estragar o encanto do filme, por isso não vou falar do enredo que coloca uma ditadura à frente dum país com uma tradição democrática tão grande. Mas o ditador de serviço usa as ferramentas típicas de qualquer governo totalitário, o medo, a repressão, a censura, a perseguição para manter sobre controlo a sociedade inglesa.

O nosso personagem principal, simplesmente V, é um terrorista. Embora tenha sido um pouco suavizada no filme, a personagem é extremamente ambígua, culto mas extremamente violento, terrorista na verdadeira acepção da palavra, que rebenta com edifícios e mata pessoas. Ficamos sem perceber se é movido pela vingança ou pelo idealismo. Ficam muitas dúvidas morais, será que o fins justificam os meios? O próprio V duvida em certa altura da validade das suas acções, mas a verdade é que ele se torna um símbolo de libertação. Na conjunctura internacional actual este filme não podia ser mais pertinente.

Produzido pelos irmãos Wachowski, os mesmo do Matrix, que escreveram o argumento para este filme antes de imaginarem as aventuras de Neo. Notam-se por isso alguns paralelos, nas cenas de pancadaria por exemplo, que foram muito bem sacadas. A Natalie Portman até faz bom papel, embora a personagem que encarna tenha sido bastante alterada em relação à original da BD. Vão ver este filme, e prestem muita atenção. Algumas das suas fantasias estão perigosamente perto da realidade.

V for Vendetta