Neste vídeo desmonta-se a falácia do relógio, utilizada muitas vezes pelos criacionistas para tentar provar a teoria do desenho inteligente. Recomenda-se a leitura do artigo no De Rerum Natura para ficar a par de toda problemática por detrás de esta prova.
terça-feira, outubro 30
Os Espantalhos Criacionistas
Chamo a vossa atenção para este exemplo perfeito do que é a ciência. A ciência é uma ferramenta, uma forma de ver o mundo, de estabelecer pequenas regras e padrões simples que juntos nos possibilitam explicar sistemas infinitamente complexos. Como a própria vida e a sua evolução. Trata-se de uma abordagem baseada no cepticismo, e na experimentação. Só acreditamos nas regras que estabelecemos depois de devidamente comprovadas, é a base do método científico. Quem não acredita na ciência e no pensamento científico tem de se esconder atrás de entidades intangíveis e da superstição para conseguir explicar o mundo que o rodeia.
Neste vídeo desmonta-se a falácia do relógio, utilizada muitas vezes pelos criacionistas para tentar provar a teoria do desenho inteligente. Recomenda-se a leitura do artigo no De Rerum Natura para ficar a par de toda problemática por detrás de esta prova.
Neste vídeo desmonta-se a falácia do relógio, utilizada muitas vezes pelos criacionistas para tentar provar a teoria do desenho inteligente. Recomenda-se a leitura do artigo no De Rerum Natura para ficar a par de toda problemática por detrás de esta prova.
Patti Smith no Coliseu
Eu gosto de ouvir muitas coisas, às vezes coisas estranhas que alguém me traz, outras vezes grandes clássicos que descubro porque me ponho a indagar sobre a história recente da música. Já não sei muito bem porque comprei um álbum em Nice Price (ainda tenho o Horses como um dos meus discos mais estimados) mas comecei a ouvir e a gostar de Patti Smith. Lembro-me que na época áurea do grunge essa curiosidade já tinha despertado em mim, e ao mesmo tempo que ouvia a música da moda ouvia também esta senhora incontornável na música do século XX. Aquando do lançamento recente de um disco de versões seu, quase que delirei ao ouvir Smells Like Teen Spirit na sua voz, pareceu-me uma daquelas coincidências de proporções cósmicas. Em termos pessoais Patti Smith tem um lado reivindicativo, e de defesa de certos princípios reminiscentes do Flower Power que automaticamente me fazem ter simpatia por ela. Poetisa, já declarou ser admiradora de Fernando Pessoa, aliás nunca se cansa de o referir. Musicalmente consegue abarcar uma gama incrível de emoções, passar da tranquilidade absoluta ao caos total.
Apresentei-me pois no Coliseu de Lisboa no passado domingo sem saber muito bem que esperar. Cheio de expectativa é certo, mas sem muitos palpites sobre o que iria ouvir ou sobre o que aconteceria em palco. Pelo que sei tinha vindo a Portugal apenas uma vez antes, e o concerto teve uma resposta efusiva. Quando entrei na sala estranhou-me que estivesse a plateia cheia de cadeiras, não sei porquê estava a espera de assistir ao concerto de pé (coisa que afinal se veio a verificar). O ambiente era muito curioso, uma mistura de idades e estratos sociais. Por momentos tive um flashback Fez-me lembrar um outro concerto, com características parecidas, Lou Reed é outra das minhas referências mais antigas. No Coliseu sentada à minha frente estava uma adolescente totalmente vestida de negro, ao lado a acompanha-la o pai vestido a condizer com calças de pai de família e polo da Lacoste. Do meu lado direito um casal bem vestido, equipados com uns binóculos de ópera. Do meu lado esquerdo um pseudo-gótico carregado de correntes. Antes sequer de que apagassem as luzes, já a plateia fervilhava, a antecipação notava-se perfeitamente, com malta aos gritos e a bater palmas antes sequer que apagassem as luzes.
A protagonista da noite entrou de forma muito simples, vestida de blazer e t-shirt branca, onde um desenho com o símbolo da paz e a palavra Love visivelmente desenhados à mão destacavam. Mas desde logo causou grande impacto. Houve gente que se levantou para a saudar e não mais se sentou. A maioria das pessoas ainda ficou indecisa durante algumas músicas até se decidir por ficar de pé. O concerto começou de forma suave com temas e interpretações não muito movimentados, mas o ambiente aquecia a olhos vistos. Passou por vários pontos da sua carreira, falou bastante, embrenhou-se no público por mais do que uma vez, tivemos direito a piropos sobre Portugal e a cidade de Lisboa. O público saltava simplesmente com ouvir algum acorde conhecido, ou o inicio de uma estrofe. Como quando soou jesus died for somebody's sins but not mine e todos saltaram da cadeira para entoar Gloria. Se falei aqui dos Nirvana e de Lou Reed não foi por acaso, já que ouvimos a já conhecida versão de Smells Like Teen Spirit e uma inédita (pelo menos para mim) versão de Perfect Day durante a qual a diva até se esqueceu da letra.
Durante todo o concerto, mas sobretudo no final, o lado reivindicativo e hippie esteve em evidência. Lembrem-se que o povo é quem tem o poder dizia ela, parem a guerra!
Apresentei-me pois no Coliseu de Lisboa no passado domingo sem saber muito bem que esperar. Cheio de expectativa é certo, mas sem muitos palpites sobre o que iria ouvir ou sobre o que aconteceria em palco. Pelo que sei tinha vindo a Portugal apenas uma vez antes, e o concerto teve uma resposta efusiva. Quando entrei na sala estranhou-me que estivesse a plateia cheia de cadeiras, não sei porquê estava a espera de assistir ao concerto de pé (coisa que afinal se veio a verificar). O ambiente era muito curioso, uma mistura de idades e estratos sociais. Por momentos tive um flashback Fez-me lembrar um outro concerto, com características parecidas, Lou Reed é outra das minhas referências mais antigas. No Coliseu sentada à minha frente estava uma adolescente totalmente vestida de negro, ao lado a acompanha-la o pai vestido a condizer com calças de pai de família e polo da Lacoste. Do meu lado direito um casal bem vestido, equipados com uns binóculos de ópera. Do meu lado esquerdo um pseudo-gótico carregado de correntes. Antes sequer de que apagassem as luzes, já a plateia fervilhava, a antecipação notava-se perfeitamente, com malta aos gritos e a bater palmas antes sequer que apagassem as luzes.
A protagonista da noite entrou de forma muito simples, vestida de blazer e t-shirt branca, onde um desenho com o símbolo da paz e a palavra Love visivelmente desenhados à mão destacavam. Mas desde logo causou grande impacto. Houve gente que se levantou para a saudar e não mais se sentou. A maioria das pessoas ainda ficou indecisa durante algumas músicas até se decidir por ficar de pé. O concerto começou de forma suave com temas e interpretações não muito movimentados, mas o ambiente aquecia a olhos vistos. Passou por vários pontos da sua carreira, falou bastante, embrenhou-se no público por mais do que uma vez, tivemos direito a piropos sobre Portugal e a cidade de Lisboa. O público saltava simplesmente com ouvir algum acorde conhecido, ou o inicio de uma estrofe. Como quando soou jesus died for somebody's sins but not mine e todos saltaram da cadeira para entoar Gloria. Se falei aqui dos Nirvana e de Lou Reed não foi por acaso, já que ouvimos a já conhecida versão de Smells Like Teen Spirit e uma inédita (pelo menos para mim) versão de Perfect Day durante a qual a diva até se esqueceu da letra.
Durante todo o concerto, mas sobretudo no final, o lado reivindicativo e hippie esteve em evidência. Lembrem-se que o povo é quem tem o poder dizia ela, parem a guerra!
segunda-feira, outubro 29
A Câmara que Veio do Frio
Já tive oportunidade de levar a minha LC-A+ para passear. Não sei dizer se estou contente ou triste com os resultados, esperava mais talvez. Esperava qualquer coisa de diferente. As fotografias são frias e ásperas. Deve ser normal numa máquina que tem origem russa. De qualquer como há fotos que gosto bastante, outras nem por isso. Há outras ainda que têm um ar bastante surreal, não consigo classifica-las. Mas a responsabilidade não é apenas da câmara, o flash multicolor também influenciou algum dos ambientes muito peculiares que capturei. Acho que até agora o que me está a dar mais curiosidade são as exposições longas, até me deu para comprar mais um acessório, um tripé. Fiquem a aguardar noticias dos próximos episódios, por agora despeço-me com as fotos da minha primeira experiência com a LC-A+.
Atari Punk Console
Ultimamente tenho andado extremamente interessado na corrente Faça Você Mesmo. Não sei se se lembram, mas isto já esteve na moda. Eu recordo-me ainda dos livros que ensinavam a fazer tudo lá em casa, desde cozer um ovo, até construir um anexo para guardar as ferramentas de jardim. Pois bem, a coisa está de volta mas hoje em dia com umas nuances ligeiramente diferentes. A tecnologia progrediu bastante, mas também se democratizou, já todos podemos aceder a ela. E o movimento modernizou-se.
A Internet tomou protagonismo, hoje em dia existem inúmeras comunidades que se juntam em espaços virtuais para mostrar as suas mais recentes criações, algumas dignas dos cientistas mais loucos. Os desenhos são refinados e melhorados por todos aqueles que a isso de dispõem. É fácil encontrar ajuda, os hardware hackers adoram construir coisas, e claro também se gostam de gabar de as construir. Porém, o que impressiona é que há coisas que são extremamente simples de fazer, até para o comum dos mortais. Sem ter conhecimentos profundos de electrónica, basta chegar à loja, comprar os componentes, seguir as instruções com cuidado. Depois procura-se a carcaça de alguma velharia que ande lá por casa e insufla-se nova vida nesse objecto.
Existem uma série de projectos que gostava de fazer, e vou falando deles a quem me rodeia. Foi assim que alguém pegou numa dessas ideias e transformou em realidade. Podem ver o resultado da construção de uma Atari Punk Console, basicamente um circuito muito simples que serve para fazer barulho. Um sintetizador muito primitivo se quiserem. Este exemplar em particular nasceu do desejo de oferecer algo especial a um bom amigo que é músico. Lançada a sugestão a loucura concretizou-se. E não é que a coisa até resulta, aquilo faz mesmo um barulhão! Podem encontrar mais detalhes aqui.
A Internet tomou protagonismo, hoje em dia existem inúmeras comunidades que se juntam em espaços virtuais para mostrar as suas mais recentes criações, algumas dignas dos cientistas mais loucos. Os desenhos são refinados e melhorados por todos aqueles que a isso de dispõem. É fácil encontrar ajuda, os hardware hackers adoram construir coisas, e claro também se gostam de gabar de as construir. Porém, o que impressiona é que há coisas que são extremamente simples de fazer, até para o comum dos mortais. Sem ter conhecimentos profundos de electrónica, basta chegar à loja, comprar os componentes, seguir as instruções com cuidado. Depois procura-se a carcaça de alguma velharia que ande lá por casa e insufla-se nova vida nesse objecto.
Existem uma série de projectos que gostava de fazer, e vou falando deles a quem me rodeia. Foi assim que alguém pegou numa dessas ideias e transformou em realidade. Podem ver o resultado da construção de uma Atari Punk Console, basicamente um circuito muito simples que serve para fazer barulho. Um sintetizador muito primitivo se quiserem. Este exemplar em particular nasceu do desejo de oferecer algo especial a um bom amigo que é músico. Lançada a sugestão a loucura concretizou-se. E não é que a coisa até resulta, aquilo faz mesmo um barulhão! Podem encontrar mais detalhes aqui.
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sexta-feira, outubro 26
Quem Toma as Decisões
Sou um grande fã do Dilbert, e acho que o seu autor Scott Adams tem por vezes saídas geniais (torno a recomendar The Dilbert Blog onde ele escreve). Uma das primeiras coisas que faço ao chegar ao trabalho é ler a tira diária. Não posso deixar de partilhar a de hoje (até um colega meu do trabalho mandou para toda a gente da empresa).
Massacres Privados
O chefe de segurança do Departamento de Estado dos EUA demitiu-se, presumivelmente em relação com um escândalo envolvendo o ataque a civis no Iraque por parte de mercenários americanos. Segundo o artigo a embaixada ofereceu dinheiro às vitimas para ficarem de boca fechada, mas a notícia rebentou-lhes nas mãos à mesma. Os ataques foram levados a cabo por para-militares da empresa Blackwater, que já tinha levantado alguma polémica pelas suas actividades. A firma tem um contratos chorudos com o governo americano e várias empresas envolvidas na reconstrução do Iraque, e supostamente dedica-se a fazer consultadoria e segurança privada. Já lhes foi ordenado que abandonassem o país pelo governo iraquiano devido a uma série de incidentes que protagonizaram.
Em jeito de lembrança vale a pena ler o artigo no Obvious sobre o massacre de My Lai. Uma carnificina levada a cabo por soldados americanos no Vietname e que provocou uma onda de indignação, que diz-se foi um dos factores decisivos para pôr cobro à presença americana nesse país asiático.
Em jeito de lembrança vale a pena ler o artigo no Obvious sobre o massacre de My Lai. Uma carnificina levada a cabo por soldados americanos no Vietname e que provocou uma onda de indignação, que diz-se foi um dos factores decisivos para pôr cobro à presença americana nesse país asiático.
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quarta-feira, outubro 24
A Guerra às Drogas
Normalmente digo o que me apetece aqui na minha Tribuna, não tenho a preocupação de agradar a ninguém nem de ser politicamente correcto. Por isso mesmo hoje vou tocar num tema polémico, as drogas. O estigma que foi implantado no nosso imaginário colectivo associa as drogas a coisas más, o tráfico, a degradação, a violência. Mas na realidade esse estigma está presente apenas nas drogas ilegais. Muitos dos medicamentos que vamos buscar à farmácia munidos de receita médica são drogas (drogas legais claro) na medida em que podem criar habituação, mas como genericamente têm outro nome todos dão por assumido que não têm efeitos secundários indesejáveis. Talvez a pior das drogas (e uma droga dura segundo a definição já que cria dependência física) é perfeitamente aceite na nossa sociedade, o álcool. No entanto o seu consumo é encorajado e visto como socialmente desejável. Pelo menos estamos a ficar menos hipócritas com o ataque que tem havido ultimamente ao tabaco.
É verdade que as drogas têm efeitos nefastos sim, mas se nos pusermos a pensar nos efeitos que são consequência não do consumo, mas da sua proibição? A violência, a corrupção, o dinheiro sujo, todos vêm na realidade do tráfico de substâncias ilegais. Se as drogas fossem legais, poderiam ser cobrados impostos sobre elas, poderia ser verificado o seu grau de toxicidade. Na Holanda o consumo de drogas está regulamentado, e não proibido. Que eu saiba ainda não houve nenhum apocalipse, nem nenhuma catástrofe social por lá. Os cidadãos não se perdem nas malhas da droga, pelo contrário, são dos povos mais produtivos e organizados da Europa. Para familiarizar-se um pouco mais com toda esta problemática, e com o dogma das drogas aconselho a leitura do livro O Rei vai Nu, disponível em qualquer livraria. Deixo-vos aqui com a primeira parte de um documentário sobre o falhanço da guerra às drogas nos Estados Unidos.
segunda, terceira, e quarta parte do documentário.
É verdade que as drogas têm efeitos nefastos sim, mas se nos pusermos a pensar nos efeitos que são consequência não do consumo, mas da sua proibição? A violência, a corrupção, o dinheiro sujo, todos vêm na realidade do tráfico de substâncias ilegais. Se as drogas fossem legais, poderiam ser cobrados impostos sobre elas, poderia ser verificado o seu grau de toxicidade. Na Holanda o consumo de drogas está regulamentado, e não proibido. Que eu saiba ainda não houve nenhum apocalipse, nem nenhuma catástrofe social por lá. Os cidadãos não se perdem nas malhas da droga, pelo contrário, são dos povos mais produtivos e organizados da Europa. Para familiarizar-se um pouco mais com toda esta problemática, e com o dogma das drogas aconselho a leitura do livro O Rei vai Nu, disponível em qualquer livraria. Deixo-vos aqui com a primeira parte de um documentário sobre o falhanço da guerra às drogas nos Estados Unidos.
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segunda-feira, outubro 22
O novo Mac OS X
O novo sistema operativo da Apple vai sair dia 26 de Outubro. Existe uma expectativa muito grande devido não só aos avanços tecnológicos que estão escondidos por baixo do capot como o ZFS, mas também pelas novas aplicações e funcionalidades que esses avanços permitem facultar ao utilizador final. O lançamento do iPhone atrasou o lançamento do Leopard já que foi necessário desviar recursos para o lançamento do telefone touch-screen. Agora finalmente vai ficar disponível nos Macs novos, e nas lojas. A um preço bem mais apelativo que o Windows Vista diga-se de passagem, aliás vale a pena comparar os dois neste e noutros aspectos.
Eu ando cheio de vontade de comprar um MacBook, estou cansado de carregar às costas um portátil monstruoso que me deram no trabalho. Para mim um portátil devia ser uma ferramenta de trabalho para usar fora de casa e do escritório. Portanto características como o peso, a autonomia, a resistência, e a legibilidade do ecrã quando exposto à luz são as características que mais me importam nesse pedaço de equipamento. Infelizmente há por aí muitos portáteis que têm outra filosofia, a dos computadores de secretária transportáveis, que não aguentam uma hora desligados da ficha e são capazes de nos partir as costas em três tempos.
Para já vou adiar o meu impulso consumista, e vou experimentar a nova versão do Ubuntu que saiu na semana passada. Parece que em termos de facilidade de uso, e inclusivamente de polimento gráfico em nada fica a dever ao Mac. Entretanto deixo-vos com uma visita guiada ao Leopard.
Eu ando cheio de vontade de comprar um MacBook, estou cansado de carregar às costas um portátil monstruoso que me deram no trabalho. Para mim um portátil devia ser uma ferramenta de trabalho para usar fora de casa e do escritório. Portanto características como o peso, a autonomia, a resistência, e a legibilidade do ecrã quando exposto à luz são as características que mais me importam nesse pedaço de equipamento. Infelizmente há por aí muitos portáteis que têm outra filosofia, a dos computadores de secretária transportáveis, que não aguentam uma hora desligados da ficha e são capazes de nos partir as costas em três tempos.
Para já vou adiar o meu impulso consumista, e vou experimentar a nova versão do Ubuntu que saiu na semana passada. Parece que em termos de facilidade de uso, e inclusivamente de polimento gráfico em nada fica a dever ao Mac. Entretanto deixo-vos com uma visita guiada ao Leopard.
domingo, outubro 21
LC-A+
Estou realmente apaixonado pela lomografia, finalmente decidi-me a comprar a câmara original que deu origem ao movimento, a LC-A+. Bem na realidade já não é a original, já não é feita na Rússia, agora é made in China, mas tem o mesmo look retro e a mesma qualidade e versatilidade. O tamanho surpreendeu-me é bastante compacta, e de aspecto sólido. Existe uma versão ligeiramente mais cara em que a lente é russa, mas isso escapou-me quando fiz a encomenda. Não importa, estou muito contente com a minha compra. O pacote chegou bastante rápido e já andei a testar alguns dos meus brinquedos novos (sim porque comprei um pack cheio de coisas esquisitas e maravilhosas). Quando tiver revelado o primeiro rolo eu mostro.
Nova Visita dos Clunk ao Bacalhoeiro
Na passada sexta-feira os Clunk regressaram ao Bacalhoeiro para encher mais uma vez a sala de concertos de fãs (nós somos muitos e a sala é pequena). Podem saber a impressão dos artistas em primeira mão no blog do grupo. Eu cá aproveitei para mandar umas flashadas, como não podia deixar de ser.
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sábado, outubro 20
Os Males que me Afligem
Segundo um amigo meu, quando se chega aos 30 apanham-se os primeiros sustos com a saúde. Confesso que ultimamente andei bastante paranóico com a minha saúde. Depois de várias visitas ao médico, e alguns exames descubro que afinal não tenho nada do outro mundo. Através do raio X puderam ver que tenho uma ligeira desviação da coluna vertebral, mas nada de importante, recomenda-se que me dedique à natação. Quando às minhas dores, tratava-se de gases. A médica mostrou-me as bolhas na radiografia, e disse-me que os meus intestinos são muito lentos (enquanto forem os intestinos e não for a cabeça estou eu bem). Tenho de continuar a comer coisas saudáveis, e evitar as gorduras. Quando digo a alguém que as minhas aflições afinal eram provocadas por gases, a tendência natural é que se riam na minha cara depois de fazer uma piada ou perguntar se dou muitos traques.
Ter cuidado com a alimentação, comer saudável e a horas, parece muito óbvio. Mas neste preciso momento da minha vida infelizmente não tenho espaço para isso. Onde estou agora parece que dão pouco valor a esse tipo de coisas. Primeiro está o trabalho, quando houver um tempinho logo se come qualquer coisa, de preferência junk food para não dar muito trabalho lá em casa. A pessoa que me dirige tem os seus objectivos, nisso não o posso censurar, não quer deixar ficar mal ninguém e tem de tentar transmitir uma imagem de competência. No entanto a lógica que o move é uma falácia. Quando tem um problema continua a insistir, a fazer seja lá o que for, é preciso que apareça uma solução. Estar horas intermináveis a queimar pestanas sem ter muito bem a noção de como chegar a algum lado, se for preciso fica-se com o cu quadrado, saltam-se refeições. Eu cá acredito justamente na maneira oposta de fazer as coisas, em pensar os problemas, pesa-los, planeá-los. Quando tenho problemas que parecem intransponíveis prefiro ir para casa organizar as ideias, no outro dia quando a cabeça estiver fresca há-de aparecer a solução. Até agora os nossos pontos de vista têm chocado ocasionalmente, vamos ver que acontece a partir daqui. Uma coisa é certa, estou farto de me sujeitar a esta lógica tonta e estúpida.
Ter cuidado com a alimentação, comer saudável e a horas, parece muito óbvio. Mas neste preciso momento da minha vida infelizmente não tenho espaço para isso. Onde estou agora parece que dão pouco valor a esse tipo de coisas. Primeiro está o trabalho, quando houver um tempinho logo se come qualquer coisa, de preferência junk food para não dar muito trabalho lá em casa. A pessoa que me dirige tem os seus objectivos, nisso não o posso censurar, não quer deixar ficar mal ninguém e tem de tentar transmitir uma imagem de competência. No entanto a lógica que o move é uma falácia. Quando tem um problema continua a insistir, a fazer seja lá o que for, é preciso que apareça uma solução. Estar horas intermináveis a queimar pestanas sem ter muito bem a noção de como chegar a algum lado, se for preciso fica-se com o cu quadrado, saltam-se refeições. Eu cá acredito justamente na maneira oposta de fazer as coisas, em pensar os problemas, pesa-los, planeá-los. Quando tenho problemas que parecem intransponíveis prefiro ir para casa organizar as ideias, no outro dia quando a cabeça estiver fresca há-de aparecer a solução. Até agora os nossos pontos de vista têm chocado ocasionalmente, vamos ver que acontece a partir daqui. Uma coisa é certa, estou farto de me sujeitar a esta lógica tonta e estúpida.
Barragem do Almourol
O volume de comentários neste blog é extremamente pequeno, algo que me deixa um pouco triste. Aparentemente o meu público não é muito participativo. Mas de vez em quando lá aparece alguém a dar a sua opinião, ou como neste caso a lançar um alerta relacionado com algum dos temas que trato. O último comentário que recebi foi a um relato já antigo, sobre um belo dia passado a fazer canoagem no zêzere, deixaram um alerta para algo que eu desconhecia. Incluído no plano de barragens nacional está a construção de uma barragem 2 km a montante do castelo de Almourol. É óbvio que as populações e autarquias locais estão extremamente preocupadas. Em causa está o desaparecimento daquele pedaço de rio, das viagens em canoa, da paisagem, quem sabe até pôr em causa o conjunto do castelo. Eu também tenho sérias dúvidas sobre o impacto desta obra, parece-me que pode ser extremamente negativo, desastroso. De momento não consegui encontrar grande informação, infelizmente há a tendência em Portugal a fazer estas coisas à porta fechada, sem a intervenção do público. Obrigado pela chamada de atenção.
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sexta-feira, outubro 19
Sugestões Culturais para para Acabar Outubro
Hoje trago duas sugestões para aproveitar até ao final do Outubro. Eu próprio não sei se vou conseguir ir às duas mas vou tentar pelo menos. A primeira é o 4º Festival de Cinema Documental de Lisboa, doclisboa para abreviar, que decorre entre 18 e 28 de Outubro. Os filmes vão passar pela Culturgest, Cinema Londres e Cinema São Jorge, podem espreitar o programa aqui.
A outra sugestão é o Festival de Banda Desenhada da Amadora, certame no qual faço questão de estar presente todos os anos. Como já vem sendo habitual vamos ter várias editoras a exporem os seus livros, lançamentos, e sessão de autógrafos. A propósito dos 18 anos do festival, aproveitou-se para dar uma temática mais adulta (leia-se maiores de 18), sem prejuízo como é óbvio das secções dedicadas aos petizes. Entre outras coisas, vamos ser honrados com a presença de Milo Manara, um mestre que se dedicou à banda desenhada erótica desde à varios anos. Para vos regalar os olhos deixo aqui a capa de uma das suas obras mais conhecidas, o Click. Para os mais interessados existem alguns vídeos interessantes que podem valer a pena ver, por exemplo este como desenhar uma rapariga sensual, narrado pelo próprio Manara.
A outra sugestão é o Festival de Banda Desenhada da Amadora, certame no qual faço questão de estar presente todos os anos. Como já vem sendo habitual vamos ter várias editoras a exporem os seus livros, lançamentos, e sessão de autógrafos. A propósito dos 18 anos do festival, aproveitou-se para dar uma temática mais adulta (leia-se maiores de 18), sem prejuízo como é óbvio das secções dedicadas aos petizes. Entre outras coisas, vamos ser honrados com a presença de Milo Manara, um mestre que se dedicou à banda desenhada erótica desde à varios anos. Para vos regalar os olhos deixo aqui a capa de uma das suas obras mais conhecidas, o Click. Para os mais interessados existem alguns vídeos interessantes que podem valer a pena ver, por exemplo este como desenhar uma rapariga sensual, narrado pelo próprio Manara.
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quarta-feira, outubro 17
A Visão de um Estudante de Hoje
O antropólogo cultural Michael Wesch em conjunto com 200 estudantes da Universidade do Kansas realizou um vídeo engraçado onde nos mostra a visão que os estudantes de hoje têm sobre o mundo do ensino, e os seus hábitos e dogmas muitas vezes anacrónicos. Embora eu ache que uma educação formal não dispensa de forma alguma uma componente clássica, com palestras, giz e ardósia acho que a curta-metragem levanta alguns pontos interessantes.
Via Geeks Are Sexy.
terça-feira, outubro 16
A Lomografia e os Whites Stripes
Parece que os White Stripes também simpatizam com a lomografia, existe uma edição especial limitada de dois modelos das engenhocas Lomo. Cada modelo está associado a um membro do grupo. Aparte do design apelativo parece que cada uma traz também acessórios exclusivos e um livro.
Fui investigar um pouco, e embora tenha descoberto que Jack White se dedica a inúmeras actividades (músico, produtor, actor, estofador), parece que é Meg White quem se dedica mais a sério à fotografia.
Fui investigar um pouco, e embora tenha descoberto que Jack White se dedica a inúmeras actividades (músico, produtor, actor, estofador), parece que é Meg White quem se dedica mais a sério à fotografia.
sexta-feira, outubro 12
Earthlings
Um documentário sobre os habitantes da Terra, e sobre a discriminação que nós humanos exercemos sobre as outras espécies. Trata-se de um vídeo de alerta e divulgação, narrado por Joaquin Phoenix e com música de Moby. Advirto que os mais sensíveis e facilmente perturbáveis podem encontrar o filme perturbador. É natural, nele são mostradas coisas horrendas, que nós humanos levamos a cabo todos os dias. O filme não é nada de novo, mas é esclarecer. Serve para abrir os olhos para coisas que ignoramos porque queremos. Até os que estão de consciência limpa deviam pensar melhor, a visita a um matadouro kosher que está registada no filme e das mais esclarecedoras.
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terça-feira, outubro 9
Uma Face Possível do Futuro
Deixo aqui um exercício de futurologia que encontrei no Obvious, cá para mim quase que acertaram em cheio. É qualquer coisa disto que vai acontecer.
Vale Tudo no Estado Socrático
Este tema cada dia é mais preocupante, parece que o executivo de Sócrates perante a inexistência de uma oposição credível e vista a apatia da opinião pública não vêm limites para a interferência com as liberdades dos cidadãos. Podem consultar a notícia no Público.
Ontem, dois polícias "à civil" entraram na sede do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) na Covilhã e levaram dois documentos de informação referentes à acção de protesto marcada para hoje naquela cidade, onde estará o primeiro-ministro, no âmbito de uma visita à Escola Secundária Frei Heitor Pinto. O SPRC, filiado na Fenprof, considerou, em comunicado, que se tratou de uma "acção de características pidescas" e que justifica a apresentação de queixa sobre "esta violação dos direitos democráticos" ao Presidente da República, Parlamento, Provedoria de Justiça e Procuradoria-Geral da República. Ainda ontem, o ministro da Administração Interna ordenou que fosse instaurado um processo de averiguações para apurar os factos ocorridos na Covilhã.
Cartoon por Anterozóide.
Ontem, dois polícias "à civil" entraram na sede do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) na Covilhã e levaram dois documentos de informação referentes à acção de protesto marcada para hoje naquela cidade, onde estará o primeiro-ministro, no âmbito de uma visita à Escola Secundária Frei Heitor Pinto. O SPRC, filiado na Fenprof, considerou, em comunicado, que se tratou de uma "acção de características pidescas" e que justifica a apresentação de queixa sobre "esta violação dos direitos democráticos" ao Presidente da República, Parlamento, Provedoria de Justiça e Procuradoria-Geral da República. Ainda ontem, o ministro da Administração Interna ordenou que fosse instaurado um processo de averiguações para apurar os factos ocorridos na Covilhã.
Cartoon por Anterozóide.
sexta-feira, outubro 5
25 Anos a Caçar Andróides
Em devida altura fiz aqui a minha pequena homenagem ao aniversário do filme Blade Runner, um filme de culto para muitos e para mim. Na altura suscitou alguns comentários, e pela análise que faço regularmente das estatísticas deste humilde folhetim, houve bastante pessoas interessadas no tema.
Aparentemente Ridley Scott não ficou satisfeito com o director's cut lançado em 1992 e voltou de novo ao que considera uma das suas obras maiores. Vai ser lançada uma nova versão da longa-metragem em que foram aprimorados mais alguns detalhes, e pelo que dizem foram restituídas mais algumas cenas que foram extirpadas pelo estúdio no lançamento original. O autor explica tudo numa longa entrevista à Wired. A estreia vai ser nos cinemas americanos em Novembro, a edição em DVD (que contem 5 discos) vai sair em Dezembro. Para os fãs, já é possível fazer uma pré-encomenda na Amazon.
Aparentemente Ridley Scott não ficou satisfeito com o director's cut lançado em 1992 e voltou de novo ao que considera uma das suas obras maiores. Vai ser lançada uma nova versão da longa-metragem em que foram aprimorados mais alguns detalhes, e pelo que dizem foram restituídas mais algumas cenas que foram extirpadas pelo estúdio no lançamento original. O autor explica tudo numa longa entrevista à Wired. A estreia vai ser nos cinemas americanos em Novembro, a edição em DVD (que contem 5 discos) vai sair em Dezembro. Para os fãs, já é possível fazer uma pré-encomenda na Amazon.
Fala com a tua filha antes que a indústria da Beleza o faça
Depois da campanha em que a Dove destaca a beleza natural e normal distanciando-se dos padrões de beleza da indústria de modelos bulímicas e corpos retocados a empresa volta à carga. Desta vez a moral da história é Talk to your daughter before the beauty industry does. Embora seja de louvar a atitude, não posso deixar de concordar com o Zero de Conduta, em que parece um pouco hipócrita. A casa mãe da Dove, a Unilever, representa um pedaço importante dessa tal indústria da beleza.
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quarta-feira, outubro 3
A Aldeia Terra
Encontrei este pequeno filme e achei que valia a pena partilha-lo. Assenta num pequeno exercício de imaginação, vamos supor que a Terra é uma pequena aldeia com 100 pessoas. A ideia baseou-se num relatório de 1990 (Relatório sobre o Estado da Aldeia) de Donnela Meadows, em que se põe uma hipótese parecida. Deixa-nos a pensar sobre os desiquilibrios que afectam o nosso planeta e a humanidade.
terça-feira, outubro 2
Deambulações
Há algum tempo que me apareceu uma nuvem negra no sobrolho. Seja qual for o mal que me trespassa preocupa-me, atormenta-me, deixa-me amedrontado. Com uma bateria de exames marcados, não consigo deixar de pensar que me sairá na lotaria, caso grave ou simples sintomas psicossomáticos provocados pelo stress. O pior é a espera, fui a um hospital privado em Lisboa e mesmo assim para conseguir espaço para marcações é preciso esperar duas semanas. Talvez para apaziguar o meu espírito de doente, a médica apesar de não saber a raiz dos meus queixumes, mandou-me fazer coisas saudáveis. Disse-me para reduzir no álcool, nas gorduras, não comer picante...
Até o sono está contra mim, não costumo acordar cedo aos domingos de manhã. Tentando aplacar o meu espírito saí de casa sem destino determinado, com a minha câmara e um rolo por acabar. Os meus passos levaram-me até ao Campo dos Mártires da Pátria. Nunca lhe tinha prestado grande atenção, mas desta vez fixei-me na estátua rodeada de lápides. Deixou-me bastante intrigado o culto a José Tomás de Sousa Martins, culto em muitos aspectos religioso que atribui (e agradece) milagres ao médico. Pelo sim pelo não se calhar devia lá voltar qualquer dia a acender uma velinha.
Até o sono está contra mim, não costumo acordar cedo aos domingos de manhã. Tentando aplacar o meu espírito saí de casa sem destino determinado, com a minha câmara e um rolo por acabar. Os meus passos levaram-me até ao Campo dos Mártires da Pátria. Nunca lhe tinha prestado grande atenção, mas desta vez fixei-me na estátua rodeada de lápides. Deixou-me bastante intrigado o culto a José Tomás de Sousa Martins, culto em muitos aspectos religioso que atribui (e agradece) milagres ao médico. Pelo sim pelo não se calhar devia lá voltar qualquer dia a acender uma velinha.
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