A ocupação chinesa do Tibete já há muito que forçou o Dalai Lama e os restante líderes religiosos do país a fugirem. Entretanto a coisa havia caido mais ou menos no esquecimento. A China pretende passar a imagem de um país moderno, liberal preparado para ter uma importância global no mundo do amanhã. Para isto tem contribuído uma campanha de relações públicas e publicidade, na qual se integra a realização dos jogos olímpicos este ano.
Mas pelo visto é difícil mudar velhos hábitos, o fantasma do massacre de Tiananmen voltou à memória de todos quando na semana passada foram chacinados monges tibetanos na tentativa de reprimir manifestações públicas. Este voltar ao de cima da linha dura pode vir a gorar completamente as tentativas do regime chinês (que não é, e nem está próximo de ser democrático) de limpar a sua imagem internacional. Já existem várias declarações públicas de repúdio, inclusivamente começam a aparecer as vozes que apelam a um boicote internacional da olimpíada chinesa. Eu faço um apelo aos meus leitores, podem assinar a petição aqui.
segunda-feira, março 31
quinta-feira, março 20
Feira da Lomografia
Inaugura-se hoje a edição zero da Feira de Fotografia da Sociedade Lomográfica Portuguesa. O objectivo é divulgar a lomografia e fotógrafos portugueses que a ela se dedicam. Tem fotografias a preços muito acessíveis, entre os 10 e os 30 euros. A feira vai decorrer no espaço da loja no bairro alto, e pode ser visitada entre as 17 e as 21 horas até 20 de Março. Hoje excepcionalmente vai estar aberta até à meia noite. Na nova Embaixada do Porto, na Rua do Almada, o horário é das 14 às 20. Mais informações aqui.
Actualização: houve um lapso meu, a exposição no bairro alto decorre no Nº 59 da Rua Diário de Notícias, e não na loja como havia dito. Peço desculpa se desencaminhei alguém.
Actualização: houve um lapso meu, a exposição no bairro alto decorre no Nº 59 da Rua Diário de Notícias, e não na loja como havia dito. Peço desculpa se desencaminhei alguém.
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Universidade Google
O projecto Google Code é basicamente um repositório para programas Open Source que é livre de ser utilizado por quem quiser, e naturalmente é o lar natural para os projectos incubados dentro da Google. Já há vários concorrentes neste espaço, o Sourceforge e o Launchpad por exemplo, mas cada um tem alguns elementos muito próprios que o diferencia dos demais. No caso do Google Code é a integração com as demais iniciativas Google, como a Google Code University, onde neste é possível aceder a material educativo e vídeos de palestras sobre temas que interessam a qualquer um que faça desenvolvimento web e não só.
Parece que a Google está particularmente interessada na educação, organiza regularmente palestras e seminários sobre temas vários para os seus colaboradores, que depois disponibiliza de forma gratuita em Videos from the Googleplex para que todos possamos assistir a elas. Além disso há uns tempo também começou a disponibilizar de forma gratuita no Google Video as Ted Talks. Uma séria de palestras sobre temas como a tecnologia, o entretenimento e o design (daí é que vem o anacrónimo TED).
Parece que a Google está particularmente interessada na educação, organiza regularmente palestras e seminários sobre temas vários para os seus colaboradores, que depois disponibiliza de forma gratuita em Videos from the Googleplex para que todos possamos assistir a elas. Além disso há uns tempo também começou a disponibilizar de forma gratuita no Google Video as Ted Talks. Uma séria de palestras sobre temas como a tecnologia, o entretenimento e o design (daí é que vem o anacrónimo TED).
quarta-feira, março 19
Cartão Farmácias Portuguesas
Os cartões de fidelização tornaram-se uma prática corriqueira, e estão um pouco por todo o lado. Especialmente em supermercados hipermercados perguntam-nos sempre pelo cartãozinho quando estamos a passar as nossas compras pela caixa. A vantagens que oferecem são quase sempre descontos ou ofertas, uma vez acumulado um certo nível de pontos no cartão, e portanto de gastos na entidade emissora do cartão. Uma das das estratégias associadas a este tipo de prática é a fidelização do cliente, e a justificação mais comum quando se lança uma campanha deste tipo. Acontece que há outra vantagem bastante grande para a empresa emissora do cartão, a acumulação dos dados de consumo dos seus clientes, que juntamente com dados demográficos e segmentação de mercado pode-se tornar uma ferramenta valiosíssima para a empresa. Tão valiosa que estas bases de dados até se vendem e por boas maquias. Assim o valor acrescentado destas bases de dados compensa por uma larga margem os míseros centavos poupados pelos consumidores.
Foi com algum espanto que descobri que em Portugal existe agora um novo cartão deste género, um cartão de fidelização a farmácias, o cartão Farmácias Portuguesas. Não sei exactamente quais os benefícios, mas o conceito é que quanto mais medicamentos sejam comprados, mais descontos serão obtidos. Também vai ser possível comprar medicamentos a crédito. Não posso deixar de dizer que isto cheira mal! Sem dúvida os dados que vão ser recolhidos vão ser usados para alguma coisa. Talvez para subir o preço dos medicamentos mais consumidos, talvez para subir o preço dos medicamentos consumidos pelas classes mais abastadas, mas que eles vão ser usados de alguma forma vão. A indústria farmacêutica tem os seus truques para tornar o negócio mais rentável, tal como todas as outras, a questão aqui é do domínio ético.
Até onde estão as farmacêuticas e as farmácias dispostas a chegar para espremer o dinheiro dos seus clientes? Eu diria que muito longe, basta pensar um exemplo simples. um médico normalmente quando receita medicação indica a posologia e portanto a quantidade que vai ser consumida. Depois é pegar na receita, suponhamos que indica que vamos necessitar 12 cápsulas de uma dada droga, e ir à farmácia. Uma vez na farmácia dizem-nos que a embalagem de 12 cápsulas está esgotada... mas que existe a de 24... Isto já me aconteceu, e creio que concerteza não terei sido o único.
Ao que parece neste momento existe um conflito entre as duas associações de Farmácias em Portugal, a AFP (Associação de Farmácias de Portugal) queixa-se de concorrência desleal. Porque ao contrário do que a publicidade parece indicar, a iniciativa não se estende a todas as farmácias do país mas apenas às associadas da ANF (Associação Nacional de Farmácias).
Foi com algum espanto que descobri que em Portugal existe agora um novo cartão deste género, um cartão de fidelização a farmácias, o cartão Farmácias Portuguesas. Não sei exactamente quais os benefícios, mas o conceito é que quanto mais medicamentos sejam comprados, mais descontos serão obtidos. Também vai ser possível comprar medicamentos a crédito. Não posso deixar de dizer que isto cheira mal! Sem dúvida os dados que vão ser recolhidos vão ser usados para alguma coisa. Talvez para subir o preço dos medicamentos mais consumidos, talvez para subir o preço dos medicamentos consumidos pelas classes mais abastadas, mas que eles vão ser usados de alguma forma vão. A indústria farmacêutica tem os seus truques para tornar o negócio mais rentável, tal como todas as outras, a questão aqui é do domínio ético.
Até onde estão as farmacêuticas e as farmácias dispostas a chegar para espremer o dinheiro dos seus clientes? Eu diria que muito longe, basta pensar um exemplo simples. um médico normalmente quando receita medicação indica a posologia e portanto a quantidade que vai ser consumida. Depois é pegar na receita, suponhamos que indica que vamos necessitar 12 cápsulas de uma dada droga, e ir à farmácia. Uma vez na farmácia dizem-nos que a embalagem de 12 cápsulas está esgotada... mas que existe a de 24... Isto já me aconteceu, e creio que concerteza não terei sido o único.
Ao que parece neste momento existe um conflito entre as duas associações de Farmácias em Portugal, a AFP (Associação de Farmácias de Portugal) queixa-se de concorrência desleal. Porque ao contrário do que a publicidade parece indicar, a iniciativa não se estende a todas as farmácias do país mas apenas às associadas da ANF (Associação Nacional de Farmácias).
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Shoot From The Hip
Gostei muito das últimas fotos que tirei com a minha LC-A+, tanto que ainda não consegui decidir qual é a minha preferida. Nesta posso ser visto a demonstrar um dos mandamentos da Lomografia, try the shoot from the hip! É preciso ter um pouco de atenção, mas eu estou lá...
segunda-feira, março 17
War Photographer
Sempre que entro na Fnac dá-me algum capricho e muitas vezes é difícil resistir à tentação de agarrar nalgum livro, num CD, ou seja lá o que for. O meu último impulso consumista foi DVD mostruário do Festival Pictoplasma, "Characters in Motion 2" é uma compilação de muitas pequenas curtas que mostram o que está na vanguarda da animação. O tema de fundo é aparecimento de novas formas de explorar a animação, a conquista de vida própria e personalidade por parte dos personagens animados. Talvez uma separação entre a animação comercial e a arte, o Vasco Granja iria ficar orgulhoso.
Deixo-vos com War Photographer, um videoclip animado para uma das músicas de Jason Forrest. Há mais gente representada, como os TV on the Radio, com Me-I.
Deixo-vos com War Photographer, um videoclip animado para uma das músicas de Jason Forrest. Há mais gente representada, como os TV on the Radio, com Me-I.
quinta-feira, março 13
Crayon Physics
Uma das coisas sobre as que quero falar aqui, de forma mais alargada, são as interfaces homem-máquina. É um campo onde há bastante caminho para percorrer, apesar da tremenda evolução dos sistemas de computação pessoal nos últimos anos neste campo não se avançou quase nada. Hoje me dia continuamos a seguir os memos paradigmas e ferramentas de interacção que foram introduzidas à mais de 20 anos. Mas há muitos cenários de ficção cientifica que estão à beira de ser possíveis. Usar um rato e o teclado não é a forma natural de um humano se exprimir, nós exprimimos-nos com gestos, com desenhos, com símbolos, com a voz.
A forma mais fácil de interagir com um computador é quando nem sequer nos damos conta que estamos a lidar com um computador. E um bom exemplo disso é o jogo que vos apresento hoje. Crayon Physics ganhou o IGF (Independent Games Festival) deste ano. O objectivo do jogo é simples, resolver pequenos puzzles que envolvem as propriedades físicas dos objectos. Concretamente, conseguir uma bolinha vá rodando até um ponto objectivo, superando os obstáculos e os espaços vazios. A novidade, e a parte genial, é que se podem adicionar objectos no mundo virtual do jogo simplesmente desenhando-os. Estes objectos assumem as propriedades físicas correctas e comportam-se como seria de esperar. O estilo visual do jogo, basicamente um desenho a lápis de cera faz-nos ficar nostálgicos e maravilhados ao mesmo tempo. O autor está a trabalhar numa versão melhorada, entretanto é possível descarregar e instalar a versão original, que não está tão polida.
Para aguçar a curiosidade deixo um vídeo para que apreciem o aspecto do jogo. Foi criado pelo próprio autor do jogo, utilizando um tablet PC como forma de interagir com o ecrã. Eu acho que o resultado é fantástico.
A forma mais fácil de interagir com um computador é quando nem sequer nos damos conta que estamos a lidar com um computador. E um bom exemplo disso é o jogo que vos apresento hoje. Crayon Physics ganhou o IGF (Independent Games Festival) deste ano. O objectivo do jogo é simples, resolver pequenos puzzles que envolvem as propriedades físicas dos objectos. Concretamente, conseguir uma bolinha vá rodando até um ponto objectivo, superando os obstáculos e os espaços vazios. A novidade, e a parte genial, é que se podem adicionar objectos no mundo virtual do jogo simplesmente desenhando-os. Estes objectos assumem as propriedades físicas correctas e comportam-se como seria de esperar. O estilo visual do jogo, basicamente um desenho a lápis de cera faz-nos ficar nostálgicos e maravilhados ao mesmo tempo. O autor está a trabalhar numa versão melhorada, entretanto é possível descarregar e instalar a versão original, que não está tão polida.
Para aguçar a curiosidade deixo um vídeo para que apreciem o aspecto do jogo. Foi criado pelo próprio autor do jogo, utilizando um tablet PC como forma de interagir com o ecrã. Eu acho que o resultado é fantástico.
terça-feira, março 11
Festivais aí vou Eu
O ano passado quase não tive férias. Ter até tive, mas foi só um dia aqui e ali, não foi uma temporada longe do trabalho e da vida normal como convém. Este ano vai ser diferente, vou estar em Portugal mais tempo, e vou poder retomar alguns dos meus hábitos que mais me dão prazer. Ir a concertos e festivais está entre eles, e precisamente este ano estou com muita sorte. Já estou a marcar na minha agenda algumas datas essenciais.
Vou ter de esperar até Julho para assistir à reunião dos Rage Against the Machine, e estou ansioso. O Optimus Alive ainda não tem o alinhamento completo, mas a reunião dos RATM e uma nova vinda de Ben Harper a Portugal são suficientes para me convencer a comprar o bilhete geral. Até já ouvi dizer que eles iam trazer o Neil Young também... Ainda não consegui encontrar a confirmação por isso não vou começar ainda a dar pulos de alegria.
Já em época de veraneio, em Paredes de Coura acabaram de ser confirmados os Primal Scream, uma banda da qual eu sou fã incondicional desde à muito tempo e que torna irresistível a oferta na praia fluvial do Tabuão. Vão lá estar também os Sex Pistols, Emir Kusturika, e Thievery Corporation. De todos estes ainda só vi os Thievery, e não me vou importar nada de repetir. Quanto aos outros fazem parte da minha lista de bandas que ainda não tinha oportunidade de ver ao vivo. Estou ansioso por voltar!
Vou ter de esperar até Julho para assistir à reunião dos Rage Against the Machine, e estou ansioso. O Optimus Alive ainda não tem o alinhamento completo, mas a reunião dos RATM e uma nova vinda de Ben Harper a Portugal são suficientes para me convencer a comprar o bilhete geral. Até já ouvi dizer que eles iam trazer o Neil Young também... Ainda não consegui encontrar a confirmação por isso não vou começar ainda a dar pulos de alegria.
Já em época de veraneio, em Paredes de Coura acabaram de ser confirmados os Primal Scream, uma banda da qual eu sou fã incondicional desde à muito tempo e que torna irresistível a oferta na praia fluvial do Tabuão. Vão lá estar também os Sex Pistols, Emir Kusturika, e Thievery Corporation. De todos estes ainda só vi os Thievery, e não me vou importar nada de repetir. Quanto aos outros fazem parte da minha lista de bandas que ainda não tinha oportunidade de ver ao vivo. Estou ansioso por voltar!
segunda-feira, março 10
sexta-feira, março 7
Readymech
Uma sugestão criativa para hoje, para quem gosta de trabalhos manuais e de bonecada colorida. Os Readymech's são uma ideia um bocado singular. Uma colecção de brinquedos de papel muito fácil de montar, que estão disponíveis para download de forma livre. É só imprimir a cores em papel de qualidade, recortar e montar. Podem servir como objecto decorativo ou para aplacar um capricho de qualquer petiz. A ideia está bem conseguida porque oferece a qualquer pessoa a possibilidade de reproduzir um objecto de design de forma extremamente simples.
Outro exemplo deste tipo de oferta são os Photo Cubes da HP. Um serviço online que podemos usar para construir pequenos cubos com imagens nas faces. É tão fácil como fazer upload das fotos que pretendemos, ver uma previsão do resultado e depois fazer download de um pdf. Depois é só imprimir numa página A4, e montar. As instruções vêm incluídas. De novo o resultado pode ser usado da forma que quisermos, como bibelot, uma prenda original, ou simples curiosidade.
Jed por Jules
Outro exemplo deste tipo de oferta são os Photo Cubes da HP. Um serviço online que podemos usar para construir pequenos cubos com imagens nas faces. É tão fácil como fazer upload das fotos que pretendemos, ver uma previsão do resultado e depois fazer download de um pdf. Depois é só imprimir numa página A4, e montar. As instruções vêm incluídas. De novo o resultado pode ser usado da forma que quisermos, como bibelot, uma prenda original, ou simples curiosidade.
Jed por Jules
quarta-feira, março 5
Ghosts I
Seguindo um pouco a linha do que os Radiohead fizeram com o seu último álbum, Trent Reznor acaba de embarcar numa experiência do género. Livre do empecilho das editoras, o novo álbum dos Nine Inch Nails chama-se Ghosts I, é o primeiro de quatro volumes que vão ser disponibilizados de forma livre. Foi o próprio Reznor a disponibilizar um pacote com a música e com um folheto de 40 páginas sob a forma de torrent.
Além deste pacote que é completamente grátis e que o próprio autor encoraja que se distribua, existem vários pacotes pagos, que trazem o disco em suporte físico e outras coisinhas boas. Pelos vistos a jogada não está a correr nada mal, porque desses pacotes o mais caro (Limited Edition Ultra Deluxe Package que custa 300$) esgotou em pouco mais de um dia gerando 750.000$ em receitas.
Isto parece quase a prova de que os músicos e a música já não precisam da indústria da música para ter sucesso e chegar aos fãs. As editoras sempre foram simples intermediários, nem sempre interessados na qualidade ou na originalidade, mas sim no lucro. Entretanto começam a aparecer os avisos para que a indústria do audiovisual não caia no mesmo erro. Avarentos e interessados apenas em manter as suas gordas margens de lucro estão a deixar passar ao lado as oportunidades que o panorama da distribuição digital lhes oferece.
Além deste pacote que é completamente grátis e que o próprio autor encoraja que se distribua, existem vários pacotes pagos, que trazem o disco em suporte físico e outras coisinhas boas. Pelos vistos a jogada não está a correr nada mal, porque desses pacotes o mais caro (Limited Edition Ultra Deluxe Package que custa 300$) esgotou em pouco mais de um dia gerando 750.000$ em receitas.
Isto parece quase a prova de que os músicos e a música já não precisam da indústria da música para ter sucesso e chegar aos fãs. As editoras sempre foram simples intermediários, nem sempre interessados na qualidade ou na originalidade, mas sim no lucro. Entretanto começam a aparecer os avisos para que a indústria do audiovisual não caia no mesmo erro. Avarentos e interessados apenas em manter as suas gordas margens de lucro estão a deixar passar ao lado as oportunidades que o panorama da distribuição digital lhes oferece.
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