quarta-feira, abril 25
A Malta da Universidade Independente
Via a Grande Loja do Queijo Limiano encontrei este pequeno vídeo, que é uma obra primorosa de sátira política. Preocupantes são as suspeitas de vigilância do autor do blog Do Portugal Profundo, que originalmente levantou esta questão e a trouxe para discussão pública. Mais preocupantes ainda são as ameaças veladas das quais está a ser alvo!
quinta-feira, abril 19
Liberdade para o Computador Pessoal
Para qualquer pessoa hoje em dia, independentemente da profissão ou ocupação é normal ouvir falar de Sistema Operativo. Este termo refere o software indispensável que fornece uma camada básica que possibilita a interacção entre um computador e um humano. A definição é um bocado críptica, mas é fácil de explicar. Um computador é uma máquina muito geral, que depois necessita de aplicações especializadas para servir as necessidades humanos. Escrever textos, fazer cálculos, ler o mail, navegar na internet, tudo isso são funções que esperamos que um computador faça hoje em dia. No entanto de base, ele não faz nada, é apenas um montes circuitos e cabos. Torna-se necessário instalar um sistema operativo, e mais tarde as aplicações que necessitamos para obter as funcionalidades que esperamos.
Os mais ingénuos podem pensar que não, que quando trouxeram o seu PC da loja limitaram-se a liga-lo e este já exibia alguma da funcionalidade esperada. Não é bem assim, a grande maioria dos PC's vendidos hoje em dia trazem o Windows de base, mas este não faz parte da máquina, nem de forma nenhuma está ligado de forma intrínseca a ela. Trata-se apenas do sistema operativo que foi instalado. A escolha do Windows tem muito a ver com o monopólio que a Microsoft ainda detém sobre o mercado dos computadores pessoais. Os computadores de marca trazem o Windows porque as empresas têm acordos de volume (para obter preços mais baixos), desengane-se quem pensa que é grátis, este custo está diluído no preço final.
Nos computadores que não são de marca, e que são montados pelo jeitoso da loja da esquina, o que acontece muitas vezes é que é instalada uma cópia pirata e já está. Não passa pela cabeça de ninguém comprar o Office, muito menos o Windows. Mas isto traz consequências, uma das mais graves é que ficamos sem actualizações de segurança que facilita a vida aos vírus informáticos, spyware, e demais dores de cabeça que os utilizadores do Windows já tomam como normais.
De tal forma esta associação entre Windows e sistema operativo está enraizada, que para muita gente são uma e a mesma coisa. Mas a realidade é muito diferente, existem muitos mais, alguns especializados outros disponíveis para computadores pessoais comuns. Um exemplo de outro SO é o Mac OS X que vem com qualquer Macintosh recente, e está muito à frente do Windows em termos de fiabilidade e facilidade de utilização. A questão é que é exclusivo, e também é pago (de novo o preço vem diluído no preço que pagamos pela máquina). Até agora estou a falar de SO's proprietários, ou fechados, porque nunca podemos espreitar lá para dentro (pelo menos não devíamos) para ver como as coisas funcionam. Uma cópia de um deste sistemas não é nosso, mesmo no sentido legal, apenas pagámos uma licença para a poder utilizar.
Mas existe uma outra via, uma outra saída para os computadores pessoais. O GNU/Linux. O Linux é grátis (não é necessário pagar licença pela sua utilização), é livre (não está sujeito a restrições impostas pelo acordo de licenciamento), e é aberto (o código fonte utilizado para o construir está disponível para quem lhe apetecer meter o nariz). Ao contrário do que poderia parecer isto traz muitas vantagens. Como há muitos olhos a olhar para o funcionamento interno da coisa, os problemas são detectados (e corrigidos) mais rapidamente. Existe mais margem para a inovação porque há mais gente em paralelo a desenvolver soluções e a abordar os problemas de forma diferente. O mais espantoso é que todo o sistema, desde o componente mais básico, a muitas aplicações que já vêm incluídas são desenvolvidas por voluntários. Entusiastas que se reúnem à volta de projectos de código aberto (Open Source) como o kernel Linux, o X Windows, o OpenOffice ou o Firefox e que em paralelo ou em competição directa vão desenvolvendo e melhorando o seu feudo particular. Todas estas peças soltas são agregadas em distribuições, colecções de software que fornecem um conjunto coeso e que trazem as funcionalidades esperadas pelos utilizadores. Entre as mais conhecidas contam-se o Red Hat e o Suse, que foram também dos primeiros a tentar organizar uma forma de fazer dinheiro a partir de tudo isto.
Quando nasceu o Linux era para geeks. No início só os curiosos é que usavam, não porque tivesse alguma utilidade, mas porque era giro mexer e aprender mais sobre computadores. A primeira batalha a superar foi introduzi-lo no mercado dos servidores, os computadores que nós não vemos mas trazem até nossa casa a Internet, a loja virtual, ou o banco. Os sistemas do Google por exemplo são suportados por computadores que correm Linux (milhares e milhares). A construção mais robusta do sistema torna-o mais resistente a ameaças como os famigerados vírus que assolam o Windows tornando-o ideal para estar nos bastidores. As empresas que têm o modelo de negócio à volta do Linux vivem essencialmente do suporte. Quando há um problema o fornecedor analisa e resolve. No entanto não é obrigatório contrata-los, podemos resolver a coisas nós mesmos, caso tenhamos a inclinação e a competência para tal.
A barreira seguinte para o consumo generalizado, para que qualquer pessoa utilize normalmente no seu computador caseiro é a facilidade de utilização, desde sempre o ponto fraco. Mas as coisas evoluíram muito, hoje em dia há uma multitude de coisas que é bastante mais fácil fazer com o Linux. Instalar software, navegar na net em segurança, criar e editar ficheiros do escritório está mais fácil do que nunca. Hoje foi lançado a novíssima versão da distribuição Ubuntu. Esta denominação foi escolhida porque a palavra quer dizer humanidade para com os outros e parte de uma visão universalista, em que todos temos direito ao acesso aos computadores e ao poder que eles nos oferecem. Esta é também das distribuições que está mais avançada relativamente à tal questão da facilidade de utilização, possibilitando que qualquer pessoa sem conhecimentos técnicos a utilize (até a avózinha lá de casa).
A nova versão chama-se Feisty Fawn, e pode ser obtida através de download, ou caso se prefira é possível pedir os cd's de instalação de forma gratuita. O programa de instalação é bastante mais simples que o do Windows XP, traz todas as funcionalidades que se esperam e um ambiente gráfico muito catita com umas paneleiradas em 3d. Além disso pode-se experimentar sem medos de destruir nada no nosso sistema. Basta inserir o CD e o PC arrancará com o novo sistema, quem quiser pode dar uma voltinha, e só depois (caso queira) fazer uma instalação para disco rígido. Para os mais inseguros é possível continuar a arrancar do CD, a coexistência entre o Linux e o Windows também é possível. Eu no meu caso apenas continuo a aguentar com a Microsoft porque algum do software que necessito para trabalhar é exclusivo do Windows. Essa é a última barreira a vencer.
Ah, uma mensagem para os meus amigos, familiares e conhecidos. Não me tragam o vosso PC inutilizado pelo Windows para formatar e voltar a instalar a maldição. Sintomas normais são os ecrãs azuis, lentidão, ou o periférico que deixou de funcionar ou só funciona às vezes. Nem toco nisso. Em contrapartida questões ou pedidos de ajuda sobre o Linux serão muito bem vindos.
Os mais ingénuos podem pensar que não, que quando trouxeram o seu PC da loja limitaram-se a liga-lo e este já exibia alguma da funcionalidade esperada. Não é bem assim, a grande maioria dos PC's vendidos hoje em dia trazem o Windows de base, mas este não faz parte da máquina, nem de forma nenhuma está ligado de forma intrínseca a ela. Trata-se apenas do sistema operativo que foi instalado. A escolha do Windows tem muito a ver com o monopólio que a Microsoft ainda detém sobre o mercado dos computadores pessoais. Os computadores de marca trazem o Windows porque as empresas têm acordos de volume (para obter preços mais baixos), desengane-se quem pensa que é grátis, este custo está diluído no preço final.
Nos computadores que não são de marca, e que são montados pelo jeitoso da loja da esquina, o que acontece muitas vezes é que é instalada uma cópia pirata e já está. Não passa pela cabeça de ninguém comprar o Office, muito menos o Windows. Mas isto traz consequências, uma das mais graves é que ficamos sem actualizações de segurança que facilita a vida aos vírus informáticos, spyware, e demais dores de cabeça que os utilizadores do Windows já tomam como normais.
De tal forma esta associação entre Windows e sistema operativo está enraizada, que para muita gente são uma e a mesma coisa. Mas a realidade é muito diferente, existem muitos mais, alguns especializados outros disponíveis para computadores pessoais comuns. Um exemplo de outro SO é o Mac OS X que vem com qualquer Macintosh recente, e está muito à frente do Windows em termos de fiabilidade e facilidade de utilização. A questão é que é exclusivo, e também é pago (de novo o preço vem diluído no preço que pagamos pela máquina). Até agora estou a falar de SO's proprietários, ou fechados, porque nunca podemos espreitar lá para dentro (pelo menos não devíamos) para ver como as coisas funcionam. Uma cópia de um deste sistemas não é nosso, mesmo no sentido legal, apenas pagámos uma licença para a poder utilizar.
Mas existe uma outra via, uma outra saída para os computadores pessoais. O GNU/Linux. O Linux é grátis (não é necessário pagar licença pela sua utilização), é livre (não está sujeito a restrições impostas pelo acordo de licenciamento), e é aberto (o código fonte utilizado para o construir está disponível para quem lhe apetecer meter o nariz). Ao contrário do que poderia parecer isto traz muitas vantagens. Como há muitos olhos a olhar para o funcionamento interno da coisa, os problemas são detectados (e corrigidos) mais rapidamente. Existe mais margem para a inovação porque há mais gente em paralelo a desenvolver soluções e a abordar os problemas de forma diferente. O mais espantoso é que todo o sistema, desde o componente mais básico, a muitas aplicações que já vêm incluídas são desenvolvidas por voluntários. Entusiastas que se reúnem à volta de projectos de código aberto (Open Source) como o kernel Linux, o X Windows, o OpenOffice ou o Firefox e que em paralelo ou em competição directa vão desenvolvendo e melhorando o seu feudo particular. Todas estas peças soltas são agregadas em distribuições, colecções de software que fornecem um conjunto coeso e que trazem as funcionalidades esperadas pelos utilizadores. Entre as mais conhecidas contam-se o Red Hat e o Suse, que foram também dos primeiros a tentar organizar uma forma de fazer dinheiro a partir de tudo isto.
Quando nasceu o Linux era para geeks. No início só os curiosos é que usavam, não porque tivesse alguma utilidade, mas porque era giro mexer e aprender mais sobre computadores. A primeira batalha a superar foi introduzi-lo no mercado dos servidores, os computadores que nós não vemos mas trazem até nossa casa a Internet, a loja virtual, ou o banco. Os sistemas do Google por exemplo são suportados por computadores que correm Linux (milhares e milhares). A construção mais robusta do sistema torna-o mais resistente a ameaças como os famigerados vírus que assolam o Windows tornando-o ideal para estar nos bastidores. As empresas que têm o modelo de negócio à volta do Linux vivem essencialmente do suporte. Quando há um problema o fornecedor analisa e resolve. No entanto não é obrigatório contrata-los, podemos resolver a coisas nós mesmos, caso tenhamos a inclinação e a competência para tal.
A barreira seguinte para o consumo generalizado, para que qualquer pessoa utilize normalmente no seu computador caseiro é a facilidade de utilização, desde sempre o ponto fraco. Mas as coisas evoluíram muito, hoje em dia há uma multitude de coisas que é bastante mais fácil fazer com o Linux. Instalar software, navegar na net em segurança, criar e editar ficheiros do escritório está mais fácil do que nunca. Hoje foi lançado a novíssima versão da distribuição Ubuntu. Esta denominação foi escolhida porque a palavra quer dizer humanidade para com os outros e parte de uma visão universalista, em que todos temos direito ao acesso aos computadores e ao poder que eles nos oferecem. Esta é também das distribuições que está mais avançada relativamente à tal questão da facilidade de utilização, possibilitando que qualquer pessoa sem conhecimentos técnicos a utilize (até a avózinha lá de casa).
A nova versão chama-se Feisty Fawn, e pode ser obtida através de download, ou caso se prefira é possível pedir os cd's de instalação de forma gratuita. O programa de instalação é bastante mais simples que o do Windows XP, traz todas as funcionalidades que se esperam e um ambiente gráfico muito catita com umas paneleiradas em 3d. Além disso pode-se experimentar sem medos de destruir nada no nosso sistema. Basta inserir o CD e o PC arrancará com o novo sistema, quem quiser pode dar uma voltinha, e só depois (caso queira) fazer uma instalação para disco rígido. Para os mais inseguros é possível continuar a arrancar do CD, a coexistência entre o Linux e o Windows também é possível. Eu no meu caso apenas continuo a aguentar com a Microsoft porque algum do software que necessito para trabalhar é exclusivo do Windows. Essa é a última barreira a vencer.
Ah, uma mensagem para os meus amigos, familiares e conhecidos. Não me tragam o vosso PC inutilizado pelo Windows para formatar e voltar a instalar a maldição. Sintomas normais são os ecrãs azuis, lentidão, ou o periférico que deixou de funcionar ou só funciona às vezes. Nem toco nisso. Em contrapartida questões ou pedidos de ajuda sobre o Linux serão muito bem vindos.
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Fumo
Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces, plenas de carinhos!
Os dias são Outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...
Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...
Florbela Espanca
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces, plenas de carinhos!
Os dias são Outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...
Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...
Florbela Espanca
terça-feira, abril 17
Pode Dispensar-me Uns Minutos?
Sempre gostei de tiras cómicas, tudo começou a muito tenra idade quando comecei a ler o Calvin & Hobbes no Público. Hoje em dia delicio-me com os web comics, piadas quotidianas sinceras e não adulteradas de gente por esse mundo fora. Basta procurar com minúcia para encontrar pérolas como este Techno Tuesday.
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domingo, abril 15
Olho de Peixe
A minha passagem por Juromenha, de qual já falei, foi bastante deliberada. Queria lá ir e mostrar o lugar, e a tristeza que o seu abandono me invoca. Aproveitei a ocasião para adquirir mais um dos muitos artifícios que estão à disposição dos fotógrafos. O filtro polarizador aumenta o contraste e a saturação de cor nas fotografias, o exemplo mais óbvio é o azul profundo que o céu reflecte.
Estas coisas são giras, mas também são caras, ainda não tinha comprado mas decidi-me a comprar para retratar o castelo em ruínas. O que é não estava à espera foi ter de dar voltas e voltas à procura da coisa. Mas lá consegui encontrar o filtro com o tamanho certo, aproveitei para comprar uns rolos e ao pôr-me a observar as vitrinas fui tomado por um capricho. Lá estava a FishEye2 a olhar para mim. Já falei aqui da Lomografia, este aparelhómetro é mais uma das pequenas maravilhas que a Lomo produz para deleite do dos maluquinhos da película.
Olho de peixe é a alcunha que se dá normalmente às lentes com um ângulo de visão muito grande, e que produzem uma imagem hemisférica e distorcida. O pedaço de plástico todo estiloso que comprei é apenas uma dessas lentes montadas num pedaço de design que pode ser produzido em massa. Os resultados são muito engraçados. Passem pelo meu albúm do Flickr e comprovem.
Estas coisas são giras, mas também são caras, ainda não tinha comprado mas decidi-me a comprar para retratar o castelo em ruínas. O que é não estava à espera foi ter de dar voltas e voltas à procura da coisa. Mas lá consegui encontrar o filtro com o tamanho certo, aproveitei para comprar uns rolos e ao pôr-me a observar as vitrinas fui tomado por um capricho. Lá estava a FishEye2 a olhar para mim. Já falei aqui da Lomografia, este aparelhómetro é mais uma das pequenas maravilhas que a Lomo produz para deleite do dos maluquinhos da película.
Olho de peixe é a alcunha que se dá normalmente às lentes com um ângulo de visão muito grande, e que produzem uma imagem hemisférica e distorcida. O pedaço de plástico todo estiloso que comprei é apenas uma dessas lentes montadas num pedaço de design que pode ser produzido em massa. Os resultados são muito engraçados. Passem pelo meu albúm do Flickr e comprovem.
Saudades
Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca
Um Passeio por Juromenha
Já andava à uns tempos com o projecto de ir tirar umas fotografias a Juromenha. Uma aldeia perdida no meio do Alentejo. Está perdida porque foi deixada ao abandono, com um vista sobranceira sobre o Guadiana, a fortaleza que guardava o rio está uma ruína, a pequenita aldeia ao abandono. Mas mesmo assim a beleza do lugar não está diminuída, apenas manchada pelo desleixo humano.
Ia lá em pequeno, à pesca. Nunca percebi muito daquilo, mas eu gostava. Gostava de ir com a malta mais velha, beber uns copos à socapa, perder umas bóias. Uma das partes melhores era comer o peixe do rio, que é delicioso. Com o pretexto de ir ao campo na Páscoa (tradição pascoal por bandas do Alentejo), peguei nuns amigos que gostam de natureza mas adoram esplanadas e lá fomos dar uma volta até lá. Andei deu para beber uns copos e tirar um petisco. O Achigã não é um nativo dos nossos rios, mas é delicioso frito e temperado com o tradicional poejo.
Um belo dia, espero que recuperam a área do Castelo em breve, alguém já reparou no potencial desta pequena aldeia, que é enorme. Segundo o que pude investigar, está planeada um parceria público-privada para a recuperação. Aproveitem, dêem uma olhada nas fotos que ficaram dessa tarde, pode ser que fiquem com curiosidade de investigar mais um pouco.
Ia lá em pequeno, à pesca. Nunca percebi muito daquilo, mas eu gostava. Gostava de ir com a malta mais velha, beber uns copos à socapa, perder umas bóias. Uma das partes melhores era comer o peixe do rio, que é delicioso. Com o pretexto de ir ao campo na Páscoa (tradição pascoal por bandas do Alentejo), peguei nuns amigos que gostam de natureza mas adoram esplanadas e lá fomos dar uma volta até lá. Andei deu para beber uns copos e tirar um petisco. O Achigã não é um nativo dos nossos rios, mas é delicioso frito e temperado com o tradicional poejo.
Um belo dia, espero que recuperam a área do Castelo em breve, alguém já reparou no potencial desta pequena aldeia, que é enorme. Segundo o que pude investigar, está planeada um parceria público-privada para a recuperação. Aproveitem, dêem uma olhada nas fotos que ficaram dessa tarde, pode ser que fiquem com curiosidade de investigar mais um pouco.
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quinta-feira, abril 12
O Canudo de Sócrates
Até simpatizo com o nosso primeiro, mas o escândalo da sua licenciatura já passou de especulação a facto consumado. Já correu tanta tinta que a matéria chegou à televisão, ao que parece (eu não vi) houve um debate na RTP que serviu apenas para o Sócrates se tentar justificar, os jornalistas presentes não apertaram com ele...
Não sei se conseguirão abafar o escândalo, além das suspeitas de irregularidades na obtenção da licenciatura (o gajo comprou o canudo?), parece que andou a mentir no currículo. Ora... toda a gente faz isso não é? Qual é o mal? O problema é que com exemplos destes se faz o Portugal contemporâneo.
Mais algumas opiniões aqui.
Não sei se conseguirão abafar o escândalo, além das suspeitas de irregularidades na obtenção da licenciatura (o gajo comprou o canudo?), parece que andou a mentir no currículo. Ora... toda a gente faz isso não é? Qual é o mal? O problema é que com exemplos destes se faz o Portugal contemporâneo.
Mais algumas opiniões aqui.
terça-feira, abril 3
Música em Lisboa
Este ano em Lisboa não nos podemos queixar, o calendário de concertos está muito bem recheado. Nomes como Bloc Party, Artic Monkeys, Dave Matthews Band vão passar pelo Coliseu e concerteza deixar muita gente feliz. Além disso a ementa dos festivais está muito bem composta, com propostas novas a aparecer, além do já clássico Super Bock Super Rock, temos o Festival Alive, e a mais recente novidade o Creamfields, que promete fugir à receita habitual dos festivais a que estamos habituados. Eu só espero conseguir estar lá para aproveitar.
Ah... claro que depois de ter falhado o concerto em Lisboa e em Madrid dos Cansei de Ser Sexy, já arranjei o pretexto perfeito para ir mais uma vez a Paredes de Coura.
Ah... claro que depois de ter falhado o concerto em Lisboa e em Madrid dos Cansei de Ser Sexy, já arranjei o pretexto perfeito para ir mais uma vez a Paredes de Coura.
Bebés Apressados
Parece que ultimamente virou moda os bebés nascerem na ambulância a caminho da maternidade. Isto começou mais ou menos desde que fecharam uma data de maternidades por aí... deve ser coincidência...
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