O EEE PC da Asus inspirou um novo mercado, o dos chamados ultra portáteis ou internet devices. Indo beber alguma inspiração ao XO o paradigma desta nova moda é a portabilidade e o baixo preço. O EEE tem especificações fracas, mas o que interessa é que é suficientemente poderoso para escrever documentos, consultar o mail, navegar na Internet ou até jogar. Para baixar ainda mais o preço é possível fugir ao monopólio da Microsoft e adquirir um EEE com Linux (que foi o que eu fiz obviamente).
O primeiro modelo saiu em Outubro do ano passado, mas só chegou agora a Portugal. Entretanto já sairam modelos novos, mas ero apenas o modelo mais básico está disponível com teclado português. Os inúmeros concorrentes que lhe seguiram as pegadas também ainda não estão à venda em Portugal. A situação não me agrada, mas já andava à espera demasiado tempo e acabei por comprar o EEE 700.
Estou muito contente, o EEE é ainda mais pequeno do que eu tinha imaginado, a construção parece ser sólida e ainda não me deu nenhum problema. Tenho ainda de instalar a minha distribuição favorita para me sentir mais em casa. A distribuição Linux que vem por defeito é muito simples e amigável, ou seja, está desenhada para utilizadores pouco experientes, eu preciso de algo mais. No entanto já está a cumprir a sua função, escrevi estas linhas enquanto tomava uma cervejola numa esplanada, tive foi de esperar para chegar a casa para ter rede e poder submeter o texto. Agora só falta que instalem wireless municipal em Lisboa! Podem ver a comparação com o meu portátil do trabalho...
domingo, junho 29
sábado, junho 21
Okupa!
Aqui ao lado em Espanha auto-intitulam-se movimento okupa, a designação anglo-saxónica é squatting. O acto de ocupar um espaço ou propriedade sobre a qual não temos qualquer direito mas se encontra desocupado. A prática existe desde sempre mesmo no reino animal os exemplos já vêm de há milhares de anos, e a coisa sempre funcionou. Há países onde a tradição é muito forte, como na Alemanha, Holanda e Espanha, geralmente são associações ou movimentos que ocupam casas desocupadas para construir uma obra social. Inclusive há países onde a coisa está legalizada e é encorajada pela lei como na Holanda, onde é perfeitamente legal tomar posse de edifícios desocupados há mais de doze meses.
Andando pelo centro de Lisboa, podemos ver edifícios devolutos por todo o lado, portas e janelas emparedadas inclusive nas zonas mais ricas da cidade. Desperdício é a palavra que me ocorre em primeiro lugar, não sei se a causa é apenas especulação imobiliária, mas concerteza que tem qualquer coisa a ver com o assunto. Acho que precisamos de um movimento okupa português.
Andando pelo centro de Lisboa, podemos ver edifícios devolutos por todo o lado, portas e janelas emparedadas inclusive nas zonas mais ricas da cidade. Desperdício é a palavra que me ocorre em primeiro lugar, não sei se a causa é apenas especulação imobiliária, mas concerteza que tem qualquer coisa a ver com o assunto. Acho que precisamos de um movimento okupa português.
terça-feira, junho 17
Em Defesa da Língua Portuguesa
Já exprimi a minha opinião contra a recente tentativa de legislar sobre o modo como escrevo. Não sou o único a discordar desta medida, neste momento existe um movimento organizado que pretende levar o seu protesto perante o Parlamento. Foi estabelecida uma petição online que já recolheu o número de assinaturas necessário para levar o tema a discussão, inclusive já foram entregues ao Presidente da Assembleia da República. Entretanto os subscritores da petição continuam a acumular-se demonstrando o número de portugueses que discordam desta cretinice. É possível descobrir mais detalhes sobre esta petição e o movimento por trás dela no blog Em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico.
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segunda-feira, junho 16
Um Conto Americano
Há alguns dias visitei finalmente ao Teatro Nacional D. Maria II, já desde há muito tempo que queria conhecer o teatro pensado por Almeida Garret. Já tinha andado pelo café e pela livraria do edifício, mas desde à muito que alimentava a curiosidade de me sentar numa poltrona e assistir a uma peça.
Foi precisamente na sala Garret que assisti à peça Um Conto Americano, adaptada a partir de um texto que originalmente era um conto para a rádio The Water Engine de David Mamet. A história é simples, muito simples até talvez e cheia de clichés. No entanto o tema que lhe serve de fundo não podia ser mais actual. Está ambientada em Chigago, nos anos 30, quando os americanos vivem mergulhados na Grande Depressão. Um jovem que trabalha como assalariado numa fábrica dedica-se ao ofício de inventor nas horas vagas, conseguindo desenvolver um motor que funciona apenas a água. Pensando que isso lhe trará fama e fortuna, e o livrará a ele e à família da miséria em que vivem dirige-se prontamente a um advogado de patentes. Mas a realidade não é tão cor-de-rosa, e a história acaba por ter um fim triste e sangrento com o protagonista a lutar por salvar a sua invenção.
Posso dizer que fiquei extremamente impressionado com a cenografia e todo o espectáculo em palco. Para isso contribuiu em muito a dimensão do palco e a qualidade da sala. Mas o que me chamou realmente a atenção foi o cenário, uma estrutura metálica única que se desdobra e roda sobre si de modo a seguir a história e os actores, trocando de ambiente num piscar de olhos. Isso e alguns efeitos cénicos para mim nunca vistos numa sala de Teatro como uma chuvada com água de verdade, nada de extraordinário, mas surpreendente na mesma. O texto apesar de não ter sido originalmente pensado para o formato teatral funciona muito bem. E os actores e figurantes também fazem um excelente trabalho a construir esta fantasia soturna e triste. A única peça do elenco que não me convenceu foi actriz principal, uma menina que já fez por aí umas telenovelas, mas que não sei se tem jeito para mais do que isso.
Em jeito de conclusão posso dizer que adorei a peça, a história é muito simples, mas além de ser extremamente actual olha com um olhar crítico a sociedade e como ela é controlada interesses económicos penalizando os comuns dos mortais muitas vezes. Creio que o nome escolhido para a adaptação portuguesa ao teatro deve qualquer coisa ao cliché do sonho americano, que aqui encontra a sua némesis.
Foi precisamente na sala Garret que assisti à peça Um Conto Americano, adaptada a partir de um texto que originalmente era um conto para a rádio The Water Engine de David Mamet. A história é simples, muito simples até talvez e cheia de clichés. No entanto o tema que lhe serve de fundo não podia ser mais actual. Está ambientada em Chigago, nos anos 30, quando os americanos vivem mergulhados na Grande Depressão. Um jovem que trabalha como assalariado numa fábrica dedica-se ao ofício de inventor nas horas vagas, conseguindo desenvolver um motor que funciona apenas a água. Pensando que isso lhe trará fama e fortuna, e o livrará a ele e à família da miséria em que vivem dirige-se prontamente a um advogado de patentes. Mas a realidade não é tão cor-de-rosa, e a história acaba por ter um fim triste e sangrento com o protagonista a lutar por salvar a sua invenção.
Posso dizer que fiquei extremamente impressionado com a cenografia e todo o espectáculo em palco. Para isso contribuiu em muito a dimensão do palco e a qualidade da sala. Mas o que me chamou realmente a atenção foi o cenário, uma estrutura metálica única que se desdobra e roda sobre si de modo a seguir a história e os actores, trocando de ambiente num piscar de olhos. Isso e alguns efeitos cénicos para mim nunca vistos numa sala de Teatro como uma chuvada com água de verdade, nada de extraordinário, mas surpreendente na mesma. O texto apesar de não ter sido originalmente pensado para o formato teatral funciona muito bem. E os actores e figurantes também fazem um excelente trabalho a construir esta fantasia soturna e triste. A única peça do elenco que não me convenceu foi actriz principal, uma menina que já fez por aí umas telenovelas, mas que não sei se tem jeito para mais do que isso.
Em jeito de conclusão posso dizer que adorei a peça, a história é muito simples, mas além de ser extremamente actual olha com um olhar crítico a sociedade e como ela é controlada interesses económicos penalizando os comuns dos mortais muitas vezes. Creio que o nome escolhido para a adaptação portuguesa ao teatro deve qualquer coisa ao cliché do sonho americano, que aqui encontra a sua némesis.
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sábado, junho 14
À Deriva no Santo António
Foi uma semana agitada por terras lusitanas, o boicote dos camionistas, as filas para a gasolina, as prateleiras dos supermercados a ameaçarem ficarem de prateleiras vazias. Mas tudo acaba por se resolver, o governo lá fez um acordo manhoso com as transportadoras de mercadorias. Entretanto chegaram as festas populares, aqui por Lisboa o Santo António já fez as pessoas esquecerem as dificuldades, pelo menos até segunda-feira. E claro, a selecção já está nos quartos de finais do Euro, somos um país em grande forma.
Claro que fui dar uma volta até à celebração, o que equivale a dar uma volta pelas ruas abarrotadas de gente na Lisboa antiga e tradicional. Tirei muitas fotos, às pessoas, às barraquinhas de cerveja e aos mangericos. Além disso, como sempre havia muitas velas dedicadas ao santo, quais seriam as preces que as mantinham acesas este ano? Conseguir o coração duma menina casadoira, ou conseguir chegar ao fim do mês?
Claro que fui dar uma volta até à celebração, o que equivale a dar uma volta pelas ruas abarrotadas de gente na Lisboa antiga e tradicional. Tirei muitas fotos, às pessoas, às barraquinhas de cerveja e aos mangericos. Além disso, como sempre havia muitas velas dedicadas ao santo, quais seriam as preces que as mantinham acesas este ano? Conseguir o coração duma menina casadoira, ou conseguir chegar ao fim do mês?
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sábado, junho 7
Festival de Títeres
Na semana passada alarguei o fim-de-semana e fui numa das minhas visitas à Galiza. Desta vez descobri por casualidade que estava a decorrer um festival de fantaches numa localidade perto da minha morada temporária. Assim lá fui eu visitar o Festival Internacional de Títeres de Redondela, sem saber muito bem o que esperar. A maioria das actuações eram na rua, gratuitas. Havia não só vários pequenos palcos distribuídos por toda a vila, também havia música, jogos e outras curiosidades como um porco gigante que era ao mesmo tempo atracção e palco.
Com internacional no nome os fantoches tinham de vir de vários países, Portugal também como é óbvio. O Brasil também estava representados. Vi vários espectáculos mas fiquei com pena de não ver um grupo que vinha do Sri Lanka e usavam os bonecos para narrar histórias tradicionais tocadas e dançadas. Mas foi impossível com tanta gente. Havia muitos espectadores sobretudo muitos petizes acompanhados pelos pais. Pelo que pude perceber os principais destinatários eram eles. Pelos vistos a iniciativa tem muito sucesso, cada actuação estava apinhada de gente. Tanta gente que quase não dava para ver os espectáculos, era preciso ir apanhar lugar antes de cada actuação. O sucesso foi merecido, fiquei com muito boa impressão. Vale a pena a visita, podem ver algumas fotos no meu álbum.
Com internacional no nome os fantoches tinham de vir de vários países, Portugal também como é óbvio. O Brasil também estava representados. Vi vários espectáculos mas fiquei com pena de não ver um grupo que vinha do Sri Lanka e usavam os bonecos para narrar histórias tradicionais tocadas e dançadas. Mas foi impossível com tanta gente. Havia muitos espectadores sobretudo muitos petizes acompanhados pelos pais. Pelo que pude perceber os principais destinatários eram eles. Pelos vistos a iniciativa tem muito sucesso, cada actuação estava apinhada de gente. Tanta gente que quase não dava para ver os espectáculos, era preciso ir apanhar lugar antes de cada actuação. O sucesso foi merecido, fiquei com muito boa impressão. Vale a pena a visita, podem ver algumas fotos no meu álbum.
quarta-feira, junho 4
Concurso SEMPLAYBACK
Recebi um pedido de divulgação de um concurso que está a ser organizado por uma turma do curso de produção de eventos da Restart, e que até achei bastante original. O tema de fundo é a obra de Carlos Paião e música portuguesa dos anos 80.
Oito concorrentes interpretarão oito temas deste músico, contando com a participação de uma banda ao vivo que fará os arranjos e respectivas interpretações instrumentais. Haverá também dj's (Fernado Alvim e Gimba) e um tributo à vida e obra de Carlos Paião (projecção vídeo).
As audições para seleccionar os escolhidos para participar decorrerão a 5 de Junho (amanhã) no Cabaret Maxime. Os prémios não são nada de deitar fora, podem obter mais informação no MySpace do SEMPLAYBACK.
Oito concorrentes interpretarão oito temas deste músico, contando com a participação de uma banda ao vivo que fará os arranjos e respectivas interpretações instrumentais. Haverá também dj's (Fernado Alvim e Gimba) e um tributo à vida e obra de Carlos Paião (projecção vídeo).
As audições para seleccionar os escolhidos para participar decorrerão a 5 de Junho (amanhã) no Cabaret Maxime. Os prémios não são nada de deitar fora, podem obter mais informação no MySpace do SEMPLAYBACK.
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