É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos
Jack Welsh
segunda-feira, maio 29
domingo, maio 28
O Verão em Maio
Estamos em Maio e parece que a época estival já começou. As praias já estão cheias, também pudera com este calor mal se pode estar em casa. Mas o Verão em Portugal costuma trazer outras novidades menos agradáveis. Como se repete ano após ano o país começou a arder, será que não aprendemos, será que ainda não existe uma estratégia organizada de combate aos fogos? Vamos esperar para vêr, o plano delineado pelo governo para este ano prevê que seja a GNR a coordenar os esforços entre os vários corpos que se dedicam ao combate a incêndios, já começaram mal , houve muitas falhas logísticas no arranque. Para bem das nossas florestas espero que dêm conta recado.
Super Bock Super Rock - Act I
Gostava de saber quem foi a luminária que se lembroou de fazer concertos em Lisboa a meio da semana. Não tenho nada a apontar a quem subiu ao palco, os espectáculos foram muito bons. Mas como já vem sendo tristemente habitual a organizaçao deixou bastante a desejar. Em termos de logística, em termos de distribuição do espaço no parque Tejo, e novidade este ano os dias foram muito mal escolhidos. Qual terá sido a lógica? Se pensam que são só putos rebeldes que não fazem nenhum e faltam às aulas pa ir a concertos que gostam de música pesada, só demonstram ignorância. A malta que trabalha e tem um horário das nove às seis (no meu caso das nove até às horas que fôr preciso) também gosta. Se calhar tiveram medo que o Rock in Rio lhes roubasse público, mas como, se a música e portanto os fãs são completamente distintos. Consequência disto o pessoal tem de sair directo do trabalho, gramar com o trânsito, a seguir desesperar para estacionar o carro, e finalmente quando um gajo chega lá já tocaram dois ou três grupos. Já nem vou falar na dificuldade em comprar uma cerjeva, ou no má educação das pessoas que estão a servir, já sabemos o que a casa gasta é todos os anos a mesma coisa.
Mas vou falar de música, que foi isso que lá fui fazer. No primeiro dia cheguei a meio do concerto dos Moonspell, não puxou muito por mim, se calhar por nunca ter sido grande fã, mas acho que a prestação deles ao vivo não impressionou muito. Quem sim me impressionou foram os Soulfly, que apesar de eu não ser fã, demonstraram que ainda estão cheios de energia e conseguem pôr uma multidão a saltar. Até houve um encontro de gerações em palco, com o filho do vocalista a vir cantar uma música. Foi enternecedor vêr que o puto consegue dar uns urros tão aterradores como os do pai. Notava-se que havia por ali muitos fãs dos Korn, e eles deram um grande concerto, não desiluriram. Mas antes dos Korn actou outra grande banda, portuguesa, e muito mal amada. Não percebo porquê, já andam por aí à muito tempo e a fazer coisas bastante inovadoras. Se calhar é esse o problema, os Bizarra Locomotiva devem ser uns incompreendidos. Grande prestação para os Bizarra, é sempre um prazer vê-los ao vivo.
No segundo dia ainda cheguei mais tarde, tinha vontade de ver os Alice in Chains. Aquilo deve ser uma fantochada, com outro bacano a cantar mas queria vêr para poder dizer mal, já não deu. A minha preferência era claramente para vêr os Placebo, tudo o resto ficou um pouco para segundo plano. Foi uma grata surpresa quando me apercebi que os X-Wife estavam a tocar no palco secundário. E eram uns X-Wife muito mudados em relação aos que vi recentemente no Lux. Parece que conseguiram encaixar o baterista na banda, e isso abriu uma dimensão completamente nova, fenomenal na música deles. Com as programações e os loops de lado, é o bateria que marca o ritmo frenético das músicas (ja disse e repito, o homem deve ter saído duma banda de death ou speed metal). Um som muito mais orgânico e vital, onde as guitarras e a voz estridente encaixam perfeitamente gerando um todo muito mais homógeneo. Até aqui tudo muito bom, mas mais uma vez tenho de censurar a organização. A obsessão pelos horários, e a limitações de tempo têm de ter limites, no meio de um concerto excelente em que os X-Wife apenas estavam a começar com o público ao rubro cortaram o som, deixando o vocalista a falar para o boneco. Deplorável. Os Placebo entraram a seguir, e entraram em força, com as canções com mais garra do último album. Sempre num ritmo frenético continuaram com o Meds, também deu direito a alguns clássicos, a acabar com Nancy Boy para encore. Uma música de encore, só uma. Também tinham o tempo contado pois. Noite a acabar com Tool, que não sei se alguem se lembra começaram na mesma altura dos Nirvana, nunca tiveram o reconhecimento que a música deles merece. Parace que hoje em dia finalmente estão a amassar uma legião de fãs, em portugal inclusive.
Mas vou falar de música, que foi isso que lá fui fazer. No primeiro dia cheguei a meio do concerto dos Moonspell, não puxou muito por mim, se calhar por nunca ter sido grande fã, mas acho que a prestação deles ao vivo não impressionou muito. Quem sim me impressionou foram os Soulfly, que apesar de eu não ser fã, demonstraram que ainda estão cheios de energia e conseguem pôr uma multidão a saltar. Até houve um encontro de gerações em palco, com o filho do vocalista a vir cantar uma música. Foi enternecedor vêr que o puto consegue dar uns urros tão aterradores como os do pai. Notava-se que havia por ali muitos fãs dos Korn, e eles deram um grande concerto, não desiluriram. Mas antes dos Korn actou outra grande banda, portuguesa, e muito mal amada. Não percebo porquê, já andam por aí à muito tempo e a fazer coisas bastante inovadoras. Se calhar é esse o problema, os Bizarra Locomotiva devem ser uns incompreendidos. Grande prestação para os Bizarra, é sempre um prazer vê-los ao vivo.
No segundo dia ainda cheguei mais tarde, tinha vontade de ver os Alice in Chains. Aquilo deve ser uma fantochada, com outro bacano a cantar mas queria vêr para poder dizer mal, já não deu. A minha preferência era claramente para vêr os Placebo, tudo o resto ficou um pouco para segundo plano. Foi uma grata surpresa quando me apercebi que os X-Wife estavam a tocar no palco secundário. E eram uns X-Wife muito mudados em relação aos que vi recentemente no Lux. Parece que conseguiram encaixar o baterista na banda, e isso abriu uma dimensão completamente nova, fenomenal na música deles. Com as programações e os loops de lado, é o bateria que marca o ritmo frenético das músicas (ja disse e repito, o homem deve ter saído duma banda de death ou speed metal). Um som muito mais orgânico e vital, onde as guitarras e a voz estridente encaixam perfeitamente gerando um todo muito mais homógeneo. Até aqui tudo muito bom, mas mais uma vez tenho de censurar a organização. A obsessão pelos horários, e a limitações de tempo têm de ter limites, no meio de um concerto excelente em que os X-Wife apenas estavam a começar com o público ao rubro cortaram o som, deixando o vocalista a falar para o boneco. Deplorável. Os Placebo entraram a seguir, e entraram em força, com as canções com mais garra do último album. Sempre num ritmo frenético continuaram com o Meds, também deu direito a alguns clássicos, a acabar com Nancy Boy para encore. Uma música de encore, só uma. Também tinham o tempo contado pois. Noite a acabar com Tool, que não sei se alguem se lembra começaram na mesma altura dos Nirvana, nunca tiveram o reconhecimento que a música deles merece. Parace que hoje em dia finalmente estão a amassar uma legião de fãs, em portugal inclusive.
quarta-feira, maio 24
Um Portátil para cada Criança
Nicholas Negroponte é o responsável à frente do Media Lab no MIT. O homem é um guru, e está envolvido em vários projectos inovadores. Um deles é o projecto OLPC (One Laptop per Child). O objectivo é levar a alfabetização das crianças em situação desfavorecida um degrau mais acima. Além de ensinar a lêr e a escrever, dar-lhes a opurtunidade de tomarem contacto com a Informática e as Tecnologias de Informação.
Este objectivo é extraordinariamente ambicioso, implica oferecer equipamento informático a cada criança, por isso uma das premissas essenciais para a sua realização é o desenvolvimento de um computador com um preço razoável que possa ser distribuído em larga escala de forma gratuita. Os primeiros planos apontavam para um portátil com um custo de 100 dólares por unidade. Houve muita gente a criticar a viabilidade do projecto, classificando-o de impossível. Uma dessas pessoas foi Bill Gates, que é conhecido por organizar festas de caridade e fazer-se passar por filantropo, mas neste caso convinha-lhe dizer mal. O portátil é feito com hardware barato, e o sistema operativo tem de ser grátis, para não aumentar os custos, por isso o Windows e a Microsoft ficam de fora. A boa notícia para as crianças de todo o Mundo é que o primeiro protótipo a funcionar já existe, a prova que esta é uma iniciativa com pernas para andar. Bravo!
Este objectivo é extraordinariamente ambicioso, implica oferecer equipamento informático a cada criança, por isso uma das premissas essenciais para a sua realização é o desenvolvimento de um computador com um preço razoável que possa ser distribuído em larga escala de forma gratuita. Os primeiros planos apontavam para um portátil com um custo de 100 dólares por unidade. Houve muita gente a criticar a viabilidade do projecto, classificando-o de impossível. Uma dessas pessoas foi Bill Gates, que é conhecido por organizar festas de caridade e fazer-se passar por filantropo, mas neste caso convinha-lhe dizer mal. O portátil é feito com hardware barato, e o sistema operativo tem de ser grátis, para não aumentar os custos, por isso o Windows e a Microsoft ficam de fora. A boa notícia para as crianças de todo o Mundo é que o primeiro protótipo a funcionar já existe, a prova que esta é uma iniciativa com pernas para andar. Bravo!
terça-feira, maio 23
Selecção Nacional a Colaborar com Criminosos
É verdade, segundo a FEVIP (Federação de Editores de Videogramas), Nuno Gomes anda a colaborar com criminosos! Os senhores estão indignados porque certos elementos da selecção arranjaram uns filmezinhos para a malta vêr durante o estágio, nada mais normal acho eu... O problema é que os filmes em questão ainda só podem ser vistos no Cinema, são obviamente piratas. Toda a gente o faz, é uma coisa banal copiar uns filmes e umas músicas, mas Petit e Nuno Gomes meteram a pata na poça quando foram gabar-se disso para a televisão. Com a quantidade de apreensões e rusgas que por aí anda podiam ter ficado em maus lençóis. A sorte deles é que são jogadores da bola (e famosos) por isso foram desculpados, parece que ninguém vai apresentar queixa, mas de passarem por tolos já não se livram.
domingo, maio 21
Código de Da Vinci
O livro de Dan Brown mexeu com muita coisa e muita gente, veio abalar alguns dogmas da Igresa Apostólica Romana. No entanto não se trata de mais que um romance histórico, pega-se em meia duzía de factos históricos e personagens reais e põe-se a marinar, acrescenta-se uma história de detectives bem suculenta, junta-se aventura quanto baste e uma pitada de controvérsia. Mas a receita resultou muito bem no Código de Da Vinci e abriu os olhos de meio mundo para os escritos da Bíblia e para certas instituições da Igreja Católica que cultivam um estatuto reservado, com práticas ocultas, quase de sociedade secreta.
Campeão de vendas imediato, o filão está a ser explorado ao máximo, como seria de esperar. Após o livro, o filme já está nos ecrãs de cinema. Diz quem já foi ver que não é nada de especial a adaptação. Dentro em breve (a tempo das compras de Natal concerteza) vamos ter o videojogo.
Mas a parte histórica em que se baseia a premissa do filme merecem a nossa curiosidade. A relação entre Jesus Cristo e Maria Madalena, pode não ter sido aquela que nos é transmitida no concepção tradicional do mito. Encontrei um documentário da National Geographic que tenta aprofundar um pouco a realidade por trás do mito. O documentário está disponível em cinco partes no YouTube. Deixo aqui a primeira para vos abrir o apetite.
Campeão de vendas imediato, o filão está a ser explorado ao máximo, como seria de esperar. Após o livro, o filme já está nos ecrãs de cinema. Diz quem já foi ver que não é nada de especial a adaptação. Dentro em breve (a tempo das compras de Natal concerteza) vamos ter o videojogo.
Mas a parte histórica em que se baseia a premissa do filme merecem a nossa curiosidade. A relação entre Jesus Cristo e Maria Madalena, pode não ter sido aquela que nos é transmitida no concepção tradicional do mito. Encontrei um documentário da National Geographic que tenta aprofundar um pouco a realidade por trás do mito. O documentário está disponível em cinco partes no YouTube. Deixo aqui a primeira para vos abrir o apetite.
Life Wasted
Os Pearl Jam sempre foram generosos com os fãs, nunca se chatearam com os bootlegs, até os estimularam. Lembro-me daquela digressão que todos os concertos foram lançados em CD, um deles o segundo concerto em Portugal. Agora resolveram-nos oferecer o novo videoclip. Sim oferecer, porque podemos vê-lo livre de direitos de emissão nem de cópia. O videoclip foi lançado sob a licença Creative Commons, que protege os direitos de autor, impedindo a criação de obras derivadas, mas não implica o pagamento de royalties. Até 24 de Maio está disponível no Google Video, a partir daí continua a ser legal manter uma cópia e partilha-lo.
terça-feira, maio 16
One Art
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
Elizabeth Bishop
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.
Elizabeth Bishop
Cowparade Lisboa
Para quem não reparou as vacas invadiram Lisboa, mas não são vacas normais é uma manada de bovinos artísticos. Em tamanho real e construídas em fibra de vidro, pintadas, transformadas e excentricamente vestidas pelos mais diversos criadores. As vacas estão pelas ruas e avenidas de Lisboa, dando o relevo ao acesso à cultura para todos, gratuitamente. As vacas serão mais tarde vendidas, e os fundos amealhados entregues as causas de mecenato. Hoje fui dar uma volta pela Baixa e já é possível observar as simpáticas vaquinhas que fizeram sucesso entre os transeuntes que deambulam por ali.
segunda-feira, maio 15
Faces da Globalização
Quando se fala em globalização quase sempre se associa a palavra ao avanço inexorável de determinados interesses económicos à escala mundial. O Domínio das multinacionais que atravessa fronteiras físicas, religiosas e culturais. Uma espécie de descaracterização e homogeneização das sociedades tradicionais vergando-se à força do marketing e da comunicação globais.
Em termos de comércio, a facilidade de produtos produzidos do outro lado do mundo chegarem às nossas montras e às nossas casas a preços muito mais baratos que os nossos está à vista. Alguma Indústria Portuguesa apostou nos preços baixos como forma de competir, mas hoje em dia é impossível competir com países como a China nesses termos. Já era possível adivinhar que isto iria acontecer à muito tempo, claro está que os industrais que seguiram essa via estão neste momento muito preocupados, ou até já com problemas de solvência financeira.
Mas há uma outra face da globalização e Portugal tem que acordar para ela. Num mundo em que a informação flui à velocidade da luz já não é preciso estar localizado nos centros nevrálgicos de comércio e decisão para ter uma participação activa e produzir ideias úteis. Já não é necessário ir a Nova Iorque para jogar na bolsa em Wall Street, já não é preciso ter um edifício em Silicon Valley para produzir tecnologia de ponta.
Este lado positivo da glozalização de que falo veio nivelar oportunidades, não só entre países ricos e países pobres (com recursos ou sem recursos) mas também entre pessoas. Através do meu blog consigo que as minhas opiniões cheguem a todos os cantos do mundo. No meu trabalho mantenho máquinas que prestam serviços, computadores que nunca vejo, mas os quais opero à distância. Há países que estão a aproveitar estas oportunidades para colar-se ao pelotão da frente no desenvolvimento económico. Os melhores exemplos, China e Índia. A China através da produção em larga escala de bens de consumo (incluíndo produtos de alta tecnologia), a preços muitos competitivos. A Ìndia ao apostar na prestação de serviços, no Outsourcing.
Este chavão do economês está extremamente na moda. O Outsourcing é transferência de uma parte da cadeia de valor de um produto ou serviço produzido por uma empresa, para uma entidade externa. Muitas vezes assiste-se também a uma deslocalização associada ao Outsourcing, quem efectua o serviço não necessita estar no mesmo sítio físico de quem o usufrui. Assim é possível transferir a prestação do serviço para uma localização com custos mais baixos (mão-de-obra e infra-estruturas), e que potencialmente pode até produzir um produto final de maior qualidade ou de forma mais eficiente. Quase tudo pode ser alvo para o Outsourcing. Serviços de Apoio ao Cliente, Helpdesk, Contabilidade, Serviços Administrativos são exemplos comuns. Com meios de comunicação eficientes não é necessário estar geográficamente perto do cliente final.
Assim chegamos a Évora, onde estão reunidas todas as condições perfeitas para o fornecimento de uma multitude de serviços, à escala nacional, ou mesmo mundial. A premissa principal, o capital humano e intelectual é assegurado pela presença na cidade da Universidade. A qualidade de vida, e o amplo espaço para a criação de infra-estruturas permite a fixação dessas pessoas, dando-lhes condições de trabalho óptimas. Já começou, o aparecimento de Call-Centers de várias empresas em Évora é apenas um dos sintomas visíveis de tudo isto que falo. Mas creio que há espaço para muito mais, impõe-se fazer uma aposta na investigação e desenvolvimento, criação de incentivos a empresas que se fixarem na cidade. Claro está, que também é necessário disponibilizar meios de comunicação, a famosa banda larga, e fazê-la chegar onde é preciso. Évora já não faz parte do Alentejo anacrónico e sub-desenvolvido, com um pouco de esforço acredito que é possível eliminar de vez esse lugar comum, mudar a visão tradicional sobre a nossa região.
Em termos de comércio, a facilidade de produtos produzidos do outro lado do mundo chegarem às nossas montras e às nossas casas a preços muito mais baratos que os nossos está à vista. Alguma Indústria Portuguesa apostou nos preços baixos como forma de competir, mas hoje em dia é impossível competir com países como a China nesses termos. Já era possível adivinhar que isto iria acontecer à muito tempo, claro está que os industrais que seguiram essa via estão neste momento muito preocupados, ou até já com problemas de solvência financeira.
Mas há uma outra face da globalização e Portugal tem que acordar para ela. Num mundo em que a informação flui à velocidade da luz já não é preciso estar localizado nos centros nevrálgicos de comércio e decisão para ter uma participação activa e produzir ideias úteis. Já não é necessário ir a Nova Iorque para jogar na bolsa em Wall Street, já não é preciso ter um edifício em Silicon Valley para produzir tecnologia de ponta.
Este lado positivo da glozalização de que falo veio nivelar oportunidades, não só entre países ricos e países pobres (com recursos ou sem recursos) mas também entre pessoas. Através do meu blog consigo que as minhas opiniões cheguem a todos os cantos do mundo. No meu trabalho mantenho máquinas que prestam serviços, computadores que nunca vejo, mas os quais opero à distância. Há países que estão a aproveitar estas oportunidades para colar-se ao pelotão da frente no desenvolvimento económico. Os melhores exemplos, China e Índia. A China através da produção em larga escala de bens de consumo (incluíndo produtos de alta tecnologia), a preços muitos competitivos. A Ìndia ao apostar na prestação de serviços, no Outsourcing.
Este chavão do economês está extremamente na moda. O Outsourcing é transferência de uma parte da cadeia de valor de um produto ou serviço produzido por uma empresa, para uma entidade externa. Muitas vezes assiste-se também a uma deslocalização associada ao Outsourcing, quem efectua o serviço não necessita estar no mesmo sítio físico de quem o usufrui. Assim é possível transferir a prestação do serviço para uma localização com custos mais baixos (mão-de-obra e infra-estruturas), e que potencialmente pode até produzir um produto final de maior qualidade ou de forma mais eficiente. Quase tudo pode ser alvo para o Outsourcing. Serviços de Apoio ao Cliente, Helpdesk, Contabilidade, Serviços Administrativos são exemplos comuns. Com meios de comunicação eficientes não é necessário estar geográficamente perto do cliente final.
Assim chegamos a Évora, onde estão reunidas todas as condições perfeitas para o fornecimento de uma multitude de serviços, à escala nacional, ou mesmo mundial. A premissa principal, o capital humano e intelectual é assegurado pela presença na cidade da Universidade. A qualidade de vida, e o amplo espaço para a criação de infra-estruturas permite a fixação dessas pessoas, dando-lhes condições de trabalho óptimas. Já começou, o aparecimento de Call-Centers de várias empresas em Évora é apenas um dos sintomas visíveis de tudo isto que falo. Mas creio que há espaço para muito mais, impõe-se fazer uma aposta na investigação e desenvolvimento, criação de incentivos a empresas que se fixarem na cidade. Claro está, que também é necessário disponibilizar meios de comunicação, a famosa banda larga, e fazê-la chegar onde é preciso. Évora já não faz parte do Alentejo anacrónico e sub-desenvolvido, com um pouco de esforço acredito que é possível eliminar de vez esse lugar comum, mudar a visão tradicional sobre a nossa região.
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Divagações & Opiniões
Desde rapazola que estive ligado ao associativismo juvenil, intercâmbios, concertos, exposições, feiras. Comecei a gostar de assistir, mais tarde participar, um belo dia quando dei por mim já andava a organizar eventos. Não me posso gabar de ter muito jeito para a coisa, mas na Associação Juvenil Doutor Jardim aprendi muito, além de ter feito muitos amigos. Hoje estou definitivamente fixado em Lisboa, demasiado longe de Vila Viçosa para dar o meu contributo no dia-a-dia, mas sempre que posso gosto de tentar ajudar. Foi com o todo o gosto que aceitei o convite para participar no projecto de colaboração entre a AJDJ e o Diário do Sul, que irá publicar regularmente notícias sobre o panorâma cultural no concelho de Vila Viçosa, as actividades da própria Associação, e alguns artigos de opinião de colaboradores mais próximos. Irei publicar em pararelo os artigos aqui, mas há que ter em conta que foram escritos a pensar num suporte diferente, o papel, e dirigidos a um público mais generalizado.
Hoje deixo aqui o meu primeiro artigo, nele falo da globalização, vocábulo muito na moda hoje em dia, que vem facilmente vem à baila a propósito disto ou daquilo. Apesar disso acho que as pessoas ainda não entenderam o que é a globalização, e como ela está a mudar o mundo em que vivemos. Mais importante ainda, não ententederam que ela é um factor de equilíbrio que nos dá a possibilidade de recuperar o atraso em relação a regiões mais desenvolvidas. Para aprofundar um pouco mais as ideias que tento transmitir no meu texto aconselha-se a leitura do livro "O Mundo é Plano", de Thomas L. Friedman.
Hoje deixo aqui o meu primeiro artigo, nele falo da globalização, vocábulo muito na moda hoje em dia, que vem facilmente vem à baila a propósito disto ou daquilo. Apesar disso acho que as pessoas ainda não entenderam o que é a globalização, e como ela está a mudar o mundo em que vivemos. Mais importante ainda, não ententederam que ela é um factor de equilíbrio que nos dá a possibilidade de recuperar o atraso em relação a regiões mais desenvolvidas. Para aprofundar um pouco mais as ideias que tento transmitir no meu texto aconselha-se a leitura do livro "O Mundo é Plano", de Thomas L. Friedman.
sexta-feira, maio 12
Lisboa Downtown 2006
É já amanhã dia 13 que Alfama vai servir de cenário a mais um Lisboa Downtown, uma descida em bicicleta do meu bairro. Quem conhece as ruelas estreitas e inclinadas de Alfama sabe que a prova é espectacular, única no género. Além do já de si difícil percurso a descer, ainda existem obstáculos espalhados pelo trajecto.
So é pena que a Organização do evento e a Câmara Municial de Lisboa não se tenham lembrado de avisar os moradores da zona. Os lugares de estacionamento estão todos ocupados pela logística do evento, sem alternativas à vista. A minha sorte é que eu não tenho preconceitos em improvisar e atirar o meu carro para cima de qualquer passeio que apareça...
So é pena que a Organização do evento e a Câmara Municial de Lisboa não se tenham lembrado de avisar os moradores da zona. Os lugares de estacionamento estão todos ocupados pela logística do evento, sem alternativas à vista. A minha sorte é que eu não tenho preconceitos em improvisar e atirar o meu carro para cima de qualquer passeio que apareça...
Multa na Praia
Este ano a época balnear abriu em grande, com a atribuição de mais 16 bandeiras azuis, totalizando 207 praias no nosso país com este símbolo de qualidade. Além disso existe nova legislação que obriga os banhistas a respeitar as indicações dos salva vidas relativamente ao estado do mar. Ignorar a bandeira vermelha e a bandeira amerela pode dar multa. Claro que também existem regras que responsabilizam o nadador-salvador por vigiar a sua tira de praia. Mas a parte do diploma que penso que era mais urgente, e com a qual concordo plenamente, é castigar quem utilize material de desporto náutico, (motas de água por exemplo) fora das zonas permitidas. Aquele bacano armado em bom, que despreza os banhistas, anda por ali a acelerar e largar cheiro a gasolina enquanto exibe a mota de água às garinas também já pode ser multado. Já não era sem tempo!
quinta-feira, maio 11
Elefant - Misfit
Andava eu a brincar com o Google Video quando descobri que eles também têm videos musicais. A maioria deles está disponível apenas a pagantes, mas temos sempre opurtunidade de ver uma amostra grátis. Existem também uns poucos que são livres, deixo aqui um deles. Os Elefant têm um album novo este ano, que vale a pena ouvir, a canção que aqui vos deixo Misfit é do album de 2003, "Sunlight Makes Me Paranoid".
terça-feira, maio 9
A Refinaria Vai ter de Esperar
Quero dizer claramente que se o projecto da refinaria Vasco da gama não for reformulado, o Governo não vai apoiar. E não vai apoiar porque do ponto de vista das emissões de co2 e da composição dos incentivos financeiros na actual versão não se justifica, afirmou o ministro da Economia, Manuel Pinho, à margem da Conferência "Portugal em Exam", promovida pela revista "Exame".
domingo, maio 7
Ena Pá 2000 no Maxim
As sextas-feiras são sempre dias tramados, um gajo já está farto da semana de trabalho que passou, cansado mas cheio de vontade de ir para a rebaldaria. Esta sexta em particular estava sem planos, mas à ultima da hora apareceu um convite irrecusável. Para ir assistir a mais um concerto dos Ena Pá que na sexta actuaram no Maxim, e ontem passaram pelo Maus Hábitos no Porto. Digo mais um concerto porque já assisti a muitos, e vale sempre a pena. Na altura que eles eram habituais no Ritz Club fui lá várias vezes, ver os Epa Pá e os Catita, participar na festa da música e rir-me à gargalhada.
Entretanto o Ritz fechou, eles andaram uns tempos sem "casa" onde fazer os seus concertos e receber os amigos. Mas agora Manuel João Vieira está a dar a cara pelo antigo Cabaret Maxim. Ultimamente têm-se realizados lá muitos concertos, de bandas mais ou menos conhecidas. Estou farto de ouvir falar do concerto do José Cid que houve por lá, já várias pessoas me disseram que foi o "concerto do ano", tenho as minhas reservas... mas deve ter sido no mínimo engraçado! Ainda não conhecia o espaço, mas assim que entramos no Maxim somos transportados para outra realidade. Os pretos e os vermelhos dominantes na decoração, os brilhantes, os espelhos são indicação clara que nos encontramos num local com um espírito duvidoso, um Cabaret ou casa de meninas. É fácil olhar à volta, e imaginar aquele local povoado por raparigas ansiosas por nos agradar, gangsters recostados a beber um copo, e outra fauna típica dum filme negro.
Como sempre o grupo entrou em palco já muito atrasado, o pessoal todo a chegar à ultima da hora. Depois começam a tocar e dá para ver que estão com pressa para se embebedar, todos a emborcar whiskys e cervejolas quanto baste. Assim que soaram os primeiros acordes do "Masturbação" o público entrou em extâse, e a festa começou. Seguiram-se algumas das canções mais conhecidas, algumas pedidas insistentemente pelo público... Ao que parece "Marilú" é a preferida, com todas a vozes a gritar "quero ir-te ao cú"! Como é habitual, Lello Minsk não se lembrava das letras de nada, andava sempre às voltas no seu caderninho à procura da próxima canção, outras vezes era ajudado pelo público, mas o melhor é mesmo quando ele se põe a inventar. A música dos Ena Pá é uma espécie de reinterpretação de algumas músicas bem conhecidas, umas mais clássicas que outras, mas todas bem reconhecíveis. Eles adaptam-nas e tornam-nas nossas, bem brejeiras, num estilo bem português. Misturando a crítica social e política com os palavrões e o mau gosto, a receita faz sucesso.
Além de todas estas coisas, foi um concerto especial, porque estavam lá todos. Eles costumam andar por aí espalhados, como dizia Manuel João, mas desta vez estavam cá todos. O Gimba tinha abandonado estas andanças, mas estava lá, o baterista original também teve opurtunidade de ir tocar alguns temas, em substituição do actual. As valquírias continuam boazonas ao fim destes anos todos... Só houve uma coisa que foi pena, o concerto soube a pouco. Normalmente eles tocam até toda a gente se fartar, já assisti a concertos de cinco horas... na sexta ficaram-se pelas duas horas e meia, com intervalos pelo meio. O que importa é que foi bom para todos os que participaram. Eu sou o grão de noz moscada no empadão do amor!
Entretanto o Ritz fechou, eles andaram uns tempos sem "casa" onde fazer os seus concertos e receber os amigos. Mas agora Manuel João Vieira está a dar a cara pelo antigo Cabaret Maxim. Ultimamente têm-se realizados lá muitos concertos, de bandas mais ou menos conhecidas. Estou farto de ouvir falar do concerto do José Cid que houve por lá, já várias pessoas me disseram que foi o "concerto do ano", tenho as minhas reservas... mas deve ter sido no mínimo engraçado! Ainda não conhecia o espaço, mas assim que entramos no Maxim somos transportados para outra realidade. Os pretos e os vermelhos dominantes na decoração, os brilhantes, os espelhos são indicação clara que nos encontramos num local com um espírito duvidoso, um Cabaret ou casa de meninas. É fácil olhar à volta, e imaginar aquele local povoado por raparigas ansiosas por nos agradar, gangsters recostados a beber um copo, e outra fauna típica dum filme negro.
Como sempre o grupo entrou em palco já muito atrasado, o pessoal todo a chegar à ultima da hora. Depois começam a tocar e dá para ver que estão com pressa para se embebedar, todos a emborcar whiskys e cervejolas quanto baste. Assim que soaram os primeiros acordes do "Masturbação" o público entrou em extâse, e a festa começou. Seguiram-se algumas das canções mais conhecidas, algumas pedidas insistentemente pelo público... Ao que parece "Marilú" é a preferida, com todas a vozes a gritar "quero ir-te ao cú"! Como é habitual, Lello Minsk não se lembrava das letras de nada, andava sempre às voltas no seu caderninho à procura da próxima canção, outras vezes era ajudado pelo público, mas o melhor é mesmo quando ele se põe a inventar. A música dos Ena Pá é uma espécie de reinterpretação de algumas músicas bem conhecidas, umas mais clássicas que outras, mas todas bem reconhecíveis. Eles adaptam-nas e tornam-nas nossas, bem brejeiras, num estilo bem português. Misturando a crítica social e política com os palavrões e o mau gosto, a receita faz sucesso.
Além de todas estas coisas, foi um concerto especial, porque estavam lá todos. Eles costumam andar por aí espalhados, como dizia Manuel João, mas desta vez estavam cá todos. O Gimba tinha abandonado estas andanças, mas estava lá, o baterista original também teve opurtunidade de ir tocar alguns temas, em substituição do actual. As valquírias continuam boazonas ao fim destes anos todos... Só houve uma coisa que foi pena, o concerto soube a pouco. Normalmente eles tocam até toda a gente se fartar, já assisti a concertos de cinco horas... na sexta ficaram-se pelas duas horas e meia, com intervalos pelo meio. O que importa é que foi bom para todos os que participaram. Eu sou o grão de noz moscada no empadão do amor!
quinta-feira, maio 4
O Irão Ainda Explode
A comunidade Internacional (especialmente os EUA) anda muito preocupados porque o Irão poderá já dispôr da tecnologia e materiais necessários à construção de armas nucleares. Pelas contas dos americanos dentro de 15 meses a bomba estará pronta. A ONU já tomou acção, foram impostas sanções económicas ao Irão. Como seria de esperar, não há nenhuma limitação à exportação de pretóleo... Entretanto os EUA foram mais firmes e já ameaçaram com uma "reacção rápida" caso os iranianos prossigam com os seus planos...
Energia Para Mudar
O MIT (sim a Universidade Americana que ia ajudar o Sócrates a trazer Portugal pró século XXI) apresentou recentemente os resultados dum estudo sobre a utilização de fontes de energia mais limpas e eficientes. O relatório final do estudo que demorou um ano a concluir faz um apelo para que a transição para fontes de energia alternativas (ao pretóleo) seja acelerada. Essa transição pode levar até 50 anos e é segundo os autores uma das tarefas mais urgentes do nosso tempo. Entretanto nove estados Americanos processaram a Administação Bush por alegadamente ter infrigido leis federais que regulam os gastos energéticos.
Entretanto por cá a despesa do país com o pretóleo continua a aumentar. Representava cerca de 3,4% do PIB o ano passado, e prevê-se que continue a aumentar, talvez para 4% se a média de preços se mantiver...
terça-feira, maio 2
Sines, e o Fim (do Petróleo)
Tem-se falado muito da construção de uma nova refinaria em Sines pelo empresário Patrick Monteiro de Barros. Há certos sectores da sociedade, por exemplo a autarquia de Sines e os investidores, que consideram que estão a ser levantados demasiados entraves ao projecto. Segundo eles, a nova unidade industrial irá gerar emprego, e proporcionar desenvolvimento económico à região.
Os chatos dos ambientalistas e dos gajos de esquerda, estão-se sempre a queixar. A nova refinaria irá produzir uns míseros 2,5 milhões de toneladas de CO2, que podem ir até aos 6 caso se decida construir também uma central de cogeração. Que efeitos terá a central sobre Sines e a Costa Alentejana, será mesmo uma criação de riqueza, ou uma degradação do ambiente e da qualidade de vida das populações. Mas além disso há que contar com outra coisa, o Tratado de Quioto, que Portugal assinou prevê cotas de emissões de gases poluentes. A cota portuguesa irá ser esgotada com este empreendimento. Além disso, é necessário pagar um valor monetário pela licença para emitir os tais gases, qualquer coisa como 180 milhões de euros por ano. O representante de Patrick de Barros já manifestou que não está interessado em pagar esta licença, nós (o Estado) que paguemos. Isto por uma estrutura que irá servir o mercado externo, e não as necessidades energéticas nacionais.
Uma coisa é certa, no contexto actual os lucros das petrolíferas não param de subir. Com o aproximar rápido do fim das reservas de crude, e o ambiente explosivo que se vive no Médio Oriente quem sabe o que o futuro nos reserva. Já não se trata do Mundo que vamos deixar aos nossos filhos, trata-se do mundo onde vamos viver amanhã. Visões pós-apocalipticas que vimos no Cinema, como em Mad Max e Waterworld são apenas conjecturas. Mas recomenda-se a leitura deste artigo científico, que avança com alguns cenários para o Dia do Juízo Final.
Os chatos dos ambientalistas e dos gajos de esquerda, estão-se sempre a queixar. A nova refinaria irá produzir uns míseros 2,5 milhões de toneladas de CO2, que podem ir até aos 6 caso se decida construir também uma central de cogeração. Que efeitos terá a central sobre Sines e a Costa Alentejana, será mesmo uma criação de riqueza, ou uma degradação do ambiente e da qualidade de vida das populações. Mas além disso há que contar com outra coisa, o Tratado de Quioto, que Portugal assinou prevê cotas de emissões de gases poluentes. A cota portuguesa irá ser esgotada com este empreendimento. Além disso, é necessário pagar um valor monetário pela licença para emitir os tais gases, qualquer coisa como 180 milhões de euros por ano. O representante de Patrick de Barros já manifestou que não está interessado em pagar esta licença, nós (o Estado) que paguemos. Isto por uma estrutura que irá servir o mercado externo, e não as necessidades energéticas nacionais.
Uma coisa é certa, no contexto actual os lucros das petrolíferas não param de subir. Com o aproximar rápido do fim das reservas de crude, e o ambiente explosivo que se vive no Médio Oriente quem sabe o que o futuro nos reserva. Já não se trata do Mundo que vamos deixar aos nossos filhos, trata-se do mundo onde vamos viver amanhã. Visões pós-apocalipticas que vimos no Cinema, como em Mad Max e Waterworld são apenas conjecturas. Mas recomenda-se a leitura deste artigo científico, que avança com alguns cenários para o Dia do Juízo Final.
Sair do Inverno e Entrar no Verão
Fim de semana grande, sol, calor. Já quase parecia Verão, hoje ao voltar ao trabalho doeu mais que normal. O fim de semana foi no Alentejo, com direito a uma incursão na natureza, a melhor parte foi contemplar o pôr-do-sol no meio do campo. Subir a uma colina, abancar-se na eira e ficar a ouvir os diálogos. Os pássaros escondidos nas árvores, a ovelhas ao longe, e claro o ocasional acelera ao longe a tocar a sua buzina todo contente. Encostar-se a observar luminusidade do dia a esbater-se em tons dourados, o Sol desaparece e tráz a lua a reboque, puxa-a para o nosso campo de visão e atrás dela vem a noite. Se apreciarmos os 180º do panorama temos Dourado, azul, azul escuro, ao longe as luzes das povoações próximas marcam a chegada a noite. Ao assistir até parece que Aritóteles tinha razão, e a esfera celeste roda à nossa volta, num ciclo interminável que só existe para nosso deleite.
Ontem dia do trabalhador, voltar para Lisboa para evitar o trânsito, e aproveitar para fazer o primeiro dia de praia do ano. Foi bom, também deu para dar a primeira pançada do ano, toda a gente se lembrou do mesmo e já deu para provar também as filas do costume para voltar da Costa. Dizem que "mais vale um péssimo dia de praia, que um bom dia de trabalho", a frase até soa bem, não é necessariamente assim, mas... hoje apetecia-me pegar no portátil abandonar a minha mesa, a secretária, a janela de vidro e ir para a beira-mar já aqui tão pertinho.
As mini-férias ainda chegaram para ceder ao impulso consumista, passar na Fnac a reabastecer o stock de livros, comprar bilhetes para o Super Bock e para os Pearl Jam. Ficou um bocado caro, mas quis comprar já para os dois, parece que começou uma corrida, mais de cinco mil bilhetes vendidos durante o fim de semana para ir assistir ao concerto de Eddie Vedder e companhia ao Pavilhão Atlântico, eu já tenho o meu lugar na plateia. O albúm novo sai hoje, depois de o single ter sido disponibilizado como mp3 já há algum tempo. Fiquei foi com vontade de comprar bilhetes para os dois dias no Atlântico!
Ontem dia do trabalhador, voltar para Lisboa para evitar o trânsito, e aproveitar para fazer o primeiro dia de praia do ano. Foi bom, também deu para dar a primeira pançada do ano, toda a gente se lembrou do mesmo e já deu para provar também as filas do costume para voltar da Costa. Dizem que "mais vale um péssimo dia de praia, que um bom dia de trabalho", a frase até soa bem, não é necessariamente assim, mas... hoje apetecia-me pegar no portátil abandonar a minha mesa, a secretária, a janela de vidro e ir para a beira-mar já aqui tão pertinho.
As mini-férias ainda chegaram para ceder ao impulso consumista, passar na Fnac a reabastecer o stock de livros, comprar bilhetes para o Super Bock e para os Pearl Jam. Ficou um bocado caro, mas quis comprar já para os dois, parece que começou uma corrida, mais de cinco mil bilhetes vendidos durante o fim de semana para ir assistir ao concerto de Eddie Vedder e companhia ao Pavilhão Atlântico, eu já tenho o meu lugar na plateia. O albúm novo sai hoje, depois de o single ter sido disponibilizado como mp3 já há algum tempo. Fiquei foi com vontade de comprar bilhetes para os dois dias no Atlântico!
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