Ontem consegui o milagre de sair a horas do trabalho (às horas que o horário estabelecido dita) e propus-me descobrir um pouco mais de Madrid e ir visitar o PhotoEspaña 2007, certame que dura até 22 de Julho e engloba várias exposições e actividades espalhadas pela capital espanhola e outros sítios. Não consegui ver grande coisa, apanhei várias exposições a fechar, vou ter de dedicar mais tempo a visitar a cidade e os pontos que compõem o circuito oficial.
Mas com um pouco de tempo nas mãos e no meio de Madrid decidi prosseguir a minha demanda de que já tinha falado aqui. Comecei pela Fnac, queria ver se aqui a política usada para definir o catálogo era a mesma, mas também bati com o nariz na porta. Pelo menos o horário é diferente, pelos vistos durante a semana fecham às 21:00. Fui direitinho ao Corte Inglês, não fosse ficar à porta de novo (já um pouco frustrado com a situação para dizer a verdade). Mas vá lá, safei-me, tive até às 22:00 para prosseguir os meus propósitos. A verdade é que também não consegui comprar o filme, "Tenéis una peli que se llama gato negro, gato blanco?" - "No lo siento, está agotada". Fiquei frustrado à mesma, mas um pouco mais feliz, pelo menos Kusturika não foi votado ao ostracismo aqui. E mais, ainda consegui apanhar uma grande surpresa, ao encontrar mais produção portuguesa do que encontraria em Portugal. Encontrei por exemplo um pack de oito DVD's de Manoel de Oliveira com alguns dos mais importantes filmes da sua carreira, que me deixou estupefacto. Sinceramente não consigo compreender o paradoxo, os espanhóis nacionalistas como poucos, dão mais atenção à obra portuguesa do que nós próprios.
Seremos um povo assim tão idiota? Sempre prontos a acolher o que vem de fora, e a desprezar o que é nosso?
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