As eleições no Irão ainda estão muito frescas, mas desde antes sequer que da sua realização que a polémica se instalou. O regime fundamentalista islâmico que governa o pais é uma suposta democracia, mas não dispensa a censura e a repressão como instrumentos de controlo da população. Ainda durante a campanha eleitoral houve muitos cidadãos a expressar as suas opiniões e divergências através de serviços online como o Twitter e o Facebook. Claro que isto provocou uma espécie de guerra na net entre o regime e os iranianos.
O acesso aos sites usados para exercer a liberdade de expressão foram bloqueados, no entanto prontamente surgiu um movimento espontâneo a nível internacional que visava ajudar quem quisesse libertar-se destas barreiras. Houve muita gente a fornecer proxys e outras alternativas técnicas para escapar. Para exprimir o seu apoio ao povo da antiga Pérsia houve muitas entidades que tomaram medidas simbólicas apressadas, como o Google que inclui o Persa como língua suportada em vários dos seus serviços. No youtube, alguém criou o CitizenTube, um canal para divulgar o que se está a passar. No Last Freedom é possível ter uma ideia de tudo o que se está a passar.
Às eleições que muitos acusaram de terem sido fraudulentas sucedeu-se a prisão de jornalistas em massa. Nos últimos dias multiplicaram-se as manifestações populares e os tumultos, de tal forma que já não é possível ao regime de Teerão controlar a oposição interna. Aparentemente os opositores internos às figuras de topo já estão a congeminar uma liderança alternativa. Espero que a liberdade de expressão prevaleça, mas este episódio já ficou para a história como a primeira vez que a Internet é usado como um instrumento revolucionário, como o meio usado para transmitir a vontade de um povo e de um país.
terça-feira, junho 23
quarta-feira, junho 17
Haja Alegria!
Passado o mau humor e a ressaca começo a sentir-me melhor. Afinal não foram assim tão maus os Santos Populares este ano, o saldo é positivo apesar dos danos materiais e físicos. Ficaram alguns momentos bem engraçados, além de novos amigos, e isso é que importa. Outra coisa bastante boa é que começo a acordar da letargia criativa em que mergulhei este ano. Faltava-me a vontade, a energia para criar. Mas depois de olhar as minhas fotos vezes e vezes, recordaram-me que afinal aquilo que dou ao mundo é o que me define e me torna diferente. Se não escrevo, não fotografo, não falo, sou apenas mais uma pessoazinha cinzenta.
segunda-feira, junho 15
O Gato Preto que Me Persegue
Já passaram os Santos Populares, foi divertido como sempre, ou mais ou menos. Uma série de desgraças perseguiram-me, a melhor forma de encarar a adversidade é com o bom humor mas espero que a maré de azar acabe. Numa semana que iria ser as minhas primeiras férias em algum tempo, com festa e dias solarengos, acabei por ficar doente no último dia de trabalho. Retido em casa com 39 graus de febre, aos primeiros sinais de recuperação fui atrás de diversão, acabei por perder os óculos (mais uma vez). Na noite de Santo António a minha olho de peixe, ferramenta lomográfica preferida, encravou e tenho medo de lhe sacrificar mais algum rolo. Que mais se seguirá?
sexta-feira, junho 5
O Direito à Memória
Ontem foi o vigésimo aniversário do que começou como um protesto pacífico em Beijing, um acto de coragem que acabou por ficar para a história como o Massacre de Tiananmen. Importa que recordemos a efeméride, sobretudo porque num regime como o chinês os cidadãos não têm direito à memória, o Estado decreta até sobre as recordações.
Imagem picada da Wikipedia.
Imagem picada da Wikipedia.
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quarta-feira, junho 3
O Assombroso Mundo do Amanhã
Eleito como a melhor curta-metragem do Festival de Comédia de Nova Iorque, este filme tem um olhar irónico e mordaz sobre algumas das predições sobre o futuro avançadas a meio do século passado. A boa notícia é que os nossos avós acertaram em muitas das esperanças que tinham para o futuro, a má notícia é que os humanos continuam a ser egoístas, burros e preguiçosos.
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