Ando muito feliz e contente com a minha nova câmara de brincar, a lente de plástico realmente tem uma qualidade mínima, mas produz imagens com um aspecto realmente vintage que me deixam encantado. Quando fiz a workshop Sprocket Rocket levei-a atrás, porque queria fazer mais fotos com ela, e também para mostrar a gente mais entendida para que me contassem a sua opinião. Trouxe um par de explicações e bons conselhos, e também deixei interesse. Fiquei feliz.
Fui fazendo algumas fotos, sem pressa, desde aí até agora. No fim-de-semana passado que fui de excursão a Marvão acabei o rolo "normal" que tinha posto, e experimentei a conjugação da óptica de plástico com um filme Redscale XR. Por um lado tenho pena de não ter fotos com uma qualidade maior das paisagens do lugar. Por outro lado adorei os céus alienígenas que capturei no Alentejo.
Ficam aqui as fotos que tirei entretanto. Prometo falar mais sobre Marvão, até porque segundo as estatísticas é uma palavra que provoca muitas aterragens neste blog, num artigo que escrevi em tempos.
A propósito de uma conversa aleatória com um estranho neste campo de batalha verbal que é a Internet, veio-me esta canção à memória. Não há melhor resposta aos profetas da desgraça que povoam esta nação sem auto-estima. Continua tão actual hoje como em 1982 quando Acto Contínuo, o álbum onde está contida foi lançado.
Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória
Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta
Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças
Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Pois é, já estamos naquela altura do ano em que fazemos contas ao que vamos fazer com o subsídio de Natal. Sonhamos com a desejada prenda que vamos oferecer a nós próprios, e tentamos arranjar qualquer coisa de jeito para presentear a malta os familiares e amigos mais chegados.
Este ano quando vieram as primeiras chuvas a sério no fim de Outubro, as sarjetas estavam entupidas como sempre, mas o Município de Lisboa já andava a montar a luzes de Natal na Baixa. Enquanto na Rua das Portas de Santo Antão as pessoas que estavam dentro das lojas e restaurantes ficara com água até à cintura pelo menos os clientes já estavam a ser lembrados que estamos na altura do ano que é preciso gastar.
Eu cá este ano vou-me manter afastado de superfícies comerciais, grandes ou pequenas tanto faz. A invasão natalícia dá-me arrepios. A Amazon do Reino Unido fez um favor enorme a todos nós e já manda as encomendas de graça para vários países europeus incluindo Portugal. Claro que a encomenda precisa satisfazer certas condições, temos de gastar mais de £25 e os produtos têm de ser vendidos directamente pela própria Amazon. Mas é uma oferta excelente, creio que vou passar a utilizar (ainda mais) a loja virtual.
Já estou à caça das minhas contribuições como Pai Natal, a oferta é muita, e escolher é complicado. Mas pelo menos não sou ameaçado por uma manada em debandada para enrolar o seu embrulho. Além disso há coisas que são bem mais baratinhas, como os jogos por exemplo. E atenção que na semana que vem vai haver promoções especiais, numa iniciativa que eles chamam de Black Friday Deals Week.
A mais recente novidade lomogáfrica foi apresentada com grande pompa e circunstância em simultâneo na Embaixada de Lisboa e do Porto. Chama-se Sprocket Rocket, e tem várias particularidades. As suas fotos são panorâmicas, o fotograma é mais ou menos igual a juntar duas fotos normais. Outra coisa interessante é que tem duas rodas, uma para avançar e outra para rebobinar o filme a nosso bel-prazer, permitindo assim fazer remisturas com o filme. Além disto ainda permite expor as perfurações do filme.
No passado fim-de-semana foi realizada uma workshop de apresentação da máquina e claro assim que as inscrições abriram lá fui eu reservar o meu lugar. Já havia participado noutra workshop da lomo, e desta vez a fórmula foi um pouco diferente. O preço era muito baixo, talvez de forma a permitir a todos conhecerem a nova menina. E os participantes organizaram-se em pares, partilhando os rolos, assim também se estimulava a utilização das capacidades da máquina. Eu fiz batota, levei o par já feito, porque participei com a minha cara-metade.
A primeira impressão que tive da máquina foi que está mesmo desenhada para fazer as coisas de que falei de forma prática e precisa. Já abusei muito dos mecanismos das máquinas normais de forma a fazer sobreposições e brincar com a ordem cronológica do filme. Mas a Sprocket Rocket permite-nos controlar tudo isso com precisão em vez de confiar na sorte. Já com os mecanismos para controlar a luz não posso dizer que tenhamos acertado porque houve muitas fotografias a perderem-se.
Foi uma tarde divertida, andámos às voltas pela baixa e tiramos algumas fotos. Não foram muitas porque os rolos de 36 fotos reduzem-se a metade com os panoramas. Quando tudo acabou e entregámos os rolos ficamos a aguardar com impaciência os resultados. Adorei mexer com a câmara. No final acabei por ficar um pouco desiludido, alguns dos fotogramas que tentei encenar perderam-se simplesmente, outros ficaram francamente maus. Param mim as fotos que melhor ficaram foram algumas sem muitos artifícios feitas pela minha namorada. De qualquer forma acho que vou querer mexer mais com a Sprocket Rocket.
Aqui há dias andava a pôr as minhas leituras em dia quando encontrei no blog do Flickr um brinquedo que ainda não conhecia. Como sempre os artigos têm como base um punhado de fotos, neste caso tiradas com uma Gakken Flex e claro aproveitavam para apontar para o grupo onde os utilizadores desta máquina se concentram no Flickr. Não percebi muito bem o que era aquilo... mas como falavam em fotos analógicas maravilhosas (e realmente têm bom aspecto) lá fui investigar.
A primeira coisa que o Google me trouxe foi um relato sobre a montagem da câmara. A ideia fascinou-me de imediato, um kit para montar uma câmara fotográfica. A Gakken é uma editora que se dedicar à edição de produtos educativos e já lançou no mercado uma série de kits interessantes. Além da câmara, houve o gramofone, o sintetizador ou o theramin. Cada kit faz-lhe acompanhar de alguma documentação sobre o tema associado a essa edição.
Acabei por comprar no ebay uma cópia da Gakken Flex, porque o original já não estava disponível. Mas também comprei como prenda de anos para um meu amigo o sintetizador e posso dizer que em ambos os casos foi bastante recompensador o resultado. A montagem no caso do sintetizador foi muito breve. No caso da máquina levei bastante mais tempo, mas apenas porque à medida que seguia as instruções não estava a ser muito óbvio para mim como é que tudo aquilo iria funcionar, em particular o obturador. Mas seguindo à risca as instruções, e as fotos de quem já montou lá consegui chegar ao óbvio. Uma máquina perfeitamente funcional e muito divertida de montar.
Quando introduzi o primeiro rolo o receio era muito. Depois de despachar aquilo mais ou menos depressa, lá fui eu revelar as fotos sem saber muito bem o que esperar. Não saiu nenhuma obra de arte mas aparte de que se notam algumas deficiências na focagem até nem tão más de todo. Gostei do brinquedo, é bastante prático, e tem muita pinta, isso é de certeza. Agora depois de saber que aquilo funciona mesmo acho que vou tentar sacar umas coisas giras daquela lente de plástico!
Este verão tive a oportunidade de ir passar uns dias ao Algarve. Tendo em conta que um caro amigo me ofereceu hospedagem em quase qualquer altura do ano, fui bastante idiota por aproveitar apenas um fim-de-semana de Agosto e uns dias já no fim da época balnear em Setembro. Mas mesmo assim valeu a pena. Apesar de levar planos, compromissos, sítios para visitar, acabei por me dedicar a não fazer nada. Dormir muito, pôr as leituras em dia, andar a pé e desfrutar da praia. Uma rotina a que é bastante fácil adaptar-se.
Não morro de amores por Albufeira, como a maior parte do Algarve a euforia da construção destruiu grande parte da beleza. O negócio de vender férias a bifes pobres que cá em Portugal tinham um poder de compra acima da média está-se a esgotar. A solução agora é vender férias em saldos a portugueses ou melhorar a qualidade. Mas se conseguirmos abstrair-nos do mau gosto e do ruído, é fácil perceber que há ali muito potencial.
Quem ainda de der ao trabalho de visitar este canto da rede com certeza já se apercebeu que esta casa levou uma demão nova de pintura. A fachada encontrava-se feia e desgastada, porventura um pouco desfasada dos dias de hoje. O objectivo foi rejuvenescer, abrir os horizontes e ao mesmo tempo optimizar o espaço. Espero que gostem, como é óbvio comentários e sugestões são bem vindos.
O template é mais leve, e optei por não incluir demasiada quinquilharia que tornasse a fachada pesada visualmente. Uma novidade é a inclusão de publicidade via Adsense, é só texto e acho que não está demasiado invasivo. Para quem se sente incomodado pela publicidade, tanto aqui como em qualquer outro sítio web existe uma solução bastante fácil à disposição de todos.
Isto por enquanto vai encher-se de velhas notícias, esteve abandonado, mas isso não quer dizer que faltassem as coisas para comentar ou para maldizer. Apenas faltava aquele esforço, pequeno mas extremamente importante, de reunir meia dúzia de pensamentos e dar-lhes forma. Entretanto o que pode acabar por acontecer é escrever freneticamente durante alguns dias e depois esquecer-me de novo, não estranhem. O futuro o dirá.
Este ano as tradicionais festas de Vila Viçosa tiveram uma nova fórmula. Houve uma separação entre o que poderia ser considerado o lado mais tradicional e familiar do arraial, e os excessos do barulho dos bares e da música. Acho que se alguma tranquilidade para quem não está interessado nos festejos etílicos, e uma melhor organização do espaço. Mas ao mesmo tempo perdeu-se um dos encantos da festa, o cruzamento entre gerações e grupos de pessoas diferentes que nesta fórmula, bem separados e demarcados, não se cruzam. Para mim este era um dos grande encantos da festa onde se acabávamos por confraternizar com gente diferente do grupo habitual. Segundo dizem por aí, haverá mais alterações, penso que é possível melhorar a ideia.
Escusado será dizer que estive mais envolvido na secção de folia do que noutra coisa qualquer... e como sempre com a minha Fisheye2 pronta para flashar os transeuntes mais distraídos.