Já passou mais um ano, as festas de Vila Viçosa foram um êxito como sempre. Quem quer que lá vá fica encantado. Quem regressa pode reencontrar amigos e conhecidos, tudo em tom de festa. A religião (pretexto inicial) já há muito que foi ofuscada pelo divertimento nocturno de bares, discotecas e copos. A bebedeira e as brincadeiras taurinas na Praça são o que atraem as pessoas hoje em dia.
Se calhar ninguém deu por isso, mas os elementos mais tradicionais, que marcavam a festa e a tornavam única estão-se a perder cada vez mais. Ainda me lembro, era eu criança ainda, quando o fogo-preso era um dos elementos mais afamados da festa, com vários espectáculos divididos pelos dias. Hoje em dia a tradição foi eliminada, concerteza por constragimentos orçamentais, ou talvez porque a arte caiu em desuso.
As tômbolas e barraquinhas de prémios também já passaram um pouco de moda. Outro elemento agora desaparecido, e que recordo com nostalgia, é o lago dos patos. Um tanque que havia lá no meio do Largo dos Capuchos onde por um preço nos podíamos dedicar a pescar uns patinhos que por lá nadavam. Este costume seria talvez um pouco cruel para as aves, mas creio a ideia de acabar com ele não partiu do pressuposto de proteger os animais, mas sim o lucro. Espetar naquele exacto sítio um carrossel deve dar muito mais guita.
As festas cada vez têm mais entusiasmo, mais público. Mas já não são umas festas tradicionais, parecem-se cada vez mais com um mini-festival. Um mini-festival mal organizado diga-se de passagem, com grupos que ninguém está interessado em vêr, os bares todos ao molho e sem condições. Entretanto a Câmara Municipal vai poupando onde pode, e metendo ao bolso o que consegue.
Mais fotos no meu álbum das Festas dos Capuchos.
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