Hoje em dia quase todo o território fotográfico foi tomado pela tecnologia digital. Fotografar com filme, sai mais caro, é mais difícil, e tem-se menos segurança no resultado final. Mas mesmo assim há por aí muitos nostálgicos que não se separam da película. Quer seja pelo suporte físico (o filme é quase orgânico, pode-se vêr, apalpar, sentir), quer seja porque realmente há coisas que se fazem com filme que é impossível fazer com zeros e uns.
A popularidade do fenómeno Lomográfico tem seguramente algo a ver com isso. Na lomografia o que interessa não é tirar uma foto perfeitinha, nítida, e bem enquadrada. Não, interessa disparar sem pensar, congelar momentos aleatórios e mais tarde surpreender-se com o resultado. O movimento não aparece por acaso, vem associado a uma marca, que comercializa a as câmaras (algumas com características bem peculiares). Recomenda-se a visita ao sítio oficial da Lomographic Society, para vêr alguns exemplos.
Este fim-de-semana veio-me parar às mãos uma Action Sampler. Na realidade já era minha conhecida, fui que a escolhi e tudo, comprei-a em tempos no Porto como prenda de aniversário para um amigo. A prenda foi entregue, e apreciada, mas pouco usada. Andar a gastar dinheiro em rolos para desperdiçar metade das fotos não é para todos. A máquina andou por aí, passou por várias mãos até. Acredito que os objectos também têm personalidade única, também têm vivências e um percurso de vida. Acabou por voltar a mim, fruto de uma troca por um objecto que já não uso mas que vai ser infinitamente mais útil ao João.
E pronto... assim que me caiu nas mãos tive de ir brincar (porque isto no fundo são brinquedos para gente grande) e posso-vos mostrar em primeira mão os resultados e a minha incompetência na arte da Lomografia, basta dar uma olhada no meu álbum.
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