Pois é, isto da passagem de ano é sempre a mesma estória. O pessoal está-se todo a marimbar para onde vai até à ultima da hora, a questão é que ninguem se quer comprometer. Os convites que recebemos nunca são bem aquilo que queremos. E vamos-nos deixando andar, até aparecer...
Eu este ano estou com uma enorme vontade de ir fazer uma peregrinação. Sinto a necessidade de voltar à Zambujeira do Mar, reviver o ambiente, participar naquela atmosfera descontraida de um bando de pessoas que se deslocaram ali apenas para se divertir. Deixar Lisboa para trás, os carros, as buzinas, as luzes. Preciso de procurar um pouco de paz.
O meu destino final para a passagem de ano mudou todos os dias durante esta semana, mal entendidos, desistências, casas aqui, festas ali. Mas afinal, quero-me divertir, não acumular mais ansiedade. Lá diz o velho ditado, quando queres alguma coisa bem feita, fá-la tu. Hoje depois de passar metade da manhã ao telefone consegui localizar uns alojamentos vagos. Exactamente onde eu queria.
Vou voltar àqueles três palmos de areia, rodeados por pedras. Sentar-me a ouvir murmúrio das ondas, olhar o negro da noite, até o Oceano me esmagar. E sentir-me nada, sentir-me leve, um grão muito pequeno numa engrenagem gigantesca. Quero ser fútil, quero ser idiota, quero não pensar. Isto são os meus planos para a passagem de ano, é mesmo assim.
Sugiro que façam o mesmo, aproveitem, sobretudo divirtam-se, aproveitem enquanto é tempo para a festa. Encontramo-nos com os nossos objectivos e desejos num próximo intervalo temporal.
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