O homem rechonchudo de vermelho faz parte do nosso imaginário colectivo. Figura bem presente nesta altura do ano. No meio das compras, ou no meio duma conversa casual lá aparece o pai natal. O pai natal não é uma tradição nacional, é importado. Aqui já se perdeu um bocado a tradição do presépio, a árvore de plástico é muito mais prática. Mas por exemplo as crianças espanholas esperam até dia 6 de janeiro, a chegada dos reis magos, até que seja a altura de abrir as prendas.
Afinal quem é esse o gajo, o pai natal, donde é que apareceu. Existe um mito urbano bem implantado que diz que o pai natal foi inventado e popularizado pela Cola-Cola. Isto dá-lhe uma conotação um bocado imperialista. Eu tive pena do velhote coitado, e resolvi investigar um pouco.
Afinal a representação que temos do pai não foi inventada por nenhuma marca. Foi na alemanha que se começou a associar São Nicolau ao natal. Este homem foi beatificado porque deixava moedas nas chaminés dos mais pobres na noite da consoada. Isto é a veia filantrópica do pai natal, a parte humana do mito. A imagem do homem tal como nós a conhecemos do bonacheirão, vestido de vermelho e barba branca vem da interpretação russa do mito.
Muitas outras marcas já usaram o pai natal como imagem, ainda antes da marca de bebidas incluindo a Colgate e a Michelin. É um bocado triste que se tenha transformado em mais um simbolo duma sociedade de consumo de massas. Mas pronto, o que interessa é que o homem tem boas intenções, só quer ver as criancinhas felizes.
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