Uma das regalias que se ganha ao pagar uma bela maquia por um bilhete de avião é a possibilidade ler o jornal à borla (outra coisa que não se pode desprezar é que na PGA nos oferecem rebuçados Bola de Neve). Esta sexta, de regresso a portugal, quando a menina hospedeira veio distribuir os jornais eu vez de pedir o Record resolvi pedir o Financial Times. Houve uma série de artigos que me chamou a atenção, uma página inteira sobre a mais recente crise que se abate sobre a economia americana. O subprime lending, prática que se estava a tornar comum, e que tinha proporcionado um certo crescimento no mercado bancário está a entrar em colapso. Os analistas andam agitados, existe receio que possa vir uma recessão atrás da crise. Mas o que é que o termo significa? Nada de mais, trata-se de fazer empréstimos bancários (para habitação ou de qualquer outro tipo) a pessoas cujo índice de esforço não lhes permitiria fazer um empréstimo em condições normais. Claro que como o risco é muito maior, as taxas de juro que se pagam também são maiores... Ora as pessoas que já não tinham dinheiro em primeiro lugar vêm-se à rasca para pagar as prestações, tem toda a lógica... Pelo menos para mim, aparentemente os grandes bancos acharam bom negócio quando se meteram no assunto. Eu não tenho grande jeito para explicar estas coisas, podem saber os detalhes todos num dossier do referido jornal. Incluindo comentários de analistas, grandes gestores, e histórias a puxar para a lagriminha de pessoas que vivem à custa de pensões e acreditaram na ilusão de comprar uma casa a crédito acabando na bancarrota.
Por cá não sei se a prática existe sequer, sei sim que aqueles anúncios da Cofidis a prometer dinheiro rápido, fácil e sem burocracias passam a toda a hora a televisão.
Sem comentários:
Enviar um comentário