quinta-feira, maio 28
quinta-feira, maio 14
Adeus Last.fm
O last.fm foi um grande serviço desde o início, uma grande ideia de uma excelente equipa de pessoas. A interface foi umas das pioneiras da chamada web 2.0, e a facilidade com se descobria nova música através dos nossos amigos ou de pessoas com os mesmos gostos que nós era uma coisa simplesmente fantástica.
Tudo porreiro até que um dia a empresa original é comprada por uma multi-nacional (a CBS), e claro o objectivo passa a ser espremer o máximo de dinheiro possível aos utilizadores do serviço. Num anúncio a 24 de Março explicavam-se as novas regras, nos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha existem departamentos de marketing que se dedicam a colher receitas através da publicidade. Como nos outros países as receitas projectadas não eram satisfatórias o serviço de rádio passaria a ser pago. No entanto foram "generosos" e continua a ser possível enviar a informação sobre as músicas que ouvimos para que seja guardado. Em si esta informação tem um valor altíssimo, e é uma vergonha que não lhe atribuam esse valor e que venham dizer que precisam de nos extorquir dinheiro para suportar o serviço de rádio.
Na altura exprimi a minha indignação no meu jornal do last.fm sobre a estupidez dos homenzinhos com fatos cinzentos e coração de calculadora que tomaram a decisão. Falei também na possibilidade de alguém criar um serviço alternativo e livre. A verdade é que fiquei agradavelmente surpreendido com o curto espaço de tempo que o libre.fm demorou a aparecer. Um serviço descentralizado, pensado de raiz para ser livre de encargos e de exigências para os utilizadores e que utiliza a licença Open Source GNU AGPL. A coisa ainda está num estado muito embrionário, afinal ainda nem passou um mês, mas já é possível extrair o nosso histórico do last.fm e importar no novo serviço. E claro é possível ir guardando o nosso histórico sem o oferecer a gente gananciosa. A comunidade de software livre está de parabéns por em tão pouco tempo se ter organizado e criado esta alternativa, são destas coisas que fazem ter esperança no futuro.
Tudo porreiro até que um dia a empresa original é comprada por uma multi-nacional (a CBS), e claro o objectivo passa a ser espremer o máximo de dinheiro possível aos utilizadores do serviço. Num anúncio a 24 de Março explicavam-se as novas regras, nos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha existem departamentos de marketing que se dedicam a colher receitas através da publicidade. Como nos outros países as receitas projectadas não eram satisfatórias o serviço de rádio passaria a ser pago. No entanto foram "generosos" e continua a ser possível enviar a informação sobre as músicas que ouvimos para que seja guardado. Em si esta informação tem um valor altíssimo, e é uma vergonha que não lhe atribuam esse valor e que venham dizer que precisam de nos extorquir dinheiro para suportar o serviço de rádio.
Na altura exprimi a minha indignação no meu jornal do last.fm sobre a estupidez dos homenzinhos com fatos cinzentos e coração de calculadora que tomaram a decisão. Falei também na possibilidade de alguém criar um serviço alternativo e livre. A verdade é que fiquei agradavelmente surpreendido com o curto espaço de tempo que o libre.fm demorou a aparecer. Um serviço descentralizado, pensado de raiz para ser livre de encargos e de exigências para os utilizadores e que utiliza a licença Open Source GNU AGPL. A coisa ainda está num estado muito embrionário, afinal ainda nem passou um mês, mas já é possível extrair o nosso histórico do last.fm e importar no novo serviço. E claro é possível ir guardando o nosso histórico sem o oferecer a gente gananciosa. A comunidade de software livre está de parabéns por em tão pouco tempo se ter organizado e criado esta alternativa, são destas coisas que fazem ter esperança no futuro.
quarta-feira, maio 6
Fotografia Estenopeica
A fotografia estenopeica, ou usando o termo anglosaxónico "pinhole photography" é a forma mais simples e mais antiga de capturar uma impressão fotográfica. As propriedades da luz que permitem focar uma imagem através de um pequeno orifício, sem elementos ópticos já são conhecidas desde antiguidade. As primeiras câmaras fotográficas produzidas utilizavam este sistema e são hoje em dia relíquias. Para saber um pouco mais sobre a história e a ciência estenopeica aconselho a visita ao sítio do Clube de Fotografia Pinhole "Buraco de Agulha". Uma associação portuguesa de fãs desta prática.
Não vou me vou alongar sobre a parte científica ou histórica. Quero sim divulgar a parte prática. Quando ando com as minhas câmaras atrás a tirar fotografias a tudo e nada, ou quando mostro os resultados dos meus devaneios é comum ouvir aquela cantiga do coitadinho: "Oh tão giro, eu também gostava de fazer fotografia". Mais do que nunca hoje em dia a velha máxima de "querer é poder" aplica-se a quase todos os campos da actividade humana. Não é preciso é preciso ter uma câmara topo de gama nem lentes com nome nome alemão para fazer fotografia. Infelizmente a maioria das pessoas rege-se por uma lógica consumista, em que não aspiram a criar nada, mas simplesmente a possuir.
É possível construir de uma forma muito fácil (e barata) uma câmara fotográfica. Uma simples caixa de sapatos, papel foto-sensível e um bocadinho de manha podem fazer de qualquer pessoa um fotógrafo. É óbvio que o resultado não serão fotografias convencionais, mas para quem tenha a paixão pela imagem é possível que surjam representações verdadeiramente estranhas e belas da realidade. Para ver alguns dos resultados podem passar por exemplo pelo grupo Pinholers no Flickr.
Amante como sou do da nostalgia e do encanto low-tech do celulóide há muito tempo que planeio juntar-me ao movimento estenopeico, mas confesso que ainda não consegui, quando conseguir hei-de compartilhar os meus resultados. Entretanto vou deixar umas sugestões. É possível comprar conjuntos para montar uma câmara pinhole, por exemplo na loja da lomografia. Mas é muito mais giro fazer tudo de raiz! Desde a clássica caixa de sapatos, até à câmara caixa de fosfóros existem inúmeras variações. Para quem tenha ficado interessado, aconselho a procurarem no Instructables por um projecto à vossa medida.
Algo que eu quero tentar (ainda estou em vias de decifrar como é que vou conseguir montar tudo) são as câmaras Readymech. Para quem leu o meu apontamento sobre os bonecos já pode supor do que se trata. Instruções para imprimir e montar algumas câmaras com um desenho bem engraçado e funcional. Entretanto deixo-vos com um pequeno filme para abrir o apetite.
Não vou me vou alongar sobre a parte científica ou histórica. Quero sim divulgar a parte prática. Quando ando com as minhas câmaras atrás a tirar fotografias a tudo e nada, ou quando mostro os resultados dos meus devaneios é comum ouvir aquela cantiga do coitadinho: "Oh tão giro, eu também gostava de fazer fotografia". Mais do que nunca hoje em dia a velha máxima de "querer é poder" aplica-se a quase todos os campos da actividade humana. Não é preciso é preciso ter uma câmara topo de gama nem lentes com nome nome alemão para fazer fotografia. Infelizmente a maioria das pessoas rege-se por uma lógica consumista, em que não aspiram a criar nada, mas simplesmente a possuir.
É possível construir de uma forma muito fácil (e barata) uma câmara fotográfica. Uma simples caixa de sapatos, papel foto-sensível e um bocadinho de manha podem fazer de qualquer pessoa um fotógrafo. É óbvio que o resultado não serão fotografias convencionais, mas para quem tenha a paixão pela imagem é possível que surjam representações verdadeiramente estranhas e belas da realidade. Para ver alguns dos resultados podem passar por exemplo pelo grupo Pinholers no Flickr.
Amante como sou do da nostalgia e do encanto low-tech do celulóide há muito tempo que planeio juntar-me ao movimento estenopeico, mas confesso que ainda não consegui, quando conseguir hei-de compartilhar os meus resultados. Entretanto vou deixar umas sugestões. É possível comprar conjuntos para montar uma câmara pinhole, por exemplo na loja da lomografia. Mas é muito mais giro fazer tudo de raiz! Desde a clássica caixa de sapatos, até à câmara caixa de fosfóros existem inúmeras variações. Para quem tenha ficado interessado, aconselho a procurarem no Instructables por um projecto à vossa medida.
Algo que eu quero tentar (ainda estou em vias de decifrar como é que vou conseguir montar tudo) são as câmaras Readymech. Para quem leu o meu apontamento sobre os bonecos já pode supor do que se trata. Instruções para imprimir e montar algumas câmaras com um desenho bem engraçado e funcional. Entretanto deixo-vos com um pequeno filme para abrir o apetite.
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